Vemos em Gênesis 11 que a antiga distinção entre os filhos de Deus e os filhos dos homens (adeptos e profanos) sobreviveu ao dilúvio, e agora aparecia novamente, quando os homens começavam a multiplicar-se.
Segundo esta distinção, temos, neste capítulo a dispersão dos filhos dos homens, em Babel (v.v. 1-9), onde temos, seu desígnio presunçoso e provocador, que era construir uma cidade e uma torre, v.v. 1-4.
O justo julgamento de Deus sobre eles, desapontando o seu desígnio, confundindo a sua língua, e, desta maneira, dispersando-os, v.v. 5-9.
A linhagem dos filhos de Deus, até chegar a Abraão (v.v. 10- 26), com uma explicação geral da sua família, e a saída da sua região natal, v. 27ss. (Henry, Matthew, Comentário do Pentateuco)

Esboço de Gênesis 11:

Gênesis 11.1 – 4: Um só idioma
Gênesis 11.5 – 9: A torre de Babel
Gênesis 11.10 – 26: A descendência de Sem
Gênesis 11.27 – 32: De Terá a Abrão 

Gênesis 11.1 – 4: Um só idioma

1 No mundo todo havia apenas uma língua, um só modo de falar.
2 Saindo os homens do Oriente, encontraram uma planície em Sinear e ali se fixaram.
3 Disseram uns aos outros: “Vamos fazer tijolos e queimá-los bem”. Usavam tijolos em lugar de pedras, e piche em vez de argamassa.
4 Depois disseram: “Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra”.

Gênesis 11.5 – 9: A torre de Babel

5 O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo.
6 E disse o Senhor: Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer.
7 Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros.
8 Assim o Senhor os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade.
9 Por isso foi chamada Babel, porque ali o Senhor confundiu a língua de todo o mundo. Dali o Senhor os espalhou por toda a terra.

Gênesis 11.10 – 26: A descendência de Sem

10 Este é o registro da descendência de Sem: Dois anos depois do Dilúvio, aos 100 anos de idade, Sem gerou Arfaxade.
11 E depois de ter gerado Arfaxade, Sem viveu 500 anos e gerou outros filhos e filhas.
12 Aos 35 anos, Arfaxade gerou Salá.
13 Depois que gerou Salá, Arfaxade viveu 403 anos e gerou outros filhos e filhas.
14 Aos 30 anos, Salá gerou Héber.
15 Depois que gerou Héber, Salá viveu 403 anos e gerou outros filhos e filhas.
16 Aos 34 anos, Héber gerou Pelegue.
17 Depois que gerou Pelegue, Héber viveu 430 anos e gerou outros filhos e filhas.
18 Aos 30 anos, Pelegue gerou Reú.
19 Depois que gerou Reú, Pelegue viveu 209 anos e gerou outros filhos e filhas.
20 Aos 32 anos, Reú gerou Serugue.
21 Depois que gerou Serugue, Reú viveu 207 anos e gerou outros filhos e filhas.
22 Aos 30 anos, Serugue gerou Naor.
23 Depois que gerou Naor, Serugue viveu 200 anos e gerou outros filhos e filhas.
24 Aos 29 anos, Naor gerou Terá.
25 Depois que gerou Terá, Naor viveu 119 anos e gerou outros filhos e filhas.
26 Aos 70 anos, Terá havia gerado Abrão, Naor e Harã.

Gênesis 11.27 – 32: De Terá a Abrão

27 Esta é a história da família de Terá: Terá gerou Abrão, Naor e Harã. E Harã gerou Ló.
28 Harã morreu em Ur dos caldeus, sua terra natal, quando ainda vivia Terá, seu pai.
29 Tanto Abrão como Naor casaram-se. O nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca; esta era filha de Harã, pai de Milca e de Iscá.
30 Ora, Sarai era estéril; não tinha filhos.
31 Terá tomou seu filho Abrão, seu neto Ló, filho de Harã, e sua nora Sarai, mulher de seu filho Abrão, e juntos partiram de Ur dos caldeus para Canaã. Mas, ao chegarem a Harã, estabeleceram-se ali.
32 Terá viveu 205 anos e morreu em Harã.