sexta-feira, 28 de setembro de 2018


História do Rei Davi: Quem Foi Davi na Bíblia?


A história de Davi é uma das mais conhecidas da Bíblia Sagrada. O rei Davi foi o segundo monarca de Israel, o homem escolhido por Deus para liderar seu povo. A vida de Davi é narrada no Antigo Testamento, nos livros de 1 e 2 Samuel, 1 Reis e 1 Crônicas.
O significado do nome “Davi”, dawid, é incerto. Porém, uma das possibilidades mais aceitas é a de que o nome Davi significa “amado”, procedente do hebraico dod. Já foi sugerido também que dawid deveria ser equiparado ao termo dawidum, “chefe” ou “oficial do exército”. Se fosse este o caso, então “Davi” seria um título ao invés de um nome próprio, mas essa sugestão é muito improvável.

Quem foi Davi?

Davi era o filho mais novo de Jessé, pertencia à tribo de Judá, e era neto da moabita Rute com o judeu Boaz. Ele nasceu em Belém, uma cidade que ficava aproximadamente 10 quilômetros ao sul de Jerusalém. Seu pai era um homem rico e respeitado na cidade.
Davi foi criado como pastor de ovelhas. Essa profissão lhe ensinou muitas qualidades que ele pôs em prática ao longo de sua vida. Quando ele assumiu o trono de Israel, por exemplo, ele demonstrou ter coragem, dedicação e cuidado com o povo. Exercendo sua profissão de apascentar ovelhas, Davi enfrentou situações desafiadoras, como um urso e um leão (1 Samuel 17:34-37). O texto bíblico afirma que Davi era ruivo, do hebraico ‘admoni, “vermelho”, e possuía boa aparência (1 Samuel 16:12).

Davi é ungido rei por Samuel

A primeira vez que Davi é mencionado na Bíblia é no texto que descreve a ocasião da visita do profeta Samuel a Belém. Deus havia rejeitado Saul como rei de Israel, e revelou que seu sucessor estava na casa de Jessé.
O profeta Samuel entrevistou os irmãos de Davi como possíveis candidatos ao trono. Inicialmente Davi não estava presente. Porém, quando nenhum dos outros filhos de Jessé atendeu as especificações divinas, Davi foi chamado do campo onde cuidava do rebanho.
Quando Davi se apresentou, Deus confirmou ao profeta Samuel que ele era o escolhido. Então Davi foi ungido na presença de seus irmãos (1 Samuel 16:13). No entanto, o propósito de tal unção não foi revelado publicamente naquela ocasião. A maioria dos comentaristas entende que provavelmente os que estavam presentes naquele momento entenderam que talvez Samuel estivesse ungindo um possível sucessor em seu ministério profético. Seria algo semelhante ao que fez o profeta Elias ao ungir o jovem Eliseu como seu sucessor.
Seja como for, o importante é que a Bíblia afirma que a partir daquele dia “o Espírito do Senhor se apoderou de Davi” (1 Samuel 16:13). Apesar de ter sido escolhido por Deus, ainda demoraria algum tempo até que Davi fosse reconhecido pelo povo como rei.

Davi e Golias

Um episódio que trouxe um extremo reconhecimento a Davi entre o povo de Israel foi quando ele enfrentou e matou o gigante filisteu Golias (1 Samuel 17). Davi havia saído de casa para levar alimento aos seus irmãos que eram guerreiros, bem como colher informações para seu pai sobre a batalha contra os filisteus.
Já no campo de batalha, Davi tomou conhecimento do desafio imposto por Golias ao exército de Israel. Ele havia proposto uma batalha individual contra o escolhido do lado hebreu. O lado vencedor determinaria o resultado da batalha.
Esse desafio já durava quarenta dias, mas ainda ninguém havia sido escolhido para lutar contra Golias. Para os israelitas, lutar contra aquele gigante parecia ser um suicídio. O próprio rei Saul entendia os riscos daquela escolha. Por isto ele ofereceu muitas recompensas para quem se prontificasse a lutar contra Golias. Além das recompensas, Saul também ofereceu a mão de sua filha em casamento.
Quando Davi se ofereceu para aceitar o desafio do gigante filisteu, ele recebeu o melhor equipamento militar entre os hebreus. Porém, ele recusou a oferta, pois não conseguiu manejar a armadura. Na ocasião do combate, Davi utilizou a pedra e uma funda como arma. O gigante foi derrotado, sua cabeça foi cortada e a vitória do jovem pastor evidenciou que o Senhor dos Exércitos estava com ele.

Davi na corte de Saul

Não é possível precisar com exatidão a cronologia dos eventos que seguem a unção de Davi por Samuel, a vitória sobre Golias e sua atuação na corte de Saul. O que sabemos é que Davi foi recomendado como músico para aliviar a melancolia de Saul (1 Samuel 16:18). Quando enfrentou o Golias, ele se revezava como pastor do rebanho de seu pai e suas tarefas na corte de Saul.
Além de músico particular do rei, Davi também começou a ser o portador da armadura de Saul. O rei havia se afeiçoou a ele (1 Samuel 16:21-23). Após o ato heroico de Davi derrotando o gigante, sua popularidade cresceu grandemente entre o povo.

A amizade de Davi com Jônatas e a inveja de Saul

Foi após a vitória sobre Golias que a amizade entre Davi e Jônatas nasceu. Essa amizade proverbial foi destacada na literatura bíblica. A amizade entre o príncipe de Israel e Davi um exemplo de companheirismo, lealdade, integridade e sinceridade (1 Samuel 18:1-4).
Essa amizade forte e verdadeira sobreviveu aos períodos de provação, e a aliança feita por Davi e Jônatas perdurou mesmo após a morte do filho de Saul, quando o rei Davi mandou buscar o aleijado Mefibosete e lhe designou a herança da família de Saul (2 Samuel 9:7-13).
Foi também nesse período que a ira invejosa de Saul cresceu contra Davi. Ele havia se tornado o favorito do povo (1 Samuel 18:5). Os israelitas começaram até a compor músicas para Davi, enaltecendo seus feitos mais do que os feitos do próprio rei.
Saul não conseguiu lidar com aquela situação, e em várias ocasiões tentou prejudicar e até matar Davi. Ele fez isto tanto diretamente como indiretamente (cf. 1 Samuel 18:11; 19:10). Saul sabia que a popularidade de Davi ameaçava seriamente a continuidade de sua família no trono. Esse era o principal motivo para essa perseguição.
De fato isso era verdade, o que torna a amizade entre Davi e o príncipe Jônatas, ainda mais extraordinária, pois Jônatas reconheceu que realmente o plano do Senhor para o futuro de Israel incluía Davi como rei (1 Samuel 23:16-18). Jônatas até tentou apaziguar a ira de seu pai contra Davi, mas não obteve êxito, e Davi finalmente precisou fugir.

Davi, o fugitivo

Quando Davi fugiu de Saul, ele buscou abrigo primeiramente em Ramá, ao lado do profeta Samuel. O rei ainda continuava empenhado em capturá-lo, mas não teve sucesso (1 Samuel 19:18-24).
Depois de Ramá, Davi foi até o santuário de Nobe. Ali ele garantiu alimento e armas para sua jornada até Gate, uma cidade dos filisteus. Foi nessa cidade onde Davi recebeu treinamento que o capacitou como um grande guerreiro.
Nesse período Davi também começou a formar um exército improvável. Ele reuniu homens considerados miseráveis, devedores e descontentes. Entre seus leais companheiros, muitos nem eram hebreus.
Nesse período Davi foi conquistando a confiança de clãs de Judá que estavam insatisfeitos com o papel desempenhado por Saul. Porém, enquanto o rei Saul esteve vivo, Davi não tentou nada contra sua vida. Foi nesse contexto que ele disse que não se pode tocar no ungido do Senhor. Esta frase bastante conhecida é também interpretada de forma equivocada por muitas pessoas.

A história de Davi como rei

A história de Davi como rei começou ainda antes de ele assumir o trono de Israel. Primeiramente ele tornou-se rei da tribo de Judá em Hebrom (2 Samuel 2-4). Esse local ficava aproximadamente 50 quilômetros de Jerusalém, e passou a ser sua capital.
Como rei em Hebrom, Davi fez importantes alianças estratégicas. Aos poucos ele começou a conquistar as principais lideranças de Israel. Com isso, ele contornou a indisposição com muitos daqueles que apoiavam a casa de Saul. Davi ficou em Hebrom durante sete anos e meio.

Davi, rei de Israel

Davi se tornou rei sobre as doze tribos de Israel após a morte de Isbosete, filho de Saul. Isbosete havia sido proclamado rei por alguns apoiadores de seu pai. Um deles foi o antigo capitão de Saul, Abner, que também acabou sendo morto. Davi assumiu o trono de Israel ainda em Hebrom, porém pouco depois transferiu sua capital para Jerusalém (2 Samuel 3-5).
Dessa forma, o rei Davi se tornou o primeiro a governar Israel como um império unificado. Mesmo com a divisão que ocorreu após a morte de seu filho, o rei Salomão, a dinastia da casa de Davi durou aproximadamente 425 anos.
Já em Jerusalém, o rei Davi construiu seu palácio no Monte Sião, após conquistar a região dos jebuseus (2 Samuel 5:6-9). Além dessa, ele também construiu várias outras construções importantes. O rei Davi também centralizou a adoração a Deus em Jerusalém, colocando a Arca da Aliança na capital do império, e desejava construir um Templo ao Senhor, porém essa tarefa Deus não lhe permitiu executar, ficando a cargo posteriormente de seu filho, Salomão.
O rei Davi também estabeleceu um poderoso exército profissional. Ele conquistou vitórias lendárias contra os edomitas, filisteus, cananeus, moabitas, amonitas, arameus e amalequitas. O rei Davi edificou estradas e fortaleceu rotas comerciais. Suas ações trouxeram grande prosperidade ao povo de Israel.

A vida pessoal do rei Davi

O rei Davi teve ao longo de sua vida muitas esposas e concubinas, com as quais ele foi pai de muitos filhos. Os filhos mais conhecidos de Davi na narrativa bíblica foram: Absalão, Adonias, Amom, Salomão e Tamar, sua filha.
Se o reinado a frente de Israel era próspero e exemplar, o mesmo não pode ser dito de sua vida familiar. A família do rei Davi sempre esteve cercada de conspirações, intrigas, rivalidades e tragédias.
Um exemplo claro disso são os episódios envolvendo Absalão, que matou Amom por ter violentado Tamar. Depois ele próprio acabou sendo morto por Joabe, sobrinho do rei Davi, por traição. O rei Davi conseguiu unir doze tribos, mas não conseguiu unir os próprios filhos.

O pecado do rei Davi

Foi no período de grande prosperidade do reino de Israel que Davi experimentou seu tombo mais amargo, onde conspirou adulterou com Bete-Seba e conspirou a morte de Urias, esposo da mulher.
O rei Davi foi duramente repreendido pelo profeta Natan, expondo um pecado que até então parecia que ficaria encoberto. Davi casou-se com Bate-Seba, se arrependeu profundamente, Deus o perdoou, mas não deixou de castigar o seu pecado (2 Samuel 12). Da união entre Bate-Seba e Davi nasceu seu herdeiro no trono de Israel, o rei Salomão.
As consequências do pecado de Davi puderam ser vistas claramente na sequencia da história de Israel. Certamente esse pecado descrito nas Escrituras é um alerta para cada um de nós, pois o caráter santo e justo de Deus não tolera esse tipo de coisa.

O caráter do rei Davi

O rei Davi estava longe de ser um homem perfeito, porém ele era uma pessoa sincera, fiel e leal aos seus amigos. Mas, principalmente, Davi era sensível à voz de Deus.
O rei Davi era alguém que tinha seu coração completamente inclinado a Deus. Ele sabia de sua condição humana limitada diante um Deus Todo-Poderoso. Dessa forma, ele era verdadeiro em se arrepender e buscar o favor divino.

O salmista Davi

O rei Davi é descrito como “o doce salmista de Israel” (2 Samuel 23:1). O Antigo Testamento faz inúmeras referências a Davi como tendo sido um tipo de líder da adoração musical de Israel. Ele também foi um inventor de instrumentos musicais e um habilidoso compositor (Neemias 12:24-46; Amós 6:5).
De todos os salmos registrados na Bíblia, 73 deles em seus títulos atribuem sua autoria a Davi. Alguns alguns deles são identificados como sendo salmos messiânicos. Na verdade o próprio Jesus atribui a autoria de um desses salmos a Davi (Levítico 20:42).

O rei Davi no Novo Testamento

O rei Davi é citado inúmeras vezes não apenas no Antigo Testamento, mas também no Novo Testamento. A menção mais importante sobre sua pessoa é como sendo um ancestral segundo a carne de nosso Senhor Jesus (Romanos 1:3). Ele é citado com destaque na genealogia de Jesus nos Evangelhos.
Ao todo, existem pelo menos 58 referências ao rei Davi no Novo Testamento. Entre elas, está incluso o título frequentemente utilizado para se referir a Jesus como “Filho de Davi”. No livro do Apocalipse, o apóstolo João registrou as seguintes palavras ditas pelo próprio Jesus: “Eu sou a raiz e a geração de Davi” (Apocalipse 22:16).
Uma das descrições mais conhecidas sobre quem foi Davi está registrada no livro de Atos dos Apóstolos. Nela, lemos que o rei Davi era um homem “segundo o coração de Deus” (Atos 13:22).

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Quem Foi o Rei Nabucodonosor?

O rei Nabucodonosor foi o imperador mais conhecido e poderoso do Império Babilônico, e ficou no poder por aproximadamente 43 anos. Nabucodonosor era filho de Nabopolassar, que também havia sido rei da Babilônia antes dele, e esposo de Amitis da Média.
Antes de falarmos sobre quem foi Nabucodonosor, precisamos saber que o nome “Nabucodonosor” foi utilizado por quatro reis babilônicos. Dentre estes monarcas, o Nabucodonosor da Bíblia é na História o Nabucodonosor II, o único destes monarcas citado nos textos bíblicos.
Apesar de ser chamado de “Nabucodonosor II” ele nada tem a ver com o Nabucodonosor I, que reinou mais de 500 anos antes dele, entre 1127 a.C. e 1105 a.C.

Significado de Nabucodonosor

O significado do nome Nabucodonosor gera algumas dúvidas entre os estudiosos. As melhores sugestões dizem que Nabucodonosor significa “Nebo, proteja as fronteiras” ou “Nebo, proteja a minha coroa”.
O nome original é o babilônico Nabukudurri-usur, que foi transliterado no texto bíblico para o hebraico, aramaico e grego, na Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento).

A coroação de Nabucodonosor como rei da Babilônia

Nabucodonosor sucedeu seu pai, Nabopolassar, no trono da Babilônia e reinou entre 604 a.C. e 562 a.C. Antes de assumir o trono, Nabucodonosor, na condição de príncipe herdeiro, serviu como comandante do exército babilônico em algumas ofensivas militares.
Seu pai foi o fundador da dinastia caldaica, que se aproveitando do enfraquecimento da Assíria, conseguiu se tornar rei da Babilônia em 626 a.C. Devido a uma aliança medo-babilônica, ele também conseguiu destruir Nínive, e depois avançar contra Harã.
Depois que a Assíria caiu, o Egito do Faraó Neco II passou a dominar Judá completamente, inclusive nomeando e destituindo governantes judeus conforme lhe agradasse. Finalmente em junho de 605 a.C., as forças egípcias foram derrotadas em Carquemis pelo até então príncipe Nabucodonosor.
Em agosto de 605 a.C. Nabopolassar morreu, e Nabucodonosor paralisou a campanha que estava liderando e atravessou o deserto para voltar e assumir o trono da Babilônia em 6 de setembro de 605 a.C.

O reinado do rei Nabucodonosor

Aqui vale dizer que a cidade da Babilônia alcançou grande prestígio e poder em aproximadamente 1850 a.C., e depois entrou em declínio. Foi então com Nabucodonosor, mais de mil anos depois, que ela recuperou toda sua glória. Por este motivo o império liderado por Nabucodonosor é conhecido como Império Neobabilônico.
Ainda em 605 a.C., após derrotar os egípcios em Carquemis, Nabucodonosor avançou contra Jeoaquim, rei de Judá (2Rs 24:1,2; 2Cr 36:5-7). Essa foi a primeira de três invasões babilônicas contra Judá, e também foi nessa ocasião que Daniel, Hananias, Mizael e Azarias foram levados cativos por Nabucodonosor.
Jeoaquim então se submeteu ao rei Nabucodonosor e foi temporariamente leal a ele. No entanto, depois de três anos o rei Jeoaquim se rebelou contra Nabucodonosor e transferiu sua lealdade aos egípcios, apesar das constantes advertências do profeta Jeremias (Jr 27:9-11).
Foi então que em 597 a.C. Nabucodonosor marchou contra a Palestina e cercou a cidade de Judá, na segunda invasão babilônica contra Judá. Na ocasião, Nabucodonosor capturou o rei Joaquim, o qual estava no poder apenas a três meses após a morte de seu pai, o rebelde Jeoaquim.
Para o lugar de Joaquim, o rei Nabucodonosor nomeou Matanias, que passou a se chamar Zedequias (2Rs 24:17; 2Cr 36:10). Na ocasião ele deportou para a Babilônia o rei deposto Joaquim, juntamente com todos os judeus que poderiam tentar promover uma rebelião (2Rs 24:12-16; 2Cr 36:10; Jr 22:24-30; 52:28).
Nabucodonosor também saqueou o Templo de Salomão e capturou um enorme despojo de guerra. Zedequias permaneceu leal a Nabucodonosor durante um tempo, mas depois também se rebelou ao ceder às pressões do povo.
Vale dizer que por muitas vezes Jeremias aconselhou o povo a se manter longe da rebelião. Curiosamente nesse período um falso profeta chamado Ananias profetizou que dentro de dois anos todos os cativos voltariam do cativeiro babilônico.
Jeremias denunciou essa falsa profecia e advertiu o povo que o Senhor lhe havia revelado que o exílio na Babilônia seria bastante prolongado (Jr 29:1-23). Mesmo depois de muitos conselhos do profeta do Senhor, finalmente Zedequias se rebelou contra Nabucodonosor (2Rs 24:20; 2Cr 36:13-16; Jr 52:3).
Então, em aproximadamente 587 a.C., Nabucodonosor começou sitiar Jerusalém (2Rs 25:1; Jr 39:1; 52:4; Ez 24:1,2). A cidade de Judá suportou o cerco babilônico durante um tempo, até que caiu completamente sob o domínio do rei Nabucodonosor.
Na ocasião houve mais uma grande deportação de cativos para a Babilônia, ficando para trás apenas as pessoas mais pobres (2Rs 25:8-17; 2Cr 36:17-20; Jr 39:9,10; 52:12-23).
Jerusalém foi arrasada e o Templo destruído. O rebelde rei Zedequias foi capturado por Nabucodonosor que o forçou a assistir a execução de seus próprios filhos, antes de ter os olhos cegados e ser levado acorrentado para a Babilônia onde acabou morrendo (2Rs 25:5-7; Jr 39:4-8; 52:8-11).
Depois de ter destruído Jerusalém, Nabucodonosor nomeou outro governador judeu, Gedalias, que mais tarde acabou assassinado devido a mais uma conspiração contra o domínio babilônico sobre Judá.
O rei Nabucodonosor também liderou várias ofensivas contra outras nações, como por exemplo, contra Tiro entre 585 e 572 a.C. (Ez 26-28; 29:18) e contra o Egito em aproximadamente 568 a.C.

As construções do rei Nabucodonosor

O rei Nabucodonosor não foi apenas um grande estrategista militar, mas foi também um importante construtor enquanto esteve à frente do Império. Expedições arqueológicas já provaram que o rei Nabucodonosor transformou Babilônia em uma cidade muito imponente.
Ao mesmo tempo em que fortificava as defesas militares da cidade, Nabucodonosor também embelezou Babilônia. Ele restaurou muitos templos nas cidades que estavam sob seu governo, e construiu uma avenida que cortava a Babilônia para a procissão de Marduque, um deus pagão babilônico.
Nabucodonosor também construiu novos canais para irrigar a cidade, e seu palácio era esplendoroso (cf. Dn 1-4). Sem dúvida sua construção mais famosa e polêmica são os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Esses jardins consistiam em um conjunto de árvores plantadas em calçadas elevadas sustentadas por grandes pilares que simulava uma região montanhosa. Acredita-se que Nabucodonosor tenha feito isto como presente para sua esposa Amitis, que era natural de uma região montanhosa. Todavia, existe muita discussão sobre a real existência desse jardim.

Nabucodonosor na Bíblia

O reinado de Nabucodonosor compõe o contexto histórico para grande parte dos livros dos profetas Jeremias, Ezequiel e Daniel, aliás, este último nos fornece muitas informações sobre quem foi Nabucodonosor.
O próprio profeta Daniel desempenhou um importante papel em seu governo, e foi uma das pessoas de destaque na Babilônia, assim como seus amigos Hananias, Mizael e Azarias (Dn 1-3).
Na narrativa bíblica percebemos que o rei Nabucodonosor foi um instrumento nas mãos de Deus, o qual Ele usou para castigar nações, incluindo o povo de Judá. Em Jeremias, por exemplo, lemos a expressão “Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo” por mais de uma vez (cf. Jr 25:9; 27:6).
Isso não significa que Nabucodonosor era um servo devoto ao Senhor, ao contrário, ele era um rei pagão, mas que havia sido designado por Deus para cumprir um papel de agente do Seu julgamento contra as nações incrédulas.
A religiosidade pagã do rei Nabucodonosor pode ser claramente percebida no episódio em que ele condenou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego à fornalha de fogo ardente, após os três jovens hebreus terem negado adoração à estátua que ele havia construído (Dn 3).
Após o livramento sobrenatural dado por Deus aos três jovens, Nabucodonosor aparece no texto bíblico reconhecendo que aqueles homens eram “servos do Deus Altíssimo” (Dn 3:27).
No entanto, essa declaração não significava uma conversão, mas apenas que ele reconhecia que o Deus daqueles homens era superior a outras divindades, ou seja, não existia ali um conceito de monoteísmo por parte de Nabucodonosor.

Os sonhos de Nabucodonosor

O livro de Daniel também descreve os sonhos que o rei Nabucodonosor teve. O primeiro sonho está registrado em Daniel 2, onde o rei sonhou com uma grande estátua feita de vários materiais (ouro, prata, bronze, ferro e argila). Esse sonho se referia a ascensão e queda de potências mundiais, mas, sobretudo, a forma com que Deus estava conduzindo a História de acordo com seus propósitos.
O sonho perturbou o rei, e ele convocou os magos e encantadores para que pudessem revelar e interpretar o sonho, já que ele não contou o conteúdo do próprio sonho, muito provavelmente por não se lembrar dele. Daniel, demonstrando que era grandemente abençoado por Deus, foi o único capaz de revelar e interpretar o sonho do rei. Esse sonho ocorreu no segundo ano de seu reinado.
O segundo sonho está registrado em Daniel 4, e ocorreu no quadragésimo terceiro ano do reinado de Nabucodonosor, quando este estava no auge do poder.
Ele sonhou com uma grande árvore sendo cortada. Mais uma vez Daniel, usado por Deus, interpretou o senho do rei, que significava que ele seria castigado por Deus com um tempo de loucura devido ao seu orgulho.

A loucura de Nabucodonosor

Em Daniel 4 somos informados de que o rei Nabucodonosor passou por um período de loucura como consequência de sua soberba. Antes, ele havia sido avisado pelo profeta Daniel sobre os erros que estava cometendo, mas o aviso não surtiu efeito.
Deus castigou o rei Nabucodonosor a um período de sete tempos de loucura, onde durante esse período ele se comportou como um animal, ou seja, ele acreditava ser um animal. Os estudiosos classificam essa doença como um possível caso severo de licantropia clínica.
Terminado o tempo determinado por Deus, o rei Nabucodonosor recobrou o entendimento, e deu glória a Deus.

Nabucodonosor foi convertido?

Essa é uma dúvida que muita gente possui. Na verdade, por incrível que pareça, algumas pessoas até pregam que o rei Nabucodonosor foi convertido, apesar da Bíblia não dizer nada sobre isto.
Como vimos, o fato do rei Nabucodonosor ser chamado por Deus de “servo” apenas significa que ele fez parte do plano soberano de Deus, ou seja, nosso Deus é Senhor sobre tudo e todos, e utiliza até mesmo um rei megalomaníaco, como Nabucodonosor, para cumprir os seus propósitos.
Para defender uma possível conversão, muitas pessoas se apoiam na declaração do rei Nabucodonosor após ter sido curado da doença que lhe acometeu, onde ele confessou eloquentemente a soberania e a majestade de Deus (Dn 4:34-37).
No entanto, em nenhum lugar na Bíblia encontramos o rei Nabucodonosor confessando que o Deus de Israel era o único Deus e criador supremo de todo o universo.
É verdade que Nabucodonosor presenciou algumas vezes o poder sobrenatural de Deus, e conviveu durante muito tempo com o profeta Daniel, porém isso não implica em uma conversão genuína.
A melhor resposta para essa pergunta é dizer que a Bíblia não nos informa nada sobre essa questão, isto é, não há nenhum texto que mostra a conversão do rei Nabucodonosor, e defendê-la seria pura especulação e alegoria. Ele pode tanto ter sido convertido como não ter sido. Logo, sobre isto é melhor nos calarmos.
Os registros babilônicos também não falam nada a respeito, e mesmo que o rei Nabucodonosor tenha sido convertido, obviamente tais registros nunca testemunhariam esse acontecimento.
Na verdade, os registros do rei Nabucodonosor nas crônicas da Babilônia sempre o descrevem como um homem muito religioso, que guardava todos os preceitos do paganismo babilônico, e era um grande devoto de Marduque.

A morte do rei Nabucodonosor

Apesar de existir muito material arqueológico e literatura babilônica sobre o rei Nabucodonosor, faltam registros sobre a última parte de seu reinado. O que se sabe é que Nabucodonosor morreu entre agosto e setembro de 562 a.C., com aproximadamente 70 anos de idade.
O rei Nabucodonosor foi sucedido por seu filho, Evil-Merodaque, o qual reinou por apenas dois anos, e pouco tempo depois o Império Babilônico entrou em declínio, caindo, finalmente, diante dos persas.

Por que Deus permite o mal?









A Bíblia descreve Deus como sendo santo (Isaías 6:3), justo (Salmo 7:11), reto 
(Deuteronômio 32:4) e soberano (Daniel 4:17-25). Esses atributos nos dizem o seguinte sobre Deus: (1) Deus é capaz de prevenir o mal, e (2) Deus deseja eliminar o mal do universo. Assim, se ambos são verdadeiros, por que Deus permite o mal? Se Deus tem o poder de prevenir o mal, e deseja fazê-lo, por que não o faz? Talvez uma boa maneira de encarar esse dilema seria considerar algumas situações alternativas de como as pessoas gostariam que Deus dirigisse o mundo:

1) Deus poderia mudar a personalidade de todas as pessoas para que não pudessem pecar. Isto também significaria que não teríamos o livre arbítrio. Não seríamos capazes de escolher entre o certo e o errado porque seríamos "programados" para apenas agir corretamente. Se Deus tivesse escolhido fazer isso, não haveria relações significativas entre Ele e a Sua criação.

Em vez disso, Deus fez Adão e Eva inocentes mas com a capacidade de escolher o bem ou o mal. Sendo assim, eles poderiam responder ao Seu amor e confiar nEle ou escolher a sua própria vontade. De fato, escolheram satisfazer a sua própria vontade. Porque vivemos em um mundo real onde podemos escolher as nossas ações mas não as suas consequências, o seu pecado afetou aqueles que vieram depois deles (nós). Da mesma forma, as nossas escolhas de pecar têm um impacto sobre nós e sobre aqueles que nos rodeiam.

2) Como uma outra opção, Deus compensaria pelas ações perversas através de uma intervenção sobrenatural 100% do tempo. Por exemplo, se um motorista embriagado provocasse um acidente automobilístico, Deus teria que proteger o motorista e as pessoas no outro carro de qualquer dano, pois haveria muitas pessoas que possivelmente sofreriam pelo acidente ou pela morte/ ferimentos dos envolvidos no acidente. Deus teria que proteger o motorista bêbado de bater nos postes de alta tensão, prédios, etc., porque essas coisas fariam com que pessoas inocentes sofressem.

Um outro exemplo pode envolver uma pessoa preguiçosa fazendo o encanamento de uma casa, e ele não se preocupa em verificar se há vazamentos antes da casa ser terminada. Deus teria que fazer que o encanamento não vazasse porque senão os compradores da casa teriam que sofrer por causa do pecado da pessoa preguiçosa.

Se um pai se viciasse em drogas e gastasse todo o seu dinheiro nesse vício, Deus de alguma forma teria tanto que milagrosamente proporcionar a comida quanto cuidar das necessidades sociais das crianças para que não tivessem que ser adversamente afetadas pelo mal do pai.

Em um mundo assim, Deus seria como um mau pai que permite um comportamento destrutivo de um filho desobediente. Não haveria consequências por suas ações e, como resultado, ninguém aprenderia integridade, pureza, honra, responsabilidade ou auto-controle. Não haveria "consequências boas" pelo comportamento correto, nem "consequências más" pelo comportamento errado. O que as pessoas se tornariam além de mais rebeldes e pecadoras?

3) Uma outra opção seria que Deus julgasse e removesse aqueles que escolhem cometer atos maus. O problema com esta possibilidade é que não sobraria mais ninguém, pois Deus teria que remover todos nós. Todos pecamos e cometemos atos maus (Romanos 3:23; Eclesiastes 7:20, 1 João 1:8). Embora algumas pessoas sejam mais perversas do que outras, onde Deus traçaria a linha? Em última análise, todas as perversidades causam danos a outras pessoas.

Em vez dessas ou outras opções, Deus escolheu criar um mundo "real" no qual as escolhas reais têm consequências reais. Neste nosso mundo real, as nossas ações afetam outras pessoas. Porque Adão escolheu pecar, o mundo hoje vive sob uma maldição e todos nascemos com uma natureza pecaminosa (Romanos 5:12). Haverá um dia quando Deus julgará o pecado no mundo e renovará todas as coisas, mas Ele está propositalmente "atrasando" a fim de permitir mais tempo para que as pessoas se arrependam e não precisem mais ser julgadas por Ele (2 Pedro 3:9). Até então, Ele SE PREOCUPA com o mal. Ao criar as leis do Antigo Testamento, Ele estabeleceu leis que desencorajassem e punissem o mal. Ele julgou as nações e os reis que desprezavam a justiça e buscavam o mal. Da mesma forma no Novo Testamento, Deus afirma que o governo tem a responsabilidade de prover a justiça a fim de proteger os inocentes do mal (Romanos 13). Ele promete também graves consequências aos que cometem atos malignos, especialmente contra os "inocentes" (Marcos 9:36-42).

Em resumo, vivemos em um mundo real onde as nossas boas e más ações têm consequências diretas e indiretas sobre nós e sobre os que nos rodeiam. Deus deseja a nossa obediência para o nosso bem, para que “bem lhes fosse a eles e a seus filhos para sempre” (Deuteronômio 5:29). Em vez disso, o que acontece é que escolhemos o nosso próprio caminho e então culpamos a Deus por não fazer nada sobre isso. Tal é o coração do homem pecador. Entretanto, Jesus veio para mudar os corações dos homens através do poder do Espírito Santo. Assim Jesus é capaz de agir a favor dos que se voltam contra o pecado e clamam a Ele para que os salve do pecado e das suas consequências (2 Coríntios 5:17). Deus previne e restringe alguns atos de maldade. Este mundo seria MUITO PIOR se o Senhor não estivesse restringindo o mal. Ao mesmo tempo, Deus nos deu a capacidade de escolher entre o bem e o mal, e quando escolhemos o mal, Ele permite que nós e os que nos rodeiam soframos as suas consequências. Ao invés de culpar e questionar a Deus sobre os Seus motivos para não impedir todo o mal, deveríamos nos ocupar com a proclamação da cura ao mal e suas consequências - Jesus Cristo!
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O que é a Justiça de Deus?


A Bíblia diz que a Justiça de Deus se revela através do evangelho (Romanos 1:17), as "boas novas", da mensagem de salvação anunciadas ao longo de todas as Escrituras se cumpriu na vida, na morte e na ressurreição de Jesus Cristo. Encontramos na Palavra de Deus o padrão para toda a justiça que precisa ser cumprida por todas as pessoas.
Justiça eterna

Mas o que é justiça?

Em termos gerais, justiça é dar a cada um o que lhe é de direito, o que merece. É estar em conformidade com o que é justo, correto. A maioria das pessoas possuem algum senso de justiça. Todos temos consciência de estar num mundo de injustiças e mesmo não sendo muito justas, as pessoas falam ou reclamam a falta de justiça.
A justiça é questionada quase sempre quando a requeremos em nosso favor ou quando achamos que alguém merece ser punido ou castigado. Buscamos a nossa justiça própria, carregada de egoísmo, quando queremos ser favorecidos, mas normalmente queremos esquece-la quando ela acusa-nos. Parece que a justiça própria parece estar sempre acima da justiça comum, merecida por todos. Mas será a justiça humana tão distante da Justiça de Deus? Infelizmente a justiça dos homens está carregada de injustiça.

Justiça X injustiça

Deus é perfeito, reto e plenamente justo, por isso age sempre em conformidade com a Sua Justiça. A Justiça de Deus é reta e cheia de misericórdia. Ele reprova e condena a injustiça porque esta causa destruição e morte. Quando alguém comete injustiça, os danos destrutivos do mal e da morte afetam diretamente ao próprio transgressor, aos outros a quem ele prejudica, além de comprometer a sua relação com Deus, com o mundo e com os seus semelhantes. 
Um bom exemplo dos danos causados pela injustiça é a história dos irmãos Caim e Abel, na bíblia (Gênesis 4:1-16). Movido por inveja e maldade Caim mata o seu próprio irmão. Esse pecado destruiu a vida do inocente, Abel, afastou Caim de Deus e da sua família. Trouxe maldição à terra, ao seu trabalho e, a sua vida terá sido consumida pelos sentimentos de rejeição, culpa e medo. Deus o afastou, castigando-o pelo seu crime mas o tratou com misericórdia, colocando-lhe um sinal para preservar a sua vida. Assim funciona a justiça de Deus, é revestida de misericórdia. 
Justiça de Deus e Misericórdia
Justiça e Misericordia
Quando pensamos em justiça, logo nos vem à mente o merecido castigo e a punição por algo de errado que se fez. Estas ideias não estão de todo erradas mas, graças a Deus que a Sua justiça é diferente da nossa. A justiça humana é falha, parcial, corrompível e muitas vezes mesquinha. Isto é, segundo a nossa "justiça", o outro merece sempre ser punido e pagar as consequências dos seus erros. Mas quando somos nós a parte culpada, buscamos sempre recursos para nos auto-inocentar. A justiça de Deus, por outro lado, é leal, reta e infalível. Além disso, a justiça divina é misericordiosa e não oprime ninguém em Seu juízo (Jó 37:23).
A justiça de Deus caminha de mãos dadas com a Sua misericórdia. A compaixão de Deus é a disposição graciosa que Ele manifestou de se compadecer da condição humana desde a criação até o final dos tempos. Nesta oferta amorosa, Ele considera o nosso estado miserável e oferece perdão total ao pecador arrependido, quando este crê na Sua bondade e aceita o Seu favor.
Contudo, para satisfazer a justiça (esta exige que o culpado seja punido pela sua injustiça), Deus decidiu atribuir a culpa a Si mesmo. Pelo Seu amor e bondade, Jesus Cristo assumiu o nosso lugar e sofreu a punição pelas nossas injustiças, pelos nossos pecados. Através da fé, fomos substituídos graciosamente por Jesus.

Jesus e a Justiça de Deus

Jesus e a justiça
Jesus cumpriu toda a justiça. Foi justo e misericordioso em toda a sua vida e ministério aqui na terra, sem nunca ter pecado. Através Dele Deus revelou a Sua vontade para os seres humanos. A sua vida dividiu a história da humanidade, sendo Ele o maior exemplo e a perfeita justiça que os homens almejavam. Graças a Ele todos podem ter acesso à justiça de Deus, conhecendo-a através da Bíblia e da vida de Jesus Cristo.
Quando o homem crê em Jesus, é justificado pela fé. Porém, quando descumpre a Sua vontade e rejeita Deus, age como injusto e desobediente. Essa injustiça (falha, transgressão, maldade, erro, corrupção) também é chamada de pecado na Bíblia (1 João 5:17). O pecado presente na humanidade torna a nossa justiça falha e limitada (Isaías 64:6). Por isso todas as pessoas precisam de um recurso fora de sim mesmos para se aproximarem de Deus. 
Para resolver o problema do pecado, que precisa ser punido (Romanos 6:23), Jesus se entregou para cumprir a exigência da Sua perfeição. A justiça foi feita. Foi plenamente cumprida em Cristo, sendo punido pelo pecado da humanidade. Com a morte de Jesus, o preço da dívida da culpa e condenação foi pago. Todos que creem Nele podem desfrutar do perdão de pecados. Pelos méritos de Jesus, todo que busca a Sua justiça é considerado justificado e aceito por Deus. 
Você pode confiar na justiça de Deus!
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English


Como posso ter uma relação mais próxima com Deus?



 O desenvolvimento de uma relação mais próxima com Deus é uma meta admirável e reflete um coração verdadeiramente renascido, pois apenas os que estão em Cristo desejam um relacionamento mais íntimo com Deus. Devemos também entender que nesta vida nunca seremos tão próximos de Deus como deveríamos ou desejamos ser. A razão disso é o persistente pecado em nossas vidas. Esta não é uma deficiência da parte de Deus, mas da nossa; o nosso pecado continua a ser uma barreira para a comunhão plena e completa com Deus, o que será realizado quando estivermos na glória.

Até mesmo o apóstolo Paulo, que teve um relacionamento com Deus tão próximo quanto possível nessa vida, ainda ansiava por um relacionamento mais íntimo: "Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé" (Filipenses 3:8-9). Não importa onde estejamos em nossa caminhada com Cristo, podemos sempre ter uma caminhada mais próxima e, mesmo glorificados no céu, teremos toda a eternidade para crescer em nosso relacionamento com o Senhor.

Há cinco coisas básicas que podemos fazer para ter um relacionamento mais íntimo com Deus.

A primeira coisa que podemos fazer para ter um relacionamento mais íntimo com Deus é ter um hábito diário de confessar os nossos pecados a Ele. Se o pecado é a barreira no nosso relacionamento com Deus, então a confissão remove essa barreira. Quando confessamos os nossos pecados diante de Deus, Ele promete nos perdoar (1 João 1:9), e o perdão é o que restaura a relação que tem sido negativamente afetada. Devemos ter em mente que a confissão é mais do que simplesmente dizer: "Desculpe pelo meu pecado, Deus." É o arrependimento sincero daqueles que reconhecem que o pecado é uma ofensa a um Deus santo. É a confissão de alguém que percebe que o seu pecado é o que pregou Jesus Cristo na cruz. É o grito do publicano em Lucas 18, que disse: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador!" Como o rei Davi escreveu: "Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus"(Salmo 51:17).

A segunda coisa que podemos fazer para ter um relacionamento mais íntimo com Deus é ouvir quando Deus fala. Muitos hoje estão indo atrás de uma experiência sobrenatural de ouvir a voz de Deus, mas o apóstolo Pedro nos diz que devemos ter "assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração" (2 Pedro 1:19). Essa "mais confirmada palavra profética" é a Bíblia. Na Bíblia, "ouvimos" a voz de Deus para nós. É através das Escrituras "inspiradas por Deus" que nos tornamos "perfeitamente habilitados para toda boa obra" (2 Timóteo 3:16-17). Portanto, se quisermos crescer mais perto de Deus, devemos ler a Sua Palavra regularmente. Na leitura da Sua Palavra, estamos "ouvindo" Deus falar através dela pelo seu Espírito que ilumina a Palavra para nós.

A terceira coisa que podemos fazer para ter um relacionamento mais íntimo com Deus é falar com Ele através da oração. Se ler a Bíblia é escutar Deus falando conosco, então falar com Deus é realizado através da oração. Os Evangelhos frequentemente gravam Jesus se isolando para ter comunhão com o Pai em oração. A oração é muito mais do que simplesmente uma maneira de pedir a Deus por coisas de que precisemos ou queiramos. Considere o modelo de oração que Jesus dá aos seus discípulos em Mateus 6:9-13. As três primeiras petições na oração são dirigidas para Deus (que Seu nome seja santificado, que Seu reino venha, que Sua vontade seja feita). As últimas três petições só são feitas depois das três primeiras e mais importantes (dar o nosso pão de cada dia, perdoar-nos as nossas dívidas, não nos deixar cair em tentação). Uma outra coisa que podemos fazer para reavivar a nossa vida de oração é ler os Salmos. Muitos dos Salmos são clamores sinceros a Deus por várias coisas. Nos Salmos vemos adoração, contrição, ação de graças e súplica modeladas em uma forma divinamente inspirada.

A quarta coisa que podemos fazer para ter um relacionamento mais íntimo com Deus é encontrar um corpo de crentes com os quais possamos adorar regularmente. Este é um componente vital do crescimento espiritual. Muitas vezes nos aproximamos da igreja com uma mentalidade de "o que posso tirar da igreja?". Nós raramente temos tempo para preparar os nossos corações e mentes para a adoração. Mais uma vez, os Salmos nos mostram muitas chamadas de Deus para o Seu povo vir adorá-lo (por exemplo, o Salmo 95:1-2). Deus nos convida, nos ordena, a entrar em Sua presença para a adoração. Como podemos nós, o Seu povo, não responder? Não só ir à igreja frequentemente nos dá uma oportunidade de virmos na presença do Senhor em adoração, mas também nos dá a oportunidade de comunhão com o povo do Senhor. Ao chegarmos na casa do Senhor em adoração e comunhão com o Seu povo, o crescimento para mais perto do Senhor é o resultado.

Finalmente, uma relação mais próxima com Deus é construída sobre uma vida de obediência. Jesus disse aos seus discípulos no cenáculo: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra" (João 14:23). Tiago nos diz que à medida que nos submetemos a Deus através da obediência, resistimos ao diabo, e nos aproximamos de Deus, Ele se aproximará de nós (Tiago 4:7-8). Paulo nos diz em Romanos que a nossa obediência é o nosso "sacrifício vivo" de ação de graças a Deus (Romanos 12:1). Devemos ter em mente que todas as exortações bíblicas de obediência são apresentadas como a nossa resposta à graça de Deus que recebemos na salvação. Não ganhamos a salvação através de nossa obediência. Pelo contrário, é a nossa forma de demonstrar o nosso amor e gratidão para com Deus.

Assim, através da confissão, do estudo da Bíblia, da oração, do comparecimento regular à igreja e da obediência, podemos desenvolver uma relação mais próxima com Deus. Parece bastante simples, se não simplista. Entretanto, considere isto: como é que vamos desenvolver um relacionamento mais próximo com os outros seres humanos? Conversamos com eles, abrindo-lhes os nossos corações e escutando o que têm a dizer. Reconhecemos quando fazemos algo de errado e pedimos perdão. Procuramos tratá-los bem e sacrificar nossas próprias necessidades para cumprir as deles. Realmente não é muito diferente da nossa relação com o nosso Pai Celestial.


English

Pode Deus me salvar?



 A pergunta "Pode Deus me salvar?" tem sido perguntada por milhões de pessoas ao longo dos anos. Deus não só pode salvá-lo, mas  Deus pode salvá-lo. Para entender por que a resposta à pergunta "Será que Deus pode me salvar?" é "sim!", temos de entender primeiro por que precisamos ser salvos. Quando Adão desobedeceu a Deus no Jardim do Éden, o seu pecado envenenou o resto da criação (Romanos 5:12), e a natureza pecaminosa que herdamos dele nos separou de Deus. No entanto, por causa do grande amor de Deus por nós, Ele tinha um plano (Gênesis 3:15). Ele viria à Terra como um ser humano na pessoa de Jesus Cristo para voluntariamente dar a sua vida por nós, tomando sobre si o castigo que nós merecíamos. Quando o nosso Salvador clamou da cruz: "Está consumado" (João 19:30), a dívida pelo nosso pecado foi paga por completa. Jesus Cristo nos salvou da morte certa e de uma eternidade horrível sem Deus.

Para podermos nos beneficiar do sacrifício expiatório de Cristo, devemos confiar apenas em Deus e no seu sacrifício como o pagamento pelo pecado (João 3:16; Atos 16:31). Quando fizermos isso, Deus vai nos cobrir com a justiça de Cristo (Romanos 3:22). Sem essa justiça imputada, jamais seríamos capazes de entrar na presença do nosso Deus santo (Hebreus 10:19-25).

Entretanto, a nossa salvação afeta mais do que o nosso destino eterno; "ser salvo" também tem um impacto imediato. A boa notícia é que a obra consumada de Cristo na cruz nos salvou da separação eterna de Deus, e também nos salvou do poder que o pecado atualmente tem sobre nós nesta vida. Quando aceitamos a Cristo, o seu Espírito habita em nós e não mais somos controlados pela natureza pecaminosa. Essa liberdade torna possível que digamos "não" ao pecado e superemos a nossa escravidão aos desejos pecaminosos da carne. "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós" (Romanos 8:9).

Não importa quem você é ou o que tem feito. Jesus Cristo veio a este mundo para salvar pecadores (1 Timóteo 1:15), e todos nós somos pecadores (Romanos 3:23). Nenhum de nós estamos fora do alcance da graça salvadora de Deus (Isaías 59:1). O apóstolo Paulo é um grande exemplo do longo alcance da graça de Deus. Paulo passou a primeira parte de sua vida odiando, aprisionando, perseguindo e até mesmo matando os cristãos. Então, um encontro com Jesus Cristo o transformou em um dos maiores missionários cristãos que já viveram. Se Deus pode salvar Paulo, o "principal dos pecadores" (1 Timóteo 1:15), Ele pode salvar qualquer um.

A humanidade é a joia da coroa da criação de Deus, feita à Sua imagem (Gênesis 1:26). Deus deseja que todos nós sejamos salvos (1 Timóteo 2:4) e que nenhum de nós pereça (2 Pedro 3:9; Ezequiel 18:32). Para aqueles que acreditam no nome de Jesus, Deus dá o poder de serem feitos filhos de Deus (João 1:12). O que o Senhor vai fazer por seus filhos é descrito no Salmo 91: "Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque conhece o meu nome. Ele me invocará, e eu lhe responderei; na sua angústia eu estarei com ele, livrá-lo-ei e o glorificarei. Saciá-lo-ei com longevidade e lhe mostrarei a minha salvação" (Salmo 91:14-16).


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