quarta-feira, 4 de setembro de 2019


JESUS CRISTO NOS SALMOS
 Salmos: prefacio

A designação Salmos messiânicos, que igualmente podem ser denominados de Salmos régios, é uma particular especificação antropológica e teológica, porquanto exalta o domínio do Senhor sobre o povo eleito, em Sião, através do rei escolhido, exaltado não apenas pelo próprio povo, mas também entre as nações.
Os Salmos messiânicos podem ser compreendidos em função tanto de um rei Messias como de um povo messiânico. A relação que se estabelece entre rei e povo messiânico é uma particular forma de governo: a teocracia. Nesse sentido, é possível encontrar uma relação entre os Salmos que exaltam o reinado do Senhor (cf. Sl 47; 93; 96–99) e os Salmos messiânicos, objeto material do presente estudo.


Nas Escrituras Hebraicas, os 150 Salmos são divididos em cinco livros. Estes poemas de oração e louvor cobrem muitos temas, e muitas vezes são apresentados em termos de experiência humana. Eles constam das vitórias, sofrimentos e tristezas do povo de Israel.
Um dos temas predominantes nos Salmos é o tema do Messias. Cerca de 15% ou 24 dos Salmos podem ser classificados como Salmos Messiânicos. São os Salmos 1, 2, 8, 16, 22, 23, 24,34,35, 40, 41, 45, 68, 69, 72,78,87,88, 89,91, 102,109, 110, 118.
Os escritores destes Salmos, que são vários, relatam muito da Pessoa de CRISTO, a Sua vida, rejeição, sofrimento e rejeição. Estes Salmos são muitas vezes citados e interpretados no Novo Testamento.
Num artigo deste tamanho, não temos espaço para examinar todos estes Salmos, mas vamos olhar para alguns.
SALMO 110
O versículo 1 afirma que CRISTO (o Messias) é DEUS. Ele é chamado Senhor (Hb. Adön), exclusivamente aplicado a Jeová DEUS . Os Judeus começaram muito cedo a substituir esta palavra Adön para o nome próprio de Jeová (YHWH).
O Salmo 110:1 é citado por Mateus, Marcos e Lucas. Pedro também citou este salmo no seu sermão de Atos 2:32-36. Pedro não tinha dúvidas que JESUS era o Messias. O facto que os Seus inimigos seriam um dia postos por escabelo de seus pés foi pregado claramente por este apóstolo. O versículo 1 ensina igualmente que Cristo derrotará os inimigos de DEUS. JESUS é DEUS, e um dia Ele reinará sobre o mundo, fazendo os Seus inimigos ajoelharem-se perante Ele. Esta promessa é citada duas vezes pelo autor dos Hebreus (1:3 e 10:13) e é uma certeza que JESUS um dia vai derrotar Satanás, não ele já derrotou satanás e é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
Ele é o Eterno Sumo Sacerdote. “Jurou o Senhor e não se arrependerá, Tu és sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque” (v.4). Este facto também é confirmado em Heb. 5:6; 6:20 e capítulo 7.
SALMO 2
Este salmo descreve claramente a Pessoa de JESUS CRISTO. Ele é chamado O Ungido (Messias) – v.2, O Rei, v. 6 e O Filho, v.7. Os versículos 8 e 9 declaram que Ele conquistará o mundo. No verso 12 somos instruídos a beijar o Filho. A palavra beijar neste contexto, significa adorar ou prestar homenagem (cfr.1Re. 19:18; 1Sam. 10:1). Como as Escrituras ensinam que não devemos adorar nenhum homem, então o Filho tem de ser DEUS .
SALMO 118
A Rejeição de JESUS CRISTO.
Este salmo é o último no grupo dos salmos 113-118, sendo conhecido pelo nome de Halell, que significa aleluia. O halell é muito apropriado em relação à Páscoa, porque relata, não somente a libertação dos israelitas do Egito, mas também a constante bondade de DEUS  para com eles. Apropriadamente o halell abre com “louvai ao Senhor, louvai servos do Senhor”, não mais servos de Faraó.
O Salmo 118 claramente prediz a rejeição de Cristo, como Ele aproximou a Sua morte sacrificial na cruz. “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se pedra de esquina, da parte do Senhor fez isto, maravilhoso é aos nossos olhos” (v.22 e 23). Pedro citou esta passagem aumentando um versículo de Isaías 28:16 (cfr. 1Pe. 2:6,7). Nesta passagem, os edificadores são Israel, e a Pedra é Cristo, significando que o povo judaico tem rejeitado o Messias. Ele é ainda a pedra da esquina, apesar de ter sido rejeitado pela Sua nação. Ele é a pedra fundamental, sem Ele, não há edifício, sem Ele não há estabilidade.
No verso 22 temos a rejeição, ou a humilhação do Messias pelos edificadores (profissionais) e a Sua exaltação por Deus.
A pedra de esquina. A esquina é o sítio onde duas paredes se encontram, e há muitos grupos de dois neste edifício. Há judeus e gentios, há macho e fêmea, servo e livre, mas todos um em Cristo JESUS. Os edificadores judaicos não podiam suportar uma cabeça de esquina. Eles tinham que ficar isolados, ou separados dos outros na sua própria parede de Judaísmo. Não podiam juntar-se com gentios ou samaritanos. Assim, eles rejeitaram Cristo, porque pensaram (corretamente) que se Ele for a pedra, Ele reuniria todos, sem discriminação de raça ou nação. Os Judeus recusaram esta Pedra e Deus construiu a Sua Igreja sobre ela.
O Sofrimento de JESUS CRISTO.
Quando contemplamos os sofrimentos de Cristo nos salmos, geralmente pensamos no Salmo 22. Neste salmo, temos o profundo, sublime e pesado sofrimento de Cristo. O salmo parece ser menos profecia e mais história. É o salmo da Cruz. Começa com as palavras “DEUS  meu, DEUS  meu, porque me desamparaste? ” E termina com “Ele o fez” (hb. Asah= realizado, consumado). Aqui temos a descrição das trevas e da glória da Cruz. Os sofrimentos de Cristo, e a glória que há-de vir. Estamos aqui em terra santa, e devemos prosseguir com a máxima reverência.
1. Ele foi desamparado
E ficou só – verso 1.
Enquanto ficou pendurado na Cruz, JESUS gritou estas palavras (cfr. Mateus 27:46). Na hora nona, DEUS  voltou as Suas costas ao Senhor Jesus, quando Ele levou sobre Si mesmo os nossos pecados. Desamparado por Judas, o traidor, sim, isto podemos compreender. Desamparado por Pedro, o tímido, sim, podemos também… Mas desamparado por DEUS? Só podemos compreender isto lembrando que Jesus na Sua humanidade foi desamparado. Jesus, o homem. Mas DEUS permitiu JESUS na Sua natureza humana a sofrer os tormentos e a morte, porque estava a levar os nossos pecados e o pecado (raiz) faz separação entre nós e DEUS.
2. Ele foi abusado verbalmente
Os versículos 7 e 8 foram cumpridos em Mateus 27:42,43. Notai, “todos os que me veem zombam de mim”. Ricos e pobres, judeus e gentios, soldados e sacerdotes. Não era morte suficiente? Era necessário aumentar o sofrimento com a zombaria e blasfémia?
3. Ele tinha sede
Os versos 14 e 15 foram cumpridos em João 19:28. “Como água me derramei… A minha força se secou como um caco, a língua se me pega ao paladar”. A sede, a privação mais difícil de suportar, até sufocante, tinha de ser intolerável.
4. Ele foi traspassado
Verso 16. Cfr. Jo.20:25; Zc.12:10.
Esta não pode ser uma referência a David, só podendo ser uma referência JESUS de Nazaré. As feridas foram tão profundas que as marcas ficaram depois da Ressurreição. Algumas pessoas pensam que as cicatrizes ainda permanecem no Seu corpo glorioso para ser mostrado na Sua Segunda Vinda – cfr. Zac. 12:10; Ap.1:7.
5. Ele foi humilhado
Verso 8. Cumprido em Jo.19:23,24.
A vergonha da nudez foi a consequência imediata do pecado no jardim do Éden. Portanto, JESUS foi “despido” quando foi crucificado para que pudéssemos ser vestidos com o vestido da retidão e para que a vergonha da nossa nudez (pecado) não aparecesse.
SALMO 34
O Salmo 34 geralmente não é considerado um salmo messiânico. Contudo, contém uma referência relativa ao Messias. “Ele lhe guarda todos os seus ossos, nem sequer um se quebra” (Salmo 34:20)
Quando JESUS e os dois malfeitores estiveram na Cruz, estava a aproximar-se o sábado. Os Judeus pediram a Pilatos para dar ordens aos soldados para estes partirem as pernas dos crucificados para lhes apressar a morte, afim dos corpos serem retirados das cruzes antes do pôr do sol, em conformidade com as regras do sábado.
As pernas dos dois malfeitores foram partidas, mas os soldados descobriram que JESUS já estava morto. Êxodo 12:46 e Número 19:12 estipulam que nenhum osso do cordeiro pascal podia ser partido. Assim, o escritor do Salmo 34 fortaleceu a posição que JESUS Cristo era o Cordeiro Pascal, “o Cordeiro de DEUS , que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
SALMO 16
A Ressurreição de Cristo
Lemos no Salmo 16:10 – “Não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”.
Uma interpretação desta passagem no Novo Testamento encontra-se no sermão do Apóstolo Pedro no dia de Pentecostes. Em Atos 2:29, Pedro disse que David não estava a falar da sua própria ressurreição, porque David já estava morto e sepultado, um facto provado pela existência da sua sepultura.
Pedro continuou a declarar que David estava a falar de Cristo cuja alma “não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu corrupção” (v.31). Pedro depois citou Salmo 110:1 para provar a divindade de Cristo e a Sua ascensão (Atos 2:34-36)



Quando conhecemos a DEUS  – através de um relacionamento pessoal por meio do crer em JESUS como Aquele que morreu por nós na cruz – descobrimos que não há nada (nem ninguém) na vida que nos satisfaça... exceto JESUS, como bem descreve o Salmo 23!









Olha que lindo sobre o SALMO 23: Não tinha observado desta maneira, falou muito ao meu coração. Para nossa Reflexão.

O Senhor é o Meu Pastor...
*Isso é Relacionamento!!*
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Nada Me Faltará...
*Isso é Suprimento!!*
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Caminhar Me Faz Por Verdes Pastos...
*Isto é Descanso!!*
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Guia - Me Mansamente A Águas Tranquilas...
*Isso é Cuidado!!*
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Refrigera Minha Alma...
*Isto é Cura!!*
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Guia-Me Pelas Veredas Da Justiça...
*Isto é Direção!!*
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Por Amor Do Seu Nome...
*Isso é Propósito!!*
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Ainda Que Eu Andasse Pelo Vale Da Sombra Da Morte...
*Isto é Provação!!*
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Eu Não Temeria Mal Algum...
*Isso é Fé!!*
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Porque Tu Estás Comigo...
*Isto é Fidelidade!!*
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A Tua Vara e o Teu Cajado Me Consolam...
*Isso é Esperança!!*
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Unge a Minha Cabeça Com Óleo...
*Isto é Consagração!!*
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E o Meu Cálice Transborda...
*Isso é Abundância!!*
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Certamente Que a Bondade e a Misericórdia Me Seguirão Todos Os Dias Da Minha Vida...
*Isto é Benção!!*
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E Eu Habitarei Seguro Na Casa Do Senhor...
*Isso é Promessa!!*
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Por Longos Dias...
*Isso é Eternidade!!!*



UMA CRISTOLOGIA NO LIVRO DE SALMOS – 1
Admiramo-nos, por vezes, da cabeça dura dos discípulos. Está tão claro para nós! Sim, porque temos a revelação completa! Mas, mesmo com dois mil anos de cristianismo, como há confusão, ainda sobre JESUS e o conteúdo de sua mensagem, em nosso tempo!

Imaginem os discípulos, que em três anos tiveram seu mundo teológico, toda a sua cultura religiosa, social e até mesmo nacional, posta de ponta-cabeça! “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”, disse-lhes JESUS  (Jo 16.12). JESUS não conseguiu colocar tudo o que tinha para ensinar, na cabeça dos discípulos. O Espírito Santo viria completar seu ensino, como ele mesmo declarou: “Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora. Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras”. O ensino de JESUS seria completado pelo Espírito. O Messias não conseguiu se fazer entender por completo. As Escrituras, que são produto final do Espírito Santo, fariam isto. Na realidade, as Escrituras do Novo Testamento surgiram, em boa parte, como necessidade da comunidade cristã primitiva em entender o Antigo Testamento no que ele dizia sobre o Messias.  Neste sentido, o livro de Salmos foi bastante explorado neste sentido.
A vinda de JESUS foi tão extraordinária que os discípulos ficaram atordoados. Criados num rígido monoteísmo, na ideia da unicidade de Deus. E eles viam isto se confirmar! Não era informação verbal, mas experiencial! “Quem é este? ”, perguntavam-se as pessoas.  A noção de que DEUS se fez homem na pessoa de Jesus pode no parecer mais tranquilo, hoje, mas naquela época foi algo muito difícil de aceitar. E lembremos que, no terceiro século do cristianismo ainda havia discussões teológicas para definir doutrinas sobre a pessoa de Jesus. Imaginemos os apóstolos, então.

A comunidade cristã primitiva precisou se explicar e precisou explicar o que acontecera com ela. É notável, em Atos, que os primeiros cristãos não estavam querendo sair do judaísmo. Eles se consideravam como judeus e ainda não tinham enxergado o alcance de sua missão e o de sua própria existência. Eles se viam como mais uma das muitas seitas judaicas e tentaram harmonizar sua situação com o judaísmo até o momento narrado em Atos 15. Em Atos 5.17, os saduceus são vistos como uma seita judaica. Em Atos 15.5, os fariseus é que são assim chamados.  Em Atos 24.14, o cristianismo é chamado “caminho” e tido como seita judaica. Paulo também o chama assim, em Atos 22.4. O nome se confirma em Atos 28.22, na boca dos judeus que moravam em Roma. O próprio Lucas o chama assim, em Atos 24.22. Eles tiveram que reinterpretar o judaísmo e as Escrituras do Antigo Testamento.

Na tentativa de se explicar e se justificar, a comunidade cristã primitiva se debruçou com seriedade e sob a inspiração divina, no estudo do Antigo Testamento. Quando analisamos os sermões de Pedro, no dia de Pentecostes (At 2)  e no sinédrio (At 4) vemos que eles estão cheios de alusões ao Antigo Testamento. Chama a atenção o fato de que muitas destas passagens são do livro de Salmos.  A comunidade cristã primitiva descobriu que este era o livro mais adequado para se centrar na sua pregação e no exame do fenômeno JESUS. É curioso que textos que nos são tão preciosos, como Isaías 53 não são tão explorados como Salmos. Para entender JESUS, a igreja primitiva foi ao livro de Salmos. Por quê?

POR QUE SALMOS?
A resposta é muito simples. O livro de Salmos trata dos anseios humanos. Eles, os salmos, nos falam de sentimentos pessoais de frustração, de dor, de medo, de pedido de vingança. Falam da dependência de DEUS, dos sonhos, das orações por justiça, por intervenção divina.  Mas também nos falam dos sentimentos coletivos. A nação pede ajuda quando está assolada por crise econômica motivada por seca ou por alguma praga de gafanhotos. Pede ajuda quando experimenta medo diante de um inimigo militarmente mais poderoso. Pede perdão quando experimenta o juízo divino. Espera socorro divino. Projeta sua confiança para um libertador ou um salvador. Tudo isto é material para dar substância a um Messias.

Os Salmos trazem também as expectativas espirituais dos judeus. Sendo poesia, eles eram o melhor veículo para que os fiéis expressassem suas perspectivas espirituais. O anseio pelo Messias não poderia ter melhor espaço que as canções e hinos entoados nos cultos, ao redor das fogueiras no campo, nas lamentações à beira de sepulturas, ou nas marchas pelo deserto. Os judeus veneravam suas Escrituras e faziam uso dela não apenas no templo e nas sinagogas, mas em todas as áreas da vida.  Como o livro de Salmos é o maior livro do Antigo Testamento, consequentemente teria que ser o mais citado pelos judeus, em seu uso das Escrituras. Aliás, é o livro do Antigo mais citado no Novo Testamento. Por este aspecto, a incidência do uso de Salmos em profecias acabaria sendo até mesmo uma simples questão matemática. Mas, o fato de serem expressões práticas de fé, tornaram-nos recomendáveis para subsidiar a figura do Messias.

Há outro aspecto a ser considerado. Muitos dos salmos foram compostos para cânticos nacionais associados com a figura do rei de Jerusalém. Quando da entronização de um novo rei, por exemplo. A rebelião dos reis contra um deles produziu o Salmo 2, que da mesma maneira foi identificado como sendo um salmo messiânico. Era prefigurava o que aconteceria no futuro. É fácil entender isto. O rei de Jerusalém era da dinastia de Davi. Todos os reis de Judá eram descendentes de Davi.  Por mais desqualificado que fosse qualquer um deles, do ponto de vista espiritual, era um antecessor do Grande Rei, do Novo Davi, do Messias vindouro. Estes cânticos celebrando um momento específico na vida do rei de Jerusalém foram transpostos para a figura do Messias, JESUS Cristo, vendo a comunidade cristã primitiva neles um anúncio de algum aspecto da vida do Salvador. Até mesmo as crises pessoais do rei de Jerusalém acabaram prefigurando crises pessoais do Messias. Isto explica porque o livro de Salmos se tornou a maior base para se elaborar explicações sobre a pessoa de JESUS por parte da comunidade cristã primitiva. Ele antecipou momentos da vida de JESUS. E para a igreja foi compreensível: Judá era o povo governado pelo rei da dinastia de Davi, o grupo fiel, o remanescente. A igreja se viu como o novo Judá.

O próprio JESUS testificou que os Salmos falavam dele, como vemos em Lucas 24.25-27, 32, 44-46.  Ele entendeu que havia neles um testemunho a seu respeito. Particularmente na conversa com os caminhantes de Emaús ele deixou isto bem claro. Ele se viu nos Salmos. E usou-os muito ao falar sobre si. Por isso Agostinho chamou JESUS de “esse admirável cantor de Salmos”.

OS SALMOS MESSIÂNICOS
Os salmos que ficaram marcados como sendo testemunhos sobre JESUS passaram a chamar-se de messiânicos. Alguns já eram considerados assim, antes do advento de JESUS. por isso, só a sua aplicação ao Salvador já aponta para a messianidade de JESUS. Os salmos mais reconhecidamente messiânicos são:1, 2, 8, 16, 22,23, 24,34,35, 40, 41, 45, 68, 6972,78, 87, 89,91,102,109, 110, 118, (os principais estão sublinhados). Uma análise global deles nos mostra que eles enfatizam três temas messiânicos que são encontrados na teologia do Novo Testamento, em seu aspecto Cristológico:

(1) A humilhação e exaltação do Messias.
(2). As tristezas presentes e o livramento futuro de Israel.
(3). As bênçãos futuras de todas as nações através do Messias reinante de Israel.
Estes temas foram bem assimilados na teologia do Novo Testamento, como mencionei anteriormente. Paulo tratou do primeiro em Filipenses 2.9-11, no texto clássico do esvaziamento de JESUS e o recebimento dele de um nome sobre todo o nome. Paulo não criou esta ideia baseando-se nos Salmos. JESUS havia falado de sua rejeição e de sua morte, mas também de sua ressurreição e segunda vinda. A comunidade cristã primitiva subsidiou as informações de JESUS sobre si mesmo com estas declarações dos Salmos e assim os interpretou. Vemos aqui a regra primeira de hermenêutica: o Novo Testamento interpreta o Antigo e o Antigo subsidia o Novo. Assim, Salmos foi tornado mais claro no Novo Testamento. Ao mesmo tempo, deu base teológica para o Novo Testamento.

As tristezas presentes e o livramento futuro de Israel foram abordados por Paulo em Romanos 9-11. A questão foi descobrir como a comunidade anterior, a da antiga aliança, tema que estudamos na primeira palestra, teria seu espaço dentro do propósito de DEUS. Crendo que Israel, mais uma vez, rejeitara a seu Senhor, e agora de maneira mais drástica com a morte de JESUS, os cristãos foram se perguntar: “e o futuro de Israel? ”. Esta questão lhes era relevante até mesmo porque a maior parte deles se compunha, na época, de pessoas vindas da fé judaica.

A comunidade cristã primitiva teve a compreensão de que o Messias não era apenas o Salvador dos judeus, mas do mundo inteiro. Mas ela não criou isso. Ela viu isso nos Salmos (2.8, 22.31, 45.17, por exemplo). Não deixa de ser irônico que sendo tão exclusivistas a ponto de comporem uma canção pedindo que seus inimigos tivessem os filhos esmagados nas pedras, os judeus tivessem alguns de seus cânticos trazendo bênçãos para seus inimigos. A comunidade cristã primitiva foi orientada pelo Espírito para ler nos Salmos o que Israel não conseguiu ler. Aquilo que JESUS delineou no Sermão do Monte: “Foi dito… eu, porém, vos digo…”, foi posto na mente deles pelo Espírito. Ele completou o ensino de JESUS e os levou a entender que JESUS tinha autoridade para uma nova revelação.


Eles até reinterpretaram os Salmos. Veja-se que o Salmo 1, que é a síntese e o prólogo do Saltério, estabelece a Torah, a palavra de Deus, como critério para avaliar a vida dos homens. A conclusão do Sermão do Monte nos mostra JESUS estabelecendo “estas minhas palavras” como critério para avaliar a vida dos homens. Ele reinterpretou o Antigo Testamento, inclusive os Salmos.

Quais aspectos da vida de JESUS os salmos messiânicos conseguiram contemplar? Alisto, a seguir, alguns deles. Não creio que tenha esgotado a lista, mas estes me parecem os mais notáveis. Vale a pena ver não apenas os tópicos, mas as passagens, e entender seu sentido.

(1) JESUS é o Filho de Deus – Sl 2.7; 45.6-7; 102.25-27.
(2) JESUS é o Filho do Homem – Sl 8.4-6, etc. Se no tópico anterior sua divindade é realçada, neste, sua humanidade é afirmada.                                        .
(3) JESUS é o Filho de Davi – Sl 89.3-4,27,29. Todo rei de Jerusalém era filho de Davi. Mas se o davidismo, que já mencionei anteriormente, estava em curso, a aplicação seria bem restritiva, ignorando-se o rei de Jerusalém, e projetando-se para uma figura por vir.
(4) JESUS é mostrado como sendo Profeta ou o Arauto que apresenta os irmãos diante do Senhor- Sl 22.22, 25 e 40.9-10. Profeta, aqui, não é o pregoeiro de juízo, mas o arauto, que se chega diante do Rei Eterno e apresenta os irmãos menores, que somos nós.
(5) JESUS é Rei – Sl 2; Sl 24; etc. O Salmo 24 parece ter sido composto para a entronização da arca em Jerusalém. Isto o tornaria altamente messiânico, pois a arca era um símbolo da presença de DEUS com seu povo, como JESUS é a presença divina conosco.
(6) JESUS é Divino – Sl 45.6-7; 102.25-27 (cf. com Hebreus 1.8-14). Aliás, o autor de Hebreus vai se valer muito da ideia de Melquisedeque como um tipo de JESUS. Vale-se dos Salmos, mais que em Gênesis.
(7) JESUS é DEUS – JO 1 1-3: JO 1, 14: IS 9:6, COLOSSENSES 2: 9,10


CONCLUSÃO
É nos possíveis verificar porque o livro de Salmos foi um solo fértil para as ideias messiânicas. Sendo um povo que se expressava mais poeticamente do que discursivamente, que usava mais figuras de linguagem que conceitos, que se valia da tipologia (um tipo prefigurava outro), os discípulos interpretaram várias passagens como alusivas a JESUS. Isto não significa que agiram erradamente. Pelo contrário. Agiram certos, inspirados pelo Espírito Santo de DEUS. Mas não pensemos em psicografia espírita, em que foram possessos por alguma entidade, ou que receberam uma mensagem num vácuo intelectual e cultural. Eles foram pesquisar em sua religião e em sua cultura o que acontecera. E descobriram aquilo que cremos de todo coração: que o Antigo Testamento em geral, e os Salmos, em particular, dão testemunho de JESUS como o Messias.



as seguintes 26 profecias específicas sobre o Messias (JESUS) nos Salmos:
1.Salmo 2.7 > Mateus 3.17 (Deus declarará o Messias, JESUS, seu Filho)

2.Salmo 8.6 > Hebreus 2.8 (Todas as coisas serão postos debaixo dos pés do Messias

3.Salmo 16.10 > Marcos 16.6-7 (Ressuscitará da morte)

4.Salmo 22.1 > Mateus 27.46 (Deus o desamparará na hora da necessidade)

5.Salmo 22.7-8 > Lucas 23.35 (Será zombado e insultado)

6.Salmo 22.16 > João 20.25, 27 (Suas mãos e seus pés serão perfurados)

7.Salmo 22.18 > Mateus 27.35-36 (Lançarão sorte pelas suas vestes)

8.Salmo 34.20 > João 19.32-33, 36 (Nenhum osso será quebrado)

9.Salmo 35.11 > Marcos 14.57 (Será acusado por testemunhas iníquas)

10.Salmo 35.19 > João 15.25 (Será odiado sem motivo)

11.Salmo 40.7-8 > Hebreus 10.7 (Virá para fazer a vontade de Deus)

12.Salmo 41.9 > Lucas 22.47 (Será traído por um amigo)

13.Salmo 45.6 > Hebreus 1.8 (Seu trono será eterno)

14.Salmo 68.18 > Marcos 16.19 (Assentar-se-á à destra de Deus)

15.Salmo 69.9 > João 2.17 (O zelo pela casa de Deus o consumirá)

16.Salmo 69.21 > Mateus 27.34 (Receberá fel e vinagre para beber)

17.Salmo 72.1-5, 17 > Lucas 1.32-33 (Terá um reino eterno)

18.Salmo 72.8-11, 19 > João 1.5-9; Atos 13.47-48 (Téra um reino mundial)

19.Salmo 72.2-4 > Lucas 4.17-19 (Julgará com justiça e equidade)

20.Salmo 78.2 > Mateus 13.34 (Falará em parábolas)

21.Salmo 109.4 > Lucas 23.34 (Orará a favor dos seus inimigos)

22.Salmo 109.8 > Atos 1.20 (O encargo do seu traidor será tomado por outro)

23.Salmo 110.1 > Mateus 22.44 (Os seus inimigos serão colocados debaixo dos seus pés)

24.Salmo 110.4 > Hebreus 5.6 (Será um sacerdote semelhante a Melquesideque)

25.Salmo 118.22 > Mateus 21.42 (Será uma pedra angular)

26.Salmo 118.26 > Mateus 21.9 (Virá em nome do Senhor

Salmo 23 : 1 e 4 > JO 10.11
Salmo 24: 4 > MT 5.8
Salmo 72: 2.11.12.13.14.17.19
Salmo 40:17> 1 pe 5:7
Salmo 45: 2> lc 4:22
Salmo 91 todo





Salmo 1
Vamos ver o que diz o Salmo 1:1: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores".

Agora vamos a Mateus 9:10: "E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos". 

O sentido é totalmente diferente. No Salmo está dizendo de alguém que QUER SER como os ímpios. Por isso ele passa por um processo: caminha, para e senta. Porém o Senhor não andava com pecadores porque queria ser como eles, mas porque queria salvá-los.

Ao que parece o que levantou a dúvida em sua mente foi o costume de alguns que se dizem cristãos e participam do Carnaval, com a desculpa de que estão na avenida com o objetivo de evangelizar. Tal desculpa não convence. O ano tem 365 dias e apenas 3 ou 4 deles são de carnaval. Por que não encontrar essas pessoas em outros dias? As pessoas não se tornam pecadoras por participarem do carnaval; elas já são pecadoras o ano todo.

Também é bom lembrar que o Senhor é o único Homem que andou aqui que, mesmo em contato com o pecador e a contaminação, não se contaminava porque não tinha pecado. Quando ele tocava um cadáver ou um leproso, ele não ficava contaminado e nem precisava oferecer sacrifícios para se purificar, conforme a lei exigia.

Luc_5:13 E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, sê limpo. E logo a lepra desapareceu dele. 

Luc_7:14 E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar

Núm_5:2 Ordena aos filhos de Israel que lancem fora do arraial a todo o leproso, e a todo o que padece fluxo, e a todos os imundos por causa de contato com algum morto

A razão de ele não se contaminar era por ser o único Homem totalmente sem pecado ( ele é DEUS), sem uma resposta interior ao pecado vindo de fora, e sem qualquer possibilidade de pecar. Já dá para perceber que, embora participando da humanidade em todos os aspectos, naquilo que dizia respeito ao pecado o Senhor era completamente diferente de nós. Totalmente isento de pecado.

Ao contrário dele, todos nós nascemos pecadores, temos em nós a carne que é capaz de responder aos apelos do pecado mesmo depois de convertidos, quando não é ela própria que gera esses apelos e concupiscências, e estamos sempre aptos a pecar quando baixamos a guarda e não andamos no Espírito.

Então, devo participar do Carnaval com o objetivo de pregar para as pessoas ali? Eu não faria isso porque não demoraria muito e estaria de olho nas mulheres nuas, ao invés de ter minha mente ocupada com Cristo. É uma ilusão pensarmos que somos fortes ou ficamos imunes ao pecado depois de convertidos. Salvação não é vacina. Temos de DEUS uma nova natureza, mas a velha continua ali, agachadinha, pronta para colocar suas asinhas de fora.

Aquilo que DEUS disse a Caim continua valendo até para o cristão: "E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta" Gn 4:7. Para entender esta passagem, pense em uma cascavel morando na soleira da porta de sua casa. Você passaria pela porta descuidado sabendo que ali tem uma cascavel pronta para dar o bote ao menor descuido? Não.

O cristão que, alegando querer imitar o Senhor, contraria o Salmo e acaba andando segundo o conselho dos ímpios, se detendo no caminho dos pecadores e se assentando na roda dos escarnecedores, corre um sério risco de ser picado pela cascavel. Ele não é Jesus, imune ao pecado, portanto, como ensina Judas 1:23, deve odiar "até a roupa contaminada pela carne”.
 Na Lei qualquer roupa contaminada pelo contato com o leproso ou um cadáver devia ser queimada. Quando temos contato com as coisas e os costumes associados ao pecado também ficamos vulneráveis a cair nos mesmos pecados. Até quando pregamos para pessoas envolvidas em determinadas práticas devemos ser cuidadosos para não sucumbirmos à tentação e sermos levados pelo mesmo caminho.

Dou um exemplo prático: um cristão que tenha dificuldades com assuntos relacionados ao sexo, prostituição ou pornografia não deveria pregar o evangelho para uma prostituta. Se fosse o caso de visitar alguém assim para falar, o melhor seria ele ir acompanhado de um irmão sério ou até mesmo enviar outras pessoas em seu lugar, reconhecendo seu próprio "calcanhar de Aquiles".

Não devemos ser tolos pensando que podemos resistir ao pecado. Devemos resistir ao diabo, mas do pecado nós devemos fugir o mais rápido possível.

1Co_6:18  Fugi da prostituição.

Tgo_4:7  Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.

Rom 6:19 Falo como homem, PELA FRAQUEZA DA VOSSA CARNE; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação.

Ou você acha que se José tivesse ficado sentado ao lado da mulher de Potífar ele a teria convencido a deixar seus pensamentos promíscuos e concentrar-se nas coisas de DEUS? Não! José fugiu o mais rápido que podia, porque ele conhecia bem a sua própria carne.

Envolver-se com coisas como o Carnaval ou outras atividades claramente carnais e pecaminosas com o argumento de fazer isso para evangelizar é dar ocasião à carne. Ela vai aproveitar a ocasião e quando você menos espera a cascavel dará o bote.

Gál_5:13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. 

Prv 6:27-28 Porventura tomará alguém fogo no seu seio, sem que suas vestes se queimem? Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés? 

Este cuidado o próprio Espírito Santo demonstrou ter nas instruções que Paulo dá a Tito, quando este estivesse exortando os cristãos em Creta. Para evitar que Tito caísse em tentação ao tratar diretamente com as jovens, Paulo sabiamente abre uma exceção neste caso. Ele devia falar diretamente aos velhos, às idosas, aos jovens e aos servos, mas não às jovens. A mensagem dirigida a elas deveria ser dada às idosas, para que estas falassem às jovens:

Tit 2:1 Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. 
Tit 2:2 Os velhos, que sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, no amor, e na paciência; 
Tit 2:3 As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; 
Tit 2:4-5  Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.
Tit 2:6 Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados. 
Tit 2:9 Exorta os servos a que se sujeitem a seus senhores, e em tudo agradem, não contradizendo,


Veja que interessante esta passagem que extraí do livro 
"A Ordem de Deus", de Bruce Anstey:

"Com muita frequência vemos uma inversão na ordem do ministério de irmãos e irmãs. Por exemplo, ouvimos falar de irmãos (no papel do "Pastor") que têm encontros em particular com mulheres -- geralmente mulheres jovens -- com o objetivo de aconselhá-las em sua vida pessoal. É frequente pessoas assim acabarem caindo em algum tipo de imoralidade, para desonra do Senhor. Temos um artigo que mostra que mais de 80% dos homens no "ministério" que caíram em imoralidade chegaram a tal ponto como resultado de sessões de aconselhamento! Muito disso teria sido evitado se esse ministério na igreja fosse desempenhado por mulheres".

Agarre esta passagem de Ageu como um princípio para toda a sua vida:

Age 2:11-12 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Pergunta agora aos sacerdotes, acerca da lei, dizendo: Se alguém leva carne santa na orla das suas vestes, e com ela tocar no pão, ou no guisado, ou no vinho, ou no azeite, ou em outro qualquer mantimento, porventura ficará isto santificado? E os sacerdotes responderam: Não. E disse Ageu: Se alguém que for contaminado pelo contato com o corpo morto, tocar nalguma destas coisas, ficará ela imunda? E os sacerdotes responderam, dizendo: Ficará imunda. 

Trocando em miúdos, não adianta colocar água limpa em um copo com água suja que esta não ficará limpa. Mas basta uma gota de água suja em um copo de água limpa para esta ficar suja.

Salmos 2
O Salmo 2 é um salmo messiânico, ou seja, destaca a supremacia do Ungido, o Mashiah ( MESSIAS), sobre os poderes que se opõem a Ele.
Este salmo não tem título, mas o Novo Testamento o atribui a Davi (At 4.25). Bíblia de Genebra.
Vários salmos são chamados de messiânicos por causa de suas descrições proféticas de JESUS, o Messias (Cristo) – Sua vida, morte, ressurreição e futuro reino. Davi, o autor deste salmo era um pastor, soldado e rei. Podemos ver que ele era também um profeta (At 2:29, 30) porque este salmo descreve a rebelião das nações e a vinda de Cristo para estabelecer Seu reino eterno. 
1-3 Uma descrição do ódio e da rebelião que a humanidade lança contra DEUS e contra Seu Filho. “Romper os laços” é rejeitar totalmente a autoridade do Messias, JESUS Cristo, Filho de Deus. 
Por que se enfurecem os gentios…? A palavra “gentio” significa “nações”; era aplicada às nações idólatras vizinhas a Israel.
Ungido. Do heb mashiah, de que deriva a palavra “Messias”. Significa, literalmente, “Um ungido”. … De acordo com o costume antigo, derramava-se óleo sobre a cabeça dos sacerdotes e reis quando estes eram consagrados ao seu ofício (ver êx 28:41; 1Sm 10:1). 
rompamos os laços. Uma metáfora que indica uma atitude de rebelião. Bíblia de Genebra.
Muitos pensam que serão livres se eles se afastarem de DEUS. Entretanto, nós todos inevitavelmente servimos alguém ou a algo, seja ele/ela um rei humano, uma organização, ou mesmo aos nossos desejos egoístas. Assim como um peixe não é livre quando sai da água e uma árvore não é livre quando sai do solo, nós não somos livres quando nos afastamos do Senhor. Nós podemos encontrar a única rota segura ao servirmos de todo o coração a DEUS, o Criador. DEUS pode fazer você livre para que você seja a pessoa que Ele criou para você ser. 
Ri-se e zomba são as maneiras de expressar que a onipotência divina nada tem a temer ante as maiores forças que os seres humanos podem criar, inclusive bombas atômicas e foguetes interplanetários. Bíblia Shedd.
o Meu santo Monte Sião. Sião, o nome do monte ao sul da cidade de Jerusalém, tornou-se o nome poético da cidade. 
7. Eu, hoje, te gerei. Não se deve compreender essa declaração como indício de que originalmente o Filho foi gerado. … Quando comenta este texto, o apóstolo inspirado o interpreta como uma profecia da ressurreição de Jesus (At 13:30-33).
10-12 A exortação solene: sede prudentesservialegraivosbeijairefugiam. Cristo deve ser recebido agora como Salvador, para que O sirvamos eternamente como Senhor. Bíblia Shedd.
12 Beijai o Filho. “Beijar o Filho” significa reverenciar ao Messias e se refere ao costume oriental de prestar respeito a pessoas de nível superior. 
Ao invés de “beijai”, algumas versões apresentam “homenageai”. 
Bem-aventurados todos. O salmo se encerra com uma bem-aventurança pronunciada sobre todos os que confiam no Rei de Yhwh, Todos os seres humanos, de qualquer idade, clima e nação, pecaram e precisam de um Salvador. Bem-aventurados são os que reconhecem essa necessidade e confiam no Messias. É dever do cristão apelar às pessoas para que se arrependam e se submetam ao governo de Cristo.

Salmos 8
Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste... tudo puseste debaixo de seus pés
(Salmo 8:5-6).
OS SALMOS MESSIÂNICOS-SALMO 8
O Salmo 8 apresenta a glória do "Filho do Homem" durante o milênio, reinando sobre os céus e a terra. Cristo é "DEUS nosso Senhor" e Seu nome será excelente sobre toda a terra; Sua glória estará acima dos céus naquele dia. Quando Cristo estava na terra Ele foi rejeitado pelos governantes de Israel, mas o louvor da boca "dos meninos e das criancinhas de peito" calou os inimigos. Isso cumpriu-se quando as crianças O louvaram no templo e confundiram os principais sacerdotes (Mateus 21:16).
Quando DEUS criou os céus e a terra, Ele colocou a terra sob os pés de Adão (vv. 3-8). Mas a interpretação desses versos não está em Adão nem no próprio Salmo, mas em três passagens do Novo Testamento. (1) Cristo voltará e reinará até que tudo seja colocado sob Seus pés. O último inimigo a ser vencido é a morte (1 Coríntios 15:24-28). (2) Todas as coisas serão colocadas sob os Seus pés associado com a Igreja (Efésios 1:21 e 23). (3) O "mundo futuro" será submetido a Ele; todavia, nós ainda não vemos todas as coisas colocadas sob Seus pés, mas podemos vê-lo coroado com glória e honra (Hebreus 2:5-9).
Adão foi feito "pouco menor do que os anjos" (v.5), entretanto, Cristo voluntariamente assumiu um lugar inferior aos dos anjos, ao passo que, pessoalmente, Ele sempre foi maior que os mesmos (Hebreus 1:6). A revelação apresentada em Hebreus 2 e não mencionada no Salmo 8 é a razão porque o Filho do Homem foi feito menor que os anjos. Isso aconteceu por causa "da paixão da morte" que Ele deveria provar "a morte por todos" (Hebreus 2:9). Ele fez isso para aniquilar o poder do diabo e "livrar" os que estavam em servidão "por causa do medo da morte" (Hebreus 2:14-15).
Salmo 16 – O Santo de DEUS
Este salmo como muitos outros também é. Messiânico "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam" (Jo 5:39). Ou seja, as Escrituras, ou o que chamamos de Velho Testamento fazem referência a Cristo.

Ao lermos os salmos devemos ter em mente estes dois aspectos evidenciados pelo apóstolo Pedro: considerar que os salmistas eram profetas e que os salmos são profecias fará com que tenhamos uma leitura profícua e uma interpretação segura.

Salmo 16

1 Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refúgio.
2 Digo ao Senhor: Tu és o meu Senhor; além de ti não tenho outro bem.
3 Quanto aos santos que estão na terra, eles são os ilustres nos quais está todo o meu prazer.
4 Aqueles que escolhem a outros deuses terão as suas dores multiplicadas; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios.
5 Tu, Senhor, és a porção da minha herança e do meu cálice; tu és o sustentáculo do meu quinhão.
6 As sortes me caíram em lugares deliciosos; sim, coube-me uma formosa herança.
7 Bendigo ao Senhor que me aconselha; até os meus rins me ensinam de noite.
8 Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; porquanto ele está à minha mão direita, não serei abalado.
9 Porquanto está alegre o meu coração e se regozija a minha alma; também a minha carne habitará em segurança.
10 Pois não deixarás a minha alma no Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
11 Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente.

Entendemos que as Escrituras fazem referência à pessoa de Cristo por ele mesmo ter anunciado este aspecto pertinente ao Antigo Testamento. Pedro declarou que o salmo dezesseis refere-se a Cristo:


Atos 2.25-31
25 Porque dele disse Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, Porque está à minha direita, para que eu não seja comovido;
26 Por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; E ainda a minha carne há de repousar em esperança;
27 Pois não deixarás a minha alma no inferno, Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção;
28 Fizeste-me conhecidos os caminhos da vida; Com a tua face me encherás de júbilo.
29 Homens irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura.
30 Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que DEUS lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono,
31 Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção.

Pedro chegou a conclusão de que este salmo faz referência a pessoa de Cristo ao considerar duas coisas:
Davi era profeta e o salmo é uma profecia

a) Davi era profeta ( At 2:30 ), e;
Atos 2.30

30 Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que DEUS lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono,

b) o salmo é uma previsão, ou melhor, uma profecia ( At 2:31 ).
Atos 2.31

31 Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção.

Ao lermos os salmos devemos ter em mente estes dois aspectos evidenciados pelo apóstolo Pedro. Considera que os salmistas eram profetas e que os salmos são profecias, fará com que tenhamos uma leitura profícua e uma interpretação segura.

O salmista Davi ao escrever este salmo tinha sobre si o Espírito de DEUS que o fez profetizar deixando registrado sentimentos e aspectos que não dizem de sua própria pessoa. Ele conseguiu pelo Espírito Eterno fazer conhecido quais seriam os sentimentos de Cristo quando estivesse entre os homens.

Cristo confiou e refugiou-se em DEUS. Sendo ele autor e consumador da fé, andou por fé entre os homens. Ele confiou no Pai conforme o testemunho das Escrituras. O que DEUS exige dos homens, Cristo realizou. Aprendeu a obediência ( Hb 5:8 - Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.), ao viver por fé.

Um escravo não tinha propriedade e a única possessão, por assim dizer, que um escravo detinha era o 'seu' Senhor. Da mesma forma quando Cristo assumiu a condição de servo submeteu-se completamente a vontade do Pai. Este salmo apresenta a realidade de um servo: Cristo como servo não teve possessão neste mundo, antes o Senhor DEUS foi a sua única 'possessão'. Por isso a expressão "meu" Senhor, ou o complemento: "Não tenho outro bem além de ti" (v. 2) (Lc 22:42 - Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.).

Somente o que pertence ao Senhor proporciona prazer Aquele que assumiu a condição de Servo. Ser santo é ser separado para uso exclusivo de DEUS. Os santos que estão sobre a face da terra foram separados como propriedade exclusiva de DEUS, e tão somente eles são o deleite de Cristo (v. 3). Cristo como Servo alegra-se com a possessão do Pai: os santos.


De igual forma que Cristo, os escravos, por não terem posses, se alegravam com o que os seus senhores possuíam e adquiriam. Os santos por pertencerem a DEUS (propriedades), são a alegria do Servo do Senhor.

O que diferencia aqueles que servem a outros deuses daqueles que seguem ao Senhor? Aqueles que seguem após o Senhor, são separados como propriedade e para serviço do Senhor e são nomeados santos! Já aqueles que correm após outros deuses, multiplicarão as suas dores, pois simplesmente entesouram ira para si ( Sl 17:14 - Dos homens com a tua mão, Senhor, dos homens do mundo, cuja porção está nesta vida, e cujo ventre enches do teu tesouro oculto. Estão fartos de filhos e dão os seus sobejos às suas crianças.).

As ações dos que servem ao Senhor não será conforme as ações daqueles que seguem após outros deuses, e Cristo jamais pronunciará os seus nomes. Cristo não guarda qualquer relação com aqueles que seguem após outros deuses (v. 4).

O versículo cinco conclui o pensamento exposto do versículo um ao quatro: "O Senhor é a porção da minha herança e do meu cálice; tu és o sustentáculo da minha sorte" (v. 5).

Utilizando o paralelismo de ideias, o que é próprio à poesia hebraica, verificamos que o Servo do Senhor não possui bens, a não ser o 'seu' Senhor (v. 2), e que Ele se alegra com o fato do seu Senhor ter uma possessão em especial: os santos (v. 3). Entretanto, o versículo cinco demonstra que o Servo do Senhor tem direito a uma herança. É próprio dos servos terem direito a uma herança? Não! Não há como um servo adquirir herança para si, por mais que se empenhe em satisfazer a vontade do seu Senhor.

Como é possível a Cristo ter direito a uma possessão sendo servo? (v. 5 compare com v. 2). Paulo pode auxiliar na compreensão deste mister: "Digo que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do escravo, ainda que seja senhor de tudo. - Ele está debaixo de tutores e curadores até o tempo determinado pelo pai" ( Gl 4:1 -2).

Em um primeiro momento o salmo demonstra um servo que não possui bens, e em seguida apresenta um servo 'herdeiro'. Como explicar isto? O salmo apresenta Cristo na condição de Servo, porém, no tempo determinado pelo Pai ele haveria de tomar posse da herança, visto que ele é Senhor de tudo.

Cristo, na condição de servo, tinha um tempo determinado antes de herdar todas as coisas, e estava aprendendo a obediência por tudo quanto estava passando entre os homens (tutor) "Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu" ( Hb 5:8 ).

Como Cristo confiou e refugiou-se em DEUS na condição de Servo, Deus susteve a sorte de Cristo. Desta maneira a posição de Senhor se constituí a herança que Cristo herdou (v. 5).

A condição de Senhor é a exata porção da herança que Cristo haveria de herdar ao assentar-se à destra de Deus (v. 11); a exata medida que coube a Cristo (porção) por ter confiado e refugiado em Deus quando na condição de Servo é a posição (herança) de Senhor.

O próprio Senhor DEUS é garantia de que o seu Cristo receberia a condição de Senhor "Tu és o sustentáculo da minha sorte" (v. 5). O Servo do Senhor refugiou-se em confiar naquele que haveria de conceder 'aquela glória' que ele tinha antes que houvesse mundo "E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse" ( Jo 17:5 ).

Quando o salmo diz que 'o Senhor é a porção da minha herança', não diz de um prêmio, e sim que a posição de Senhor é a própria medida (porção) da herança de Cristo "... na tua destra delícias perpétuas" (v. 11). Aquele que confiou no seu Senhor na condição de Servo, agora, como Filho, recebe a sua herança conforme o estipulado por um decreto eterno: "Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão" ( Sl 2:8 ) ; (v. 6).

Cristo é o único que na condição de Servo foi capaz de produzir louvores a Deus (v. 7) "Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer" ( Sl 17:4 ). O 'louvarei' estipulado no versículo sete não diz de cânticos entoados, mas sim da obra que foi dada a Cristo realizar e consumar entre os homens.

Todos os homens que nascem de Deus se constituem em louvor a glória e graça de Deus ( Ef 1:12 - Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; ), pois a nova criação em Cristo é uma obra exclusiva de Deus. Esta obra se constitui em perfeito louvor a Deus. Esta é a verdadeira adoração exigida por Deus: "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram O adorem em espírito e em verdade" ( Jo 4:24 ).
Se o homem não nascer de novo (o novo nascimento é uma obra exclusiva de DEUS), jamais poderá louvar a DEUS na beleza da sua santidade, pois somente a obra realizada pelo Criador pode levar-lhe.

Há uma pequena variação no vocábulo empregada nos salmos e a linguagem utilizada por Pedro:

"Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim. Porque ele está à minha mão direita, não serei abalado" ( Sl 16:8 ).
"Sempre via diante de mim o Senhor, Porque está à minha direita, para que eu não seja comovido" ( At 2:25 ).

O que há de diferente entre a abordagem de Pedro no N. T. e o das Escrituras (V. T.) é o vocábulo, porém a ideia permanece intacta. Este é o maior benefício da poesia hebraica: mesmo quando há variação de vocábulos, a ideia permanece.

A variação entre a citação de Pedro e o que está registrado nos salmos não depõe contra a bíblia. Antes demonstra que a inerência bíblica é quanto às ideias que são expostas, e não quanto às traduções que a cada dia se avolumam. A idéia bíblica não depende única e exclusivamente de uma tradução 'ipsis literis'. (da mesma grafia, mesmas letras)

As diferenças de vocábulos entre o Antigo Testamento e as citações que os autores do Novo testamento fizeram pode ter ocorrido por utilizarem traduções diferentes, ou por simplesmente terem registrado o que haviam decorado nas sinagogas. Apesar das discrepâncias entre algumas traduções, o que lemos na bíblia são ideias concisas e precisas devidamente preservadas.

Cristo é aquele que colocou o Senhor diante de si, e todos os seus caminhos eram conhecidos pelo Senhor. Desta maneira Cristo sempre via o Pai diante dele. Ao colocar o Senhor diante de si, Cristo sabia que Deus estava à sua mão direita, e que nunca seria abalado.

"Portanto está alegre o meu coração, e se regozija a minha língua; também a minha carne repousará segura" ( Sl 16:9 );
"Por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; E ainda a minha carne há de repousar em esperança" ( At 2:26 ).

A presença de Deus diante de Cristo era a garantia de que Ele não seria abalado; era motivo de alegria em seu coração; era motivo de confiança até nas questões além da morte, uma vez que a confiança de Cristo o fez entender que o seu corpo haveria de ser preservado.

Muitos psicólogos não entendem como Cristo manteve o raciocínio e a serenidade mesmo quando na iminência da morte. A resposta é clara: a confiança em DEUS leva a alegria e regozijo!

"Porque não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que teu Santo veja corrupção" (Sl 16:10);
"Pois não deixarás a minha alma no inferno, Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção" (At 2:27).

Cristo sabia que por confiar em Deus a sua alma não permaneceria na morte. Que a corrupção que degrada a humanidade não atingiria nem mesmo o seu corpo (Mt 26:61 - E disseram: Este disse: Eu posso derrubar o templo de DEUS, e reedificá-lo em três dias.).

Apesar de ter assumido a condição de Servo, Cristo sabia da sua real condição diante de DEUS: o Santo de DEUS.

"Tu me fará ver a vereda da vida; na tua presença me encherás de alegria, com delícias perpétuas a tua direita" (Sl 16:11 );
"Fizeste-me conhecidos os caminhos da vida; Com a tua face me encherás de júbilo" (At 2:28 ).

A confiança em DEUS faz com que os servos de DEUS conheçam e trilhem a vereda da vida. É uma ação de DEUS para com os seus fazer conhecido os seus caminhos. Conhecer ou ver diz da comunhão com a vida que há em Deus. Na tua presença faz entendermos que Cristo deixou este mundo para habitar o tabernáculo do Senhor (Sl 15:1 - SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?).

Salmos 22

Salmo 22: DEUS Meu, DEUS Meu
Não sabemos o momento exato em que Davi compôs o Salmo 22, mas a citação dele por Jesus na cruz nos ajuda a entender o seu significado como parte da mensagem eterna do evangelho de Cristo. O Salmo reflete os pensamentos de Davi quando perseguido (seja por Saul, por Absalão ou por outros inimigos), mas ganha uma força maior quando vinculado ao sofrimento de JESUS. A angústia do sofredor é severa, mas temporária, pois ele olha para frente com confiança em JESUS, sabendo da sua aceitação e da certeza do seu lugar na presença de DEUS.
Enquanto pendurado na cruz, Jesus pronunciou as palavras do primeiro verso: “DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46; Marcos 15:34). Citações específicas e alusões à linguagem de outros versos do Salmo aparecem em diversos textos bíblicos. Nas suas descrições da rejeição do Messias, Isaías 52:14 e 53:2-3 se comparam ao verso 6 desse Salmo. Verso 7 (“Todos os que me veem zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça”) nos conduz à cruz, e os relatos nos Evangelhos dos abusos dirigidos a JESUS (Mateus 27:39; Marcos 15:29; Lucas 23:35). Os inimigos de JESUS naquele dia até usaram as palavras desse Salmo nas suas tentativas de humilhá-lo. O Salmista disse: “Confiou no SENHOR! Livre-o ele; salve-o, pois nele tem prazer”, e as autoridades dos judeus olharam para JESUS na cruz e falaram: “Confiou em DEUS; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem” (Mateus 27:43). As mãos e os pés foram traspassados (verso 16), uma descrição que se enquadra no modo de execução por crucificação. Até as ações dos soldados que crucificaram Jesus foram mencionadas nessa profecia escrita mil anos antes do fato: “Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica deitam sortes” (verso 18, comparado com os relatos em todos os quatro Evangelhos – Mateus 27:35; Marcos 15:24; Lucas 23:34 e João 19:24).
Compreensão do valor profético desse Salmo enriquece nosso estudo dele. De modo geral, o Salmo se divide em duas partes principais. Os primeiros 21 versos apresentam o apelo do Sofredor a DEUS, o único capaz de livrá-lo. Os últimos 10 versos destacam os resultados do livramento dele em oferecer a mensagem salvadora às nações.
Alguns versos merecem destaque.
Mesmo usando a linguagem que reflete a sua agonia, o Sofredor não questiona a posição nem o poder de DEUS :“Contudo, tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel” (verso 3). Mesmo nos momentos mais difíceis, nunca devemos levantar acusações contra DEUS ou questionar sua soberania.
Outros podem considerar a confiança do fiel ridícula, mas devemos sempre manter a fé em DEUS. A resposta do Sofredor aos zombadores foi sua oração ao Senhor: “Contudo, tu és quem me fez nascer; e me preservaste, estando eu ainda ao seio de minha mãe” (verso 9). Considerando sua situação da perspectiva humana, o Sofredor se vê como um homem fraco cercado por feras. Ele descreve os malfeitores que o cercam como muitos touros, cães, búfalos e o leão que despedaça enquanto os ossos e o coração dele falecem (versos 12-14,16,21). Ele perde a força e deita no pó da morte (verso 15), entendendo que DEUS é o único capaz de salvá-lo: “força minha, apressa-te em socorrer-me” (verso 19).
E Deus responde! O livramento da morte é implícito entre versos 21 e 22 e confirmado no verso 24. O tom do resto do Salmo é um de vitória. Como observamos em Salmo 16:10-11, a vitória de JESUS não foi em evitar a morte, e sim em ser ressuscitado e exaltado eternamente. Vitorioso, o Messias canta louvores e declara a mensagem da salvação a Israel (versos 22-26) e às outras nações (versos 27-31). 
Davi, no Salmo 22, não somente profetizou sobre o sofrimento de Cristo na cruz do Calvário, mas também olhou para o efeito da sua vitória sobre a morte. JESUS venceu a morte. Ele ressuscitou e subiu para seu lugar exaltado à destra do Pai. Ele reina (verso 28) e oferece proteção e segurança eterna para aqueles que se convertem a ele. Todos nós temos o privilégio de podermos conhecer e honrar o Senhor e Salvador: “louvarão o SENHOR os que o buscam” (verso 26).

Salmos 23

"O Senhor é o meu Pastor", lindas e sábias palavras, cuja beleza ímpar, parece nos arrebatar juntamente com o autor, a viajar pelos campos verdes e os ribeiros cristalinos do antigo Israel.
O Salmo 23, escrito em uma linguagem poética, traz em seus versos, significados profundos sobre o zelo do Senhor, para com seus servos.
Este texto foi escrito pelo rei Davi, que foi pastor em sua juventude. Davi estava cuidando de suas ovelhas quando o profeta Samuel foi à casa de seu pai Jessé, para ungir um novo rei.
Vamos ver neste estudo os pontos mais importantes do Salmo 23, onde a cada versículo, procuramos comentar a principal mensagem que o salmista nos deixou como ensinamentos de verdades espirituais valiosíssimas para os nossos dias.
"O Senhor é o meu pastor," Salmos 23:1
Davi revela aqui "o segredo" do sucesso do seu reinado. Ele foi o chefe do maior reino que Israel já teve. O próprio messias seria conhecido como "o filho de Davi". Estes versos falam da felicidade daqueles que aceitam a liderança divina em suas vidas.
O salmista era rei, porém se coloca como apenas uma ovelha do rebanho do supremo pastor. É um exemplo de humildade e de submissão à vontade de DEUS.
É também uma referência profética futurística que viria a se cumprir centenas de anos depois, em JESUS, que aludindo a este Salmo, o Mestre se declara como o Bom Pastor.
"nada me faltará." Salmos 23:1
JESUS certa vez ilustrou o carinho e o cuidado do Pai em prover e atender todas as necessidades materiais dos seus discípulos. Ele tem cuidado de nós, e reforça que devemos estar constantemente na sua dependência, confiando na sua providência.
"Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?" Mateus 6:26

Salmo 23: Ele Me Faz Repousar em Pastos Verdejantes.

"Deitar-me faz em verdes pastos" Salmos 23:2
A Palestina é uma região tropical, onde praticamente predominam duas estações, o inverno, a estação das chuvas que vai de novembro a abril, e o verão, período da seca, que vai de maio a outubro.
Nos primeiros dias de abril, a vegetação recente, oferece um espetáculo maravilhoso, um esplendor verde, um tipo de mosaico multicolorido, excelente para a pastagem dos rebanhos.
Porém, a medida que o verão e o calor do sol se tornam mais intensos, o verdor e as flores secam, tornando muito mais difícil de se encontrar um local com alimento suficiente para as ovelhas. Isto obriga os pastores seguirem em uma cansativa peregrinação em busca de pastos verdes.
Mas Davi afirma que o Senhor o convida a descansar em pastos verdejantes. JESUS nos ensina que Ele possui em abundância o alimento que suas ovelhas necessitam. Aquele que for a JESUS, achará pastagens durante todo o ano.
Mesmo que o mundo esteja no período de seca espiritual, nós entraremos no repouso de JESUS. O Mestre tem o alimento espiritual que sacia a nossa fome. As suas palavras são espírito e vida, o verdadeiro pão que desceu do céu.
"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens." João 10:9
"guia-me mansamente a águas tranquilas." Salmos 23:2
As ovelhas são naturalmente animais muito inquietos. Qualquer perturbação as assusta, não conseguem deitar-se se não sentirem que estão totalmente seguras. As ovelhas também têm receio dos rios caudalosos e turbulentos.
Mas em JESUS, elas podem estar sossegadas, pois o Senhor as suprirá com águas tranquilas. Um ribeiro cristalino de águas calmas passa a correr no interior daqueles que são tocados pelo Espírito de DEUS. A palavra é a água que mata a nossa sede espiritual, formando em nós uma fonte de águas vivas, que jorra para a vida eterna.
"Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." João 4:14
Estas são as águas que transformam o homem em sua estrutura e em seu caráter. Por essas águas nasce uma nova criatura. São águas que libertam, que lavam de todo pecado e tornam nossas vestiduras "mais brancas que a neve".
"Refrigera a minha alma;" Salmos 23:3
A Palestina é de extensão relativamente pequena, entretanto, o seu clima é extremamente variado, dependendo da localidade em que se encontramos. Há a zona tropical do baixo Jordão, com altas temperaturas, a região desértica que contrasta com a marítima e vice-versa.
E na região da alta Galileia, que também é tropical, com calor intenso, em determinado horário, o sol é tão escaldante, o clima fica tão abafado, que fica difícil até de seus habitantes se alimentarem.
Porém quando o vento do Norte sopra mais forte, traz um refrigério, um sopro de frescor que vem do monte Hermom. O monte Hermom fica no norte de Israel e há em seu cume uma grande quantidade de neve, que quando há vento, ajuda a trazer este refrigério, amenizando a temperatura da região.
"Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união." Salmos 133:1
"Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre." Salmos 133:3
E muitas vezes as circunstancialidades da nossa existência parecem atuar de forma semelhante, onde o calor dos acontecimentos, faz com que nos sintamos abafados e cansados com tantas coisas. Temos dificuldades até para buscar o alimento espiritual.
Mas nestes momentos, o Espírito do Senhor vem como uma brisa suave, que desce do alto, e refrigera a nossa alma, e renova as nossas forças, nos capacita a continuarmos a caminhada pelos seus caminhos.
"guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome." Salmos 23:3
Guiar as ovelhas era uma das funções do pastor. E nos campos de Israel, os pastores buscavam passagens que facilitassem a condução do seu rebanho, sem que suas ovelhas se desviassem pelos mais diversos caminhos.
As veredas são passagens estreitas entre a vegetação, onde não há espaço para desviar-se nem para a direita, nem para a esquerda. É um caminho reto, onde as ovelhas podem percorrer com segurança, seguindo sempre pra frente, até chegar ao aprisco, sob a liderança e a proteção do pastor.
E o Senhor nos convida e trilhar pelo caminho da retidão e da justiça. O caminho que leva a Deus realmente é estreito, não se pode olhar para os lados, é preciso prosseguir em direção ao alvo, que é JESUS.
"E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." Mateus 7:14
E o supremo Pastor nos revela que Ele mesmo é o caminho, pelo qual devemos viver e caminhar.
"Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6

Guia-me Pelas Veredas da Justiça, o Salmo 23.

"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo;" Salmos 23:4
Há em Israel um vale profundo e íngreme, onde a luz só consegue atingir a sua base quando o sol está em toda a sua força, ao meio dia. Após esse horário, faz se sombra durante o restante do dia.
Certamente Davi conheceu este vale em suas peregrinações com suas ovelhas, pela Palestina. Vales são o extremo contrário de montes.
 Montes são lugares altos, falam de vitórias. Vales, porém, são lugares baixos que ficam entre os montes.
Vales falam de dificuldades, tempos de sofrimentos, de angústias. Em nossa caminhada por este mundo, podemos enfrentar situações e circunstâncias difíceis de se resolver. Muitos problemas de diversas naturezas podem chegar até nós.
Davi também passou por momentos difíceis de se suportar. Envolvido em combates, perseguido por seus inimigos. Mas ele soube superar estes momentos, porque depositava em DEUS a sua confiança.
Davi sabia que os vales ficavam entre montanhas. Depois de passar por um lugar profundo, pela depressão ou tristeza, DEUS o levaria a um lugar alto, onde a alegria do Senhor se faz presente.
JESUS nos deixou semelhante ensinamento. Ainda que passemos pela dor ou tristeza, o Bom Pastor estará conosco, para nos consolar e proteger o nosso coração, nas horas mais difíceis e angustiantes.
"no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." João 16:33
"a tua vara e o teu cajado me consolam." Salmos 23:4
A vara e o cajado eram ferramentas do pastor para resgatar, proteger e guiar as ovelhas. A vara servia para proteger as ovelhas dos animais ferozes e dos ladrões. O cajado era usado para erguer uma ovelha pelo corpo ou pelas pernas, quando esta ficava presa entre pedras.
Estas ferramentas eram símbolo do zelo amoroso do Senhor, que está em uma vigília constante ao nosso lado, levando-nos para a segurança da sua presença.
E o supremo Pastor deixou a sua glória para resgatar as ovelhas perdidas do seu rebanho. O seu cajado, a sua palavra, está pronto a nos erguer para nos livrar da armadilha e da prisão do pecado.
"A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer, e a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei;" Ezequiel 34:16
"Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos," Salmos 23:5
Davi confiava que a providência de Deus era tão grande, que os seus inimigos não conseguiriam vencê-lo, e que eles veriam mais adiante a benção do Senhor visível em sua vida. Esta palavra também era profética, e anuncia ainda hoje a vinda do Messias JESUS, quando todos o verão, até aqueles que o transpassaram na cruz.
"e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito." Zacarias 12:10
Neste dia, todos os seus inimigos verão o Senhor regozijante com suas ovelhas, em um grande banquete. Mas eles não poderão entrar e prantearão eternamente.
"unges a minha cabeça com óleo," Salmos 23:5
Era costume no antigo oriente, no meio da refeição, o anfitrião ungia a cabeça do convidado de honra, com uma gota de óleo perfumado. O óleo também simboliza o Espírito Santo. DEUS mostra que somos seus convidados especiais para o seu banquete, as bodas do cordeiro.
E o Senhor nos ungiu e nos perfumou com o seu Espírito. O óleo precioso que desce sobre nossas cabeças, penetrando nas nossas mentes, perfumando o nosso entendimento, chegando até a nossa alma. Bendito é aquele que recebe essa unção sobre a sua vida.
"É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes." Salmos 133:2
"o meu cálice transborda." Salmos 23:5
Durante a refeição, de uma maneira geral, o cálice simbolizava a alegria. E a unção do Espírito Santo, traz uma alegria que transborda o nosso ser. É a alegria da salvação, do reencontro com aquele que é o autor da nossa vida, da volta ao nosso Pai celeste.
JESUS afirmou que há uma festa no Céu quando um pecador se arrepende. O cálice da alegria da salvação transborda, há abundância de alegria quando somos alcançados por tão sublime e imerecido perdão.
"Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende," Lucas 15:7
"Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida;" Salmos 23:6
O verbo [seguir] tem aqui o mesmo sentido, no original hebraico, da palavra utilizada para descrever o ato de caçar de um animal selvagem. Quando o Senhor é o nosso Pastor, ao invés de sermos perseguidos por feras selvagens, somos seguidos pela bondade e pela misericórdia, que descrevem o amor leal de DEUS.
"e habitarei na casa do SENHOR por longos dias." Salmos 23:6
Mais do que uma promessa terrena e material, esta palavra também é uma profecia do Reino eterno do nosso Senhor JESUS, em cuja presença estaremos para sempre, usufruindo das suas promessas e de suas bençãos, vivendo eternamente com Ele.
aqueles que O amam.
O Salmo 23 foi escrito por Davi que, antes de ser guerreiro e rei, foi pastor de ovelhas. Como pastor, Davi levava suas ovelhas para boas pastagens e até enfrentou animais selvagens ferozes para as proteger (1 Samuel 17:34-35). Ele entendia a importância do pastor para a ovelha. No Salmo 23, Davi se imagina como uma ovelha com um bom pastor – DEUS.
O Senhor é o meu pastor, nada me faltará
DEUS é nosso pastor. Ele nos dá a vida e cuida de nossas necessidades. Assim como o pastor leva as ovelhas a pastagens e água, Deus nos ajuda a encontrar aquilo que precisamos para viver (Salmos 23:1-3). Ele nos dá descanso e paz em meio às incertezas da vida.
JESUS disse que ele é o bom pastor, que dá sua vida pelas ovelhas (João 10:14-15). Ele nos protege dos perigos, como o pecado e a destruição. Por isso, não precisamos ter medo. Com Jesus do nosso lado, estamos seguros.
A vara e o cajado eram os instrumentos do pastor para guiar, corrigir e proteger as ovelhas. Deus é como um pastor com um cajado: Ele nos ajuda a encontrar o caminho certo, corrige nossos erros e nos protege dos ataques do inimigo (Salmos 23:4).


Salmos 24

Salmo 24, de Davi, é um dos salmos reais. Descreve a entrada do Senhor na Cidade Santa. Pode ter sido cantado quando Davi trouxe a arca da aliança para Jerusalém (2 Sm 6.15). Está muitas vezes vinculado aos Salmos 22 e 23, porque os três falam profeticamente da vinda do Senhor JESUS. O Salmo 24 também possui algumas afinidades com o Salmo 15, porque ambos fazem a pergunta de quem é digno de entrar na presença do Senhor e respondem a ela. A resposta do Salmo 15 se concentra na retidão da pessoa; a do Salmo 24 se concentra no Rei da Glória. O Salmo 24 também deve ser lido acompanhado dos Salmos 2 e 110, que também focalizam o retorno do Senhor JESUS Cristo para instituir Seu reino na terra. Este salmo tem três passagens: (1) louvor a DEUS, Criador e Soberano do mundo (v. 1,2); (2) questionamento de qual seria a abordagem apropriada ao Senhor (v. 3-6); (3) antevisão do Rei da Glória (v. 7-10).


24.1,2 — Do Senhor é a terra. O salmista adora DEUS como o Soberano sobre tudo aquilo que criou. Estas palavras também preparam a questão — se DEUS é Senhor de tudo, quem pode abordá-lo? — levantada nos versículos 3-5. Aqueles que nele habitam. O reinado de DEUS estende-se a todos, até mesmo àqueles que não reconhecem Seu poder. Afundou sobre os mares. Tomando emprestado os termos de Gênesis 1, em que DEUS ordena à terra seca emergir das profundezas das águas (Gn 1.2,9), Davi descreve o controle contínuo de DEUS sobre as águas. 

24.3 — Quem subirá. Tal como exposto no Salmo 15, quem quiser se aproximar do Santo para adorá-Lo no templo de Jerusalém — Seu lugar santo — deverá fazer isso purificado. Este versículo ressalta a impossibilidade de qualquer pessoa, exceto o Rei da Glória, de ficar de pé perante DEUS. 

24.4,5 — Limpo de mãos refere-se às ações da pessoa; puro de coração, à sua postura interior. 

24.6,7 — Levantai, ó portas, as vossas cabeças. Os portões da cidade parecem estar frouxos; as portas parecem estar soltas. Mas devem se erguer para o Rei da Glória. Ele está chegando, Aquele que pode entrar no lugar santo. A medida que se aproxima, as portas se levantam para honrar Sua entrada.

24.8 — Quem é este Rei. Este elogio é para o Rei que acabou de voltar da batalha. E Ele quem pode entrar na cidade, o Senhor em pessoa. Somente com a vinda de JESUS o significado deste antigo poema se esclareceu (Mt 21.1-10; Ap 19). 

24.9, 10 — O Senhor dos Exércitos. A repetição nestes versículos é de efeito enfático. Trata-se de glorificar o Rei por chegar.
Salmos 34

Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra
(Salmos 34:20).
OS SALMOS MESSIÂNICOS-SALMO 34
Esse Salmo messiânico é diferente dos anteriores pelo fato daqueles serem completamente messiânicos e esse ter apenas o verso 20 como uma profecia acerca de Cristo. Mas esse único verso é uma profecia impressionante que declara a forma como o Messias morre!
A chave para essa profecia está relacionada com a Páscoa, na qual nenhum osso do cordeiro deveria ser quebrado (Êxodo 12:46). Todas as características apresentadas na Páscoa representam ricas sugestões do Senhor JESUS (1 Coríntios 5:7). Todo cristão está familiarizado com o significado típico do sangue do cordeiro pascal, mas qual é o significado do fato que seus ossos não seriam quebrados? Em nosso Salmo está escrito do Messias que o Senhor "guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra". Essa profecia é citada apenas uma vez no Novo Testamento e é significativo que isso ocorra no Evangelho de João. Esse é o evangelho que apresenta Cristo como o "Cordeiro de DEUS" (João 1:29). Também em João, a Páscoa, tem uma importância muito maior do que aquela que recebe em qualquer um dos outros evangelhos. Muito da narrativa do Evangelho de João ocorre durante a celebração de várias Páscoas.
O Evangelho de João tem início com João Batista declarando que JESUS era o Cordeiro (João 1:29) e termina com o testemunho do apóstolo João: "Mas, vindo a JESUS, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas... Porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado" (João 19:33,36). Os soldados romanos quebraram as pernas dos dois ladrões para apressarem a morte dos mesmos, mas não as pernas do Senhor Jesus, pois viram que Ele já estava morto. Não foi nenhum homem que tirou a vida do Senhor JESUS, mas Ele deu Sua vida voluntariamente (João 10:17-18). Ele era de fato o Cordeiro pascal
Salmos 35

No Salmos 35, o Salmista apresenta suas orações a DEUS como o objetivo de obter salvação e justiça contra os seus inimigos. Devemos lembrar que, o salmista é aqui uma figura do Messias. Ou seja, retrata parte da dor e sofrimento do mesmo.

Salmo 40
Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste.
Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito
(Salmos 40:6-8).
OS SALMOS MESSIÂNICOS-SALMO 40
O Salmo 40 tem sido chamado "o Salmo da encarnação". O tema central do mesmo é Cristo tornando-se Homem e vindo para este mundo para fazer a vontade de DEUS. É o Próprio Messias que fala nesse Salmo. Ele declara que Deus não tem prazer nas ofertas sacrificiais do sistema levítico. O propósito de DEUS e o nosso pecado exigiam algo maior do que sacrifícios de animais.
O Messias diz: "os meus ouvidos abriste". A tradução grega do Antigo Testamento interpreta esse verso como dizendo: "corpo me preparaste", e é assim que o mesmo é citado em Hebreus 10:5. O autor de Hebreus explica que nós "temos sido santificados pela oblação do corpo de JESUS Cristo" (Hebreus 10:10). Jesus tornou-se um Homem com o objetivo de Se entregar como um sacrifício (Hebreus 9:14). Antes que o tempo existisse, Cristo diz: "Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito" (v.7). A expressão "no rolo do livro", significa que nas decisões eternas de DEUS, Cristo viria ao mundo. Alguns também entendem que isso significa que as Escrituras do Antigo Testamento, de Gênesis a Malaquias, falaram acerca de Cristo. Cristo é o centro dos decretos de DEUS, seja na eternidade ou nas profecias escritas na Bíblia. Era o prazer de Cristo fazer a vontade de DEUS, pois Ele diz: "tua lei está dentro do meu coração" (Salmos 40:8). Como a arca da aliança que continha as pedras gravadas com a lei, assim também a fonte interna do coração do Senhor era a vontade de Seu Pai. De fato, isso era sua comida (João 4:34) e sua alegria era agradar o Pai. Ele podia dizer: "Eu faço sempre o que lhe agrada" (João 8:29), mesmo que isso significasse "morrer na cruz".
Salmo 41

Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar
(Salmos 41:9).
OS SALMOS MESSIÂNICOS-SALMO 41
Esse Salmo começa com a promessa do Senhor feita àquele que tem consideração pelo pobre. "O pobre" é um termo técnico usado nos Salmos para descrever o futuro remanescente justo de judeus durante o período da tribulação. O Espírito de Cristo se identifica plenamente com eles nesse Salmo, especialmente na grave traição e covardia que irão experimentar naquele dia. O Senhor JESUS será capaz de simpatizar com eles porque Ele também experimentou a traição por parte de Seus discípulos!
No verso 9, o Espírito da profecia nos conduz adiante para a noite na qual o Senhor JESUS foi traído. Ele estava no cenáculo com seus discípulos e tinha acabado de lavar os pés deles (João 13:4-5). A cena do lava-pés é simbólica da função do Senhor, como nosso advogado, em nos limpar de nossas contaminações em nossos caminhos aqui. Ele também lavou os pés de Judas Iscariotes; pouco depois disso Ele citou o Salmos 41:9: "Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar". O mesmo calcanhar que havia estado em Suas mãos graciosas agora se levanta traiçoeiramente contra Ele! Judas virou seu calcanhar para a porta e usou seus próprios pés para cumprir a traição de Cristo (João 13:18, 30). O remanescente judeu irá experimentar a traição do Anticristo num dia futuro, mas eles terão a simpatia do Senhor JESUS na hora da aflição, como nós temos agora em nossas provações.
O Senhor JESUS, devemos notar, não citou esse versículo por inteiro, mas omitiu as palavras: "Meu próprio amigo íntimo, em quem Eu tanto confiava". O Senhor não confiava em Judas "porque bem sabia ele quem o havia de trair", antes dessas coisas se cumprirem. Ele havia indicado aos outros discípulos que um dentre eles continuava sujo (João 13:10-11). Óh! A graça e a onisciência de nosso Senhor.
Salmo 45
O que significa a união conjugal de Salmo 45:10-11?
“Ouve, filha; vê, dá atenção; esquece o teu povo e a casa de teu pai. Então, o Rei cobiçará a tua formosura; pois ele é o teu senhor; inclina-te perante ele” (Salmo 45:10-11). Qual o significado destes versículos?
Precisamos começar com uma pequena explicação do Salmo 45, para depois compreender esta passagem poética.
Como frequentemente acontece em mensagens proféticas, este Salmo evidentemente aplica-se a duas personagens. Provavelmente tenha sido escrito em honra do casamento de um rei de Israel ou de Judá e estende a JESUS, conforme a citação em Hebreus 1:8-9. Ao longo da história, têm surgido várias sugestões em relação à ocasião original do Salmo. Alguns sugerem o casamento de Salomão com a filha do Faraó (1 Reis 3:1), ou de Salomão com uma princesa sidônia (veja 1 Reis 11:1-5). Outros sugerem o casamento de Acabe com Jezabel (1 Reis 16:31). Ainda outros acham mais provável o casamento de Jeorão, um descendente de Davi, com Atalia, filha de Acabe e Jezabel e, por isso, descendente dos reis de Sidom (2 Reis 8:16-18,25-26).
Mas a citação de uma parte deste Salmo em Hebreus 1:8-9 nos leva a uma aplicação ao reino messiânico. Assim, a figura comum do casamento para descrever a relação do Senhor com seu povo é usada aqui para profetizar sobre a glória da igreja de JESUS Cristo.
Neste Salmo, o Rei é elogiado por sua beleza, coragem, glória, etc. (1-5). A citação em Hebreus 1:8-9 claramente aplica os versículos 6 e 7 ao Messias, e serve para reforçar a doutrina da divindade de Cristo. O rei aparece em toda a sua glória, acompanhado pela rainha adornada de ouro (8-9).
O casamento mostra a dedicação da noiva (o povo de DEUS) e o amor do marido (Cristo, o Rei). Da mesma maneira que uma noiva deixa os pais para morar com o marido, esta formosa noiva esquece de seu povo e entra no palácio do Rei. Nisto, ela mostra a lealdade ao Senhor, deixando para trás as coisas do reino das trevas (Colossenses 1:13) e se inclinando em submissão ao seu marido. Habitando com ele no palácio real, ela é abençoada para sempre (veja Efésios 5:25-27; Apocalipse 19:7-8; 21:2). O versículo 11 diz que ele cobiça ou deseja a beleza dela, usando a intimidade do casamento para descrever o amor do Senhor para seu povo purificado (Efésios 5:27-28).
O casamento é a relação mais especial entre seres humanos. Vários autores bíblicos usaram esta figura para nos mostrar um pouco da bênção da comunhão com DEUS.

Salmo 68

Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens
(Salmos 68:18).
OS SALMOS MESSIÂNICOS-SALMO 68
Na primeira metade desse Salmo DEUS conduz Israel através do deserto (vv. 1-17). A segunda metade nos fala da libertação futura de Israel e do reino milenar de Cristo (vv.19-35). O nome divino "Adonai" ("mestre supremo" ou "senhor"), ocorre sete vezes nesse Salmo. A importância disso é que "Adonai" nos Salmos, geralmente, se refere a Cristo (Salmos 110:1). O uso de Adonai no Salmo 68 é profético quanto ao senhorio de Cristo como Homem. Ele sobe ao alto em triunfo e conduz o inimigo sob o qual a raça humana estava escravizada.
A profecia no verso 18, é o centro do salmo. Ela afirma a ascensão de Cristo como Homem até o trono de DEUS. O apóstolo Paulo aplica esse verso à ascensão de Cristo, especialmente relacionada aos dons do ministério cristão (Efésios 4:8). Como o Cabeça que ascendeu, Ele recebe dons "no homem" e comunica esses dons ao corpo de Cristo (Efésios 4:8-12). Em 1 Coríntios nós lemos que o Espírito Santo distribuiu vários dons aos homens. Mas em Efésios são os próprios homens que são os dons dados para a Igreja por Cristo: evangelistas, pastores e mestres. Dons de natureza milagrosa que podem ser passados adiante. Mas os dons de Cristo em Efésios 4 permanecerão enquanto a Igreja estiver na terra, pois o Cabeça é fiel para nutrir o corpo enquanto estiver aqui.
O apóstolo Paulo omite a última parte do verso 18 que fala dos "rebeldes" porque a mesma se refere a Israel no futuro que também será abençoado por DEUS. A Igreja é alimentada por Cristo agora como Israel será fortalecido por Adonai num dia vindouro, pois "o DEUS de Israel é o que dá fortaleza e poder ao seu povo. Bendito seja DEUS!" (v.35).


Salmo 69

Aqueles que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça... pois o zelo da tua casa me devorou... deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre
(Salmos 69:4,9,21).


OS SALMOS MESSIÂNICOS-SALMO 69
O Salmo 69 detalha os sofrimentos e as tristezas de Cristo durante Sua vida e Sua morte. O mesmo termina com a salvação, restauração e benção sobre Israel nos últimos dias: "Porque DEUS salvará a Sião". Três profecias desse Salmo são citadas no Evangelho de João.
Verso 4 é aludido pelo Senhor JESUS quando descreve o ódio humano contra Sua Pessoa: "Odiaram-me sem causa" (João 15:25). O estado chocante do coração do homem é revelado nas palavras: "sem causa"; a tradução literal dessa expressão é que eles o odiaram "livremente" ou "gratuitamente".
Verso 9 foi lembrado pelos discípulos depois do Senhor ter purificado o templo expulsando os cambistas (João 2:13-17). Cristo tinha zelo que Seu Pai não fosse mal representado pelas ações perversas dos homens! Que zelo Ele tinha pela Casa de DEUS!
Verso 21 nos fala da sede do Senhor na cruz. A oferta de vinagre que lhe foi feita também é citada em Mateus e Marcos (Mateus 27:34; Marcos 15:36); entretanto apenas o Evangelho de João inclui as palavras do Senhor: "Tenho sede" (João 19:28). Nesse Evangelho onde encontramos água por todos os lados: vasos cerimoniais cheios de água (João 2), a água do novo nascimento (João 3), o dom da água viva (João 4), o paralítico junto ao tanque de Betesda (João 5), o clamor do Senhor: "Se alguém tem sede, venha a mim, e beba" (João 7), e o cego junto ao tanque de Siloé (João 9). E apenas nesse Evangelho, onde a água da vida é oferecida aos sedentos espirituais, o Senhor clama: "Tenho sede". Que todos os que leem isso bebam da água da vida que é oferecida de graça.
Salmo 72
V. 1. Este salmo refere-se em parte a Salomão, mas ao Senhor JESUS Cristo com mais propriedade e clareza. Salomão era o príncipe herdeiro, e o seu piedoso pai desejava que a sabedoria de Deus estivesse nele, e que o seu reino pudesse lembrar o do Messias. Esta é a oração de um pai a favor de seu filho; uma bênção por ocasião da morte. O melhor que podemos pedir a DEUS para os nossos filhos é que DEUS lhes conceda sabedoria e graça para conhecerem e cumprirem os seus deveres.

Vv. 2-17. Esta é uma profecia sobre o reinado de Cristo; muito do que está contido nesta passagem não pode ser aplicado ao reinado de Salomão. Existiram justiça e paz no princípio da administração de seu governo; porém, houve problemas e injustiça antes do término de seu reinado. O governo a que se refere nesta passagem durará como o sol; porém, o de Salomão chegou ao seu fim. Até mesmo os estudiosos judeus compreenderam que esta passagem referia-se ao reinado do Messias.

Observemos as muitas, grandes e preciosas promessas que são feitas aqui, as quais se cumpririam plenamente durante o reinado do Senhor JESUS Cristo, que é o Messias. Enquanto o seu reino se estabelece, cessam a discórdia e as contendas nas famílias, nas igrejas e nas nações. A lei de Cristo, escrita no coração, dispõe os homens a ser honestos e justos, e a render o que é devido a todos os demais. Igualmente torna os homens dispostos a viver com amor, e assim produzir abundância de paz. A santidade e o amor serão eternos no reino de Cristo.

O reinado de Cristo sustentar-se-á a si mesmo, através de todas as transformações que acontecerão no mundo, e de todas as mudanças na vida. Ele descerá, pela graça e consolação de seu Espírito, como a chuva sobre o pasto cortado; não sobre o que já foi cortado, mas sobre o que restou, para que brote novamente. O seu Evangelho foi ou será pregado a todas as nações. Ainda que não precise dos serviços de alguém, contudo, deve ser servido com o melhor. Os que possuem riquezas neste mundo devem servir a Cristo e fazer o bem com elas. A oração deve ser feita através dele ou por amor  a Ele; tudo o que pedimos ao Pai deve ser em o nome do Senhor JESUS Cristo. Louvores serão oferecidos a Ele: estamos obrigados com o Senhor ao máximo. somente Cristo será temido por todas as gerações. O seu nome será louvado até o final dos tempos e pela eternidade. Todas as nações o bendirão.

Vv. 18-20. Somos ensinados a bendizer a DEUS em Cristo, por tudo o que já fez por nós, por seu intermédio. Davi ora fervorosamente pelo cumprimento desta profecia e de sua promessa. Entristece-nos pensar o quão vazia a terra está dá glória de DEUS, quão pouco serviço e honra tem da parte do mundo com o qual é tão generoso. Que nós, a exemplo de Davi, nos submetamos à autoridade de Cristo, e participemos de sua justiça e paz. Bendigamo-lo pelas maravilhas de seu amor redentor. Passemos os nossos dias e terminemos a nossa vida empenhados na divulgação do seu Evangelho.
Salmo 78

E falaram contra DEUS, e disseram: Acaso pode Deus preparar-nos uma mesa no deserto?
Eu não sei o que você passa neste exato momento, também qual prova que você pode definir como deserto em sua vida, ou que situação presente, que está te colocando em terra seca. Acaso pode DEUS prepara-te uma mesa no deserto? Acaso pode Deus te tirar desta situação? Começo esta mensagem com todas estas perguntas. Terá Deus esquecido de você?
Todo contexto do Salmo 78 apresenta algumas observações para nos dar esperança, confiança e saber que DEUS é capaz de preparar não só uma mesa, mais um banquete, também  para te mostrar que Ele está no controle basta apenas confiar no seu poder. Vemos neste Salmo Providencia, provisão e cuidado, mas também vemos neste Salmo esquecimento, ingratidão e murmuração. O texto base desta mensagem parte A,  mostra Israel desafiando a Deus, perceba o que o versículo em sua parte inicial diz: E falaram contra DEUS, e disseram...Este falar contra por si só já diz tudo.
Jamais devemos duvidar do poder de DEUS e murmurar do seu cuidado, reclamar do deserto que estamos atravessando, pois Deserto é lugar de tratamento, deserto é lugar de peleja mais também deserto é lugar de milagres, lugar de intimidade com DEUS. Compreenda que esta situação que você esta passando é para crescimento espiritual,e também para glorificar o nome do Senhor, pois é no deserto que seremos testados. Fique tranqüilo pois DEUS está no controle. Este Salmo também mostra que depois da provisão, Israel esqueceu do Senhor. Milagres estes que eram memoriais, simplesmente o povo de Israel  esqueceram e devolveram ingratidão ao Senhor,  veja os versículos: 6-7 e 11: Para que a geração vindoura a soubesse, os filhos que nascessem, os quais se levantassem e a contassem a seus filhos; Para que pusessem em DEUS a sua esperança, e se não esquecessem das obras de DEUS, mas guardassem os seus mandamentos. E esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes fizera ver.
Portanto Aprouve Deus a tua  saída deste deserto,não sejas ingrato não esqueça o que DEUS fez por você conte aos seus filhos para que a geração vindoura aprenda a confiar neste DEUS de provisão. Veja o que o profeta Oséias Diz:  -  Eu te conheci no deserto, na terra muito seca. Depois eles se fartaram em proporção do seu pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se o seu coração, por isso se esqueceram de mim.Oséias 13:5-6.
Querido saiba que o que você tem, foi DEUS que te deu, saiba que onde você está, foi Deus que te colocou ai, então; glorifique ao Senhor  e dê a Ele toda gratidão por sua vida e por suas bênçãos. Eu te desafio a contar o que Deus já te fez, traga em memória todas as bênçãos recebidas. Certamente,  ficarás surpreso o quanto DEUS já fez. “Conte  as bênçãos dize quantas são, recebidas da divina mão, vem dizer todas de uma vez, ficarás surpreso quanto DEUS já fez”.
Comecei esta mensagem com algumas  perguntas, terminarei com uma resposta, veja o versículo 29: Então comeram e se fartaram bem, pois lhes satisfez o desejo.
Quero profetizar sobre tua vida;  Vai chover benção sobre tua vida, DEUS já te deu a resposta creia em nome do Senhor. Ele não esqueceu de você.
DEUS te abençoe com bênçãos espirituais, hoje e sempre. Lembre-se: O melhor de DEUS,  ainda está por vir.
Salmo 87

E falaram contra DEUS, e disseram: Acaso pode Deus preparar-nos uma mesa no deserto?
Eu não sei o que você passa neste exato momento, também qual prova que você pode definir como deserto em sua vida, ou que situação presente, que está te colocando em terra seca. Acaso pode DEUS prepara-te uma mesa no deserto? Acaso pode Deus te tirar desta situação? Começo esta mensagem com todas estas perguntas. Terá Deus esquecido de você?
Todo contexto do Salmo 78 apresenta algumas observações para nos dar esperança, confiança e saber que DEUS é capaz de preparar não só uma mesa, mais um banquete, também  para te mostrar que Ele está no controle basta apenas confiar no seu poder. Vemos neste Salmo Providencia, provisão e cuidado, mas também vemos neste Salmo esquecimento, ingratidão e murmuração. O texto base desta mensagem parte A,  mostra Israel desafiando a DEUS, perceba o que o versículo em sua parte inicial diz: E falaram contra DEUS, e disseram...Este falar contra por si só já diz tudo.
Jamais devemos duvidar do poder de DEUS e murmurar do seu cuidado, reclamar do deserto que estamos atravessando, pois Deserto é lugar de tratamento, deserto é lugar de peleja mais também deserto é lugar de milagres, lugar de intimidade com DEUS. Compreenda que esta situação que você esta passando é para crescimento espiritual,e também para glorificar o nome do Senhor, pois é no deserto que seremos testados. Fique tranqüilo pois DEUS está no controle. Este Salmo também mostra que depois da provisão, Israel esqueceu do Senhor. Milagres estes que eram memoriais, simplesmente o povo de Israel  esqueceram e devolveram ingratidão ao Senhor,  veja os versículos: 6-7 e 11: Para que a geração vindoura a soubesse, os filhos que nascessem, os quais se levantassem e a contassem a seus filhos; Para que pusessem em DEUS a sua esperança, e se não esquecessem das obras de DEUS, mas guardassem os seus mandamentos. E esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes fizera ver.
Portanto Aprouve DEUS a tua  saída deste deserto,não sejas ingrato não esqueça o que DEUS fez por você conte aos seus filhos para que a geração vindoura aprenda a confiar neste DEUS de provisão. Veja o que o profeta Oséias Diz:  -  Eu te conheci no deserto, na terra muito seca. Depois eles se fartaram em proporção do seu pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se o seu coração, por isso se esqueceram de mim.Oséias 13:5-6.
Querido saiba que o que você tem, foi DEUS que te deu, saiba que onde você está, foi DEUS que te colocou ai, então; glorifique ao Senhor  e dê a Ele toda gratidão por sua vida e por suas bênçãos. Eu te desafio a contar o que DEUS já te fez, traga em memória todas as bênçãos recebidas. Certamente,  ficarás surpreso o quanto DEUS já fez. “Conte  as bênçãos dize quantas são, recebidas da divina mão, vem dizer todas de uma vez, ficarás surpreso quanto DEUS já fez”.
Comecei esta mensagem com algumas  perguntas, terminarei com uma resposta, veja o versículo 29: Então comeram e se fartaram bem, pois lhes satisfez o desejo.
Quero profetizar sobre tua vida;  Vai chover benção sobre tua vida, DEUS já te deu a resposta creia em nome do Senhor. Ele não esqueceu de você.
Deu te abençoe com bênçãos espirituais, hoje e sempre. Lembre-se: O melhor de DEUS,  ainda está por vir.

Salmo 88

Salmo 87, um salmo de Sião, é também um salmo altamente evangelizador, que antevê a missão do Novo Testamento de espalhar as boas novas de JESUS Cristo por todo o mundo (Mt 28.18-20). Este salmo pertence ao grupo criado pelos filhos de Corá (Sl 42; 44—49; 84; 85; 88). Possui três momentos: (1) descrição do amor de DEUS pela cidade de Sião (v. 1-3); (2) descrição dos cidadãos de Sião, procedentes de todas as nações (v. 4-6); (3) celebração da salvação de DEUS (v. 7).

87.1 — O seu fundamento. DEUS estabeleceu pessoalmente Sião, ou Jerusalém, como centro de Sua adoração. Ordenou a Salomão que construísse ali um templo para que pudesse viver entre os israelitas (1 Rs 6.13). Sião é sagrada por causa da declaração de DEUS (1 Rs 11.13), de Sua promessa, do louvor que lhe é ali prestado (1 Rs 8.14-66), da futura obra que o Salvador nela empreenderia (Mt 21.4-11) e do futuro reinado que o Rei ainda há de ali exercer (Ap 21).

87.2,3 — DEUS tem um devotado amor pelo lugar onde é adorado e cultuado Seu nome. As portas de Sião são a entrada de gala da cidade. O verbo ama contém a noção de escolha (Dt 6.5), bem como de emoção. DEUS escolheu Jerusalém e possui por ela uma afeição de longa data. Cidade de DEUS pode ser traduzido também por cidade do DEUS verdadeiro. 

87.4 — Farei menção. Neste versículo, fala o próprio DEUS. Raabe, aqui, é um nome simbólico do Egito (Is 30.7), com conotação negativa: alude à arrogância dos egípcios. Não é a mesma Raabe de Josué 2.3-11, cujo nome tem uma grafia diferente em hebraico. Babilónia era a sede mais conhecida da idolatria (Gn 10.10). Dentre os que me conhecem pode ser reformulado como Como aqueles que me conhecem; assim, o versículo prenuncia uma época em que os estrangeiros iriam conhecer e adorar o DEUS vivo. Entre os muitos que vinham a Sião para adorar o Senhor, estava gente do Egito, Babilônia, Filístia, Tiro e Etiópia. Na época em que foi escrito este salmo, talvez no final do reinado de Ezequias, estrangeiros já louvavam a DEUS ao lado dos judeus, no templo.

87.5 — E de Sião. Apesar de sua herança estrangeira, as pessoas que adoravam ao DEUS verdadeiro eram consideradas nascidas em Sião. Este salmo como que prenuncia, assim, o ensinamento de JESUS do segundo nascimento (Jo 3). O título Altíssimo é usado especialmente quando se faz referência ao poder de DEUS sobre as nações (Sl 47.2; 78.35; 82.6). A estabelecerá. Sião tornar-se-ia o lugar onde cada vez mais gente de outras nações viria louvar ao DEUS vivo. Isso profetiza o evangelho de JESUS, sua disseminação e sua culminação no reinado definitivo do Rei e Salvador (Is 2.1-4).

87.6 — O Senhor, ao fazer descrição dos povos. DEUS faz um registro dos povos das nações. Todos os crentes encontrarão sua verdadeira identidade em DEUS, a quem irão ofertar seu louvor em Sião.

87.7 — Os cantores e tocadores são convocados para celebrar a alegria do DEUS Salvador. A imagem de fontes evoca salvação, que só pode ser encontrada no Senhor (Is 12.3). Isto prenuncia a salvação, que deus iria oferecer em JESUS Cristo (Tt 2.11).

Salmo 88

O Salmo 88 tem sido considerado o mais triste e depressivo do livro dos Salmos. … foi composto num período de sofrimento físico e mental. Nele não há um raio de esperança, com exceção da frase: “Ó SENHOR, Deus da minha salvação. ” É um longo gemido de tristeza, concluindo com a palavra “trevas”. CBASD, vol. 3, p. 937.
Não importa quão abatido possamos nos sentir., sempre poderemos nossos problemas a Deus e expressar nossa angústia a Ele. 
A situação imediata nos mostra um atribulado buscando a face de DEUS. A figura profética nos mostra o peso que JESUS carregou para ser nosso Salvador e ser o cumprimento do salmo anterior. Bíblia Shedd.
É o único salmo atribuído ao ezraíta Hemã (descendente de Corá), a quem Davi colocou na liderança da música na casa do Senhor (1Cr 6:31-22, 90). Bíblia de Estudo Andrews.
Da minha salvação. Este parece ser o único raio de luz em todo o salmo. … Um filho de DEUS nunca deveria chegar ao ponto de desistir, mesmo em desespero.Não importa quão abatido possamos nos sentir., sempre poderemos nossos problemas a DEUS e expressar nossa angústia a Ele. 
 6 Nenhuma destas expressões é forte demais para o sofrimento mental, mais profundo que o físico; mas também têm paralelos na história de Israel: cova – José [e também Daniel] foi posto na cova e depois na prisão, como parte do plano divino para levantá-lo e fazê-lo salvador de sua família; lugares tenebrosos – Abraão foi cercado por DEUS, nas cerradas trevas antes de receber a aliança (Gn 15:12-18); abismos – Jonas foi lançado nos abismos para depois aprender a ser fiel profeta de DEUS. E tudo isto se coroa pela angústia de JESUS no jardim do Getsêmani (Mt 26.38). JESUS, que por meio de sofrimentos, foi aperfeiçoado Autor de nossa salvação (Hb 2.10). O sofrimento faz parte do plano de DEUS (cf Cl 1.24; 1 Pe 3.14). Bíblia Shedd.
Um crente não está isento … de sofrimento neste mundo. Pelo contrário, a sorte do crente comumente inclui sofrimento e dor. Não podemos esperar escapar de todo o sofrimento, mas encontramos consolação nos sofrimentos e na ressurreição de JESUS (Fp 3:10). Bíblia Shedd.
Abominação. Isto é, algo detestável e abominável, que deve ser evitado como impuro. 
 Os atos salvíficos de DEUS a favor de Seu povo. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Não existe vida, louvor a DEUS, declaração de Seu amor, fidelidade, maravilhas ou atos de justiça na sepultura. Os mortos não se levantam. Ênfase no caráter final da vida, pois a ressurreição não é uma experiência cotidiana (89:49); a afirmação não nega necessariamente a esperança da ressurreição. Bíblia de Estudo Andrews.
11 Será referida a Tua bondade na sepultura? Cadáveres não apreciam os atributos de DEUS. Somente os vivos conseguem louvar a Deus por Seu amor (ver Sl 89:1). 
12 terra do esquecimento. Expressão poética única que retrata a ausência de memória após a morte, 0casião em que se encerram todos os processos mentais, o nada total (ver Ec 9:5, 6, 10), mas também a imagem da falta de lembrança dos mortos algum tempo depois pelos vivos, ou até mesmo pro DEUS, pois são eliminados de Seu cuidado terreno (ver Sl 88:5, comparar com 139:8). Bíblia de Estudo Andrews.
13-18 Qual a diferença entre a angústia do crente e a do pagão? O crente odeia o pecado, a causa de toda a fraqueza humana, volta-se para DEUS em oração, deseja reconstruir com Ele e espera o resultado vindo de DEUS. Bíblia Shedd.
13 Mas eu, SENHOR, clamo a Ti por socorro. O salmista volta, por assim dizer, à realidade de que ele não está na sepultura, mas está vivo. Embora à beira da sepultura, ele continuará a orar para que DEUS venha resgatá-lo. 
 14 Por que rejeitas, SENHOR, a minha alma e ocultas de mim o rosto? Sem perceber um grave pecado, ele não consegue entender porque tinha que sofrer tanto. 
17 Como água. O salmista é como uma pessoa prestes a se afogar. 
 18 Amigo e companheiro. O salmista … foi abandonado até mesmo por aqueles a quem ele tinha o direito de pedir ajuda e simpatia no sofrimento (ver Jó 19:13-21). 
trevas. O salmo é um exemplo de fé confiante: embora … não visse livramento, [o salmista] permanecia firme em DEUS. 

Salmo 89
A Aliança Davídica - a Fidelidade Eterna de DEUS com Israel
Salmo 89 fala da aliança eterna entre DEUS e Davi. Esse é o terceiro salmo mais longo da Bíblia (depois dos Salmos 78 e 119), e é um dos salmos messiânicos porque a aliança de Davi, descrita nesse texto, somente encontra sua validade e seu cumprimento definitivo em JESUS Cristo.
Vamos ler o Salmo 89 inteiro: “Salmo didático de Etã, ezraíta. Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó Senhor; os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade. Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre; a tua fidelidade, tu a confirmarás nos céus, dizendo: Fiz aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo: Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração. Celebram os céus as tuas maravilhas, óSenhor, e, na assembléia dos santos, a tua fidelidade. Pois quem nos céus é comparável aoSenhor? Entre os seres celestiais, quem é semelhante ao Senhor? Deus é sobremodo tremendo na assembléia dos santos e temível sobre todos os que o rodeiam. Ó Senhor, DEUS dos Exércitos, quem é poderoso como tu és, Senhor, com a tua fidelidade ao redor de ti?! Dominas a fúria do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as amainas. Calcaste a Raabe, como um ferido de morte; com o teu poderoso braço dispersaste os teus inimigos. Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste. O Norte e o Sul, tu os criaste; o Tabor e o Hermom exultam em teu nome. O teu braço é armado de poder, forte é a tua mão, e elevada, a tua destra. Justiça e direito são o fundamento do teu trono; graça e verdade te precedem. Bem-aventurado o povo que conhece os vivas de júbilo, que anda, ó Senhor, na luz da tua presença. Em teu nome, de contínuo se alegra e na tua justiça se exalta, porquanto tu és a glória de sua força; no teu favor avulta o nosso poder. Pois ao Senhor pertence o nosso escudo, e ao Santo de Israel, o nosso rei. Outrora, falaste em visão aos teus santos e disseste: A um herói concedi o poder de socorrer; do meio do povo, exaltei um escolhido. Encontrei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi. A minha mão será firme com ele, o meu braço o fortalecerá. O inimigo jamais o surpreenderá, nem o há de afligir o filho da perversidade. Esmagarei diante dele os seus adversários e ferirei os que o odeiam. A minha fidelidade e a minha bondade o hão de acompanhar, e em meu nome crescerá o seu poder. Porei a sua mão sobre o mar e a sua direita, sobre os rios. Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu DEUS e a rocha da minha salvação. Fá-lo-ei, por isso, meu primogênito, o mais elevado entre os reis da terra. Conservar-lhe-ei para sempre a minha graça e, firme com ele, a minha aliança. Farei durar para sempre a sua descendência; e, o seu trono, como os dias do céu. Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos, se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos, então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniquidade. Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei a minha fidelidade. Não violarei a minha aliança, nem modificarei o que os meus lábios proferiram. Uma vez jurei por minha santidade (e serei eu falso a Davi?): A sua posteridade durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim. Ele será estabelecido para sempre como a lua e fiel como a testemunha no espaço. Tu, porém, o repudiaste e o rejeitaste; e te indignaste com o teu ungido. Aborreceste a aliança com o teu servo; profanaste-lhe a coroa, arrojando-a para a terra. Arrasaste os seus muros todos; reduziste a ruínas as suas fortificações. Despojam-no todos os que passam pelo caminho; e os vizinhos o escarnecem. Exaltaste a destra dos seus adversários e deste regozijo a todos os seus inimigos. Também viraste o fio da sua espada e não o sustentaste na batalha. Fizeste cessar o seu esplendor e deitaste por terra o seu trono. Abreviaste os dias da sua mocidade e o cobriste de ignomínia. Até quando, Senhor? Esconder-te-ás para sempre? Arderá a tua ira como fogo? Lembra-te de como é breve a minha existência! Pois criarias em vão todos os filhos dos homens! Que homem há, que viva e não veja a morte? Ou que livre a sua alma das garras do sepulcro? Que é feito, Senhor, das tuas benignidades de outrora, juradas a Davi por tua fidelidade? Lembra-te, Senhor, do opróbrio dos teus servos e de como trago no peito a injúria de muitos povos, com que, Senhor, os teus inimigos têm vilipendiado, sim, vilipendiado os passos do teu ungido. Bendito seja o Senhor para sempre! Amém e amém!”

Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste.
A aliança que DEUS fez com Davi só encontrou seu cumprimento e sua validade definitiva em JESUS Cristo, o que vemos no anúncio do nascimento de JESUS do anjo Gabriel a Maria:“Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de JESUS. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; DEUS, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1.31-33).
Depois da ressurreição e da ascensão de JESUS, Paulo diz aos judeus em relação à aliança de Davi: “E, que Deus o ressuscitou dentre os mortos para que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse: E cumprirei a vosso favor as santas e fiéis promessas feitas a Davi” (At 13.34).
E a Timóteo, seu filho espiritual, Paulo escreve: “Lembra-te de JESUS Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho” (2 Tm 2.8).
O autor do Salmo 89 chama-se Etã. esse nome significa: “(Deus é) constância, persistência”. Não foi por acaso que esse Salmo, que fala da aliança eterna de DEUS com Davi, foi escrito por um homem com esse nome.
As promessas da aliança
No Salmo 89.1-4 lemos: “Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó Senhor; os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade. Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre; a tua fidelidade, tu a confirmarás nos céus, dizendo: Fiz aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo: Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração” (veja também vv. 21-35).
Ao consultarmos o termo “aliança” em enciclopédias, encontraremos uma grande quantidade de informações. Essas fontes mencionam tratados entre países, alianças militares, pactos sociais e acordos de paz. Como exemplos, tivemos em passado recente o Pacto de Varsóvia, o Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a União Européia. As enciclopédias também citam órgãos governamentais das mais diversas áreas, como meio ambiente, economia e navegação. Há ainda alianças de exilados, de contribuintes, de tendências políticas, de empregadores, de empregados, de inquilinos, de fornecedores e de proteção ambiental. Não faltam alianças ecumênicas, eclesiásticas e teológicas. A aliança mais importante de todas talvez seja o casamento.
Todas essas alianças são caracterizadas pelo fato de serem frágeis e passageiras e não terem durabilidade, pois muitas vezes as partes entram em conflito. Os termos dos pactos quase nunca são cumpridos integralmente, e na maior parte das vezes já de antemão estão condenados ao fracasso. Por isso, a História tem tantos relatos de alianças rompidas e pactos quebrados.
Os pactos e alianças que Deus celebra são totalmente diferentes. Sua garantia é indiscutível e não poderia ser mais segura. No Salmo 89.35-37 o Eterno promete: “Uma vez jurei por minha santidade (e serei eu falso a Davi?): A sua posteridade durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim. Ele será estabelecido para sempre como a lua e fiel como a testemunha no espaço”. Tentemos responder quatro perguntas:
1. Por que a aliança de DEUS é imutável e pode ser mantida para sempre?
Porque está baseada na graça, e não na lei. Tem sua existência eterna na fidelidade e santidade de DEUS. Nem mesmo a infidelidade da geração descendente de Davi invalidou a aliança com DEUS (cf. Sl 89.30-33). Naturalmente isso teve conseqüências para aquela geração mas não interferiu na própria aliança. Quando Salomão andou por seus próprios caminhos, Deus respondeu dividindo o reino e anunciando o reinado de Jeroboão sobre as dez tribos. O Senhor disse: “Por isso, afligirei a descendência de Davi; todavia, não para sempre” (1 Rs 11.39).
O Salmo 89 cita oito vezes a palavra graça ou suas correlacionadas (v.1, “misericórdias”; v.2, “benignidade”; v.14, “graça”; v.17, “favor”; v.24, “bondade”; v.28, “graça”; v.33, “bondade”; v.49, “benignidade”).
Há quatro menções à aliança nesse Salmo (vv.3, 28, 34 e 39).
O conceito da eternidade (“para sempre”) aparece seis vezes (vv.2, 4, 28, 29, 36, 37).
A fidelidade de DEUS é referida sete vezes (vv.1, 2, 5, 8, 24, 33, 49).
E há cinco menções ao trono (vv.4, 14, 29, 36, 44).

Os pactos e alianças que Deus celebra são totalmente diferentes das humanas. Sua garantia é indiscutível e não poderia ser mais segura.
DEUS também falou da Sua aliança eterna com Davi pela boca do profeta Jeremias: “Assim diz o Senhor: Se a minha aliança com o dia e com a noite não permanecer, e eu não mantiver as leis fixas dos céus e da terra, também rejeitarei a descendência de Jacó e de Davi, meu servo, de modo que não tome da sua descendência quem domine sobre a descendência de Abraão, Isaque e Jacó; porque lhes restaurarei a sorte e deles me apiedarei” (Jr 33.25-26; cf. também Gn 15.18-21; 17; Êx 33.1-2; Lv 26.41-42,44-45; Dt 4.30-31; 2 Sm 23.5; 2 Rs 13.23; Sl 105.8-11; Sl 132.11ss.).
Essa profusão de menções à aliança também é uma clara indicação de que todas as doze tribos de Israel serão preservadas, retornando no final, mesmo que hoje sua identificação ainda seja difícil.
2. Quando teve início a aliança de DEUS com Davi?
Já na escolha de Davi como rei de Israel. Basta atentar para a palavra “poder”, “óleo” ou “ungir”: “...no teu favor avulta o nosso poder...” (Sl 89.17)“...com o meu santo óleo o ungi” (v.20)“...e em meu nome crescerá o seu poder” (v. 24).
Deus mandou o profeta Natã dizer a Davi: “Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Sm 7.15-16).
Há uma diferença profética muito significativa entre a unção de Saul e a unção de Davi para serem reis. No caso de Saul lemos: “Tomou Samuel um vaso de azeite, e lhe derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Não te ungiu, porventura, o Senhor por príncipe sobre a sua herança, o povo de Israel?” (1 Sm 10.1). Quando Davi foi ungido rei, o relato diz: “Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi...” (1 Sm 16.13). O vaso de azeite é quebrável, já o chifre de azeite não é. Essa é uma indicação profética da fragilidade do reinado de Saul e da durabilidade do reinado de Davi.
Saul foi instituído rei por ,DEUS mas não havia sido Seu eleito; ele era um rei mais de acordo com a vontade do povo (1 Sm 12.13). Já Davi era homem segundo o coração de DEUS e eleito pelo Senhor (2 Cr 6.5-6).
Quando Saul foi morto pelos filisteus, Davi lamentou sua morte: “Montes de Gilboa, não caia sobre vós nem orvalho, nem chuva, nem haja aí campos que produzam ofertas, pois neles foi profanado(quebrado) o escudo dos valentes, o escudo de Saul, que jamais será ungido com óleo” (2 Sm 1.21). Já sobre Davi está escrito: “A minha fidelidade e a minha bondade o hão de acompanhar, e em meu nome crescerá o seu poder” (Sl 89.24).
3. A que se relaciona a aliança?
a) Às pessoas de Davi, Salomão e seus descendentes: “...também o Senhor te faz saber que ele, o Senhor, te fará casa. Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Sm 7.11-16).
b) Além das pessoas, diz respeito ao trono: “Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino... Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Sm 7.13,16).
O Salmo 89 fala do trono de modo muito especial: “Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração” (v.4). “Farei durar para sempre a sua descendência; e, o seu trono, como os dias do céu” (v. 29). “A sua posteridade durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim” (v.36).
Se a promessa dependesse de quem se assenta no trono, ela já teria se tornado ultrapassada e inválida com Salomão. Mas como a promessa está baseada, por um lado, em DEUS, em Sua graça, fidelidade e santidade, e, por outro lado, no trono, ela não tem como ser invalidada.

O vaso de azeite é quebrável, já o chifre de azeite não é. Essa é uma indicação profética da fragilidade do reinado de Saul e da durabilidade do reinado de Davi.
c) JESUS, o Messias. Davi aparentemente percebeu isso e disse a respeito da aliança que DEUS tinha feito com ele: “Foi isso ainda pouco aos teus olhos, Senhor DEUS, de maneira que também falaste a respeito da casa de teu servo para tempos distantes; e isto é instrução para todos os homens, ó Senhor DEUS” (2 Sm 7.19).
Uma passagem paralela no livro das Crônicas, apesar de ter outras ênfases, certamente tem algum significado profético: “...e também te fiz saber que o Senhor te edificaria uma casa. Há de ser que, quando teus dias se cumprirem, e tiveres de ir para junto de teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que será dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. Esse me edificará casa; e eu estabelecerei o seu trono para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; a minha misericórdia não apartarei dele, como a retirei daquele que foi antes de ti. Mas o confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono será estabelecido para sempre” (1 Cr 17.10-14).
• Aqui Salomão não é mencionado como descendente direto de Davi, que subiria ao trono, mas como o “descendente depois de ti, que será dos teus filhos”. Essa indicação não se refere nem a Salomão nem a outro filho seu, mas a um descendente futuro da linhagem de Davi.
• A possibilidade de pecado não é mencionada nesse texto, pois pelo visto esse descendente não pecará.
• Ele próprio, Seu trono e Seu reinado durarão para sempre. Não é só o trono que permanecerá para sempre, mas também a pessoa que se assenta no trono.
Essa profecia não pode estar relacionada a ninguém mais além de JESUS Cristo, que o anjo Gabriel anunciou da seguinte forma a Maria: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; DEUS, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1.32-33). E por referir-se a JESUS, o Salmo 89.24 também diz: “A minha fidelidade e a minha bondade o hão de acompanhar, e em meu nome crescerá o seu poder”.
4. Qual é a conseqüência dessa aliança?
1. Israel precisa ser preservado como povo.
2. Israel como nação deve possuir a terra. Portanto, os judeus devem retornar a ela. A existência do Estado judeu é uma premissa básica para isso.
3. JESUS tem de retornar literalmente como Messias.
4. É preciso existir um reino literal. Quando Natã, incumbido por Deus, disse a Davi que o seu “reino”seria “estabelecido para sempre” e que seu “trono” existiria “para sempre”, Davi respondeu ao Senhor:“Quem há como o teu povo, como Israel, gente única na terra, a quem tu, ó Deus, foste resgatar para ser teu povo? E para fazer a ti mesmo um nome e fazer a teu povo estas grandes e tremendas coisas, para a tua terra, diante do teu povo, que tu resgataste do Egito, desterrando as nações e seus deuses? Estabeleceste teu povo Israel por teu povo para sempre e tu, ó Senhor, te fizeste o seu Deus. Agora, pois, ó Senhor Deus, quanto a esta palavra que disseste acerca de teu servo e acerca da sua casa, confirma-a para sempre e faze como falaste. Seja para sempre engrandecido o teu nome, e diga-se: O Senhor dos Exércitos é Deus sobre Israel; e a casa de Davi, teu servo, será estabelecida diante de ti” (2 Sm 7.23-26).
A interrupção da aliança

Israel como nação deve possuir a terra. Portanto, os judeus devem retornar a ela. A existência do Estado judeu é uma premissa básica para isso.
No Salmo 89.38-49 parece que Etã não entende mais a promessa que DEUS fez a Davi. Antes Etã lembrava as promessas eternamente válidas de DEUS a Davi e louvava ao Senhor por isso. Mas ele não conseguia conectá-las com a realidade que estava diante de seus olhos. O que via era totalmente diferente do que DEUS tinha prometido. O que via em seus dias não combinava em nada com as promessas dadas por DEUS. Parece haver uma enorme diferença entre a teoria e a prática. O que estava acontecendo? Será que DEUS estava quebrando Sua palavra? Seria possível que Ele tivesse rompido a aliança feita com Davi? Será que já não era possível continuar confiando nele?
Etã está debaixo de uma insuportável tensão entre a fé na palavra de DEUS e a realidade histórica. Por isso, ele questiona consternado:“Que é feito, Senhor, das tuas benignidades de outrora, juradas a Davi por tua fidelidade?” (Sl 89.49).
A coroa de Israel caiu (aparentemente não há mais dinastia real). O trono ruiu, os muros foram derrubados, o templo destruído, os inimigos estão dominando. O reino de Israel foi dividido. Então vieram os inimigos – assírios, babilônios, gregos, Antíoco Epifânio, os romanos – e os judeus foram espalhados entre todas as nações. Além de tudo, ainda aconteceu o Holocausto... Isso realmente pode despertar dúvidas como as de Etã: “Que é feito, Senhor, das tuas benignidades de outrora, juradas a Davi por tua fidelidade?”
Mas Etã não pára por aí; ele suplica: “Lembra-te, Senhor, do opróbrio dos teus servos e de como trago no peito a injúria de muitos povos, com que, Senhor, os teus inimigos têm vilipendiado, sim, vilipendiado os passos do teu ungido” (Sl 89.50-51).
Por que esse afastamento de Israel, essa separação entre a aliança com Davi e a realidade histórica vivenciada? – Porque DEUS suspendeu temporariamente a aliança prometida a Davi para que as nações também fossem incluídas na salvação de Jesus, tornando-se participantes da Nova Aliança. No século VIII a.C. o Senhor tinha anunciado por meio de Isaías: “Por breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias torno a acolher-te; num ímpeto de indignação, escondi de ti a minha face por um momento; mas com misericórdia eterna me compadeço de ti, diz o Senhor, o teu Redentor... Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o Senhor, que se compadece de ti” (Is 54.7-8,10).
Israel tirado do meio das nações e reunido como povo é premissa indispensável para a volta de JESUS. Na verdade, será como desenrolar o tapete vermelho para o Rei que vem chegando.
No capítulo seguinte de Isaías DEUS continua o raciocínio e deixa claro que (1) a aliança com Davi é válida e que (2) a aliança serve às nações. Desde Pentecostes as nações usufruem dessa verdade salvadora. No reino vindouro de JESUS Cristo a aliança terá sido cumprida, tanto para Israel quanto para as nações. O Senhor convida por meio do profeta Isaías: “Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi (veja At 13.34). Eis que eu o dei por testemunho aos povos, como príncipe e governador dos povos. Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para junto de ti, por amor do Senhor, teu DEUS, e do Santo de Israel, porque este te glorificou” (Is 55.3-5).
O apóstolo Paulo explica a quebra da aliança aos cristãos de Roma: “Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes... assim também estes, agora, foram desobedientes, para que, igualmente, eles alcancem misericórdia, à vista da que vos foi concedida” (Rm 11.11,31). Ele esclarece esse mistério, dizendo: “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados. Quanto ao evangelho, são eles inimigos por vossa causa; quanto, porém, à eleição, amados por causa dos patriarcas; porque os dons e a vocação de DEUS são irrevogáveis” (vv.25-29). A aliança de Davi foi interrompida para oferecer a possibilidade de salvação às nações.

A doxologia da aliança
A palavra grega doxologia pode ser traduzida como forma de louvor litúrgico. No final, Etã deve ter alcançado uma libertadora convicção interior, mas ela não é revelada a nós. Ele não mais se expressa sobre isso, mas irrompe em maravilhosa adoração: “Bendito seja o Senhor para sempre! Amém e amém!” (Sl 89.52).
Agora ele tinha certeza absoluta: o Senhor não quebra Sua palavra, Ele permanece fiel! Às vezes, o caminho é diferente daquele que desejamos, mas no final tudo fica bem e todos se unirão no louvor a DEUS: “Bendito seja o Senhor para sempre!” Ele transformará tudo em final feliz e concluirá perfeitamente Seu plano de salvação!
Paulo também reconheceu essa realidade e por isso jubila de forma semelhante (no capítulo 11 da Carta aos Romanos): “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém” (Rm 11.33-36).
Ninguém terá sucesso em se opor ao Senhor, ao Seu Ungido ou ao Seu povo. É o que também expressa o Salmo 89.22: “O inimigo jamais o surpreenderá, nem o há de afligir o filho da perversidade(Anticristo?)”. O versículo 9 também fala da insuperável grandeza e do poder de Deus: “Dominas a fúria do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as amainas”. Muitas vezes, água, mares e rios simbolizam as nações (cf. Is 8.7-8; 17.12-13; 28.15; 57.20; Sl 65.7-8; 93.3-4; 124.2-5; Ap 12.15; 13.1). Que o Senhor Jesus um dia reinará sobre as nações também está escrito no Salmo 89.25:“Porei a sua mão sobre o mar e a sua direita, sobre os rios”.
Pensamentos finais de exortação
No Salmo 89.20 lemos: “Encontrei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi”. Saul era o rei que o povo desejava; os israelitas viam somente o que estava diante de seus olhos. Mas DEUS estava à procura de um coração que lhe fosse totalmente consagrado e encontrou-o em Davi. O que o Senhor encontra em nós?
Em Atos 13.22 está escrito: “E, tendo tirado a este, levantou-lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade”. Davi serviu ao Senhor de todo coração até sua morte: “Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de DEUS, adormeceu, foi para junto de seus pais...” (At 13.36). Se o Senhor JESUS demorar com o Arrebatamento, quando estivermos perto da morte será que também poderemos dizer que servimos à vontade do Senhor até o fim?
O Senhor conduz tanto a Igreja quanto nossa vida pessoal ao seu alvo (Fp 1.6). Mesmo que muitos descendentes de Davi tenham falhado completamente, DEUS conduzirá Israel ao alvo que propôs.
Encorajamento
Freqüentemente nós também não entendemos os caminhos de DEUS e vivemos nessa tensão entre fé e experiência. Muitas coisas são totalmente diferentes do que imaginamos ou pensamos compreender a partir da Escritura. Às vezes sentimo-nos como Etã quando orou: “Que é feito, Senhor, das tuas benignidades de outrora, juradas a Davi por tua fidelidade?” (Sl 89.49). Muitos que esperam ansiosamente pelo Arrebatamento talvez já tenham dito a Jesus: “Senhor, afinal, quando virás? Já estou esperando há tanto tempo. Tua palavra não vai se cumprir nunca?”.
Os filhos de DEUS são duramente provados, não somente sob o regime comunista na Coréia do Norte, na China, no Vietnã ou em países islâmicos. Também nos países cristãos há muito sofrimento e dor. E quando olhamos para Israel vemos que lá também há inúmeras dificuldades e que aparentemente não há solução para os problemas.
Como cristãos renascidos, preferimos receber novas vestes do que ser despidos delas. Muitos cristãos sinceros já pregaram sobre a vinda de JESUS para buscar Sua Igreja, ansiaram pelo Arrebatamento e contaram com ele durante seu tempo de vida. Mas ficaram doentes, ficaram idosos e o Senhor não os buscou. Pedro tem palavras de consolo para nós: “...que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de JESUS Cristo; a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória” (1 Pe 1.5-8).
Sejamos confiantes! Um dia os membros da Igreja de JESUS colocarão suas coroas aos pés de seu Senhor (veja Ap 4.10-11) e entoarão o louvor: “Bendito seja o Senhor para sempre! Amém, amém! ”(Sl 89.52). Portanto, guarde o que você tem para que ninguém tome sua coroa (Ap 3.11). Afinal, só assim você terá algo para colocar aos pés do Senhor, para honrá-lo na eternidade!
Salmo 91
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra alguma
(Salmos 91:11-12).
OS SALMOS MESSIÂNICOS-SALMO 91
No Salmo 91 o Messias é apresentado como o Homem perfeito e dependente, e como único que verdadeiramente habita "no esconderijo do Altíssimo" ou "à sombra do Onipotente". O tema é: Cristo foi libertado do inimigo e preservado por DEUS em Seu caminho sobre a terra (vv. 2-10) "Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda".
Mateus e Lucas registram a tentação do Senhor JESUS e o diabo citando esse Salmo. Isso nos mostra que Satanás acreditava que o Salmo 91 era uma profecia messiânica, mas observando atentamente nós notamos que ele citou o Salmo de modo errado. Ele levou o Senhor JESUS até o pináculo do templo e disse: "Se tu és o Filho de DEUS, lança-te de aqui abaixo" (Mateus 4:6). Depois o diabo citou os versos 11-12, mas omitiu parte do verso 11: "para te guardarem em todos os teus caminhos". A promessa da proteção angelical para o Messias dependia de Sua obediência e confiança em DEUS. Ele seria preservado enquanto andasse nos caminhos de DEUS. O Senhor JESUS sempre andou na vontade de Deus; Satanás tentou fazê-lo andar fora desses caminhos-mas falhou. Satanás é descrito de quatro formas nesse Salmo: um leão, uma áspide, um leãozinho e uma serpente (v.13). Como um leão é um adversário poderoso (1 Pedro 5:8), como a áspide ele se transforma em anjo de luz (2 Coríntios 11:14), como leãozinho ele mostra sua energia em oposição as coisas de DEUS (Jó 1:7), e como a serpente, ele é um perseguidor e assassino (Apocalipse 12:4-13).
O Salmo 91 termina com a exaltação do Messias: "pô-lo-ei em retiro alto". Isso acontece porque o Messias amava a DEUS e em Sua santa humanidade Ele manifestou, uma perfeita dependência e obediência a DEUS.
Salmo 102

Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás, e ficarão mudados. Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim
 (Salmo 102:25-27).
OS SALMOS MESSIÂNICOS-SALMO 102
O Salmo 102 descreve graficamente as aflições e a desolação do Messias (vv.1-11). O pardal é uma criatura social, mas o Messias é como: "um pardal solitário no telhado". O Senhor JESUS foi abandonado pelos Seus discípulos e rejeitado pelo Seu povo, mas essas coisas são pequenas quando comparadas com a indignação e a ira da cruz.
A expiação não é apresentada nesse Salmo, mas nós vemos o Messias sofrendo a favor de Israel-Ele morreria pela "nação" (João 11:51). O resultado é visto nos versos 12-22, onde temos a restauração de Israel e a vinda do Senhor: quando o Senhor edificar a Sião, aparecerá na sua glória".
Então algo extraordinário acontecerá diante de nós quando o Messias diz: "Abateu a minha força... abreviou os meus dias" (v.23). O Messias seria "cortado" (Daniel 9:26; Isaías 53:8). Como poderia existir um reino sem a existência de um rei? O mistério é resolvido quando lemos que Seus "anos são por todas as gerações" e que Ele não é outro senão o próprio Senhor, o Criador! O comentário divino desses versos encontra-se em Hebreus 1:10-12. A própria Criação irá envelhecer e perecer, mas Cristo permanece "o Mesmo" e Seus anos não têm fim (vv. 26-27). "O Mesmo", é um título divino que significa: "Aquele que É e não muda". Nós podemos colocar nossa confiança nele no meio de um mundo sempre em mutação. "JESUS Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente" (Hebreus 13:8).
Salmo 109
Salmo 109: Os Seus Dias Sejam Poucos
As orientações que introduzem Salmo 109 sugerem para ele um lugar importante na adoração de Israel: “Ao mestre de canto. Salmo de Davi”. O salmista de Israel, guiado pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:20-21), escreveu essas palavras para exaltar o Senhor e ensinar sobre sua justiça. Todos que estudam as Escrituras com seriedade lutam com esse e os outros Salmos imprecatórios, cuja mensagem principal é de maldição aos malfeitores. Especialmente com o pano de fundo da mensagem redentora do evangelho de Cristo, achamos difícil conciliar essas imprecações com o espírito do servo do Senhor. Mas, sabemos que Davi era um homem segundo o coração de DEUS (Atos 13:22). Ele escreveu sobre o amor e a misericórdia, mas também frisou a vingança de um DEUS santo e justo. A fé verdadeira não nos permite a liberdade de moldar DEUS conforme as nossas preferências e preconceitos. É importante estudar todos os aspectos do caráter divino, e um deles é sua ira contra os malfeitores. É no Novo Testamento com sua mensagem de graça e salvação que achamos estas palavras sombrias: “Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do DEUS vivo” (Hebreus 10:30-31). Qualquer teologia que nega a justa vingança de DEUS não é uma teologia bíblica. O Salmo 109 nos ajuda a compreender esse fato inconveniente.
Como um homem fiel a DEUS poderia pedir a destruição dos seus inimigos? Davi falou de uma posição que poucos ocupam. Ele tinha certeza da sua própria comunhão com DEUS, e convicção que seus adversários eram, principalmente, inimigos de DEUS. Ele não estava pedindo para DEUS tomar partido em alguma disputa política. Ele foi um servo e guerreiro do Senhor na batalha contra o mal, e desejava a vitória do seu Rei justo.
Como Davi se refere aos inimigos que ele tratava com amor (verso 4), parece provável que o contexto do Salmo 109 seja um dos períodos de conflitos internos em Israel, talvez a perseguição por Saul ou a guerra civil provocada por Absalão alguns anos depois.
Quem falará? Os primeiros três versos apresentam um contraste entre DEUS e os inimigos de Davi. Os inimigos falavam mentiras e palavras odiosas (versos 2 e 3). Davi pede para DEUS agir: “Ó Deus do meu louvor, não te cales! ” (Verso 1). A voz da justiça de Deus seria a única resposta necessária e adequada para as falsas acusações dos adversários de Davi.
O contraste entre o procedimento de Davi e o dos seus adversários é frisado nos versos 4 e 5. Ele mostrou amor e bondade, e eles responderam com hostilidade e ódio. Mesmo quando os outros nos maltratam, lembremos do exemplo de Davi e das instruções de JESUS: “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Lucas 6:31).
Nos versos 6 a 20, Davi pede que DEUS traga sobre seus inimigos as justas consequências dos seus crimes. Nós podemos sentir a mesma vontade de ver a justiça aplicada quando um assassino, estuprador ou pedófilo é julgado no tribunal. Davi sugere castigos apropriados pelos delitos cometidos. Ele deseja ver seus inimigos condenados e levados à pobreza e até à morte precoce. Diferente do desejo normal que um justo deixe descendentes respeitados, a vontade de Davi é ver a linhagem e a lembrança dos seus inimigos apagadas da terra.
O salmista explica que o motivo das suas severas imprecações não é apenas uma questão de ofensa particular contra sua pessoa, mas crimes de injustos que maltratavam pessoas inocentes. Ele diz do seu inimigo: “Porquanto não se lembrou de usar de misericórdia, mas perseguiu o aflito e o necessitado, como também o quebrantado de coração, para os entregar à morte” (verso 16). A justiça que Davi pediu seria conforme os crimes: “Amou a maldição; ele o apanhe; não quis a bênção; aparte-se dele” (verso 17). Ainda assim, Davi deixou a vingança nas mãos de DEUS, não procurando sua própria vingança: “Tal seja, da parte do SENHOR, o galardão dos meus contrários... Mas tu, SENHOR DEUS, age por mim, por amor do teu nome” (versos 20-21; compare o ensinamento de Paulo em Romanos 12:19).
Davi encerra esse Salmo com um apelo a DEUS pela sua própria salvação dos malfeitores, e anuncia sua intenção de agradecer e louvar a DEUS publicamente. No final das contas, o assunto é muito mais do que a vindicação dos direitos de Davi. É o nome do DEUS justo que é honrado!
Salmo 110
Salmo 109: Os Seus Dias Sejam Poucos
As orientações que introduzem Salmo 109 sugerem para ele um lugar importante na adoração de Israel: “Ao mestre de canto. Salmo de Davi”. O salmista de Israel, guiado pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:20-21), escreveu essas palavras para exaltar o Senhor e ensinar sobre sua justiça. Todos que estudam as Escrituras com seriedade lutam com esse e os outros Salmos imprecatórios, cuja mensagem principal é de maldição aos malfeitores. Especialmente com o pano de fundo da mensagem redentora do evangelho de Cristo, achamos difícil conciliar essas imprecações com o espírito do servo do Senhor. Mas, sabemos que Davi era um homem segundo o coração de DEUS (Atos 13:22). Ele escreveu sobre o amor e a misericórdia, mas também frisou a vingança de um DEUS santo e justo. A fé verdadeira não nos permite a liberdade de moldar DEUS conforme as nossas preferências e preconceitos. É importante estudar todos os aspectos do caráter divino, e um deles é sua ira contra os malfeitores. É no Novo Testamento com sua mensagem de graça e salvação que achamos estas palavras sombrias: “Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do DEUS vivo” (Hebreus 10:30-31). Qualquer teologia que nega a justa vingança de DEUS não é uma teologia bíblica. O Salmo 109 nos ajuda a compreender esse fato inconveniente.
Como um homem fiel a DEUS poderia pedir a destruição dos seus inimigos? Davi falou de uma posição que poucos ocupam. Ele tinha certeza da sua própria comunhão com DEUS, e convicção que seus adversários eram, principalmente, inimigos de DEUS. Ele não estava pedindo para DEUS tomar partido em alguma disputa política. Ele foi um servo e guerreiro do Senhor na batalha contra o mal, e desejava a vitória do seu Rei justo.
Como Davi se refere aos inimigos que ele tratava com amor (verso 4), parece provável que o contexto do Salmo 109 seja um dos períodos de conflitos internos em Israel, talvez a perseguição por Saul ou a guerra civil provocada por Absalão alguns anos depois.
Quem falará? Os primeiros três versos apresentam um contraste entre DEUS e os inimigos de Davi. Os inimigos falavam mentiras e palavras odiosas (versos 2 e 3). Davi pede para DEUS agir: “Ó DEUS do meu louvor, não te cales! ” (Verso 1). A voz da justiça de Deus seria a única resposta necessária e adequada para as falsas acusações dos adversários de Davi.
O contraste entre o procedimento de Davi e o dos seus adversários é frisado nos versos 4 e 5. Ele mostrou amor e bondade, e eles responderam com hostilidade e ódio. Mesmo quando os outros nos maltratam, lembremos do exemplo de Davi e das instruções de JESUS: “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Lucas 6:31).
Nos versos 6 a 20, Davi pede que DEUS traga sobre seus inimigos as justas consequências dos seus crimes. Nós podemos sentir a mesma vontade de ver a justiça aplicada quando um assassino, estuprador ou pedófilo é julgado no tribunal. Davi sugere castigos apropriados pelos delitos cometidos. Ele deseja ver seus inimigos condenados e levados à pobreza e até à morte precoce. Diferente do desejo normal que um justo deixe descendentes respeitados, a vontade de Davi é ver a linhagem e a lembrança dos seus inimigos apagadas da terra.
O salmista explica que o motivo das suas severas imprecações não é apenas uma questão de ofensa particular contra sua pessoa, mas crimes de injustos que maltratavam pessoas inocentes. Ele diz do seu inimigo: “Porquanto não se lembrou de usar de misericórdia, mas perseguiu o aflito e o necessitado, como também o quebrantado de coração, para os entregar à morte” (verso 16). A justiça que Davi pediu seria conforme os crimes: “Amou a maldição; ele o apanhe; não quis a bênção; aparte-se dele” (verso 17). Ainda assim, Davi deixou a vingança nas mãos de Deus, não procurando sua própria vingança: “Tal seja, da parte do SENHOR, o galardão dos meus contrários... Mas tu, SENHOR Deus, age por mim, por amor do teu nome” (versos 20-21; compare o ensinamento de Paulo em Romanos 12:19).
Davi encerra esse Salmo com um apelo a DEUS pela sua própria salvação dos malfeitores, e anuncia sua intenção de agradecer e louvar a DEUS publicamente. No final das contas, o assunto é muito mais do que a vindicação dos direitos de Davi. É o nome do DEUS justo que é honrado!
Salmo 118
A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça de esquina... salva-nos.... Senhor... bendito aquele que vem em nome do Senhor
(Salmos 118:22,25-26).
OS SALMOS MESSIÂNICOS-SALMO 118
Salmo 118 será cantado pelo remanescente judeu quando for libertado pelo Messias das mãos de seus inimigos. Eles irão se lembrar como as nações os cercaram e os afligiram, mas o Senhor os libertou e lhes deu a vitória. É muito provável que esse Salmo também foi o hino que o Senhor JESUS e Seus discípulos cantaram durante a Páscoa antes de saírem do cenáculo (Mateus 26:30), pois naquele dia o mesmo era cantado.
O Senhor JESUS citou esse Salmo no dia seguinte à Sua entrada em Jerusalém. Os principais sacerdotes e os anciãos do povo tinham questionado sua autoridade (Mateus 21:23). O Senhor respondeu, citando diretamente o Salmo 118: "A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça de esquina". Os construtores são os líderes judeus que rejeitaram a Cristo, mas Deus irá exaltar essa "pedra rejeitada" e "transformá-la na pedra de esquina". As palavras do verso 25: "Salva-nos" (v.25) são apresentadas no Novo Testamento no original hebraico como: "Hosana". As multidões usaram essa expressão com referência ao Senhor JESUS quando Ele entrou em Jerusalém, assim como as crianças no templo (Mateus 21:9,15).
O Senhor JESUS advertiu a liderança judaica "Eis que a vossa casa vos é deixada deserta" (Mateus 23:38). O estado de desolação para Israel não será permanente, pois Ele diz que eles não O veriam outra vez até que viessem a dizer: "Bendito o que vem em nome do Senhor". Quando os judeus se arrependerem e se voltarem para Cristo, DEUS irá enviá-Lo do céu para estabelecer Seu reino (Atos 3:19-21). O cristão não precisa esperar por este evento terrestre. Que possamos vigiar e aguardar por Ele!

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