Ensinamentos de Jesus #10 – O Amor ao Próximo
Ainda perto de Jerusalém Jesus recebe a visita de alguns judeus com intenções múltiplas: aprender e testar!
Sendo assim rapidamente um deles, perito na lei, pergunta: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? ” (Lucas 10:25). Por que um perito na lei faria uma pergunta dessas? Isso é com certeza um teste. A intenção do fariseu é fazer Jesus cair em uma armadilha e ofender aos judeus.
Então Jesus pergunta: “O que está escrito na Lei? Como você lê?”.
O fariseu prontamente baseia sua resposta em Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18: “ ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’”. (Lucas 10:27)
“Disse Jesus: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá” (Lucas 10.28). Então é isso? Acabou? Não mesmo!
O fariseu não está satisfeito em que Jesus apenas concorde com ele. Precisa provar que o Mestre é um impostor e que ele, sim é justo diante de Deus. Então “querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo? ” (Lucas 10:29)
No modo de crer judaico, a palavra “próximo” refere-se somente aos que obedecem a lei judaica, interpretando de forma equivocada Levítico 19.18. Observe o que Pedro diz na casa de Cornélio em Atos 10.28:
“…e lhes disse: “Vocês sabem muito bem que é contra a nossa lei um judeu associar-se a um gentio ou mesmo visitá-lo. Mas Deus me mostrou que eu não deveria chamar impuro ou imundo a homem nenhum. ” (Atos 10.28)
Com isso, os judeus acreditam ser justo tratar com bondade apenas os judeus, cumpridores da lei e desprezar abertamente um não judeu, pois ele não e o seu próximo.
Uma das características mais marcantes dos ensinamentos de Jesus, é o seu amor.
Ele ama não apenas os gentios. Ama também os judeus. No fundo ele sabia que aquele homem acreditava estar sendo agradável a Deus. Para não o ofender e ensiná-lo corretamente, Jesus conta uma história:
“Em resposta, disse Jesus: “Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. ” (Lucas 10:30-33)
Muitos dos sacerdotes e levitas que ajudam no Templo moram em Jericó. A distância de um para o outro é de aproximadamente 23 quilômetros e o caminho é perigoso porque há muitos ladrões na estrada.
O homem que está ouvindo a história de Jesus sabe disso com certeza. Sabe também que o sacerdote e o levita, ao ver um judeu em dificuldade devem ajudá-lo. No entanto, na história de Jesus eles não o fazem, quem oferece ajuda é o samaritano, povo extremamente desprezado pelos judeus.
Jesus continua ensinando: “Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e disse-lhe: ‘Cuide dele. Quando voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver’”. (Lucas 10:34,35)
Os ensinamentos de Jesus são profundamente cheios de sabedoria, isso é inegável. E nesse ponto da história Ele faz uma pergunta ao perito judeu que só lhe dá uma única oportunidade de resposta: “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?
Aquele que teve misericórdia dele”, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: “Vá e faça o mesmo”. (Lucas 10:36,37)
Glória a Deus! Que sabedoria!
Se Jesus apenas tivesse dito que o próximo daquele homem era qualquer um, incluindo os não judeus provavelmente ele não daria ouvidos e provocaria uma confusão. A ilustração quebra o pensamento tradicional judeu e revela o verdadeiro sentimento da Lei.
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