segunda-feira, 6 de janeiro de 2020


Jesus é Deus?

Resposta: 
Na Bíblia não há registros de Jesus dizendo, palavra por palavra: “Eu sou Deus”. Entretanto, isto não significa que Ele não tenha afirmado ser Deus. Como exemplo, tome as palavras de Jesus em João 10:30: “Eu e o Pai somos um.” Em um primeiro olhar, isto pode não parecer uma afirmação de Jesus em ser Deus. Entretanto, perceba a reação dos judeus a Sua afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33). Os judeus compreenderam a afirmação de Jesus como uma declaração em ser Deus. Nos versículos seguintes Jesus não corrige os judeus dizendo: “Eu não afirmei ser Deus.” Isto indica que Jesus realmente estava dizendo que era Deus ao declarar: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). João 8:58 nos dá outro exemplo: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os judeus tomaram pedras em uma tentativa de apedrejar Jesus (João 8:59). Por que os judeus iriam querer apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que criam ser uma blasfêmia, ou seja, uma afirmação em ser Deus?

João 1:1 diz que “o Verbo era Deus.” João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne.” Isto claramente indica que Jesus é Deus em carne. Atos 20:28 nos diz: “...Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” Quem comprou a igreja com Seu próprio sangue? Jesus Cristo. Atos 20:28 declara que Deus comprou a igreja com Seu próprio sangue. Portanto, Jesus é Deus!

Tomé, o discípulo, declarou a respeito de Jesus: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Jesus não o corrige. Tito 2:13 nos encoraja a esperar pela volta de nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo (veja também II Pedro 1:1). Em Hebreus 1:8, o Pai declara a respeito de Jesus: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.”

Em Apocalipse, um anjo instruiu o Apóstolo João para que adorasse a Deus (Apocalipse 19:10). Nas Escrituras, várias vezes Jesus recebe adoração (Mateus 2:11; 14:33; 28:9,17; Lucas 24:52; João 9:38). Ele nunca reprova as pessoas quando recebe adoração. Se Jesus não é Deus, Ele teria dito às pessoas para não ser adorado, assim como fez o anjo em Apocalipse. Há muitos outros versículos e passagens das Escrituras que atestam a favor da divindade de Jesus.

A razão mais importante para Jesus ser Deus é que se Ele não o fosse, Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar preço tão infinito. Somente Deus poderia carregar os pecados do mundo (II Coríntios 5:21), morrer e ressuscitar, provando Sua vitória sobre o pecado e a morte.
Jesus é Deus em carne? Por que é importante que Jesus é Deus em carne?
Resposta: Desde a concepção de Jesus pelo Espírito Santo no ventre da Virgem Maria (Lucas 1:26-38), a verdadeira identidade de Jesus Cristo sempre tem sido questionada por céticos. Tudo começou com o noivo de Maria, José, que estava com medo de se casar com ela quando ficou revelado que ela estava grávida (Mateus 1: 18-24). Ele a tomou como sua esposa só depois de o anjo confirmar-lhe que a criança que ela carregava era o Filho de Deus.

Centenas de anos antes do nascimento de Cristo, o profeta Isaías predisse a vinda do Filho de Deus: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6). Quando o anjo falou a José e anunciou o nascimento iminente de Jesus, ele aludiu à profecia de Isaías: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)" (Mateus 1:23). Isso não quer dizer que deviam dar ao bebê o nome Emanuel; isso significava que "Deus conosco" era a identidade do bebê. Jesus foi Deus vindo na carne para habitar com o homem.

O próprio Jesus entendeu a especulação sobre sua identidade. Ele perguntou a seus discípulos: "Quem diz o povo ser o Filho do Homem?" (Mateus 16:13; Marcos 8:27). As respostas variaram, assim como variam hoje. Em seguida, Jesus fez uma pergunta mais urgente: "Quem dizeis que eu sou?" (Mateus 16:15). Pedro deu a resposta certa: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mateus 16:16). Jesus afirmou a verdade da resposta de Pedro e prometeu que sobre aquela verdade Ele iria construir a sua igreja (Mateus 16:18).

A verdadeira natureza e identidade de Jesus Cristo tem significado eterno. Cada pessoa deve responder à pergunta que Jesus perguntou aos discípulos: "Quem dizeis que eu sou?"

Ele nos deu a resposta correta de muitas maneiras. Em João 14: 9-10, Jesus disse: "Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras."

A Bíblia é clara sobre a natureza divina do Senhor Jesus Cristo (ver João 1:1-14). Filipenses 2:6-7 diz que, embora Jesus estivesse "subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana" Colossenses 2:9 diz: "porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade."

Jesus é totalmente Deus e totalmente homem, e o fato de sua encarnação é de extrema importância. Ele viveu uma vida humana, mas não possuía uma natureza pecaminosa como nós. Ele foi tentado, mas nunca pecou (Hebreus 2:14-18; 4:15). O pecado entrou no mundo através de Adão, e a natureza pecaminosa de Adão foi transferida para cada bebê nascido no mundo (Romanos 5:12) - exceto para Jesus. Porque Jesus não teve um pai humano, Ele não herdou uma natureza pecaminosa. Ele possuía a natureza divina do Pai Celestial.

Jesus teve que atender a todas as exigências de um Deus santo antes que pudesse ser um sacrifício aceitável para o nosso pecado (João 8:29; Hebreus 9:14). Ele teve que cumprir mais de trezentas profecias sobre o Messias que Deus, através dos profetas, havia predito (Mateus 4: 13-14; Lucas 22:37; Isaías 53; Miqueias 5:2).

Desde a queda do homem (Gênesis 3:21-23), a única maneira de sermos justificados diante de Deus é o sangue de um sacrifício inocente (Levítico 9: 2; Números 28:19; Deuteronômio 15:21; Hebreus 9:22). Jesus foi o último e perfeito sacrifício que satisfez de uma vez por todas a ira de Deus contra o pecado (Hebreus 10:14). Sua natureza divina tornou-o apto para o trabalho de Redentor; o seu corpo humano forneceu o sangue necessário para redimir. Nenhum ser humano com uma natureza pecaminosa poderia pagar tal dívida. Ninguém mais poderia satisfazer os requisitos para se tornar o sacrifício pelos pecados de todo o mundo (Mateus 26:28; 1 João 2:2). Se Jesus fosse meramente um homem bom como alguns afirmam, então Ele tinha uma natureza pecaminosa e não era perfeito. Nesse caso, a sua morte e ressurreição não teriam poder para salvar ninguém.

Porque Jesus era Deus na carne, só Ele poderia pagar a dívida que devemos a Deus. A sua vitória sobre a morte e a sepultura conquistou a vitória para todos que põem sua confiança nele (João 1:12; 1 Coríntios 15: 3-4, 17).

Se Jesus era Deus, como é que Ele podia orar a Deus? Jesus estava orando a Si mesmo?
Resposta: Para entender Jesus, como Deus na terra, orando ao Seu Pai no céu, precisamos entender que o Pai eterno e o Filho eterno tinham um relacionamento eterno antes de Jesus tornar-se humano. Por favor leia João 5:19-27, especialmente 5:23, onde Jesus ensina que o Pai enviou o Filho (leia também João 15:10). Jesus não se tornou o Filho de Deus quando nasceu em Belém muitos anos atrás. Ele sempre tem sido o Filho de Deus desde a eternidade passada, ainda é, e sempre será.

Isaías 9:6 nos diz que “um menino nos nasceu, um filho se nos deu”. Jesus (juntamente com o Espírito Santo) sempre fez parte do relacionamento trino. A trindade sempre existiu: Deus Pai, Deus Filho e o Espírito de Deus, não três deuses, mas um Deus que existe em três pessoas distintas. Jesus ensinou que Ele e o Seu Pai são um (João 10:30), o que significa que Ele e o Seu Pai são da mesma substância e essência. O Pai, Filho e Espírito Santo são três pessoas coiguais que existem como Deus. Esses três tinham e continuam a ter um relacionamento eterno.

Quando Jesus, o eterno Filho de Deus, tomou sobre Si perfeita humanidade, Ele também passou a ser um servo, deixando de lado a Sua glória celestial (leia Filipenses 2:5-11). Como o Deus-homem, Ele teve que aprender obediência (Hebreus 5:8) ao Pai ao ser tentado por Satanás, falsamente acusado pelos homens, rejeitado por Seu povo e eventualmente crucificado. Sua oração ao Pai Celestial era para pedir por poder (João 11:41-42) e sabedoria (Marcos 1:35; 6:46). A Sua oração enquanto na terra como um homem mostrou uma dependência no Pai para poder cumprir o plano de redenção do Deus Pai (note a oração de Cristo como o grande sacerdote em João 17). Sua oração demonstrava que Ele no fim das contas Se submeteu à vontade do Pai, a qual era que Jesus morresse na cruz para pagar pela penalidade (a morte) por termos quebrado a lei de Deus (Mateus 26:31-46). Como se sabe, Ele ressuscitou dos mortos corporalmente, ganhando o perdão e vida eterna a favor dos que se arrependem dos pecados e creem nEle como o seu Salvador.

Não há problema nenhum com o Deus Filho orando ou falando com o Deus Pai. Como mencionado anteriormente, eles tinham um relacionamento eterno antes de Cristo se tornar humano. Esse relacionamento foi descrito nos Evangelhos para que possamos ver como o Filho de Deus em Sua humanidade realizou a vontade de Seu Pai e, ao fazer isso, a redenção foi comprada para os Seus filhos (João 6:38). A contínua submissão de Cristo ao Seu Pai Celestial foi fortificada e focalizada através de Sua vida de oração. O exemplo de Cristo na área de oração nos foi deixado para que possamos seguir o Seu modelo.

Jesus Cristo não foi menos Deus na terra quando orava a Deus Pai no Céu. Ele estava descrevendo como até em humanidade perfeita é necessário ter uma vida de oração vigorosa para cumprir a vontade de Seu Pai. Jesus orar ao Pai foi uma demonstração do Seu relacionamento dentro da Trindade e um exemplo de como devemos depender de Deus através da oração para obter a força e sabedoria das quais precisamos. Se Cristo, como Deus-homem, precisava ter uma vigorosa vida de oração, quanto mais o seguidor de Cristo hoje!

O que é a união hipostática? Como Jesus pode ser Deus e homem ao mesmo tempo?

Resposta: A união hipostática é um termo usado para descrever como Deus Filho, Jesus Cristo, tomou para Si a natureza humana, ao mesmo tempo permanecendo 100% Deus. Jesus sempre foi Deus (João 8:58; 10:30), mas na incarnação Jesus se fez carne – Ele passou a ser um ser humano (João 1:14). A adição da natureza humana à natureza divina resulta em Jesus, o Deus-homem. Essa é a união hipostática, Jesus Cristo, uma Pessoa, 100% Deus e 100% homem.

As duas naturezas de Jesus, humana e divina, são inseparáveis. Jesus vai ser para sempre Deus-homem, 100% Deus e 100% homem, duas naturezas distintas em uma Pessoa. A humanidade de Jesus e a Sua divindade não se misturam, mas se unem sem perderem suas identidades separadas. Jesus às vezes vivia com as limitações de humanidade (João 4:6; 19:28) e outras vezes com o poder de Sua divindade (João 11:43; Mateus 14:18-21). Nos dois casos, as ações de Jesus foram de Sua única Pessoa. Jesus tinha duas naturezas, mas só uma pessoa ou personalidade.

A doutrina da união hipostática é uma tentativa de explicar como Jesus pode ser os dois: Deus e homem ao mesmo tempo. É, na verdade, uma doutrina que somos incapazes de compreender totalmente. É impossível para nós entendermos totalmente como Deus trabalha. Nós, como seres humanos finitos, não devemos supor que podemos compreender um Deus infinito. Jesus é o Filho de Deus por ter sido concebido pelo Espírito Santo (Lucas 1:35). Mas isso não significa que Ele não já existia antes de ser concebido. Jesus tem sempre existido (João 8:58; 10:30). Quando Jesus foi concebido, Ele se tornou um ser humano em adição ao fato de ser Deus (João 1:1,14).

Jesus é os dois: Deus e homem. Jesus tem sempre sido Deus, mas Ele não se tornou um ser humano até ser concebido em Maria. Jesus se tornou um ser humano para poder se identificar conosco em nossas dificuldades (Hebreus 2:17) e, mais importante do que isso, para poder morrer na cruz para pagar pela penalidade de nossos pecados (Filipenses 2:5-11). Em resumo, a união hipostática ensina que Jesus é 100% humano e 100% divino, que não há nenhuma mistura ou enfraquecimento de nenhuma das naturezas, e que Ele é uma só pessoa, para sempre.
O que João 1:1, 14 querem dizer quando declaram que Jesus é a Palavra de Deus?
Resposta: A resposta a essa pergunta só é encontrada quando primeiramente se compreende o motivo pelo qual João escreveu o seu Evangelho. Encontramos o seu propósito descrito claramente em João 20:30-31: "Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais miraculosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome." João tinha o propósito de introduzir os leitores do seu Evangelho a Jesus Cristo, estabelecendo quem Jesus é (Deus em carne) e o que fez. O único objetivo de João era guiar as pessoas a abraçarem a obra salvadora de Cristo através da fé. Quando entendemos isso, somos mais capazes de entender por que João apresenta Jesus como "A Palavra" (ou Verbo, em algumas traduções) em João 1:1.

Ao iniciar o seu Evangelho dizendo: "No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus", João está apresentando Jesus com um termo facilmente entendido tanto pelos seus leitores judeus quanto gentios. A palavra grega traduzida como "Palavra" nesta passagem é logos, a qual era comum tanto na filosofia grega quanto no pensamento judaico daquele dia. Por exemplo, no Antigo Testamento, a "palavra" de Deus é muitas vezes personificada como um instrumento para a execução da vontade de Deus (Salmo 33:6, 107:20, 119:89, 147:15-18). Assim, para os seus leitores judeus, ao introduzir Jesus como a "Palavra", João está em um sentido apontando-los de volta ao Antigo Testamento onde o logos ou "Palavra" de Deus é associada com a personificação da revelação de Deus. Já na filosofia grega, o termo logos era usado para descrever o agente intermediário pelo qual Deus criava as coisas materiais e se comunicava com eles. Na cosmovisão grega, pensava-se que o logos era uma ponte entre o Deus transcendente e o universo material. Portanto, para os seus leitores gregos, o uso do termo logos provavelmente teria trazido a ideia de um princípio mediador entre Deus e o mundo.

Então, essencialmente, o que João está fazendo através da introdução de Jesus como o logos é utilizar uma palavra e conceito com os quais tanto os judeus quanto os gentios de sua época estariam familiarizados e usar isso como o ponto de partida para apresentá-los a Jesus Cristo. Entretanto, João vai além do conceito familiar de logos que os seus leitores judeus e gentios teriam e apresenta Jesus Cristo não como um mero princípio de mediação, assim como enxergado pelos gregos, mas como um ser pessoal, inteiramente divino e ainda plenamente humano. Além disso, Cristo não foi simplesmente uma personificação da revelação de Deus como os judeus achavam, mas de fato a perfeita revelação do próprio Deus na carne, tanto que João chegou até a registrar as próprias palavras de Jesus a Filipe: "Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’" (João 14:9)? Ao utilizar o termo logos ou "Palavra" em João 1:1, João estava ampliando e aplicando um conceito conhecido pela sua audiência e utilizando-se disso para introduzir os seus leitores ao verdadeiro logos de Deus em Jesus Cristo, a Palavra Viva de Deus, plenamente Deus e ainda plenamente homem, que veio para revelar Deus ao homem e resgatar todos os que creem nEle dos seus pecados.
O que significa Jesus ser o Filho de Deus?

Resposta: Jesus não é Filho de Deus no sentido como concebemos um pai e um filho. Deus não se casou e teve um filho. Jesus é Filho de Deus no sentido que Ele é Deus manifestado em forma humana (João 1:1,14). Jesus é Filho de Deus porque Ele foi concebido pelo Santo Espírito. Lucas 1:35 declara: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” No tempo em que foi escrita a Bíblia, a expressão “filho do homem” era usada para descrever um ser humano. O filho do homem é um homem.

Durante Seu julgamento perante os líderes judeus, o Sumo Sacerdote ordenou a Jesus: “Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus” (Mateus 26:63). Jesus respondeu: “Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu” (Mateus 26:64). Os líderes judeus responderam acusando Jesus de blasfêmia (Mateus 26:65-66). Mais tarde, perante Pôncio Pilatos: “Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus” (João 19:7). Por que o fato de se afirmar como “Filho de Deus” seria considerado blasfêmia e digno de uma sentença de morte? Os líderes judeus entenderam exatamente o que Jesus quis dizer com a expressão “Filho de Deus”. Ser “Filho de Deus” é ser da mesma natureza de Deus. O “Filho de Deus” é “de Deus”. A afirmação em ser da mesma natureza de Deus, e de fato “ser Deus” era blasfêmia para os líderes judeus; então exigiram a morte de Jesus. Hebreus 1:3 expressa isto muito claramente: “O qual (O Filho) sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa...”

Podemos encontrar um outro exemplo em João 17:12, onde Judas é descrito como o “filho da perdição”. João 6:71 nos diz que Judas era filho de Simão. O que João 17:12 quer dizer quando descreve Judas como o “filho da perdição”? A palavra “perdição” significa “destruição, ruína, fraqueza. Judas não era literalmente filho da “ruína, destruição e fraqueza”, mas estas eram coisas que identificaram a vida de Judas. Judas era uma manifestação da perdição. Neste mesmo aspecto, Jesus é o Filho de Deus. O Filho de Deus é Deus. Jesus é Deus manifestado (João 1:1,14).

Quando Jesus soube que Ele era Deus?


Resposta: Jesus sempre foi Deus. Desde a eternidade passada, Ele tem sido DEUS, e sempre será. A questão de quando, após a Encarnação, o Jesus humano soube que era Deus é interessante, mas não é abordada nas Escrituras. Sabemos que, como um adulto, Jesus reconheceu plenamente quem era, expressando desta forma: "Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU" (João 8:58). E também orou: "e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo" (João 17:5).

Parece também que, como uma criança, Jesus já tinha conhecimento de sua natureza e trabalho. Quando Jesus tinha doze anos, José e Maria levaram a família a Jerusalém. No caminho para casa, eles ficaram preocupados quando não viram Jesus na caravana. Eles voltaram para Jerusalém e encontraram Jesus "no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os" (Lucas 2:46). Sua mãe perguntou a Jesus por que desapareceu e preocupou-lhes tanto. Jesus perguntou de volta: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?" (Versículo 49). José e Maria não entenderam as palavras de Jesus (versículo 50). O que quer que aqueles ao seu redor não compreenderam, parece que Jesus, em uma idade muito jovem, sabia que era o Filho de Deus e que o Pai tinha preordenado o trabalho que devia fazer.

Após o incidente no templo, Lucas diz: "E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens" (Lucas 2:52). Se neste momento da experiência humana de Jesus Ele soubesse tudo, então não precisaria "crescer em sabedoria." Enfatizamos que esta foi a experiência humana de Jesus. Jesus nunca deixou de ser Deus, mas em alguns assuntos velou a sua divindade de acordo com a vontade do Pai. Assim, o Filho sujeitou-se ao crescimento físico, intelectual, social e espiritual. O Filho de Deus voluntariamente colocou-se em posição de necessitar assimilar conhecimento como um homem.

Quando Jesus soube que era Deus? Do ponto de vista celestial, o Filho soube desde a eternidade passada quem era e o que a sua obra terrestre era para ser. Da perspectiva terrena, o encarnado Jesus percebeu isso em algum momento no início da vida. Exatamente quando esse momento foi, não podemos saber com certeza. 

O que significa que Jesus é o Cordeiro de Deus?


Pergunta: "O que significa que Jesus é o Cordeiro de Deus?"

Resposta: 
Quando Jesus é chamado de Cordeiro de Deus em João 1:29 e João 1:36, é uma referência ao fato de que Ele é o sacrifício perfeito e definitivo pelo pecado. Para podermos compreender quem Cristo era e o que Ele fez, precisamos começar no Velho Testamento, onde encontramos as profecias sobre a vinda de Cristo como “expiação do pecado” (Isaías 53:10). Na verdade, o sistema de sacrifícios estabelecido por Deus no Velho Testamento preparou o terreno para a vinda de Jesus Cristo – o perfeito sacrifício que Deus providenciou como expiação pelos pecados de Seu povo (Romanos 8:3; Hebreus 10).

O sacrifício de cordeiros fez um papel muito importante na vida religiosa dos judeus e no seu sistema de sacrifícios. Quando João Batista se referiu a Jesus como o “Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” (João 1:29), os judeus que o escutaram provavelmente pensaram imediatamente em um dos vários sacrifícios importantes. Com a época da páscoa judaica se aproximando, o primeiro pensamento pode ter sido o sacrifício do cordeiro da páscoa. A festa da páscoa era uma das mais importantes festas judaicas e uma celebração em memória de quando Deus livrou os israelitas da escravidão no Egito. Na verdade, o sacrifício do cordeiro da páscoa e o processo de marcar com sangue as ombreiras e as vergas da porta das casas para o anjo da morte passar pelas pessoas que estavam “cobertas pelo sangue” (Êxodo 12:11-13) é um lindo retrato do trabalho expiatório de Cristo na cruz.

Um outro sacrifício importante que envolvia cordeiros era o sacrifício diário no Templo de Jerusalém. Toda manhã e noite, um cordeiro era sacrificado no Templo pelos pecados do povo (Êxodo 29:38-42). Esses sacrifícios diários, como todos os outros, tinham como propósito apenas direcionar as pessoas para o sacrifício perfeito de Cristo na cruz. Na verdade, a hora da morte de Jesus na cruz corresponde à hora do sacrifício noturno que estaria sendo realizado no Templo. Os judeus daquele tempo também teriam conhecimento dos profetas do Velho Testamento como Jeremias e Isaías, cujas profecias previram a vinda daquele que seria como “cordeiro levado ao matadouro” (Jeremias 11:19; Isaías 53:7) e cujo sofrimento e sacrifício providenciariam a redenção para Israel. Naturalmente, a pessoa que foi profetizada pelos profetas do Velho Testamento era Jesus Cristo, “o Cordeiro de Deus”.

Embora a ideia de um sistema de sacrifícios possa nos parecer estranha nos dias de hoje, o conceito de pagamento ou restituição ainda é um que podemos facilmente entender. Sabemos que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23) e que nossos pecados nos separam de Deus. Também sabemos que a Bíblia ensina que somos todos pecadores e que nenhum de nós é justo diante de Deus (Romanos 3:23). Por causa de nosso pecado, somos separados de Deus e permanecemos culpados diante dEle; portanto, só podemos ter esperança se Deus providenciar um caminho para a nossa reconciliação e foi isso o que Ele fez ao mandar o Seu Filho Jesus Cristo para morrer na cruz. Cristo morreu para fazer expiação pelo pecado e para pagar pela penalidade dos pecados daqueles que têm colocado sua fé nEle.

É através de Sua morte na cruz como o sacrifício perfeito de Deus pelo pecado e pela Sua ressurreição três dias depois que agora podemos ter vida eterna se acreditarmos nEle. O fato de que Deus mesmo tem providenciado o sacrifício que expia (paga) pelo nosso pecado é parte da gloriosa boa notícia do Evangelho que é tão claramente descrita em 1 Pedro 1:18-21: “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus.”

Quem é Jesus Cristo?


Pergunta: "Quem é Jesus Cristo?"

Resposta: 
Quem é Jesus Cristo? Diferentemente da pergunta “Deus existe?”, bem poucas pessoas perguntam se Jesus Cristo existiu ou não. Geralmente se aceita que Jesus foi de fato um homem que andou na terra, em Israel, há quase 2000 anos. O debate começa quando se analisa o assunto da completa identidade de Jesus. Quase todas as grandes religiões ensinam que Jesus foi um profeta, um bom mestre ou um homem piedoso. O problema é que a Bíblia nos diz que Jesus foi infinitamente mais do que um profeta, bom mestre ou homem piedoso.

C.S. Lewis, em seu livro Mero Cristianismo, escreve o seguinte: “Tento aqui impedir que alguém diga a grande tolice que sempre dizem sobre Ele [Jesus Cristo]: ‘Estou pronto a aceitar Jesus como um grande mestre em moral, mas não aceito sua afirmação em ser Deus.’ Isto é exatamente a única coisa que não devemos dizer. Um homem que foi simplesmente homem, dizendo o tipo de coisa que Jesus disse, não seria um grande mestre em moral. Poderia ser um lunático, no mesmo nível de um que afirma ser um ovo pochê, ou mais, poderia ser o próprio Demônio dos Infernos. Você decide. Ou este homem foi, e é, o Filho de Deus, ou é então um louco, ou coisa pior... Você pode achar que ele é tolo, pode cuspir nele ou matá-lo como um demônio; ou você pode cair a seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não vamos vir com aquela bobagem de que ele foi um grande mestre aqui na terra. Ele não nos deixou esta opção em aberto. Ele não teve esta intenção.”

Então, quem Jesus afirmou ser? Segundo a Bíblia, quem foi? Primeiramente, vamos examinar as palavras de Jesus em João 10:30: “Eu e o Pai somos um.” Em um primeiro momento, pode não parecer uma afirmação em ser Deus. Entretanto, veja a reação dos judeus perante Sua afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33). Os judeus compreenderam o que Jesus havia dito como uma afirmação em ser Deus. Nos versículos seguintes, Jesus jamais corrige os judeus dizendo: “Não afirmei ser Deus”. Isto indica que Jesus realmente estava dizendo que era Deus ao declarar: "Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Outro exemplo é João 8:58, onde Jesus declarou: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os judeus tomaram pedras para atirar em Jesus (João 8:59). Ao anunciar Sua identidade como “Eu sou”, Jesus fez uma aplicação direta do nome de Deus no Velho Testamento (Êxodo 3:14). Por que os judeus, mais uma vez, se levantariam para apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que creram ser uma blasfêmia, ou seja, uma auto-afirmação em ser Deus?

João 1:1 diz que “o Verbo era Deus”. João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne”. Isto mostra claramente que Jesus é Deus em carne. Tomé, o discípulo, declarou a Jesus: “Senhor meu, e Deus meu! (João 20:28). Jesus não o corrige. O Apóstolo Paulo O descreve como: “...grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13). O Apóstolo Pedro diz o mesmo: “...nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 1:1). Deus o Pai também é testemunha da completa identidade de Jesus: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:8). No Velho Testamento, as profecias a respeito de Cristo anunciam sua divindade: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).

Então, como argumentou C.S. Lewis, crer que Jesus foi um bom mestre não é opção. Jesus claramente e inegavelmente se auto-afirma Deus. Se Ele não é Deus, então mente, conseqüentemente não sendo também profeta, bom mestre ou homem piedoso. Tentando explicar as palavras de Jesus, “estudiosos” modernos afirmam que o “Jesus verdadeiramente histórico” não disse muitas das coisas a Ele atribuídas pela Bíblia. Quem somos nós para mergulharmos em discussões com a Palavra de Deus no tocante ao que Jesus disse ou não disse? Como pode um “estudioso” que está 2000 anos afastado de Jesus ter a percepção do que Jesus disse ou não, melhor do que aqueles que com o próprio Jesus viveram, serviram e aprenderam (João 14:26)?

Por que se faz tão importante a questão sobre a identidade verdadeira de Jesus? Por que importa se Jesus é ou não Deus? O motivo mais importante para que Jesus seja Deus é que se Ele não é Deus, Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar tamanho preço (Romanos 5:8; II Coríntios 5:21). Jesus tinha que ser Deus para que pudesse pagar nossa dívida. Jesus tinha que ser homem para que pudesse morrer. A Salvação está disponível somente através da fé em Jesus Cristo! A natureza divina de Jesus é o motivo pelo qual 
Ele é o único caminho para salvação. A divindade de Jesus é o porquê de ter proclamado: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).

São Jesus e Satanás irmãos?


Pergunta: "São Jesus e Satanás irmãos?"

Resposta: 
Não, Jesus e Satanás não são irmãos. Jesus é Deus e Satanás é uma de Suas criações. Jesus e Satanás não apenas não são irmãos, mas são tão diferentes quanto a noite é do dia. Jesus é Deus encarnado -- eterno, onisciente e onipotente, enquanto Satanás é um anjo caído que foi criado por Deus para os Seus propósitos. O ensinamento de que Jesus e Satanás são "irmãos espirituais" é um dos muitos falsos ensinamentos dos Mórmons (Santos dos Últimos Dias), e até certo ponto também das Testemunhas de Jeová. Ambos os grupos são devidamente rotulados como seitas porque negam a doutrina cristã essencial. Embora usem termos cristãos como Jesus, Deus e salvação, eles têm perspectivas e ensinamentos heréticos sobre as doutrinas cristãs mais básicas e essenciais. (Por favor note que a maioria dos mórmons hoje negam veementemente acreditarem que Jesus e Satanás são irmãos. No entanto, este ensino certamente era uma crença dos primeiros mórmons).

O ensinamento de que Jesus e Satanás são "irmãos espirituais" nasce da incompreensão e distorção das Escrituras dos mórmons, bem como de alguns dos ensinamentos extrabíblicos que consideram autoritários. Simplificando, não há nenhuma maneira que se possa ler a Bíblia usando qualquer tipo de princípios hermenêuticos sólidos e concluir com a ideia de que Jesus e Satanás são "irmãos espirituais." As Escrituras deixam bem claro que Jesus é plenamente Deus, e não algum tipo de deus inferior como os mórmons ou outras seitam acreditam. As Escrituras também deixam bem claro que Deus é transcendente acima da Sua criação, o que significa simplesmente que não há comparação entre Cristo, o Criador, e Satanás, a Sua criação.

Os mórmons acreditam que Jesus Cristo foi o primeiro "filho espiritual" nascido a Deus, o Pai Celestial, com uma de suas muitas esposas. Em vez de reconhecer Jesus como o único e verdadeiro Deus, eles acreditam que Ele se tornou Deus, da mesma forma que um dia eles vão se tornar deuses. De acordo com a doutrina Mórmon, como o primeiro dos "filhos espirituais" de Deus, Jesus tinha preeminência sobre Satanás ou Lúcifer, que foi o segundo "filho de Deus" e "irmão espiritual" de Jesus. É irônico que usam Colossenses 1:15 como um dos seus "textos de prova", o qual diz que: "Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação." No entanto, ignoram o versículo 16, onde vemos que "pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. TUDO foi criado por meio dele e para ele." Todas as coisas - tronos, domínios, principados e potestades - incluem Satanás e seus demônios.

A fim de acreditar que Satanás e Jesus são "irmãos espirituais", é necessário primeiro negar o ensino claro das Escrituras. A Escritura é muito clara de que Jesus Cristo foi quem criou todas as coisas e que, como a segunda pessoa da Santíssima Trindade, Cristo é Deus de forma plena e exclusiva. Jesus afirmou ser Deus em muitas passagens da Escritura. Em João 10:30, Jesus disse: "Eu e o Pai somos um." Jesus não estava afirmando ser um outro Deus inferior, mas estava declarando que Ele era plenamente Deus. Em João 1:1-5, é claro que Jesus não era um ser criado, mas que, ao contrário, Ele mesmo criou todas as coisas. "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez" (João 1:3). Quão mais claras e diretas podem as Escrituras ser? "Todas as coisas" significa o que diz, e isso inclui Satanás, o qual, como um anjo, era mesmo um ser criado, assim como os outros anjos e demônios são. As Escrituras revelam Satanás como um anjo caído que se rebelou contra Deus, e Jesus como sendo Deus. A única relação que existe entre Satanás e Jesus é a do Criador e da criatura; do justo Juiz, Jesus Cristo, e o ser criado pecador, Satanás.

Como os Mórmons, as Testemunhas de Jeová ensinam também que Jesus e Satanás são irmãos espirituais. Embora alguns mórmons e Testemunhas de Jeová às vezes tentem contornar este ensinamento por ser tão contraditório ao que a Bíblia realmente diz, essa crença, no entanto, faz parte do que essas organizações acreditam e da sua doutrina oficial.

Os mórmons acreditam que não só Jesus e Lúcifer eram "filhos espirituais de Elohim", mas que os seres humanos também são filhos espirituais. Em outras palavras, eles acreditam que "Deus, anjos e homens são todos da mesma espécie, uma raça, uma grande família." É por isso que acreditam que eles próprios um dia tornar-se-ão um Deus tanto quanto Jesus ou Deus Pai. Ao invés de ver a distinção clara nas Escrituras entre Deus e a Sua criação, eles acreditam que um dia se tornarão um Deus. É claro que esta é a mesma velha mentira que Satanás tem nos dito desde o Jardim do Éden (Gênesis 3:15). Aparentemente, o desejo de usurpar o trono de Deus é endêmico nos corações dos homens.

Em Mateus 16:15, Jesus fez a pergunta importante: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" Esta é uma questão essencial para a salvação e uma que os Mórmons e Testemunhas de Jeová respondem incorretamente. A resposta de que Jesus é o irmão espiritual de Satanás é errada. Jesus é o Deus Filho, e nele a plenitude da Divindade habita corporalmente (Colossenses 2:9). Ele criou Satanás e um dia vai lançá-lo no lago de fogo como o justo castigo por sua rebelião contra Deus. Infelizmente, nesse Dia do Julgamento, aqueles que acreditaram nas mentiras de Satanás também serão lançados no lago de fogo com Satanás e os seus demônios. O deus dos mórmons e Testemunhas de Jeová não é o Deus que se revelou nas Escrituras. A não ser que se arrependam e venham a entender e adorar o único Deus verdadeiro, eles não têm nenhuma esperança de salvação.

Quais são os diferentes nomes e títulos de Jesus Cristo?


Pergunta: "Quais são os diferentes nomes e títulos de Jesus Cristo?"

Resposta: 
Existem cerca de 200 nomes e títulos de Cristo encontrados na Bíblia. A lista a seguir inclui apenas alguns dos mais proeminentes, organizados em três seções de acordo com nomes que refletem a natureza de Cristo, a Sua posição na tri-unidade de Deus e a Sua obra na terra em nosso favor.

A Natureza de Cristo
Pedra Angular: (Efésios 2:20) - Jesus é a pedra angular do edifício da Sua Igreja. Ele cementa juntos os judeus e gentios, homens e mulheres – todos os santos de todas as épocas e lugares em uma estrutura construída sobre a fé nEle, a qual é compartilhada por todos.

Primogênito de toda a criação: (Colossenses 1:15) - Não a primeira coisa que Deus criou, como alguns afirmam de forma incorreta, porque o versículo 16 diz que todas as coisas foram criadas por e para Cristo. Em vez disso, o significado é que Cristo ocupa o posto e preeminência do primogênito sobre todas as coisas, que Ele sustenta a posição mais exaltada no universo, que Ele é preeminente sobre todos os outros e é o cabeça de todas as coisas.

Cabeça da Igreja: (Efésios 1:22, 4:15; 5:23) - Jesus Cristo, não um rei ou um papa, é o único governante supremo e soberano da Igreja, ou seja, daqueles por quem Ele morreu e que têm colocado sua fé nEle para obter a salvação.

Santo: (Atos 3:14, Salmo 16:10) - Cristo é santo, tanto em sua natureza divina quanto humana, e a fonte de santidade ao Seu povo. Pela Sua morte, somos feitos santos e puros diante de Deus.

Juiz: (Atos 10:42; 2 Timóteo 4:8) - O Senhor Jesus foi designado por Deus para julgar o mundo e dispensar as recompensas da eternidade.

Rei dos reis e Senhor dos senhores: (1 Timóteo 6:15, Apocalipse 19:16) - Jesus tem domínio sobre todas as autoridades da terra, sobre todos os reis e governantes, e ninguém pode impedi-lo de realizar os seus propósitos. Ele os dirige como lhe agrada.

Luz do Mundo: (João 8:12) - Jesus entrou em um mundo escurecido pelo pecado e derramou a luz da vida e a verdade por meio de Sua obra e Suas palavras. Jesus abre os olhos daqueles que confiam nEle e andam na luz.

Príncipe da paz: (Isaías 9:6) - Jesus não veio trazer paz ao mundo como na ausência de guerra, mas a paz entre Deus e o homem que estavam separados pelo pecado. Ele morreu para reconciliar os pecadores a um Deus santo.

Filho de Deus: (Lucas 1:35; João 1:49) - Jesus é o "unigênito do Pai" (João 1:14). Usado 42 vezes no Novo Testamento, o termo "Filho de Deus" afirma a divindade de Cristo.

Filho do homem: (João 5:27) - Usado como um contraste com "Filho de Deus", esta frase afirma a humanidade de Cristo que existe ao lado de Sua divindade.

Palavra: (João 1:1, 1 João 5:7-8) - A Palavra é a segunda pessoa da trindade, o que falou e assim foi feito, o que falou todas as coisas à existência do nada na primeira criação, o que estava no princípio com Deus Pai, e era Deus, e por quem todas as coisas foram criadas.

Palavra de Deus: (Apocalipse 19:12-13) - Este é o nome dado ao Cristo que é desconhecido por todos, menos por Si mesmo. Esse termo denota o mistério da Sua pessoa divina.

Palavra de Vida: (1 João 1:1) - Jesus não só falou palavras que conduzem à vida eterna, mas de acordo com este versículo, Ele é as próprias palavras de vida, referindo-se à vida eterna de alegria e satisfação que Ele proporciona.

Sua posição na trindade
Alfa e Ômega: (Apocalipse 1:8; 22:13) - Jesus declarou ser o início e o fim de todas as coisas, uma referência ao verdadeiro Deus e ninguém mais. Esta declaração de eternidade só pode ser aplicada a Deus.

Emanuel: (Isaías 7:14, Mateus 1:23) - Literalmente "Deus conosco". Tanto Isaías quanto Mateus afirmam que o Cristo que nasceria em Belém seria o próprio Deus que veio à Terra na forma de um homem para viver entre o Seu povo.

Eu Sou: (João 8:58, com Êxodo 3:14) - Quando Jesus atribuiu a Si mesmo este título, os judeus tentaram apedrejá-lo por blasfêmia. Eles compreenderam que Jesus estava declarando ser o Deus eterno,o imutável Jeová do Antigo Testamento.

Senhor de todos: (Atos 10:36) - Jesus é o Senhor soberano sobre o mundo inteiro e todas as coisas nele contidas, de todas as nações do mundo, e particularmente do povo escolhido de Deus, tanto gentios quanto judeus.

Verdadeiro Deus: (1 João 5:20) - Esta é uma afirmação direta de que Jesus, sendo o verdadeiro Deus, não é apenas divino, mas é o Divino. Já que a Bíblia ensina que há somente um Deus, isso só pode estar descrevendo a Sua natureza como parte do Deus triúno.

Sua obra na Terra
Autor e Consumador da nossa fé: (Hebreus 12:2) - A salvação é alcançada através da fé que é dom de Deus (Efésios 2:8-9) e Jesus é o fundador da nossa fé e o seu consumador também. Do primeiro ao último, Ele é a fonte e o sustentador da fé que nos salva.

Pão da Vida: (João 6:35; 6:48) - Assim como o pão sustenta a vida no sentido físico, Jesus é o Pão que dá e sustenta a vida eterna. Deus providenciou o maná no deserto para alimentar o seu povo, e Ele providenciou Jesus para nos dar a vida eterna através do Seu corpo partido por nós.

Noivo: (Mateus 9:15) – O retrato de Cristo como o Noivo e a Igreja como a Sua Noiva revela a relação especial que temos com Ele. Estamos ligados uns aos outros em uma aliança de graça que não pode ser quebrada.

Redentor: (Romanos 11:26) - Assim como os israelitas precisavam que Deus os libertasse da escravidão do Egito, assim Cristo é o nosso Redentor da escravidão do pecado.

Bom Pastor: (João 10:11,14) - Nos tempos bíblicos, um bom pastor estava disposto a arriscar a sua própria vida para proteger as suas ovelhas dos predadores. Jesus deu a Sua vida por Suas ovelhas e Ele cuida, nutre e nos alimenta.

Sumo Sacerdote: (Hebreus 2:17) - O sumo sacerdote judeu entrava no templo uma vez por ano para fazer expiação pelos pecados do povo. O Senhor Jesus executou essa função por Seu povo de uma vez por todas na cruz.

Cordeiro de Deus: (João 1:29) - A Lei de Deus exigia o sacrifício de um cordeiro perfeito e imaculado como expiação pelo pecado. Jesus se tornou o Cordeiro levado mansamente para o abate, mostrando a Sua paciência em Seus sofrimentos e a Sua prontidão para morrer pelos que lhe pertence.

Mediador: (1 Timóteo 2:5) - Um mediador é um que fica entre duas partes para reconciliá-las. Cristo é o único Mediador que reconcilia os homens a Deus. Orar a Maria ou aos santos é idolatria porque ignora esse papel mais importante de Cristo (o de Mediador), atribuindo-lhe a outro.

Rocha: (1 Coríntios 10:4) – Assim como a água que dá vida fluiu da rocha que Moisés bateu no deserto, Jesus é a Rocha da qual fluem as águas vivas da vida eterna. Ele é a Rocha sobre a qual construímos nossas casas espirituais, de modo que nenhuma tempestade possa sacudi-las.

Ressurreição e a Vida: (João 11:25) - Em Jesus encontramos o meio para ressuscitar os pecadores à vida eterna, assim como Ele ressuscitou dentre os mortos. Nosso pecado é sepultado com Ele, e somos ressuscitados para andar em uma nova vida.

Salvador: (Mateus 1:21, Lucas 2:11) - Ele salva o Seu povo ao morrer para redimi-los, ao dar-lhe o Espírito Santo para renová-los pelo Seu poder, ao capacitá-los a enfrentar os seus inimigos espirituais, ao sustentá-los durante as provações e morte e ao ressuscitá-los no último dia.

Videira Verdadeira: (João 15:1) – A Videira Verdadeira fornece tudo de que os ramos (crentes) necessitam para produzirem o fruto do Espírito -- a água vida da salvação e o alimento da Palavra.

Caminho, Verdade, Vida: (João 14:6) - Jesus é o único caminho para Deus, a única verdade em um mundo de mentiras e a única fonte verdadeira da vida eterna. Ele incorpora todos os três tanto em um sentido temporal quanto eterno.

Acabei de colocar minha fé em Jesus…agora o que faço?


Pergunta: "Acabei de colocar minha fé em Jesus…agora o que faço?"

Resposta: 
Parabéns! Você tomou uma decisão que altera sua vida daqui para a frente! Talvez agora você esteja perguntando: “Agora o que faço?” Como começo minha jornada com Deus?” Os cinco passos mencionados abaixo darão a você orientações da Bíblia. 

1. Tenha certeza de que você entende a salvação.

1 João 5:13 nos diz: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.” Deus quer que entendamos a salvação. Deus quer que tenhamos a confiança e convicção de que somos salvos. Vamos de maneira rápida olhar cada ponto-chave da salvação:

(a) Todos pecamos. Todos nós fazemos coisas que desagradam a Deus (Romanos 3:23).

(b) Por causa do nosso pecado, nós merecemos o castigo de separação eterna de Deus (Romanos 6:23).

(c) Jesus morreu na cruz para pagar o castigo que nossos pecados mereciam (Romanos 5:8; 2 Coríntios 5:21). Jesus morreu em nosso lugar, tomando o castigo que merecíamos. Sua ressurreição provou que a morte de Jesus foi suficiente para pagar por nossos pecados.

(d) Deus dá perdão e salvação a todos os que colocam sua fé em Jesus — confiando na Sua morte como pagamento de nossos pecados (João 3:16; Romanos 5:1; Romanos 8:1).

Esta é a mensagem da salvação! Se você colocou sua fé em Jesus Cristo como seu Salvador, você é salvo! Todos os seus pecados são perdoados e Deus promete nunca deixar ou abandonar você (Romanos 8:38-39; Mateus 28:20). Lembre-se que sua salvação é segura em Jesus Cristo (João 10:28-29). Se você confia somente em Jesus como seu Salvador, você pode ter certeza de que você irá passar a eternidade com Deus no céu!

2. Encontre uma boa igreja que ensine a Bíblia.

Não pense em uma igreja como um edifício. A igreja são as pessoas. É de suma importância que crentes em Jesus Cristo congreguem uns com os outros. Isto é um dos principais propósitos da igreja. Agora que você colocou sua fé em Jesus Cristo, nós encorajamos você a encontrar, em sua área, uma igreja que pregue a Bíblia. Converse com o pastor. Fale com ele sobre sua nova fé em Jesus Cristo.

Um segundo propósito da igreja é ensinar a Bíblia. Você pode aprender como aplicar os princípios de Deus na sua vida. Entender a Bíblia é essencial para viver uma vida cristã forte e vibrante. 2 Timóteo 3:16-17 diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”

O terceiro propósito da igreja é adoração. Adoração é nossa expressão de gratidão a Deus por tudo que Ele tem feito! Deus nos salvou. Deus nos ama. Deus nos sustenta. Deus nos guia e dirige. Como poderíamos ser ingratos? Deus é santo, justo, amoroso, misericordioso e cheio de graça. Apocalipse 4:11 declara: “Tu és Digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.”

3. Reserve tempo todo dia para focalizar em Deus.

É muito importante que tenhamos tempo cada dia para focalizar em Deus. Algumas pessoas se referem a este tempo como seu “tempo a sós.” Outros chamam de “devocional”, porque é um tempo em que nos devotamos a Deus. Alguns preferem reservar tempo de manhã, enquanto outros preferem à noite. Não importa como você chama este tempo ou quando você faz isto. O que realmente importa é que você regularmente ocupe tempo com Deus. Que eventos são componentes do nosso tempo com Deus?

(a) Oração. Oração é simplesmente conversar com Deus. Converse com Deus sobre suas preocupações ou problemas. Peça a Deus que lhe dê sabedoria e guie. Peça que Deus providencie por suas necessidades. Diga a Deus quanto você o ama e quanto você aprecia tudo que Ele faz por você. É isto que oração realmente é.

(b) Leitura da Bíblia. Além de aprender sobre a Bíblia na igreja — você precisa estar lendo a Bíblia por si mesmo. A Bíblia contém tudo que você precisa saber para viver uma vida cristã de sucesso. Ela contém a luz da Palvra de Deus que o guia a tomar decisões sábias, como conhecer a vontade de Deus, como ministrar a outros e como crescer espiritualmente. A Bíblia é a Palavra de Deus para nós. A Bíblia é essencialmente o manual de instrução de Deus de como devemos viver nossas vidas de uma forma que agrada a Ele e nos faz feliz.

4. Desenvolva relacionamentos com pessoas que o podem edificar espiritualmente.

1 Coríntios 15:33 nos diz: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” A Bíblia está cheia de advertências sobre a influência que pessoas “más” têm em nossas vidas. Passar tempo com aqueles que se engajam em práticas pecaminosas fará com que sejamos tentados por estas atividades. O caráter daqueles com quem nos associamos é “refletido” em nós. Por isso é tão importante nos rodearmos de pessoas que amam ao Senhor e estão comprometidas com Ele.

Tente ter um ou dois amigos, talvez de sua igreja, que possm ajudá-lo e encorajá-lo (Hebreus 3:13; 10:24). Peça que seus amigos o lembrem sempre a ser fiel em ter seu tempo devocional e na sua caminhada com Deus. Pergunte se você pode fazer o mesmo por eles. Isto não significa que você deva abandonar todos os seus amigos que não conhecem ao Senhor Jesus como seu Salvador. Continue sendo amigo deles e ame-os. Simplesmente informe a eles que Jesus transformou a sua vida e que você não pode mais fazer as mesmas coisas que você costumava fazer. Peça que Deus lhe dê oportunidades de compartilhar de Jesus com seus amigos.

5. Seja batizado.

Muitas pessoas entendem mal o significado do batismo. A palavra “batizar” significa imergir. Batismo é a maneira bíblica de proclamar publicamente sua nova fé em Cristo e seu compromisso de seguí-lo. O ato de ser imergido nas águas ilustra ser sepultado com Cristo. A ação de sair das águas é um retrato da ressurreição de Cristo. Ser batizado é identificar-se com a morte, sepultamento, e ressurreição de Jesus (Romanos 6:3-4).

Batismo não o salva. Batismo não lava seus pecados. Batismo é um simples passo de obediência e uma proclamação pública de sua fé em Cristo para salvação. Batismo é importante porque é um passo de obediência – publicamente declarando sua fé em Cristo e seu compromisso com Ele. Se você está pronto para ser batizado, você deve falar com um pastor.

O que significa que Jesus é o unigênito Filho de Deus?


Pergunta: "O que significa que Jesus é o unigênito Filho de Deus?"

Resposta: 
A frase "filho unigênito" ocorre em João 3:16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Nova Versão Internacional)." A expressão "unigênito" é a tradução da palavra grega monogenes.

É este último termo ("unigênito") que causa problemas. Falsos mestres têm se agarrado a essa expressão para tentar provar a sua falsa doutrina de que Jesus Cristo não é Deus, isto é, que Jesus em sua essência não é igual a Deus como a Segunda Pessoa da Trindade. Eles veem a palavra "unigênito" e dizem que Jesus é um ser criado porque só alguém que teve um início em um certo momento pode ser "unigênito". O que essa teoria deixa de destacar é que "unigênito" é uma tradução de uma palavra grega. Como tal, temos de avaliar o significado original da palavra grega, e não transferir o significado da nossa língua ao texto.

Então, o que monogenes significa? De acordo com o Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature (Léxico Grego-Inglês do Novo Testamento e outra Literatura Cristã Primitiva, 3ª Edição), monogenes tem duas definições primárias. A primeira definição diz respeito a "ser o único de seu tipo dentro de um relacionamento específico." Este é o significado ligado ao seu uso em Hebreus 11:17, quando o escritor se refere a Isaque como o "filho unigênito" de Abraão. Abraão tinha mais de um filho, mas Isaque era o único filho que tinha com Sara e o único filho da aliança.

A segunda definição diz respeito a "ser o único de sua espécie ou classe, único no gênero." Este é o significado implícito em João 3:16. Na verdade, João é o único escritor do Novo Testamento que usa esta palavra em referência a Jesus (veja João 1:14, 18; 3:16, 18; 1 João 4:9). João estava mais preocupado em demonstrar que Jesus era o Filho de Deus (João 20:31), e usa esta palavra para destacar Jesus unicamente como o filho de Deus – compartilhando da mesma natureza divina que Deus – ao contrário de crentes que são filhos e filhas de Deus através da fé.

No fim das contas, termos como "Pai" e "Filho", descritivos de Deus e Jesus, são termos humanos utilizados para nos ajudar a compreender a relação entre as diferentes pessoas da Trindade. Se você puder entender a relação entre um pai humano e um filho humano, então você pode entender, em parte, a relação entre a Primeira e a Segunda Pessoa da Trindade. A analogia se desmorona se você tentar ir longe demais e ensinar, como algumas seitas cristãs (tais como as Testemunhas de Jeová), que Jesus era literalmente "unigênito", no mesmo sentido que "gerado" ou "criado" por Deus Pai.

Por que Deus não cura os amputados?


Pergunta: "Por que Deus não cura os amputados?"

Resposta: 
Alguns usam essa questão em uma tentativa de "negar" a existência de Deus. Na verdade, há um popular site anti-cristão (em inglês) dedicado ao argumento "Por que Deus não cura os amputados?": http://www.whywontgodhealamputees.com. Se Deus é todo-poderoso e se Jesus prometeu fazer tudo o que pedirmos (ou assim se raciocina), então por que Deus não cura os amputados sempre que orarmos por eles? Por que Deus cura vítimas de câncer e diabetes, por exemplo, mas nunca faz com que um membro amputado seja regenerado? O fato de que um amputado permanece amputado é "prova" para alguns de que Deus não existe, que a oração é inútil, que as “curas” são coincidência, e que a religião é um mito.

O argumento acima é normalmente apresentado de uma forma consciente e bem fundamentado, com uma pitada liberal das Escrituras para fazê-lo parecer mais legítimo. No entanto, é um argumento baseado em uma visão errada de Deus e uma deturpação das Escrituras. A linha de raciocínio empregada no argumento "por que Deus não cura amputados" faz pelo menos sete falsas suposições:

Suposição 1: Deus nunca curou um amputado. Quem pode dizer que, na história do mundo, Deus nunca causou um membro a se regenerar? Dizer: "Eu não tenho nenhuma evidência empírica de que os membros possam se regenerar e, portanto, nenhum amputado jamais foi curado na história mundial" é o mesmo que dizer "eu não tenho nenhuma evidência empírica de que os coelhos vivem em meu quintal e, portanto, nenhum coelho jamais viveu aqui." É uma conclusão que simplesmente não pode ser tirada. Além disso, temos o registro histórico de Jesus curando os leprosos, alguns dos quais podemos assumir tinham perdido dígitos ou características faciais. Em cada caso, os leprosos foram restaurados por completo (Marcos 1:40-42, Lucas 17:12-14). Além disso, há o caso de um homem com a mão atrofiada (Mateus 12:9-13) e a restauração da orelha decepada de Malco (Lucas 22:50-51), sem mencionar o fato de que Jesus ressuscitou os mortos (Mateus 11:5; João 11), o que, inegavelmente, seria ainda mais difícil do que a cura de um amputado.

Suposição 2: A bondade e o amor de Deus requerem que Ele cure todos. Doença, sofrimento e dor são o resultado de vivermos em um mundo amaldiçoado - amaldiçoado por causa do nosso pecado (Gênesis 3:16-19, Romanos 8:20-22). A bondade e o amor de Deus o levaram a fornecer um Salvador para nos redimir da maldição (1 João 4:9-10), mas a nossa redenção final não será realizada até que Deus tenha dado um fim ao pecado no mundo. Até aquele momento, ainda estamos sujeitos à morte física.

Se o amor de Deus exigisse que Ele curasse todas as doenças e enfermidades, então ninguém jamais iria morrer - porque o "amor" manteria todos em perfeita saúde. A definição bíblica do amor é "uma busca sacrificial do que é melhor para o ser amado." O que é melhor para nós nem sempre é a integridade física. O apóstolo Paulo orou para que seu "espinho na carne" fosse removido, mas Deus disse "Não" porque Ele queria que Paulo entendesse que ele não precisava ter boa saúde para experimentar a graça sustentadora de Deus. Através dessa experiência, Paulo cresceu em humildade e na compreensão da misericórdia e do poder de Deus (2 Coríntios 12:7-10).

O testemunho de Joni Eareckson Tada fornece um exemplo moderno do que Deus pode fazer através da tragédia física. Como uma adolescente, Joni sofreu um acidente de mergulho que a deixou tetraplégica. Em seu livro Joni, ela relata como visitou curandeiros muitas vezes e orou desesperadamente, mas a cura nunca veio. Finalmente, ela aceitou a sua condição como a vontade de Deus, e escreve: "Quanto mais penso nisso, mais estou convencida de que Deus não quer que todo mundo seja sadio. Ele usa os nossos problemas para a Sua glória e nosso bem" (p 190).

Suposição 3: Deus ainda faz milagres hoje assim como fez no passado. Nos milhares de anos de história cobertos pela Bíblia, encontramos apenas quatro curtos períodos de tempo em que os milagres foram amplamente executados (o período do Êxodo, o tempo dos profetas Elias e Eliseu, o ministério de Jesus e o tempo da apóstolos). Embora milagres tenham ocorrido em toda a Bíblia, foi apenas durante estes quatro períodos que os milagres eram "comuns".

O tempo dos apóstolos terminou com a escrita do Apocalipse e a morte de João. Isso significa que agora, mais uma vez, os milagres são raros. Qualquer ministério que afirme ser liderado por uma nova raça de apóstolos ou alegue possuir a capacidade de curar está enganando as pessoas. Os "curandeiros" se utilizam das emoções e do poder da sugestão para produzir inverificáveis "curas". Isso não quer dizer que Deus não cure as pessoas hoje em dia - acreditamos que Ele o faça- mas não nos números ou na maneira em que algumas pessoas afirmam.

Voltamo-nos novamente para a história de Joni Eareckson Tada, a qual em certo tempo procurou a ajuda de curandeiros. Sobre a questão dos milagres modernos, ela diz: "O lidar do homem com Deus em nossos dias e cultura é baseado em Sua Palavra, em vez de 'sinais e maravilhas'" (op cit., p. 190). Sua graça é suficiente, e Sua Palavra é certa.

Suposição 4: Deus é obrigado a dizer "sim" a qualquer oração feita em fé. Jesus disse: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei" (João 14:12-14). Alguns tentaram interpretar esta passagem como Jesus concordando com tudo o que pedirmos. No entanto, isso é uma má interpretação da intenção de Jesus. Observe, em primeiro lugar, que Jesus está falando com seus apóstolos e a promessa é para eles. Após a ascensão de Jesus, os apóstolos receberam o poder de fazer milagres ao espalharem o evangelho (Atos 5:12). Em segundo lugar, Jesus usa duas vezes a frase "em Meu nome". Isso indica a base para as orações dos apóstolos, mas também implica que tudo pelo que eles oraram deveria estar em consonância com a vontade de Jesus. Não se pode dizer que uma oração egoísta, por exemplo, ou uma motivada pela ganância possa ser feita no nome de Jesus.

Oramos com fé, mas a fé significa que confiamos em Deus. Confiamos que Ele fará o que é melhor e sabe o que é melhor. Quando consideramos todos os ensinamentos da Bíblia sobre a oração (e não apenas a promessa dada aos Apóstolos), aprendemos que Deus pode exercer seu poder em resposta à nossa oração, ou Ele pode surpreender-nos com um curso de ação diferente. Em Sua sabedoria, Ele sempre faz o que é melhor (Romanos 8:28).

Suposição 5: A cura futura de Deus (na ressurreição) não pode compensar pelo sofrimento terreno. A verdade é que "os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8:18). Quando um crente perde uma perna ou um braço, ele tem a promessa de Deus da cura futura e a fé é "a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem" (Hebreus 11:1). Jesus disse: "Portanto, se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno" (Mateus 18:8). Suas palavras confirmam a importância relativa da nossa condição física neste mundo, em comparação com o nosso estado eterno. Entrar na vida mutilado (e, em seguida, ser curado) é infinitamente melhor do que entrar inteiro no inferno (para sofrer por toda a eternidade).

Suposição 6: O plano de Deus está sujeito à aprovação do homem. Uma das alegações do argumento sobre "por que Deus não cura amputados" é que Deus simplesmente não é "justo" com os amputados. No entanto, a Bíblia deixa claro que Deus é perfeitamente justo (Salmo 11:7, 2 Tessalonicenses 1:5-6) e na Sua soberania Ele não responde a ninguém (Romanos 9:20-21). Um crente tem fé na bondade de Deus, mesmo quando as circunstâncias tornam isso difícil e a razão parece hesitar.

Suposição 7: Deus não existe. Este é o pressuposto subjacente sobre o qual todo o argumento "por que Deus não cura amputados" se baseia. Aqueles que defendem essa posição começa com a suposição de que Deus não existe e, em seguida, procede a reforçar a sua ideia da melhor forma possível. Para eles, "a religião é um mito" é uma conclusão antecedente, apresentada como uma dedução lógica, mas que é, na realidade, fundamental para o argumento.

Em certo sentido, a questão de por que Deus não cura os amputados é uma pergunta capciosa, comparável a "Pode Deus fazer uma pedra grande demais para Ele levantar?" e é projetada não para procurar a verdade, mas para desacreditar a fé. Em outro sentido, pode ser uma pergunta válida com uma resposta bíblica. Essa resposta, em suma, seria mais ou menos assim: "Deus pode curar os amputados e curará cada um dos que confiarem em Cristo como Salvador. A cura virá, não como resultado de exigirmos agora, mas no próprio tempo de Deus , possivelmente nesta vida, mas definitivamente no céu. Até esse momento, andamos por fé, confiando no Deus que nos redimiu em Cristo e promete a ressurreição do corpo".

Um testemunho pessoal:
Nosso primeiro filho nasceu com alguns ossos faltando nas suas pernas e seus pés e ele só tinha dois dedos. Dois dias depois do seu primeiro aniversário, ele teve os dois pés amputados. Estamos agora pensando em adotar uma criança da China que precisaria de uma cirurgia semelhante por ter problemas semelhantes. Sinto que Deus me escolheu para ser uma mãe muito especial para estas crianças especiais, e eu não tinha a menor ideia, até ler sobre esse tópico (de por que Deus não cura os amputados), de que as pessoas usavam isso como uma razão para duvidar da existência de Deus. Como a mãe de uma criança sem pés e a mãe potencial de outra criança que também não terá alguns de seus membros inferiores, eu nunca tinha enxergado isso com essa luz.

Em vez disso, vi a Sua chamada em minha vida para ser uma mãe especial como uma forma de ensinar a outros das bênçãos de Deus. Ele também está me chamando para dar a essas crianças a oportunidade de serem adicionadas a uma família cristã que vai ensiná-las a amar o Senhor em sua maneira especial e entender que podemos superar todas as coisas através de Cristo. Alguns podem achar isso uma pedra de tropeço; achamos uma experiência de aprendizagem e desafio. Também agradecemos a Ele por dar a alguém o conhecimento para realizar as cirurgias necessárias e fazer as próteses necessárias que permitem que o meu filho, e espero que nosso próximo filho, sejam capazes de andar, correr, pular e viver para glorificar a Deus em todas as coisas. "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28).
Como posso me tornar um filho de Deus?


Pergunta: "Como posso me tornar um filho de Deus?"

Resposta: 
"Mas, a todos quantos o [Jesus] receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus" (João 1:12).

"Você precisa nascer de novo"
Quando visitado por um líder religioso chamado Nicodemos, Jesus não imediatamente o assegurou de que ia ao céu. Ao invés, Cristo disse: "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3).

A primeira vez que uma pessoa nasce, ela herda a natureza pecaminosa que resulta da desobediência de Adão no Jardim do Éden. Ninguém tem que ensinar uma criança a pecar. Ela já naturalmente segue seus desejos de fazer o errado, os quais a levam a cometer pecados como mentir, roubar e odiar. Ao invés de ser um filho de Deus, a criança é na verdade um filho da desobediência e ira.

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar [Satanás], do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2:1-3).

Como filhos da ira, merecemos ser separados de Deus no inferno. Felizmente, a passagem continua: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, -pela graça sois salvos-” (Efésios 2:4-5).

Receba a Jesus
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus" (João 1:12).

Esta passagem explica claramente como tornar-se um Filho de Deus. Precisamos receber Jesus através da fé nEle. O que precisamos acreditar sobre Jesus?

Primeiro, precisamos reconhecer que Jesus é o eterno Filho de Deus que se tornou homem. Nascido do poder do Espírito Santo, pela virgem Maria, Jesus não herdou a natureza pecaminosa de Adão. Então, Ele é chamado de segundo Adão (1 Coríntios 15:22). Enquanto que a desobediência de Adão trouxe a maldição do pecado ao mundo, a vida perfeita de Cristo pode cobrir as nossas transgressões. Nossa resposta deve ser de nos arrepender (voltar-nos contra o pecado), confiando em Sua vida perfeita para nos purificar.

Segundo, precisamos ter fé em Jesus como Salvador. O plano de Deus foi de sacrificar o Seu Filho perfeito na cruz para pagar pela punição que merecemos pelo nosso pecado: a morte. A morte de Cristo liberta a todo aquele que O recebe da penalidade e do poder do pecado.

Finalmente, precisamos seguir a Jesus como Senhor. Depois de fazer de Cristo o Vitorioso sobre o pecado e a morte, Deus deu a Ele toda autoridade (Efésios 1:20-23). Jesus guia todos que O recebem; Ele vai julgar a todos que O rejeitam (Atos 10:42).

Porque a graça de Deus nos leva ao arrependimento e fé no Salvador e Senhor, somos nascidos de novo para uma nova vida como filhos de Deus. Apenas aqueles que recebem a Jesus – não apenas um conhecimento intelectual sobre Ele, mas realmente dependendo dEle de coração para a salvação, submetendo-se a Ele como Mestre, e amando a Ele como o tesouro supremo – tornam-se filhos de Deus.

Torne-se um filho de Deus
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (João 1:12-13).

Assim como não tivemos influência alguma sobre o nosso nascimento a este mundo, não podemos fazer nada que causaria o nosso nascimento à família de Deus, nem através de boas obras, nem por invocar uma fé qualquer. Como o verso acima diz: Deus é quem “nos deu o poder” de acordo com a sua vontade graciosa. “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus” (1 João 3:1). Por causa disso, o filho de Deus não tem nada do que se orgulhar, mas se vangloria apenas no Senhor (Efésios 2:8-9).

Uma criança cresce e se parece com os seus pais. Igualmente, Deus quer que Seus filhos tornem-se mais e mais como Jesus Cristo. Apesar de que apenas no céu seremos perfeitos, um filho de Deus não vai habitualmente pecar sem se arrepender. “Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão” (1 João 3:7-10).

Não se engane; um filho de Deus não pode ser “renegado” por pecar. Entretanto, alguém que “pratica” o pecado (quer dizer, consistentemente desfruta do pecado sem se preocupar em viver de uma forma que agrade a Deus) revela que nunca nasceu de novo. Jesus falou a tais pessoas: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhes aos desejos” (João 8:44). Os filhos de Deus, por outro lado, não mais desejam a gratificação do pecado, mas sim conhecer, amar e glorificar ao seu Pai.

A recompensa de ser um filho de Deus é imensurável. Como filhos de Deus, fazemos parte de Sua família (a igreja), temos como promessa um lar no céu e recebemos o direito de nos aproximar de Deus em oração como o nosso Pai (Efésios 2:19; 1 Pedro 1:3-6; Romanos 8:15).

Responda ao chamado de Deus de se arrepender dos seus pecados e acreditar em Cristo. Torne-se um filho de Deus hoje mesmo!

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É Bíblica a divindade de Cristo?


Pergunta: "É Bíblica a divindade de Cristo?"

Resposta: 
Além das próprias afirmações de Jesus a respeito de si mesmo, os seus discípulos também reconheceram a divindade de Cristo. Eles afirmaram que Jesus tinha o direito de perdoar pecados - algo que somente Deus pode fazer, uma vez que é Deus quem se ofende com os pecados (Atos 5:31; Colossenses 3:13; compare com Salmos 130:4; Jeremias 31:34). Em estreita relação com esta última afirmação, diz-se também que Jesus é aquele que vai “julgar” os vivos e os mortos (II Timóteo 4:1). Tomé clamou a Jesus: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Paulo chama Jesus de “grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13), e mostra que antes de vir em carne Jesus existia na “forma de Deus” (Filipenses 2:5-8). O escritor aos Hebreus diz, a respeito de Jesus: “Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos” (Hebreus 1:8). João afirma que “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo [Jesus] era Deus.” (João 1:1). Nas escrituras, os exemplos que ensinam sobre a divindade de Cristo são muitos (veja Apocalipse 1:17; 2:8; 22:13; I Coríntios 10:4; I Pedro 2:6–8; compare com Salmos 18:2; 95:1; I Pedro 5:4; Hebreus 13:20), mas apenas um desses exemplos é suficiente para mostrar que Cristo teve sua natureza divina reconhecida por seus seguidores.

Jesus também recebeu títulos que são exclusivos a Yahweh (o nome formal de Deus) no Antigo Testamento. O título “Redentor” usado no Antigo Testamento (Salmos 130:7; Oseias 13:14) também é aplicado a Jesus no Novo Testamento (Tito 2:13; Apocalipse 5:9). Jesus é chamado de Emanuel (“Deus conosco” em Mateus 1). Em Zacarias 12:10, é Yahweh quem diz: “e olharão para mim, a quem traspassaram”. Mas o Novo Testamento aplica isto à crucificação de Jesus (João 19:37; Apocalipse 1:7). Se é Yahweh quem é transpassado e olhado, e Jesus foi aquele que foi transpassado e olhado, então Jesus é Yahweh. Paulo interpreta Isaías 45:22-23 como se referindo a Jesus em Filipenses 2:10-11. Indo mais além, o nome de Jesus é usado lado a lado com o de Yahweh na oração “Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo” (Gálatas 1:3; Efésios 1:2). Tal seria blasfêmia se Cristo não fosse divino. O nome de Jesus também aparece com o de Yahweh no mandamento de Jesus para que se batize “em nome [singular] do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19; veja também II Coríntios 13:14).

Ações que podem ser realizadas somente por Deus são creditadas a Jesus. Jesus não somente ressuscitou os mortos (João 5:21; 11:38-44) e perdoou pecados (Atos 5:31; 13:38), mas Ele criou e sustenta o universo (João 1:2; Colossenses 1:16-17). Isso se torna ainda mais claro quando consideramos que Yahweh disse que Ele estava sozinho durante a criação (Isaías 44:24). Além disso, Cristo possui atributos que somente a divindade pode ter: eternidade (João 8:58), onipresença (Mateus 18:20, 28:20), onisciência (Mateus 16:21) e onipotência (João 11:38-44).

Agora, uma coisa é afirmar ser Deus ou enganar alguém para que acredite que isto é verdade, e outra coisa bem diferente é provar que é assim. Cristo ofereceu muitos milagres como prova de sua afirmação de divindade. Alguns milagres de Jesus incluem tornar água em vinho (João 2:7), andar sobre as águas (Mateus 14:25), multiplicar objetos físicos (João 6:11), curar o cego (João 9:7), o paralítico (Marcos 2:3) e doentes (Mateus 9:35; Marcos 1:40-42), e até mesmo ressuscitar pessoas dentre os mortos (João 11:43-44; Lucas 7:11-15; Marcos 5:35). Além de tudo isto, o próprio Cristo ressuscitou dentre os mortos. Bem diferente da suposta morte e ressurreição dos deuses da mitologia pagã, nenhuma outra religião alega a ressurreição – e nenhuma outra afirmação tem tanta comprovação extra-escrituras.

Há pelo menos 12 fatos históricos que até mesmo estudiosos não-cristãos admitem:

1. Jesus morreu por crucificação.
2. Ele foi sepultado.
3. Sua morte causou nos discípulos desânimo e desesperança.
4. A tumba de Jesus foi achada (ou afirma-se que foi achada) vazia alguns dias depois.
5. Os discípulos creram ter vivenciado as aparições do Jesus ressuscitado.
6. Depois disto, os discípulos passaram de incrédulos a crentes corajosos.
7. Esta mensagem foi o tema central das pregações da igreja primitiva.
8. Esta mensagem foi pregada em Jerusalém.
9. Como resultado desta pregação, a Igreja nasceu e cresceu.
10. O dia da ressurreição, Domingo, substituiu o “Sabbath”, dia de repouso (Sábado), como o dia principal de adoração.
11. Tiago, um cético, se converteu ao acreditar ter visto Jesus ressuscitado.
12. Paulo, um inimigo do cristianismo, foi convertido por uma experiência que ele acreditava ter sido uma aparição de Jesus ressuscitado.

Mesmo se alguém fizesse objeção a esta lista específica, apenas poucos itens são necessários para provar a ressurreição e estabelecer o evangelho: a morte, sepultamento, ressurreição e aparições de Jesus (I Coríntios 15:1-5). Embora possa haver teorias para explicar um ou dois dos fatos acima, apenas a ressurreição explica e dá conta de todos eles. Os críticos admitem que os discípulos afirmaram ter visto Jesus ressuscitado. Nem mentiras ou alucinações podem transformar as pessoas como o fez a ressurreição. Primeiro, o que teriam lucrado com isto? O Cristianismo não era popular e certamente não os ajudou a ganhar nenhum dinheiro. Segundo, mentirosos não dão bons mártires. Não há melhor explicação do que a ressurreição para explicar a disposição dos discípulos em sofrer mortes horrendas por sua fé. Sim, muitas pessoas morrem por mentiras que creem ser verdade, mas ninguém morre pelo que sabe não ser verdade.

Concluindo: Cristo alegou ser Yahweh, que Ele era divino (não apenas “um deus”- mas o Deus Verdadeiro). Seus seguidores (Judeus que teriam tido pavor de idolatria) creram nEle e se referiram a Ele como Deus. Cristo provou suas afirmações de divindade através de milagres, inclusive a transformadora ressurreição. Nenhuma outra hipótese pode explicar estes fatos. Sim, a divindade de Cristo é bíblica.

Eu sou uma Testemunha de Jeová. Por que devo pensar em me tornar um cristão?


Pergunta: "Eu sou uma Testemunha de Jeová. Por que devo pensar em me tornar um cristão?"



Resposta: 


Talvez a semelhança mais importante entre os cristãos evangélicos e Testemunhas de Jeová seja a nossa crença e confiança na Bíblia como a autoridade final inspirada por Deus sobre questões relacionadas a Deus e Suas expectativas para nós. Embora possamos entender as coisas de forma diferente, as Testemunhas de Jeová devem ser altamente elogiadas por sua dependência e diligência no estudo das Sagradas Escrituras para conhecer a Deus e Sua vontade. Como os bereanos, seria sensato de nossa parte examinar todas as coisas da vida à luz das Escrituras. Para esse fim, examinaremos alguns versículos da Tradução do Novo Mundo para esclarecer alguns mal-entendidos comuns.

O nome de Deus

Os cristãos recebem esse nome por serem seguidores e adoradores de Jesus Cristo, sendo chamados pela primeira vez de "cristãos" em Antioquia, durante o ministério de Paulo (Atos 11:26). Paulo repetidamente deixou claro que ser cristão era ser uma testemunha diante dos homens sobre a pessoa, palavras e obras de Cristo. As Testemunhas de Jeová, por outro lado, acreditam que devemos concentrar a nossa adoração exclusivamente em Deus Pai (que é muitas vezes mencionado na Bíblia como "Jeová"). O nome "Jeová", no entanto, era um nome híbrido criado pelos cristãos ao adicionarem vogais para o tetragrama "YHWH", que era a tradução original do que hoje conhecemos como "Yahweh" em hebraico e "Jeová" no grego. Os cristãos evangélicos entendem que Jesus é Deus em toda a Sua plenitude, iguais em divindade, mas diferentes em função. Os cristãos reconhecem que um dos nomes de Deus Pai é o Senhor; no entanto, existem muitos outros nomes e títulos que as Escrituras usam em referência a Deus Pai.

As Testemunhas de Jeová entendem que Jesus é o Arcanjo Miguel e negam categoricamente a Sua divindade. Como veremos, se entendermos que Jesus é outra coisa senão Deus, muitos versículos apresentam contradições óbvias. No entanto, sabemos que a Palavra de Deus é infalível e não se contradiz. Portanto, devemos entender a sua verdade de uma forma que seja consistente e fiel à Sua revelação. Você vai notar que esses mesmos versículos não têm qualquer contradição se entendermos que Jesus é o Filho de Deus - a plenitude de Deus em forma corpórea – que abriu mão dos Seus direitos para ser o servo sofredor e o sacrifício pelos nossos pecados. (Todos os versículos foram citados diretamente da tradução do Novo Mundo usada pelas Testemunhas de Jeová. Grifo em negrito nosso.)

Glória de Deus

(Versículos a respeito de Deus Pai)

Isaías 42:8 "Eu sou Jeová. Este é meu nome; e a minha própria glória não darei a outrem, nem o meu louvor a imagens entalhadas."

Isaías 48:11 "... E a minha própria glória não darei a outrem."

(Versículos sobre Jesus)

João 8:54 "... É meu Pai quem me glorifica, aquele que dizeis ser vosso Deus"

João 16:14 "Esse me glorificará..."

João 17:1 "...Pai, veio a hora; glorifica o teu filho..."

João 17:5 "De modo que agora, Pai, glorifica-me junto de ti com a glória que eu tive junto de ti antes de haver o mundo."

Filipenses 2:10 "a fim de que, no nome de Jesus, se dobre todo joelho dos no céu, e dos na terra, e dos debaixo do chão"

Hebreus 5:5 "Assim, também, o Cristo não se glorificou a si mesmo por se tornar sumo sacerdote, [foi glorificado por aquele] que falou com referência a ele: ‘Tu és meu filho; hoje eu me tornei teu pai.’"

O Salvador

(Sobre o Pai)

Isaías 43:3 “Porque eu sou Jeová, teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador”

Isaías 43:11 “Eu é que sou Jeová, e além de mim não há salvador”

Isaías 45:21 “Não fui eu, Jeová, além de quem não há outro Deus; Deus justo e Salvador, não havendo outro além de mim?”

(Sobre Jesus)

Lucas 2:11 “porque hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é Cristo, [o] Senhor…”

Atos 13:23 “Da descendência deste [homem], segundo a sua promessa, Deus trouxe a Israel um salvador, Jesus.”

Tito 1:4 “…Haja benignidade imerecida e paz da parte de Deus, [o] Pai, e de Cristo Jesus, nosso Salvador.”

No nome de quem devemos ter fé?

(dito sobre Jesus ou por Jesus)

João 14:12 “Digo-vos em toda a verdade: Quem exercer fé em mim, esse fará também as obras que eu faço.…”

Atos 4:12 “Outrossim, não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens, pelo qual tenhamos de ser salvos.”

Atos 26:18 “…e uma herança entre os santificados pela [sua] fé em mim.”

Revelação 2:13 "Sei onde estás morando, isto é, onde está o trono de Satanás; contudo, persistes em apegar-te ao meu nome e não negaste a tua fé em mim..."

João 20:28 "Em resposta, Tomé disse-lhe: ‘Meu Senhor e meu Deus!’"

João 20:31 "Mas, estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que, por crerdes, tenhais vida por meio do seu nome."

Atos 2:38 "Pedro [disse] a eles: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado no nome de Jesus Cristo…"

1 João 3:23 "Deveras, este é o seu mandamento, que tenhamos fé no nome do seu Filho Jesus Cristo…"

Criado ou Criador?

As Testemunhas de Jeová ensinam que Jeová criou Jesus como um anjo e que Jesus, então, criou todas as outras coisas. O que dizem as Escrituras?

(Sobre o Pai)

Isaías 66:2 "Ora, todas estas coisas foram feitas pela minha própria mão, de modo que todas elas vieram a existir…"

Isaías 44:24 "...“Eu, Jeová, faço tudo, estendendo os céus por mim mesmo..."

(Sobre Jesus)

João 1:3 “Todas as coisas vieram à existência por intermédio dele, e à parte dele nem mesmo uma só coisa veio à existência. O que veio à existência.” Se todas as coisas vieram à existência por meio de Jesus, então Ele não poderia ter sido criado porque está incluído em "todas as coisas".

Status, Nomes e Títulos de Jesus e Jeová

Isaías 9:6 "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o domínio principesco virá a estar sobre o seu ombro. E será chamado pelo nome de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz."

Revelação 1:8 "‘Eu sou o Alfa e o Ômega’, diz Jeová Deus, ‘Aquele que é, e que era, e que vem, o Todo-poderoso.’"

Revelação 1:17-18 "… Eu sou o Primeiro e o Último, e o vivente; e fiquei morto, mas, eis que vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e do Hades.’"

Revelação 2:8 "Estas coisas diz aquele, ‘o Primeiro e o Último’, que ficou morto e passou a viver [novamente]..."

Revelação 22:12-16 “Eis que venho depressa, e a recompensa que dou está comigo, para dar a cada um conforme a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim. Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos dar testemunho destas coisas para as congregações. Eu sou a raiz e a descendência de Davi, e a resplandecente estrela da manhã."

Revelação 21:6-7 “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A todo aquele que tiver sede darei gratuitamente da fonte da água da vida. Todo aquele que vencer herdará estas coisas, e eu serei o seu Deuse ele será o meu filho.” Se Jeová é o Alfa e o Ômega (a primeira e a última letra grega), então o "primeiro e o último" deve referir-se a Jeová, assim as Testemunhas afirmam. Mas quando Jeová morreu? O único "primeiro e último" que morreu e viveu de novo é Jesus.

Hebreus 1:13 “Mas, com referência a qual dos anjos disse ele alguma vez: ‘Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés?’”

Verdade e Unidade

A expiação substitutiva de Jesus foi aceita por uma razão: Deus só aceita a Sua própria justiça. A justiça de um homem ou um anjo é insuficiente porque não pode satisfazer o padrão santo e perfeito da justa lei de Deus. Jesus foi o único sacrifício adequado porque Ele era a justiça de Deus, e como a lei de Deus exigia que sangue fosse derramado, Jesus se fez carne para que pudesse ser um resgate para todos os que creem no Seu nome.

Observe que se entendermos que Jesus é Deus encarnado, então todos os versículos acima podem ser entendidos como verdadeiros e coerentes entre si em suas reivindicações. Podem também ser compreendidos claramente no seu sentido simples e literal. No entanto, se tentarmos sugerir que Jesus é algo menos do que Deus - o arcanjo Miguel - então estes versículos são mutuamente exclusivos e não podem ser todos verdadeiros quando tomados em seu contexto natural. Portanto, a verdade da Palavra de Deus exige que cheguemos a um entendimento em que toda a Escritura é unificada, interconectada, interdependente, inerrante e verdadeira. Essa verdade unificadora só pode ser encontrada na pessoa e na divindade de Jesus Cristo. Que possamos ver a verdade revelada nas Escrituras como ela é, não como cada um de nós gostaria que fosse, e que Deus possa receber toda a glória.

Se você tiver alguma dúvida sobre Jesus como Deus encarnado, por favor, pergunte-nos. Se você estiver pronto para colocar a sua confiança neste Deus encarnado Jesus, você pode falar as seguintes palavras a Deus: "Deus Pai, sei que sou um pecador e que sou digno da Tua ira. Reconheço e creio que Jesus é Deus e que, por isso, Ele é o único Salvador. Coloco a minha confiança apenas em Jesus para me salvar. Deus Pai, por favor, me perdoe, purifique e me transforme. Obrigado por Tua maravilhosa graça e misericórdia!"

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Por que Judas traiu Jesus?


Pergunta: "Por que Judas traiu Jesus?"

Resposta: 
Embora não possamos ter certeza absoluta do motivo pelo qual Judas traiu a Jesus, algumas coisas são certas. Primeiro, temos que reconhecer que, embora Judas tenha sido escolhido de forma consciente para ser um dos doze (João 6:64), as Escrituras apontam ao fato de que ele nunca realmente acreditou que Jesus era Deus, e ele provavelmente nunca tinha sido convencido de que Jesus era o Messias. Ao contrário dos outros discípulos que chamaram Jesus de "Senhor" (que é de grande importância em várias formas), Judas nunca utilizou este título para Jesus e ao invés o chamou de "Rabi"; isso afirmava apenas que ele via Jesus como nada mais do que um professor. Enquanto outros discípulos várias vezes fizeram grandes profissões de fé e de lealdade (João 6:68, 11:16), Judas não só nunca fez isso, mas permaneceu bastante silencioso em todas as narrativas bíblicas. Esta falta de fé em Jesus é o alicerce para todas as outras considerações abaixo. O mesmo vale para nós. Se não reconhecermos Jesus como Deus encarnado e, portanto, a uma única pessoa que pode oferecer salvação eterna e perdão pelos nossos pecados, então seremos sujeitos a vários outros problemas que resultam de uma visão errada da Deus.

Em segundo lugar, Judas não só faltou fé em Cristo, mas ele teve pouco ou nenhum relacionamento pessoal com Jesus. Quando os evangelhos sinóticos dão uma lista dos doze, eles são sempre mencionados na mesma ordem com pequenas variações (Mateus 10:2-4, Marcos 3:16-19, Lucas 6:14-16). Acredita-se que essa ordem indica a proximidade da sua relação pessoal com Jesus. Apesar das variações, os irmãos Pedro e Tiago e João são sempre mencionados em primeiro lugar; isso é bastante coerente com o seu relacionamento com Jesus. Judas é sempre mencionado por último, o que pode indicar a falta de um relacionamento pessoal com Cristo. Além disso, ao avaliarmos os evangelhos, podemos ver que o único diálogo registrado entre os dois envolve Judas sendo censurado por Jesus por ter feito um comentário à Maria com objetivos gananciosos (João 12:1-8), a negação de Judas de sua traição (Mateus 26 : 25) e a traição em si (Lucas 22:48).

Em terceiro lugar, Judas foi consumido por ganância, a ponto de trair a confiança não só de Jesus, mas também dos outros discípulos, como vemos em João 12:5-6. Judas talvez teve o desejo de seguir a Jesus simplesmente porque ele viu que pessoas importantes também estavam seguindo a Jesus; outalvez ele tenha acreditado que poderia tirar proveito das coletas para o grupo. O fato de Judas ter sido o encarregado da bolsa de dinheiro aparenta indicar o seu interesse e experiência com dinheiro (João 13:29).

Além disso, Judas, como a maioria das pessoas naquela época, acreditava que o Messias iria acabar com a ocupação romana e assumir uma posição de poder para reinar sobre a nação de Israel. Talvez Judas seguiu a Jesus com a intenção de tirar vantagem da sua associação com ele como o novo poder político. Não há qualquer dúvida de que ele esperava fazer parte da elite dominante quando isso viesse a se realizar. Ao chegar o momento da traição de Judas, Jesus já tinha deixado claro que ele planejava morrer e não iniciar uma rebelião contra Roma. Por isso Judas pôde ter assumido, tal como fizeram os fariseus, que uma vez que ele não iria acabar com a ocupação romana, ele provavelmente não era o Messias que estavam esperando.

Há alguns versículos do Velho Testamento que apontam para a traição, alguns mais especificamente do que outros, veja dois a seguir:

“Até o meu próprio amigo íntimo em quem eu tanto confiava, e que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar”(Salmo 41:9, veja sua realização em Mateus 26:14, 48-49). Também: “E eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o que me é devido; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário, trinta moedas de prata. Ora o Senhor disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor” (Zacarias 11:12-13, veja a realização dessa profecia em Mateus 27:3-5). Essas profecias do Velho Testamento indicam que Deus já sabia da traição de Judas e que Ele já tinha planejado soberanamente a forma pela qual Jesus iria morrer.

Mas se Deus já sabia da traição de Judas, então teve Judas uma escolha, e ele é quem vai ser responsabilizado por sua parte na traição? É muito difícil para muitos conciliarem o conceito de "livre arbítrio" (como a maioria das pessoas compreendem isso) com a presciência de Deus de eventos futuros; em grande parte isso é devido à nossa experiência limitada de passar pelo tempo de uma forma linear. Se vemos Deus como fora do tempo, pois Ele criou tudo antes que o "tempo" começou, então podemos compreender que Deus pode ver cada momento como o presente. Vivemos em um tempo linear como se o tempo fosse uma linha reta e passamos gradualmente de um ponto a outro, lembrando o passado, mas não cientes do futuro que se aproxima. No entanto, Deus, sendo eterno e o Criador da noção de tempo, não seria "pontual", ou seja, sobre a linha do tempo, mas sim fora dela. Então, poderíamos enxergar o tempo (em relação a Deus), como um círculo, onde Deus habita no centro e, portanto, igualmente perto de todos os pontos e não se limitando a poder estar em apenas um ponto no tempo.

Dessa forma, Judas teve a capacidade completa de fazer sua escolha – pelo menos até o ponto onde “entrou nele Satanás” (João 13:27) – e a presciência de Deus (João 13:10,18,21) de nenhuma forma substitui a habilidade de Judas de fazer sua escolha. Ao contrário, Deus já enxergava o que Judas iria eventualmente escolher como parte do presente, e Jesus deixou bem claro que Judas seria responsável por suas escolhas e teria que prestar contas por elas: “E, quando estavam reclinados à mesa e comiam, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me” (Marcos 14:18). Note que Jesus chama a participação de Judas de traição. Quanto a sua prestação de contas por sua traição, Jesus disse: “Pois o Filho do homem vai, conforme está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do homem é traído! bom seria para esse homem se não houvera nascido” (Marcos 14:21). Satanás também teve sua parte no processo, como vemos em João 13:26-27 e ele também terá que prestar contas por suas obras. Deus, em Sua sabedoria, é sempre capaz de transformar até mesmo a rebelião de Satanás para o benefício da humanidade. Satanás ajudou enviar Jesus à cruz, e sobre a cruz o pecado e a morte foram derrotados, tornando a oferta de salvação de Deus livremente disponível para todos os que aceitam Jesus Cristo como seu salvador pessoal para o perdão dos seus pecados.
Por que Deus enviou Jesus quando Ele O enviou? Por que não mais cedo? Por que não mais tarde?


Pergunta: "Por que Deus enviou Jesus quando Ele O enviou? Por que não mais cedo? Por que não mais tarde?"

Resposta: 
"Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" (Gálatas 4:4). O versículo anteriormente mencionado declara que Deus Pai enviou o Seu Filho na "plenitude do tempo". Havia muitas coisas acontecendo durante o primeiro século que, pelo menos humanamente falando, aparentam ter feito daquele tempo a época ideal para Cristo vir. Algumas dessas coisas são:

1) Havia uma grande antecipação para que o Messias viesse dentre os judeus daquela época. O reino romano sobre Israel fez com que os judeus ficassem ansiosos pela vinda do Messias.

2) Roma tinha unificado a maior parte do mundo daquela época sob o seu governo, dando um senso de unidade a várias nações. Além disso, porque o império estava relativamente pacífico, era possível que os Cristãos da antiguidade viajassem para proclamar o evangelho; isso não teria sido possível durante tempos de guerra.

3) Enquanto Roma tinha conquistado de maneira militar, a Grécia tinha conquistado de forma cultural. Uma forma “comum” da linguagem grega (diferente do Grego clássico) era a linguagem do comércio, a qual era falada por todo o império, tornando possível a comunicação do evangelho a vários grupos de pessoas através daquela língua em comum.

4) O fato de que os ídolos de muitos povos não deram a eles vitória contra os conquistadores romanos causou muitos a abandonarem o seu culto. Ao mesmo tempo, nas cidades com mais “cultura”, a filosofia grega e a ciência daquele tempo deixaram muitos espiritualmente vazios da mesma forma que o ateísmo dos governos comunistas deixa um vazio espiritual hoje.

5) As religiões misteriosas daquela época enfatizavam um deus-salvador e solicitavam de seus seguidores que oferecessem sacrifícios sangrentos, fazendo, portanto, com que o evangelho de Cristo, o qual envolvia o sacrifício definitivo, não fosse difícil de acreditar. Os gregos também acreditavam na imortalidade da alma (mas não do corpo).

6) O exército romano recrutava soldados dentre as províncias, apresentando esses homens à cultura e idéias romanas (como o evangelho) que ainda não tinham alcançado essas províncias remotas. A primeira apresentação do evangelho a Britânia foi o resultado de esforços de soldados Cristãos lá situados.

Novamente, os relatos acima são baseados nas observações que homens fizeram daquela época e nas especulações de por que aquele ponto na história era um bom tempo para Cristo vir. Mas entendemos que os caminhos de Deus são mais altos do que os nossos caminhos, e esses motivos podem ou não ter sido os motivos por que Deus escolheu aquela época para mandar Seu Filho. Pelo contexto de Gálatas 3 e 4, é evidente que Deus procurou estabelecer uma fundação através da lei judaica que prepararia para a vinda do Messias. A Lei tinha como objetivo ajudar as pessoas a entenderem a profundidade de seus pecados (pois elas não podiam guardar a lei); essas pessoas, então, estariam mais prontas para aceitarem a cura para esse pecado através de Jesus, o Messias (Gálatas 3:22-23; Romanos 3:19-20). A Lei também servia como um “tutor” (Gálatas 3:24) para trazer as pessoas a Jesus como o Messias. Isso foi alcançado através de muitas profecias sobre o Messias que Jesus cumpriu. Além disso, o sistema de sacrifícios apontava à necessidade de um sacrifício pelo pecado, assim como à sua insuficiência (com cada sacrifício sempre mostrando a necessidade de mais sacrifícios futuros). A história do Antigo Testamento também pintava vários retratos da pessoa e do trabalho de Cristo através de vários eventos e festas religiosas, como a ação voluntária de Abraão para oferecer Isaque, e os detalhes da páscoa durante o êxodo do Egito, etc.

Finalmente, Cristo veio quando Ele veio como cumprimento de uma profecia específica. Daniel 9:24-27 fala de “setenta ‘semanas’” ou os setenta “setes”. Pelo contexto, essas “semanas” ou “setes” se referem a grupos de sete anos, não sete dias. Quando alguém examina a história e alinha os detalhes das primeiras sessenta e nove semanas (a septuagésima semana vai acontecer no futuro). A contagem regressiva das setenta semanas começa com “a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” (verso 25). Esse comando foi dado por Artaxerxes I Longímano em 445 A.C. (veja Neemias 2:5). Depois de 7 “setes” mais 62 “setes” ou 69 x 7 anos, a passagem diz que: “será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário” e que “o seu fim será num dilúvio” (o que significa grande destruição) (verso 26). Aqui temos uma inconfundível referência à morte do Salvador na cruz. Um século atrás, no seu livro O Príncipe que há de vir, Sir Robert Anderson explicou detalhadamente cálculos das sessenta e nove semanas, usando ‘anos proféticos’, dando espaço para anos bissextos, erros no calendário e a mudança de A.C. para D.C, etc. Ele concluiu que as sessenta e nove semanas terminaram no mesmo dia da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém cinco dias antes de sua morte. Quer uma pessoa use esses cálculos ou não, o importante é que a época da incarnação de Cristo se encaixa com a profecia detalhada registrada por Daniel mais de quinhentos anos antes de Cristo vir.

O momento da incarnação de Cristo foi tal que as pessoas daquela época estavam prontas para a Sua vinda. Além disso, as pessoas de todo os séculos desde então têm evidências mais do que suficientes de que Jesus era realmente o Messias prometido, pois Ele cumpriu as Escrituras que retrataram e profetizaram a Sua vinda em detalhe.

O que significa aceitar Jesus como seu Salvador pessoal?


Pergunta: "O que significa aceitar Jesus como seu Salvador pessoal?"

Resposta: 
Você alguma vez já aceitou Jesus Cristo como seu Salvador pessoal? Antes de você responder, permita-me explicar a questão. Para entender, você deve primeiro compreender adequadamente “Jesus Cristo”, “pessoal” e “Salvador.”

Quem é Jesus Cristo? Muitas pessoas reconhecem Jesus Cristo como um bom homem, grande mestre, ou mesmo como um profeta de Deus. Essas coisas são definitivamente verdadeiras sobre Jesus, mas elas não definem quem Ele realmente é. A Bíblia nos diz que Jesus é Deus em carne, Deus tornou-se um ser humano (leia João 1:1,14). Deus veio à terra para nos ensinar, curar, corrigir, perdoar – e morrer por nós! Jesus Cristo é Deus, o Criador, o Senhor supremo. Você aceitou este Jesus?

O que é um Salvador e por que nós precisamos de um Salvador? A Bíblia nos diz que todos pecamos, todos cometemos atos maus (Romanos 3:10-18). Como resultado do nosso pecado, nós merecemos a ira e o julgamento de Deus. A única punição justa para pecados cometidos contra um Deus infinito e eterno é uma punição infinita (Romanos 6:23; Apocalipse 20:11-15). É por isso que nós precisamos de um Salvador!

Jesus Cristo veio à terra e morreu em nosso lugar. A morte de Jesus, como Deus em carne, foi um pagamento infinito por nossos pecados (2 Coríntios 5:21). Jesus morreu para pagar a pena pelos nossos pecados (Romanos 5:8). Jesus pagou o preço para que nós não tivéssemos que pagar nós mesmos. A ressurreição de Jesus dentre os mortos provou que Sua morte foi suficiente para pagar a pena pelos nossos pecados. É por isso que Jesus é o único Salvador (João 14:6; Atos 4:12)! Você está confiando em Jesus como seu Salvador?

Jesus é o seu Salvador “pessoal”? Muitas pessoas vêem o Cristianismo como ir à igreja, realizar rituais, não cometer certos pecados. Isso não é Cristianismo. O verdadeiro Cristianismo é uma relação pessoal com Jesus Cristo. Aceitar Jesus como seu Salvador pessoal significa colocar a própria fé pessoal e confiança Nele. Ninguém é salvo pela fé dos outros. Ninguém é perdoado por realizar certas obras. A única forma de ser salvo é pessoalmente aceitar Jesus como seu Salvador, confiando na Sua morte como pagamento pelos seus pecados, e na Sua ressurreição como a sua garantia de vida eterna (João 3:16). Jesus é pessoalmente o seu Salvador?

Se você quer aceitar Jesus como seu Salvador, diga as seguintes palavras a Deus. Lembre-se que fazer esta oração ou qualquer outra não irá salvar você. Apenas confiando em Cristo você pode ser salvo do seu pecado. Esta oração é simplesmente uma forma de expressar a Deus a sua fé Nele e agradecer por lhe dar a salvação. "Deus, eu sei que pequei contra Ti e mereço punição. Mas Jesus Cristo tomou sobre Si a punição que eu mereço para que através da fé Nele eu pudesse ser perdoado. Eu recebo Tua oferta de perdão e coloco minha fé em Ti para Salvação. Eu aceito Jesus como meu Salvador pessoal! Obrigado por Tua graça e perdão maravilhosos – o dom da vida eterna! Amém!”



O que diz a Bíblia sobre a virgem Maria?




Resposta: 
Maria, a mãe de Jesus, era uma mulher que foi descrita por Deus como “agraciada”. A palavra “agraciada” vem do grego, e significa, essencialmente, “muita graça”. Maria recebeu a Graça de Deus. Graça é “favor imerecido”, que significa que é algo que recebemos apesar do fato de que não o merecemos. Maria precisava de graça de Deus, assim como o resto de nós precisa. Maria compreendeu este fato, como declara em Lucas 1:47, “E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador.” Maria reconheceu que precisava ser salva, que ela precisava de Deus como seu Salvador. A Bíblia nunca diz que Maria foi qualquer coisa além de uma mulher comum que Deus escolheu para usar de uma forma extraordinária. Sim, Maria era uma mulher correta e favorecida (agraciada) por Deus (Lucas 1:27-28). Ao mesmo tempo, Maria era também um ser humano pecador como todos os outros, que necessitava de Jesus Cristo como seu Salvador, como todas as outras pessoas (Eclesiastes 7:20; Romanos 3:23; 6:23; I João 1:18).

Maria não teve uma “concepção imaculada” – não há qualquer razão bíblica para crer que o nascimento de Maria tenha sido qualquer coisa que não seja um nascimento humano normal. Maria era virgem quando deu à luz Jesus (Lucas 1:34-38), mas a idéia de uma virgindade perpétua de Maria não é bíblica. Mateus 1:25, falando de José, declara: “E não a conheceu ATÉ que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.” A palavra “até” claramente indica que José e Maria tiveram união sexual após o nascimento de Jesus. José e Maria tiveram vários filhos juntos depois que Jesus nasceu. Jesus tinha quatro meio irmãos: Tiago, José, Simão e Judas (Mateus 13:55). Jesus também tinha meia irmãs, mas não são nomeadas e nem se conhece seu número (Mateus 13:55-56). Deus abençoou e agraciou Maria dando a ela vários filhos, o que naquela cultura era a mais clara indicação de que Deus estava abençoando uma mulher.

Uma vez, quando Jesus estava falando, uma mulher na multidão proclamou: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste” (Lucas 11:27). Nunca houve melhor oportunidade para Jesus declarar que Maria era verdadeiramente digna de louvor e adoração. Mas qual foi a resposta de Jesus? “Antes bem aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (Lucas 11:28). Para Jesus, a obediência à Palavra de Deus era MAIS IMPORTANTE do que ser a mulher que o pôs no mundo. Em nenhum lugar das escrituras Jesus, ou qualquer outra pessoa, dirige qualquer louvor, glória ou adoração a Maria. Isabel, parente de Maria, a louvou em Lucas 1:42-44, mas seu louvor é baseado no fato de que Maria daria à luz Jesus. Não foi baseado em qualquer glória inerente a Maria.

Maria estava perto da cruz quando Jesus morreu (João 19:25). Maria estava com os apóstolos no dia do Pentecostes (Atos 1:14). Entretanto, jamais se menciona Maria depois de Atos capítulo 1. Os Apóstolos, em nenhum lugar, dão a Maria papel proeminente. A morte de Maria não é registrada na Bíblia. Nada é dito sobre Maria subindo aos Céus, ou tendo qualquer forma de papel exaltado no Céu. Maria deve ser respeitada como a mãe terrena de Jesus, mas ela não é digna de nossa adoração ou exaltação. A Bíblia, em nenhum lugar, indica que Maria pode ouvir orações, ou que ela possa ser mediadora entre nós e Deus. Jesus é nosso único defensor e mediador no Céu (I Timóteo 2:5). Se fosse oferecida adoração, exaltação ou orações, Maria diria o mesmo que os anjos: “Adora a Deus!” (Apocalipse 19:10; 22:9). A própria Maria dá para nós exemplo, direcionando sua adoração, exaltação e louvor somente a Deus: “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome” (Lucas 1:46-49).
É Jesus o único caminho para o Céu?


Pergunta: "É Jesus o único caminho para o Céu?"

Resposta: 
“Sou basicamente uma boa pessoa, então vou para o Céu.” “OK, então eu faço algumas coisas ruins, mas faço mais coisas boas, então vou para o Céu.” “Deus não vai me enviar para o inferno só porque não vivo de acordo com a Bíblia. Os tempos mudaram!” “Apenas pessoas realmente más como molestadores de crianças e assassinos vão para o inferno.” “Acredito em Deus, apenas o sigo do meu próprio jeito. Todos os caminhos levam a Deus.”

Todas estas são conclusões comuns entre a maioria das pessoas, mas a verdade é que são todas mentiras. Satanás, o qual tem poder sobre o mundo, planta estes pensamentos nas nossas mentes. Ele, e qualquer um que siga os seus caminhos, é um inimigo de Deus (1 Pedro 5:8). Satanás sempre se disfarça como bom (2 Coríntios 11:14), mas tem controle sobre todas as mentes que não pertencem a Deus. “...[Satanás, ] o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4).

É uma mentira acreditar que Deus não se importa com pecados menores e que o inferno é destinado às “pessoas más”. Todo pecado nos separa de Deus, mesmo uma “pequena mentirinha”. Todos pecaram e ninguém é bom o suficiente para ir ao Céu por sua própria conta (Romanos 3:23). Entrar no Céu não se baseia no nosso bem superar o nosso mal; todos perderíamos se este fosse o caso. “E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Romanos 11:6). Não há nada bom que possamos fazer para ganhar a nossa entrada no Céu (Tito 3:5).

“Entrai pela porta estreita: porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela” (Mateus 7:13). Mesmo que todo mundo esteja vivendo uma vida de pecado, e crer em Deus não seja popular, Deus não vai perdoar isto. “nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, o espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Efésios 2:2).

Quando Deus criou o mundo, este era perfeito. Tudo era bom. Então ele fez Adão e Eva, e deu-lhes o seu próprio livre-arbítrio, de forma que teriam a escolha de seguir e obedecer a Deus ou não. No entanto, Adão e Eva, as primeiras pessoas que Deus fez, foram tentados por Satanás a desobedecer a Deus, e eles pecaram. Isto os impediu (e a todos os que vieram depois deles, incluindo a nós) de ter uma relação íntima com Deus. Ele é perfeito e não pode estar no meio do pecado. Como pecadores, nós não poderíamos chegar lá pela nossa própria vontade. Então, Deus criou uma forma pela qual poderíamos estar unidos com Ele no Céu. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). Jesus nasceu para que pudesse nos ensinar o caminho e morreu por nossos pecados para que não o tivéssemos de fazer. Três dias após a Sua morte, Ele ressuscitou do sepulcro (Romanos 4:25), provando ser vitorioso sobre a morte. Ele completou o caminho entre Deus e o homem para que este pudesse ter uma relação pessoal com Ele, precisando apenas acreditar.

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). A maioria das pessoas acredita em Deus, até Satanás acredita. Entretanto, para receber a salvação, é preciso se voltar para Deus, formar uma relação pessoal com Ele, voltar-se contra os nossos pecados e seguir a Ele. Devemos acreditar em Jesus com tudo o que temos e em tudo o que fazemos. “Justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que creem; porque não há distinção” (Romanos 3:22). A Bíblia nos ensina que não há outro caminho para salvação a não ser através de Cristo. Jesus diz em João 14:6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”

Jesus é o único caminho para a salvação porque Ele é o Único que pode pagar o preço pelos nossos pecados (Romanos 6:23). Nenhuma outra religião ensina a profundidade ou seriedade do pecado e das suas consequências. Nenhuma outra religião oferece o pagamento infinito que só Jesus poderia dar pelo pecado. Nenhum outro “fundador religioso” foi Deus vindo como homem (João 1:1,14) – a única forma pela qual um débito infinito poderia ser pago. Jesus tinha que ser Deus para que pudesse pagar nosso débito. Jesus tinha que ser homem para que pudesse morrer. A salvação está disponível apenas pela fé em Jesus Cristo! “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).

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Por que Deus nos deu os quatro Evangelhos?


Pergunta: "Por que Deus nos deu os quatro Evangelhos?"

Resposta: Encontre a seguir algumas razões por que Deus nos deu quatro Evangelhos ao invés de apenas um:

(1) Para dar um retrato mais completo de Cristo. Enquanto toda a Bíblia é inspirada por Deus (2 Timóteo 3:16), Ele usou autores humanos com estilos de vida e personalidades diferentes para cumprir Seus propósitos através do que eles escreveram. Cada um dos autores dos Evangelhos tinha um propósito distinto por trás do que escrevia, e ao executar esses propósitos, cada um enfatizou aspectos diferentes da pessoa e ministério de Jesus Cristo.

Mateus estava escrevendo a uma audiência hebraica e um dos propósitos do seu Evangelho era mostrar, com a genealogia de Jesus e o cumprimento das profecias do Velho Testamento, que Ele era o tão esperado Messias, e portanto deveria ser acreditado. A ênfase de Mateus é no fato de que Jesus é o Rei prometido, o “Filho de Davi” que ocuparia para sempre o trono de Israel (Mateus 9:27; 21:9).

Marcos, um primo de Barnabás (Colossenses 4:10), foi uma testemunha ocular dos eventos da vida de Cristo, assim como um amigo do Apóstolo Pedro. Marcos escreveu para uma audiência pagã, como é salientado pelo fato de não ter incluído coisas importantes aos leitores judeus (genealogias, controvérsias de Jesus com os líderes judeus de Seu tempo, referências frequentes ao Velho Testamento, etc.). Marcos enfatiza Cristo como o Servo sofredor, Aquele que veio não para ser servido, mas para servir e entregar Sua vida como resgate por muitos (Marcos 10:45).

Lucas, o “médico amado” (Colossenses 4:14), evangelista e companheiro do Apóstolo Paulo, escreveu o Evangelho de Lucas e o livro de Atos. Lucas é o único autor gentio do Novo Testamento. Ele foi aceito há muito tempo como o historiador hábil e diligente por aqueles que usaram seus manuscritos em estudos geológicos e históricos. Como um historiador, ele afirma que seu objetivo é escrever uma exposição em ordem da vida de Cristo baseada no testemunho daqueles que foram testemunhas oculares (Lucas 1:1-4). Porque ele escreveu especificamente para o proveito de Teófilo, aparentemente um gentio de certa estatura, seu Evangelho foi escrito com uma audiência pagã em mente, e seu objetivo é mostrar que a fé de um Cristão é baseada em eventos historicamente confiáveis e verificáveis. Lucas se refere com frequência a Cristo como o "Filho do Homem", enfatizando Sua humanidade, e compartilha muitos detalhes que não são registrados nas narrativas dos outros Evangelhos.

O Evangelho do João, escrito pelo Apóstolo João, é diferente dos outros três evangelhos e contém muito conteúdo teológico em relação à pessoa de Cristo e o significado de fé. Mateus, Marcos e Lucas são frequentemente chamados de “Evangelhos sinópticos” por causa de seus estilos e conteúdos similares, e porque eles dão uma sinopse da vida de Cristo. O Evangelho de João não começa com o nascimento de Cristo ou Seu ministério terreno, mas com a atividade e características do Filho de Deus antes de Se tornar carne (João 1:14). O Evangelho de João enfatiza a divindade de Cristo, como é visto pelo fato de que ele usa frases como "o Verbo era Deus" (João 1:1), "o Salvador do mundo" (4:42), o "Filho de Deus" (usado repetidamente), "Senhor e...Deus" (João 20:28) ao descrever Jesus. No Evangelho de João, Jesus também afirma Sua divindade com várias declarações de “EU SOU” (compare com Êxodo 3:13-14). Mas João também enfatiza o fato da humanidade de Jesus, querendo mostrar o erro de uma seita religiosa de seu tempo, os Gnósticos, que não acreditavam na humanidade de Cristo. João deixa claro seu propósito principal ao escrever o evangelho: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:30-31).

Dessa forma, por ter quatro distintas e ao mesmo tempo exatas narrativas de Cristo, você pode ter acesso a aspectos diferentes de Sua pessoa e ministério. Cada narrativa, quando adicionada às outras três, torna-se como uma diferente linha colorida em uma bela tapeçaria e, quando tecidas juntas, formam um retrato mais completo dAquele que vai além de qualquer descrição. Apesar de que nunca vamos entender completamente tudo sobre Jesus Cristo (João 20:30), através do quatro Evangelhos podemos conhecer o suficiente sobre Ele para apreciar quem Ele é e o que tem feito por nós, para que possamos ter vida através de fé nEle.

2) Para nos capacitar a objetivamente verificar a veracidade das narrativas. A Bíblia, desde o início, afirma que um julgamento em um tribunal de justiça não deve ser feito contra uma pessoa na base de apenas uma testemunha, mas sim de pelo menos duas ou três (Deuteronômio 19:15). Sendo assim, ter narrativas diferentes sobre a pessoa e o ministério terreno de Jesus Cristo nos capacita a avaliar a veracidade da informação que temos sobre Ele.

Simon Greenleaf, uma autoridade bem conhecida e bem respeitada sobre o que constitui evidência confiável em um tribunal de justiça, examinou os quatro Evangelhos de uma perspectiva legal. Ele percebeu que o tipo de descrição dado pelas testemunhas oculares nos quatro Evangelhos, na qual um livro concorda com o outro, mas com cada escritor escolhendo omitir ou adicionar detalhes que os outros escolheram incluir ou omitir, respectivamente, é típico de fontes confiáveis e independentes que seriam aceitas em um tribunal como evidência forte. Se os Evangelhos tivessem exatamente a mesma informação com os mesmos detalhes providenciados, e escritos da mesma perspectiva, seria uma grande indicação de conspiração; quer dizer, que talvez os autores teriam se reunido com a intenção de contar a mesma história para fazer com que seus testemunhos fossem mais acreditáveis. As diferenças entre os Evangelhos, até mesmo o que aparenta ser contradição de detalhes ao serem examinados de primeiro, confirmam a natureza independente das narrações. Portanto, a natureza independente dos quatro Evangelhos concorda entre si em relação a sua informação, mas diferencia em suas perspectivas, detalhes e quais eventos foram registrados, indicando que o que sabemos sobre a vida e ministério de Cristo como apresentados nos Evangelhos é realmente fato e completamente confiável.

3) Para recompensar os que são investigadores diligentes. Pode-se ganhar muito através de um estudo individual de cada um dos Evangelhos. Mais ainda pode ser ganho quando se compara e junta as narrativas diferentes dos eventos específicos do ministério de Jesus. Por exemplo, em Mateus 14 lemos a narrativa de Jesus alimentando os 5000 e Jesus andando sobre as águas. Mateus 14:22 nos diz que: “compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.” Alguém pode perguntar: “Por que ele fez isso?” Mateus não deixa claro qual o motivo. Mas quando você combina com o contexto de Marcos 6, você vê que os discípulos tinham acabado de voltar de expulsar demônios e curar pessoas através da autoridade que Jesus lhes tinha dado quando Ele os enviou dois a dois. Mas eles retornaram com uma atitude muito orgulhosa, esquecendo seu devido lugar e prontos a instruir Jesus (Mateus 14:15)! Então, ao enviá-los durante a noite ao outro lado do Mar da Galiléia, Jesus lhes revela duas coisas enquanto estão lutando contra o vento e ondas, dependendo de si mesmos até as primeiras horas da manhã seguinte. Jesus estava andando sobre a água, prestes a passar pelo barco dos discípulos, quando finalmente os discípulos invocaram o nome de Jesus (Marcos 6:48-50). Ele revela (1) que não podem alcançar nada para Deus com suas próprias forças e (2) que nada é impossível quando Ele clamam a Deus e dependem de Seu poder. Há vários exemplos assim de “jóias” a serem encontradas pelo estudante diligente da Palavra de Deus que se dedica a comparar Escritura com Escritura, jóias essas que passam por despercebidas pelo leitor casual.
Quais são as mais famosas/importantes perguntas na Bíblia?



Pergunta: "Quais são as mais famosas/importantes perguntas na Bíblia?"

Resposta: 
Existem muitas, muitas perguntas na Bíblia. É difícil dar um número preciso porque o hebraico antigo e o grego koiné não usam pontuação - não podemos simplesmente estudar os Manuscritos do Mar Morto e contar quantos pontos de interrogação podem ser encontrados! Muitas vezes, é difícil saber se a frase é realmente para ser uma pergunta. Entretanto, eruditos bíblicos estimam que haja aproximadamente 3.300 perguntas na Bíblia.

Sendo assim, a seguinte lista de perguntas encontradas na Bíblia definitivamente não é completa. É simplesmente um breve resumo de algumas das perguntas mais famosas e importantes da Palavra de Deus.

"É assim que disse. . . ?" (Gênesis 3:1)

Esta é a primeira pergunta na Bíblia e também a primeira instância de alguém questionando a Palavra de Deus. Satanás tenta Eva a duvidar da Palavra de Deus. Eva responde adicionando à Palavra de Deus: "...nem tocareis nele..." Deus disse para não comer da árvore. Ele nunca disse para não tocar nela ou em seu fruto. Adão e Eva respondem à pergunta de Satanás com uma desobediência à Palavra de Deus. Tudo começou com uma pequena pergunta.

"Onde estás?" (Gênesis 3:9)

Esta é a primeira pergunta feita por Deus na Bíblia. É claro que Deus sabia exatamente onde Adão e Eva estavam localizados fisicamente. A pergunta foi para o seu benefício. Deus estava essencialmente perguntando: "Você me desobedeceu. Será que as coisas saíram como você queria ou como previ?" A pergunta também mostra o coração de Deus, que é o coração de um pastor procurando os cordeiros perdidos a fim de trazê-los para o rebanho. Jesus viria mais tarde "buscar e salvar o perdido" (Lucas 19:10).

"Sou eu tutor de meu irmão?" (Gênesis 4:9)

Esta foi a pergunta de Caim em resposta à pergunta de Deus sobre onde Abel estava. Além do fato de que Caim tinha acabado de assassinar o seu irmão, ele estava expressando o sentimento que todos temos quando não queremos nos preocupar ou cuidar de outras pessoas. Será que somos guardiões do nosso irmão? Sim, somos. Será que isso significa que temos de saber onde estão e o que estão fazendo o tempo todo? Não. Entretanto, devemos investir em outras pessoas de tal forma que percebemos quando algo parece estar errado. Devemos nos importar o suficiente para intervir, se necessário.

"Não fará justiça o Juiz de toda a terra?" (Gênesis 18:25)

Sim, o Juiz da terra sempre faz o que é justo. Abraão fez esta pergunta em seu apelo para que Deus poupasse os justos e os protegesse de julgamento. Se algo que Deus faz parece injusto, então nós é que não estamos compreendendo. Quando questionamos a justiça de Deus, é porque nosso senso de justiça está deformado. Quando dizemos: "Não entendo como um Deus justo e bom pode permitir isso," é porque não entendemos corretamente o que significa ser um Deus bom e justo. Muitas pessoas acham que têm uma melhor compreensão do que é realmente justo do que o próprio Deus.

"Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre!" (Jó 2:9)

Todo o livro de Jó se resume a essa questão da esposa de Jó. Através de tudo, Jó manteve a sua integridade. Os seus "amigos" repetidamente dizem: "Jó, você deve ter feito algo realmente ruim para Deus fazer isso com você." Deus repreende esses amigos por atacarem Jó e pela presunção da Sua soberana vontade. Então Deus repreende Jó, lembrando-lhe que só Ele é perfeito em todos os Seus caminhos. Muitas perguntas são incluídas na apresentação da grandeza de Deus: "Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?" (Jó 38:4).

"Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" (Jó 14:14)

Exceto o retorno de Cristo aconteça em nossas vidas, todos vamos morrer um dia. Há vida após a morte? Todo mundo pondera essa questão em algum ponto. Sim, existe vida após a morte, e todo mundo vai experimentá-la. É simplesmente uma questão de onde existiremos. Será que todos os caminhos levam a Deus? De certa forma, sim. Vamos todos estar diante de Deus depois da morte (Hebreus 9:27). Independente de qual caminho um homem tome, ele vai se encontrar com Deus após a morte. "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno" (Daniel 12:2).

"De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?" (Salmo 119:9)

A resposta: vivendo de acordo com a Palavra de Deus. Quando "escondemos" a Palavra de Deus em nossos corações, a Palavra nos protege do pecado (Salmo 119:11). A Bíblia não nos diz tudo. Ela não contém a resposta para cada pergunta. Mas a Bíblia nos diz tudo que precisamos saber para vivermos a vida cristã (2 Pedro 1:3). A Palavra de Deus nos diz o nosso propósito e nos instrui sobre como podemos cumpri-lo. A Bíblia nos dá os meios e o fim. A Palavra de Deus é "inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Timóteo 3:16-17).

"A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" (Isaías 6:8)

A resposta correta é dada por Isaías: "eis-me aqui, envia-me a mim." Muito frequentemente, a nossa resposta é: "Eis-me aqui, mas envie outra pessoa." Isaías 6:8 é um versículo muito popular usado em conexão a missões internacionais. No entanto, no contexto, Deus não estava pedindo que alguém viajasse para o outro lado do planeta. Deus estava pedindo que alguém levasse a Sua mensagem aos israelitas. Deus queria que Isaías declarasse a verdade para as pessoas que ele via todos os dias, o seu povo, sua família, seus vizinhos, seus amigos.

"Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?" (Mateus 18:21)

O perdão é difícil. A sugestão de Pedro de perdoar sete vezes provavelmente parecia, para ele, soberbamente generoso. A resposta de Jesus mostrou quão débil o nosso perdão normalmente é. Devemos perdoar porque Deus nos perdoou muito mais (Colossenses 3:13). Perdoamos não porque uma pessoa mereça. "Merecer" não tem nada a ver com a graça. Perdoamos porque é a coisa certa a fazer. Essa pessoa pode não merecer o nosso perdão, mas também não merecemos o de Deus, e Ele nos perdoou mesmo assim.

“Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo?” (Mateus 27:22)

Esta foi a pergunta de Pilatos para a multidão reunida no julgamento de Jesus. Sua resposta: "Crucifica-o!" O clamor dessa mesma multidão alguns dias antes tinha sido diferente: "Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!" (Mateus 21:9). É incrível como as expectativas não cumpridas e a pressão social podem mudar a opinião pública. Em Jerusalém do primeiro século, as pessoas que tiveram uma visão errante de Jesus e de Sua missão o rejeitaram; então, hoje, as pessoas que vêm para a fé cristã com uma compreensão equivocada de quem Cristo é acabarão se afastando. Quando compartilhamos a nossa fé, temos de nos certificar de que estamos apresentando com precisão quem Jesus é e do que se trata o Cristianismo.

"Quem dizeis que eu sou? (Mateus 16:15)

Esta pergunta de Jesus é uma das mais importantes que alguém chegará a responder. Para a maioria, Ele é um bom professor. Para alguns, Ele é um profeta. Para outros, Ele é uma lenda. A resposta de Pedro: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", é a resposta correta (Mateus 16:16).

“Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos 8:36)

Se o custo é a alma, então qualquer lucro – até mesmo todo o mundo –para nada serve. Infelizmente, "nada" é o que a grande maioria das pessoas se esforça para obter - as coisas deste mundo. Perder a alma tem dois significados. Em primeiro lugar, o significado mais óbvio é que a pessoa perde a sua alma por toda a eternidade, enfrentando a morte eterna no inferno. No entanto, procurar ganhar o mundo inteiro também fará com que você perca a sua alma de uma maneira diferente, durante esta vida. Você nunca vai experimentar a vida abundante que está disponível através de Jesus Cristo (João 10:10). Salomão buscou prazer e não negou nada a si mesmo. No entanto, ele disse: "… eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol" (Eclesiastes 2:10-11).

"Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" (Lucas 18:18) e "Senhores, que devo fazer para que seja salvo?" (Atos 16:30)

É interessante ver as diferentes respostas de Jesus e Paulo para o que era essencialmente a mesma pergunta. Jesus, conhecendo a mentalidade farisaica do jovem rico, disse-lhe para obedecer aos mandamentos. O homem só achava que era justo; Jesus sabia que o materialismo e a ganância estavam impedindo-lhe de realmente buscar a salvação. O homem precisava primeiro entender que era um pecador e que precisava de um Salvador. Paulo, reconhecendo que o carcereiro de Filipos estava pronto para ser salvo, declarou: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo." O carcereiro acreditou, e sua família o seguiu em aceitar Jesus como Salvador. Assim, reconhecer onde certa pessoa está em sua jornada espiritual pode afetar a forma como respondemos a suas perguntas e guiar o ponto de partida em nossa apresentação do evangelho.

“Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!” (João 3:4)

Esta pergunta veio de Nicodemos quando Jesus disse-lhe que precisava nascer de novo. As pessoas hoje ainda não compreendem o que nascer de novo significa. A maioria entende que nascer de novo não é uma referência a um segundo nascimento físico. No entanto, ainda não consegue entender todas as implicações do termo. Tornar-se um cristão – nascer de novo - é começar uma vida inteiramente nova. É sair da morte espiritual a um estado de vida espiritual (João 5:24). É se tornar uma nova criação (2 Coríntios 5:17). Nascer de novo não é acrescentar algo à sua vida já existente; é radicalmente substituí-la.

“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?” (Romanos 6:1)

Somos salvos pela graça (Efésios 6:8). Quando colocamos a nossa fé em Jesus Cristo, todos os nossos pecados são perdoados e temos a garantia de vida eterna no céu. A salvação é um dom da graça de Deus. Isso quer dizer que um cristão pode viver de qualquer jeito que queira e ainda ser salvo? Sim. Mas um cristão verdadeiro não vai viver "de qualquer jeito que queira." Um cristão tem um novo Mestre e não mais serve a si mesmo. Um cristão vai crescer espiritualmente e progressivamente na nova vida que Deus lhe deu. A graça não é uma licença para pecar. O pecado deliberado e sem arrependimento zomba da graça e lança dúvidas sobre a salvação daquela pessoa (1 João 3:6). Sim, há momentos de fracasso e rebelião na vida de um cristão. E, não, perfeição sem qualquer pecado não é possível deste lado da glória. Entretanto, o cristão é para viver com eterna gratidão pela graça de Deus, e não tirar vantagem dela. O equilíbrio é encontrado nas palavras de Jesus à mulher apanhada em adultério. Depois de se recusar a condená-la, Ele disse: "vai e não peques mais" (João 8:11).

"Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8:31)

Os filhos de Deus terão de enfrentar a oposição neste mundo (João 15:18). O diabo e seus demônios se opõem a nós. Muitas pessoas no mundo se opõem a nós. As filosofias, valores e prioridades do mundo se opõem contra nós. Em termos de nossas vidas terrenas, podemos ser superados, derrotados e até mesmo mortos. No entanto, em termos da eternidade, Deus nos prometeu a vitória (1 João 5:4). Qual é a pior coisa que poderia nos acontecer neste mundo? A morte. Para aqueles que são nascidos de Deus, o que acontece depois da morte? Eternidade no lugar mais glorioso que se possa imaginar.

Há muitas outras grandes perguntas na Bíblia. Perguntas feitas por homens que buscam a verdade, por escarnecedores, por crentes desanimados e pelo próprio Deus. Não tenha medo de fazer perguntas, mas esteja pronto para aceitar a resposta que o Senhor enviar.

É Jesus o Messias?


Pergunta: "É Jesus o Messias?"

Resposta: 
Jesus é chamado de Messias em Mateus 1:16. Na verdade, cada vez que alguém diz "Jesus Cristo", ele está se referindo a Jesus como o Messias, já que Cristo significa "Messias" ou "Ungido". O Antigo Testamento prediz o Messias, e o Novo Testamento revela que o Messias é Jesus de Nazaré.

Há várias coisas que o povo judeu que antecipava a chegada do Messias esperava que ele fosse, com base em profecias do Antigo Testamento. O Messias seria um homem hebraico (Isaías 9:6), nascido em Belém (Miqueias 5:2), de uma virgem (Isaías 7:14), um profeta semelhante a Moisés (Deuteronômio 18:18), um sacerdote da ordem de Melquisedeque (Salmos 110: 4), um rei (Isaías 11:1-4), o Filho de Davi (Mateus 22:42) que sofreu antes de entrar em sua glória (Isaías 53). Jesus realizou cada uma destas exigências messiânicas.

Jesus cumpriu as exigências do Messias por ser um hebreu da tribo de Judá (Lucas 3:30), e ele nasceu em Belém (Lucas 2:4-7) de uma virgem (Lucas 1:26-27) .

Uma outra prova de que Jesus era o Messias é o fato de que ele era um profeta como Moisés. Tanto Moisés quanto Jesus foram profetas "com quem o SENHOR houvesse tratado face a face" (Deuteronômio 34:10; cf. João 8:38). No entanto, Jesus é um profeta maior do que Moisés porque, enquanto Moisés libertou Israel da escravidão, Jesus nos liberta da escravidão da morte e do pecado. Ao contrário de Moisés, Jesus não se limitou a representar Deus - Ele é Deus (João 10:30). Jesus não apenas nos conduz à Terra Prometida; ele nos leva ao céu por toda a eternidade (João 14:1-3). Por estas e muitas outras razões, Jesus é um profeta maior do que Moisés.

O Messias era para ter deveres sacerdotais; Jesus não era levita, e apenas levitas eram autorizados a ser sacerdotes. Então, como poderia Jesus se qualificar? Jesus é um sacerdote da ordem de Melquisedeque (Gênesis 14; Salmo 110: 4, Hebreus 6:20). Melquisedeque antecedeu o templo judeu, e seu nome significa "Rei da Justiça." Melquisedeque também foi chamado de "Rei de Salém", que significa "Rei da Paz" (Hebreus 7:2). Melquisedeque abençoou Abraão (o maior abençoa o menor, Hebreus 7:7), e Abraão deu a Melquisedeque um dízimo. Assim, como um sacerdote da ordem de Melquisedeque, Jesus é maior do que Abraão (João 8:58) e o sacerdócio levítico. Ele é um sacerdote celestial que ofereceu um sacrifício que remove o pecado permanentemente, não apenas o cobre temporariamente.

Jesus também deve ser um rei a fim de ser o Messias. Jesus era de Judá, a tribo real. Quando Jesus nasceu, magos vieram do oriente procurando o rei dos judeus (Mateus 2:1-2). Jesus ensinou que um dia iria sentar-se em um trono glorioso (Mateus 19:28; 25:31). Muitas pessoas em Israel viram Jesus como o seu rei há muito aguardado e esperavam que ele estabeleceria o seu governo imediatamente (Lucas 19:11), embora o reino de Jesus não seja atualmente deste mundo (João 18:36). No final da vida de Jesus, durante o seu julgamento diante de Pilatos, Jesus não se defendeu, exceto para responder afirmativamente quando Pilatos perguntou se era o Rei dos Judeus (Marcos 15:2).

Uma outra maneira em que Jesus se encaixa na descrição do Antigo Testamento do Messias é que ele era o Servo Sofredor de Isaías 53. Na cruz, Jesus foi "desprezado" e "dele não fizemos caso" (Isaías 53:3). Ele foi "traspassado" (versículo 5) e "oprimido e humilhado" (versículo 7). Ele morreu com ladrões, mas ainda foi enterrado no túmulo de um homem rico (versículo 9; cf. Marcos 15:27; Mateus 27:57-60). Depois de seu sofrimento e morte, Jesus o Messias ressuscitou (Isaías 53:11; cf. 1 Coríntios 15:4) e foi glorificado (Isaías 53:12). Isaías 53 é uma das profecias mais claras que identificam Jesus como o Messias; é a própria passagem que o eunuco etíope estava lendo quando Filipe o encontrou e explicou-lhe sobre Jesus (Atos 8:26-35).

Há outras maneiras em que Jesus é mostrado como sendo o Messias. Cada uma das festas do Senhor no Antigo Testamento se relaciona e é cumprida por Jesus. Quando Jesus veio a primeira vez, ele era o nosso Cordeiro Pascal (João 1:29), o nosso pão ázimo (João 6:35) e as nossas primícias (1 Coríntios 15:20). O derramamento do Espírito de Cristo aconteceu no dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Quando Jesus o Messias voltar, vamos ouvir o grito do arcanjo e o som da trombeta de Deus. Não é por acaso que o primeiro dia do festival de outono é Yom Teruah, a Festa das Trombetas. Depois que Jesus voltar, ele vai julgar a terra. Este é o cumprimento do próximo festival de outono, Yom Kippur, o Dia da Expiação. Então Jesus vai estabelecer o seu reino milenar e reinar do trono de Davi por 1.000 anos; isso completará o último festival de outono, Sukkot ou a Festa dos Tabernáculos, quando Deus habita conosco.

Para aqueles de nós que acreditam em Jesus como Senhor e Salvador, a prova de que ele é o Messias judeu parece esmagadora. Como é que, em geral, os judeus não aceitam Jesus como o Messias? Tanto Isaías quanto Jesus profetizaram uma cegueira espiritual sobre Israel como um julgamento por sua falta de fé (Isaías 6:9-10, Mateus 13:13-15). Além disso, a maioria dos judeus do tempo de Jesus estava procurando um salvador político e cultural, não um Salvador do pecado. Eles queriam que Jesus os libertasse do jugo de Roma e estabelecesse Sião como a capital do mundo (ver Atos 1:6). Eles não conseguiam enxergar como o manso e humilde Jesus poderia fazer isso.

A história de José fornece um interessante paralelo ao messias ausente dos judeus. José foi vendido como escravo por seus irmãos, e depois de muitos altos e baixos, ele foi nomeado primeiro-ministro de todo o Egito. Quando a fome bateu tanto no Egito quanto em Israel, os irmãos de José viajaram para o Egito para conseguir comida, e se encontraram com José -- mas não o reconheceram. O seu próprio irmão se encontrava bem na sua frente, mas ainda não tinham noção. Eles não reconheceram José por uma razão muito simples: ele não se parecia com o que esperavam que ele se parecesse. José estava vestido como um egípcio; ele falava como um egípcio; ele vivia como um egípcio. O pensamento de que ele poderia ser o seu perdido irmão de tanto tempo antes nunca passou pela sua mente – afinal, José era um pastor hebreu, não uma realeza egípcia. De forma semelhante, a maioria dos judeus não reconheceu e nem reconhece Jesus como o Messias. Eles estavam à procura de um rei terreno, não o governante de um reino espiritual. (Muitos rabinos interpretam o Servo Sofredor de Isaías 53 como o povo judeu que tem sofrido nas mãos do mundo.) A cegueira deles era tão grande que nenhuma quantidade de milagres fez uma diferença (Mateus 11:20).

Ainda assim, houve muitos na época de Jesus que viram a verdade sobre Jesus. Os pastores de Belém viram (Lucas 2: 6-17). Simeão no templo viu (versículo 34). Ana viu e "dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém" (versículo 38). Pedro e os outros discípulos viram (Mateus 16:16). Que muitos mais continuem a ver que Jesus é o Messias, Aquele que cumpre a lei e os profetas (Mateus 5:17).

Jesus realmente existiu? Há alguma evidência histórica de Jesus Cristo?


Pergunta: "Jesus realmente existiu? Há alguma evidência histórica de Jesus Cristo?"

Resposta: Normalmente, quando esta pergunta é feita, a pessoa a perguntar qualifica a questão com "fora da Bíblia". Não concedemos essa ideia de que a Bíblia não possa ser considerada uma fonte de evidência para a existência de Jesus. O Novo Testamento contém centenas de referências a Jesus Cristo. Há aqueles que datam a escrita dos Evangelhos ao século II dC, mais de 100 anos após a morte de Jesus. Mesmo que fosse esse o caso (o qual disputamos fortemente), em termos de evidências antigas, escritos com menos de 200 anos de ocorrência dos eventos são considerados evidências muito confiáveis. Além disso, a grande maioria dos estudiosos (cristãos e não-cristãos) concede que as Epístolas de Paulo (pelo menos algumas delas) foram escritas por Paulo em meados do primeiro século dC, menos de 40 anos depois da morte de Jesus. Em termos de manuscritos antigos que sirvam como evidência, esta é uma prova extraordinariamente forte da existência de um homem chamado Jesus em Israel no início do primeiro século A.D.

Também é importante reconhecer que em 70 dC, os romanos invadiram e destruíram Jerusalém e a maior parte de Israel, matando seus habitantes. Cidades inteiras foram literalmente queimadas ao chão. Não devemos nos surpreender, então, se muita evidência da existência de Jesus tenha sido destruída. Muitas testemunhas oculares de Jesus teriam sido mortas. Estes fatos provavelmente limitaram a quantidade de relatos vindos das testemunhas oculares de Jesus.

Considerando que o ministério de Jesus foi em grande parte confinado a uma área relativamente sem importância em um pequeno canto do Império Romano, uma quantidade surpreendente de informações sobre Jesus pode ser extraída de fontes históricas seculares. Algumas das evidências históricas mais importantes de Jesus incluem o seguinte:

Tácito, por exemplo, um romano do primeiro século considerado um dos historiadores mais precisos do mundo antigo, mencionou "cristãos" supersticiosos (de Christus, que é Cristo em latim) que sofreram nas mãos de Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério. Já Suetônio, o secretário-chefe do Imperador Adriano, escreveu que havia um homem chamado Chrestus (ou Cristo) que viveu durante o primeiro século (Anais 15.44).

Por sua vez, Flávio Josefo é o historiador judeu mais famoso. Em suas Antiguidades, ele se refere a Tiago, "o irmão de Jesus, que se chamava Cristo". Há um verso controverso (18:3) que diz: “Agora havia acerca deste tempo Jesus, homem sábio, se é que é lícito chamá-lo homem. Pois ele foi quem operou maravilhas... Ele era o Cristo... ele surgiu a eles vivo novamente no terceiro dia, como haviam dito os divinos profetas e dez mil outras coisas maravilhosas a seu respeito.” Uma versão diz: “Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeus e pessoas de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram sua doutrina. Eles afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos profetas."

Júlio Africano cita o historiador Talo em uma discussão sobre as trevas que sucederam a crucificação de Cristo (Escritos Existentes, 18).

Plínio, o Jovem, em sua obra Cartas 10:96, registrou as primeiras práticas da adoração cristã, incluindo o fato de que os cristãos adoravam a Jesus como Deus e eram muito éticos. Ele também inclui uma referência ao banquete de amor e à Ceia do Senhor.

Talmude Babilônico (Sinédrio 43a) confirma a crucificação de Jesus na véspera da Páscoa e as acusações contra Cristo de praticar magia e encorajar a apostasia judaica.

Luciano de Samosata, um escritor grego do segundo século, admite que Jesus foi adorado pelos cristãos, introduziu novos ensinamentos e foi por eles crucificado. Ele disse que os ensinamentos de Jesus incluíam a fraternidade entre os crentes e a importância da conversão e da negação de outros deuses. Os cristãos viviam de acordo com as leis de Jesus, criam que eram imortais, caracterizavam-se por desdenhar da morte e por sua devoção voluntária, além da renúncia a bens materiais.

Mara Bar-Serapião confirma que Jesus era conhecido como um homem sábio e virtuoso, considerado por muitos como o rei de Israel, e foi executado pelos judeus, mas continuou vivo nos ensinamentos de Seus seguidores.

Por último, temos os escritos Gnósticos (O Evangelho da Verdade, O Apócrifo de João, O Evangelho de Tomé, O Tratado da Ressurreição, etc.) que mencionam Jesus.

De fato, podemos quase reconstruir o evangelho somente a partir das primitivas fontes não-cristãs: Jesus foi chamado de Cristo (Josefo), praticou “magia”, conduziu Israel a novos ensinamentos, por eles foi pendurado na Páscoa (O Talmude Babilônico) na Judeia (Tácito), mas afirmou ser Deus e que retornaria (Eliezar), no que seus seguidores creram – adorando-O como Deus (Plínio, o Jovem).

Há evidências esmagadoras para a existência de Jesus Cristo, tanto na história secular quanto na história bíblica. Talvez a maior evidência de que Jesus existiu seja o fato de que, literalmente, milhares de cristãos no primeiro século A.D., inclusive os doze apóstolos, estavam dispostos a dar suas vidas como mártires para Jesus Cristo. As pessoas vão morrer pelo que acreditam ser verdade, mas ninguém vai morrer pelo que sabe ser uma mentira.
É verdadeira a ressurreição de Jesus Cristo?



Pergunta: "É verdadeira a ressurreição de Jesus Cristo?"

Resposta: As escrituras não fazem tentativas em “provar” que Jesus levantou dos mortos, mas apesar disso, apresenta provas conclusivas de que Ele de fato ressuscitou. A ressurreição de Cristo é registrada em Mateus 28:1-20; Marcos 16:1-20; Lucas 24:1-53 e João 20:1-21:25. O Cristo ressurreto também apareceu no Livro de Atos (Atos 1:1-11). A partir destas passagens temos várias “provas” da ressurreição de Cristo. Observe a dramática transformação pela qual passaram os discípulos: de homens amedrontados, que procuravam esconderijos em um quarto, a homens corajosos, compartilhando o Evangelho através do mundo. O que mais poderia explicar tão dramática transformação a não ser o Cristo ressurreto aparecendo a eles?

Observe a vida do Apóstolo Paulo. O que o transformou de perseguidor da igreja a um apóstolo pela igreja? Foi quando o Cristo ressurreto a ele apareceu na estrada de Damasco (Atos 9:1-6). Outra “prova” convincente é o sepulcro vazio. Se Cristo não houvesse ressuscitado, então onde está Seu corpo? Os discípulos e outros viram o sepulcro onde jazia seu corpo. Quando retornaram, Seu corpo não mais estava lá. Os anjos declararam que Ele havia ressuscitado dos mortos como havia prometido (Mateus 28:5-7). Ainda mais uma prova de Sua ressurreição é que para muitas pessoas Jesus se mostrou (Mateus 28:5,9,16-17; Marcos 16:9; Lucas 24:13-35; João 20:19,24,26-29; 21:1-14; Atos 1:6-8; I Coríntios 15:5-7).

A passagem-chave a respeito da ressurreição de Cristo é I Coríntios 15. Neste capítulo, o Apóstolo Paulo explica por que é crucial compreender e crer na ressurreição de Cristo. A ressurreição é importante pelas seguintes razões: (1) Se Cristo não ressuscitou dos mortos, os crentes também não o farão (I Coríntios 15:12-15). (2) Se Cristo não ressuscitou dos mortos, Seu sacrifício pelo pecado não foi suficiente (I Coríntios 15:16-19). A ressurreição de Jesus provou que Sua morte foi aceita por Deus como expiação por nossos pecados. Se Ele tivesse simplesmente morrido e permanecido morto, isso indicaria que Seu sacrifício não havia sido suficiente. Como resultado, os crentes não seriam perdoados de seus pecados, e eles continuariam mortos após a morte (I Coríntios 15:16-19) – não haveria vida eterna (João 3:16). “Mas a verdade é que Cristo foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serão ressuscitados” (I Coríntios 15:20 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Cristo se levantou dos mortos – Ele é o primeiro fruto de nossa ressurreição.

(3) Todos quantos Nele crerem serão ressuscitados para a vida eterna, assim como Ele foi (I Coríntios 15:20-23). I Coríntios 15 continua a descrever como a ressurreição de Cristo prova Sua vitória sobre o pecado, e nos dá força para viver uma vida de vitória sobre o pecado (I Coríntios 15:24-34). (4) Descreve a natureza gloriosa do corpo da ressurreição que nós receberemos (I Coríntios 15:35:49). (5) Proclama que como resultado da ressurreição de Cristo, todos quantos Nele crêem têm vitória definitiva sobre a morte (I Coríntios 15:50-58). Que verdade gloriosa é a ressurreição de Cristo! “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (I Coríntios 15:58).
Por que é tão importante que Jesus tenha nascido de uma virgem (nascimento virginal)?



Pergunta: "Por que é tão importante que Jesus tenha nascido de uma virgem (nascimento virginal)?"

Resposta: 
A doutrina do nascimento virginal é de importância crucial (Isaías 7:14; Mateus 1:23; Lucas 1:27,34). Primeiramente, vamos examinar como as escrituras descrevem este evento abençoado. Em resposta à indagação de Maria, “como?”, diz Gabriel: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra...” (Lucas 1:35). Com estas palavras, o anjo encoraja José a se casar com Maria: “o que nela está gerado é do Espírito Santo” (Mateus 1:20). Mateus afirma que a virgem “achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mateus 1:18). Gálatas 4:4 também ensina sobre o nascimento virginal: “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher.”

Por estas passagens, certamente fica claro que o nascimento de Jesus foi resultado da atuação do Espírito Santo dentro do corpo de Maria. O imaterial (o Espírito) e o material (o útero de Maria) foram ambos envolvidos. Maria, é claro, não poderia ter engravidado sozinha, e neste sentido, foi simplesmente um “receptáculo”. Somente Deus poderia fazer o milagre da Encarnação.

Negar uma conexão física entre Maria e Jesus seria sugerir que Jesus não foi verdadeiramente humano. As Escrituras ensinam que Jesus foi totalmente humano, com um corpo físico, assim como o nosso. Isto Ele recebeu de Maria. Ao mesmo tempo, Jesus era totalmente Deus, com uma natureza eterna e sem pecado. Veja João 1:14; I Timóteo 3:16; Hebreus 2:14-17.

Jesus não nasceu em pecado, ou seja, Ele não possuía natureza pecaminosa (Hebreus 7:26). Poderia parecer que a natureza pecaminosa é passada de geração a geração através do pai (Romanos 5:12, 17, 19). O fato de ter nascido de uma virgem frustrou a transmissão da natureza pecaminosa e permitiu que o eterno Deus se tornasse um homem perfeito.
Onde estava Jesus durante os três dias entre Sua morte e ressurreição?


Pergunta: "Onde estava Jesus durante os três dias entre Sua morte e ressurreição?"

Resposta: 
1 Pedro 3:18-19 afirma: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão.”

A expressão “pelo Espírito”, no verso 18, tem exatamente a mesma construção da expressão “na carne”. Então, parece aqui melhor relacionar a palavra “espírito” à mesma esfera da palavra “carne”. A carne e o espírito são a carne e o espírito de Cristo. A expressão “vivificado pelo Espírito” demonstra isto: que o ato de levar sobre Si o pecado e a morte causou a separação de Seu espírito humano, do Pai (Mateus 27:46). O contraste é entre carne e espírito, como em Mateus 27:41 e Romanos 1:3-4, e não entre a carne de Cristo e o Espírito Santo. Quando a expiação de Cristo pelo pecado se completou, Seu espírito retomou a aliança que havia sido quebrada.

1 Pedro 3:18-22 descreve um elo necessário entre o sofrimento de Cristo (verso 18) e Sua glorificação (verso 22). Somente Pedro dá informação específica sobre o que aconteceu entre estes dois eventos. A palavra “pregou” no verso 19 não é a palavra costumeiramente usada no Novo Testamento para descrever a pregação do evangelho. Literalmente significa anunciar uma mensagem. Jesus sofreu e morreu na Cruz, Seu corpo executado, e Seu espírito morreu quando Ele foi feito pecado. Mas Seu espírito foi vivificado e Ele o entregou ao Pai. De acordo com Pedro, em algum momento entre a Sua morte e ressurreição, Jesus fez uma proclamação especial aos “espíritos em prisão”.

Para começar, Pedro se referiu às pessoas como “almas” e não “espíritos” (3:20). No Novo Testamento, a palavra “espíritos” é usada para descrever anjos ou demônios, não seres humanos; e o verso 22 parece confirmar este significado. Além disso, nenhum lugar na Bíblia nos diz que Jesus visitou o inferno. Atos 2:31 diz que Ele foi ao “Hades” (Edição Almeida, Revista e Atualizada), mas “Hades” não é inferno. A palavra “Hades” se refere à esfera dos mortos, um lugar temporário onde eles aguardam a ressurreição. Em Apocalipse 20:11-15, na versão de língua inglesa NASB (New American Standard Bible) ou na New International Version (em português, Nova Versão Internacional) temos a clara distinção entre os dois lugares. Inferno é o lugar permanente e definitivo do julgamento para os perdidos. Hades é um lugar temporário.

Nosso Senhor rendeu Seu Espírito ao Pai, morreu e em algum momento entre morte e ressurreição visitou a esfera dos mortos onde Ele proclamou uma mensagem aos seres espirituais (provavelmente anjos caídos; veja Judas 1:6) que de alguma forma tinham relação com o período anterior ao dilúvio no tempo de Noé. O verso 20 esclarece esta questão. Pedro não nos diz o que Ele proclamou a estes espíritos encarcerados, mas não poderia ser uma mensagem de redenção, uma vez que anjos não podem ser salvos (Hebreus 2:16). Provavelmente foi uma declaração de vitória sobre satanás e suas potestades (1 Pedro 3:22; Colossenses 2:15). Efésios 4:8-10 parece também indicar que Cristo foi ao “paraíso” (Lucas 16:20; 23:43) e levou ao céu todos aqueles que tinham Nele crido antes de Sua morte. A passagem não dá grandes detalhes sobre o que ocorreu, mas a maioria dos estudiosos da Bíblia concorda que é isto que significa “levou cativo o cativeiro”.

Tudo isto para dizer que a Bíblia não é totalmente clara sobre o que exatamente Cristo fez durante os três dias entre Sua morte e ressurreição. Entretanto, ao que parece, Ele estava pregando a vitória sobre os anjos caídos e/ou descrentes. O que podemos saber ao certo é que Jesus não estava dando às pessoas uma segunda chance para salvação. A Bíblia nos diz que vamos enfrentar julgamento depois da morte (Hebreus 9:27), não uma segunda chance. Não há nenhuma resposta definitivamente clara para o que Jesus estava fazendo durante o período entre Sua morte e ressurreição. Talvez seja este um dos mistérios que vamos entender uma vez que cheguemos à glória.
Jesus foi crucificado em uma sexta-feira?

Pergunta: "Jesus foi crucificado em uma sexta-feira? Se assim foi, como então Ele passou três dias na sepultura se Ele ressuscitou no Domingo?"

Resposta: A Bíblia não afirma especificamente em que dia da semana Jesus foi crucificado. As duas visões mais comuns são sexta-feira e quarta-feira. Alguns, entretanto, usando a síntese de sexta-feira e quarta-feira, aceitam a quinta-feira como o dia correto.

Jesus diz em Mateus 12:40: “Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.” Aqueles que defendem a sexta-feira como o dia da crucificação argumentam que, mesmo assim, podemos considerar que Jesus esteve sepultado por três dias. Na mentalidade judaica do Primeiro Século, parte do dia era considerada como um dia completo. Uma vez que Jesus esteve na sepultura parte da sexta-feira, todo o sábado e parte do domingo, podemos considerar que esteve na sepultura por três dias. Um dos argumentos principais para a sexta-feira como o dia da crucificação é encontrado em Marcos 15:42, que registra que Jesus foi crucificado na “véspera do sábado”. Se era o sábado, dia da semana, então o fato leva à sexta-feira como o dia da crucificação. Outro argumento pela sexta-feira diz que versos como Mateus 16:21 e Lucas 9:22 ensinam que Jesus ressuscitaria ao terceiro dia, por isso, Ele não precisaria permanecer na sepultura por completos três dias e noites. Mas enquanto alguns tradutores usam “ao terceiro dia” para estes versos, nem todos o fazem e nem todos concordam que esta seja a melhor tradução para estes versos. Além disso, Marcos 8:31 diz que Jesus ressuscitará “depois” de três dias.

O argumento a favor da quinta-feira como o dia da crucificação se expande ao da sexta-feira, defendendo principalmente que o grande número de acontecimentos (podendo chegar a vinte) entre o sepultamento de Cristo e o domingo pela manhã, faz com que seja difícil que tenham todos eles ocorrido apenas entre a noite de sexta-feira e manhã de domingo. Eles mostram que isto é um problema relevante, pois o único dia completo entre a sexta-feira e o domingo foi o sábado, o Sábado Judeu. Um dia extra ou dois elimina o problema. Os defensores da quinta-feira poderiam ponderar: suponhamos que você não vê um amigo desde a segunda-feira à noite. A próxima vez que você o vê é na quinta pela manhã e você diz: “Não vejo você há três dias”, mesmo que, tecnicamente, passaram-se apenas 60 horas (dois dias e meio). Se Jesus foi crucificado em uma quinta-feira, este exemplo demonstra como este período pode ser considerado três dias.

A opinião a respeito da quarta-feira como o dia da crucificação afirma que houve dois Sábados naquela semana. Após o primeiro (o que ocorreu na noite da crucificação, Marcos 15:42; Lucas 23:52-54) as mulheres compraram especiarias – note que fizeram a compra após o sábado (Marcos 16:1). A visão sobre a quarta-feira diz que este “Sábado” era a Páscoa (veja Levítico 16:29-31; 23:24-32, 39, onde se refere como sábado dias santos que não eram necessariamente o sétimo dia da semana). O segundo sábado daquela semana era o sábado normal. Note que em Lucas 23:56, as mulheres que haviam comprado as especiarias após o primeiro sábado retornaram e prepararam as especiarias e ungüentos, e depois “... no sábado repousaram, conforme o mandamento” (Lucas 23:56). O argumento afirma que elas não poderiam ter comprado as especiarias após o sábado, ou prepará-las antes do sábado, a não ser que houvesse dois sábados. Com esta visão de dois sábados, se Cristo foi crucificado na quinta-feira, então o sábado sagrado (a Páscoa) teria começado na quinta-feira ao pôr-do-sol e terminado na sexta-feira também ao pôr-do-sol – ao iniciar o sábado semanal. Comprando as especiarias após o primeiro sábado (Páscoa) teria significado que as compraram no sábado e que estariam descumprindo o sábado.

Por este motivo, esta visão afirma que a única explicação que não viola o relato bíblico das mulheres com as especiarias e não se choca com uma compreensão literal de Mateus 12:40, é que Cristo foi crucificado na quarta-feira. O sábado que era o dia sagrado (Páscoa) ocorreu em uma quinta-feira, as mulheres compraram as especiarias (depois disso) na sexta-feira, retornaram e as prepararam no mesmo dia, e depois descansaram no sábado, o sábado semanal, tendo depois trazido as especiarias à sepultura no domingo cedo. Ele foi sepultado perto do pôr-do-sol na quarta-feira, que começou na quinta-feira no calendário judaico. Usando um calendário judaico, temos a quinta-feira à noite (primeira noite), o dia de quinta-feira (primeiro dia), sexta-feira à noite (segunda noite), o dia de sexta-feira (segundo dia), sábado à noite (terceira noite), o dia de sábado (terceiro dia). Não sabemos exatamente quando Ele ressurgiu, mas sabemos que foi antes do nascer do sol no domingo (João 20:1, Maria Madalena veio “de madrugada, sendo ainda escuro”, e a pedra havia sido deslocada, e ela, encontrando Pedro, disse: “levaram o Senhor do sepulcro”) de modo que Ele pode ter ressuscitado bem cedo, logo depois do pôr-do-sol sábado à noite, que começou no primeiro dia da semana dos judeus.

Um possível problema com a visão de quarta-feira como o dia da crucificação é que os discípulos que andaram com Jesus no caminho de Emaús o fizeram “no mesmo dia” de Sua ressurreição (Lucas 24:13). Os discípulos, que não reconheceram Jesus, fazem a Ele o relato de sua crucificação (24:20) e dizem que “é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram” (24:21). De quarta-feira a domingo contamos quatro dias. Uma possível explicação é que eles podem ter contado a partir da quarta-feira à noite, momento do sepultamento de Cristo, que inicia a quinta-feira judaica, e de quinta-feira a domingo poderia assim ser contado como três dias.

Em um plano maior, não é tão importante saber em que dia da semana Cristo foi crucificado. Se fosse tão importante, então a Palavra de Deus teria claramente nos comunicado este dia. O que é importante é que Ele morreu, e que Ele, fisicamente, ressuscitou dos mortos. O que é igualmente importante é o motivo por que morreu: pala levar a pena merecida por todos os pecadores. João 3:16 e 3:36 proclamam que crendo, ou colocando sua confiança Nele, temos vida eterna!
Por que as genealogias de Jesus em Mateus e Lucas são tão diferentes?



Pergunta: "Por que as genealogias de Jesus em Mateus e Lucas são tão diferentes?"

Resposta: Podemos encontrar a genealogia de Jesus em dois lugares nas Escrituras: Mateus capítulo 1 e Lucas capítulo 3, versículos 23-38. Mateus segue a genealogia de Jesus a Abraão. Lucas segue a genealogia de Jesus a Adão. No entanto, há motivo para acreditar que Mateus e Lucas estejam seguindo genealogias completamente diferentes. Por exemplo, Mateus diz que o pai de José era Jacó (Mateus 1:16), enquanto Lucas diz que o pai de José era Heli (Lucas 3:23). Mateus segue a linha de genealogia através de Salomão, filho de Davi (Mateus 1:6), enquanto que Lucas segue a linha através de Natã, filho de Davi (Lucas 3:31). Na verdade, entre Davi e Jesus, os únicos nomes que as genealogias têm em comum são Salatiel e Zorobabel (Mateus 1:12; Lucas 3:27). Como se explica essas diferenças?

Alguns acreditam que essas diferenças sejam evidência de que a Bíblia contém erros. No entanto, os judeus eram muito cuidadosos com seus registros, principalmente com as genealogias. É inaceitável que Mateus e Lucas pudessem construir duas genealogias completamente contraditórias da mesma linhagem. Novamente, de Davi a Jesus, as genealogias são completamente diferentes. Até mesmo a referência a Salatiel e Zorobabel provavelmente esteja falando de pessoas diferentes com o mesmo nome. Mateus diz que o pai de Salatiel era Jeconias, enquanto que Lucas diz que o pai de Salatiel era Neri. Era normal que um homem chamado Salatiel chamasse seu filho de Zorobabel por causa das pessoas famosas que tinham aqueles mesmos nomes (veja os livros de Esdras e Neemias).

Uma outra explicação é que Mateus esteja seguindo a linhagem primária enquanto Lucas esteja levando em consideração as ocorrências da “lei do levirato”. Se um homem morresse sem nenhum filho, era tradição que o irmão desse homem casasse com sua esposa e tivesse um filho que desse continuação ao nome de seu irmão. Isso é possível, mas improvável, já que todas as gerações de Davi a Jesus teriam que ter tido um “casamento levirato” para explicar as diferenças no registro em todas as gerações. Isso é bastante improvável.

Levando em consideração todos esses conceitos, a maioria dos estudiosos bíblicos acredita que Lucas esteja registrando a genealogia de Maria, e Mateus a de José. Mateus está seguindo a linhagem de José (pai legal de Jesus), através de Salomão, filho de Davi; enquanto que Lucas está seguindo a linhagem de Maria (parente sanguíneo de Jesus), através de Natã, filho de Davi. Não existia uma palavra grega para "genro", e José teria sido considerado um filho de Heli por ter se casado com Maria, filha de Heli. Por ambas as linhagens, Jesus é um descendente de Davi e, portanto, qualificado para ser o Messias. Registrar a genealogia através do lado materno era incomum, assim como o nascimento virgem. A explicação de Lucas é que Jesus era filho de José, “como se cuidava” (Lucas 3:23).
Jesus Cristo se casou?



Pergunta: "Jesus Cristo se casou?"

Resposta: Jesus Cristo definitivamente não se casou. Há mitos populares hoje que falam de Cristo se casando com Maria Madalena. Esse mito é completamente falso e não tem nenhuma base teológica, histórica ou bíblica. Embora alguns "evangelhos gnósticos" mencionem Jesus tendo um relacionamento próximo com Maria Madalena, nenhum deles declara especificamente que Jesus era casado com Maria Madalena ou que teve qualquer tipo de envolvimento romântico com ela. O mais perto que qualquer um desses evangelhos chega a dar essa impressão é quando um deles diz que Jesus beijou Maria Madalena, o que facilmente poderia ser uma referência a um “beijo amigável”. Além disto, até mesmo se os evangelhos gnósticos falassem diretamente que Jesus se casou com Maria Madalena, eles não teriam nenhuma autoridade, já que já tem sido provado que os evangelhos gnósticos são falsificações inventadas para criar uma visão gnóstica de Jesus.

Se Jesus tivesse se casado, a Bíblia nos teria dito – ou teria pelo menos um relato ambíguo sobre tal fato. As Escrituras não seriam completamente caladas sobre um assunto tão importante. A Bíblia menciona a mãe de Jesus, o pai adotivo, irmãos e irmãs. Por que deixaria de mencionar que Jesus tinha uma esposa? Aqueles que acreditam / ensinam que Jesus era casado, estão apenas fazendo isso como uma tentativa de "humanizá-lo", para fazer dEle um homem mais comum – como todo mundo. As pessoas simplesmente não querem acreditar que Jesus era Deus em carne (João 1:1,14; 10:30). Por isso, elas inventam e acreditam em mitos sobre Jesus se casando, tendo filhos e sendo um ser humano comum.

Uma pergunta secundária seria: "Jesus poderia ter se casado?" Não há nada pecaminoso sobre o casamento. Não há nada de errado em ter relações sexuais no casamento. Então, sim, Jesus poderia ter se casado e ainda ser o perfeito Cordeiro de Deus e o Salvador do mundo. Ao mesmo tempo, não há nenhuma razão, biblicamente falando, para Jesus ter se casado. Essa não é a questão desse debate. Aqueles que acreditam que Jesus era casado não acreditam que Ele não tinha nenhum pecado, ou que Ele era o Messias. Casar-se e ter filhos não foram o motivo por que Deus enviou Jesus. Marcos 10:45 nos diz por que Jesus veio: "Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos."
Jesus teve irmãos e irmãs?

Pergunta: "Jesus teve irmãos e irmãs?"

Resposta: Os irmãos de Jesus são mencionados em vários versículos da Bíblia. Mateus 12:46, Lucas 8:19 e Marcos 3:31 dizem que a mãe de Jesus e seus irmãos vieram vê-lO. A Bíblia nos diz que Jesus tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Judas (Mateus 13:55). A Bíblia também nos diz que Jesus tinha irmãs, mas não sabemos seus nomes ou a quantidade (Mateus 13:56). Em João 7:1-10, Seus irmãos vão para o festival, mas Jesus não vai com eles. Atos 1:14 descreve Seus irmãos e mãe orando com os discípulos. Depois, Gálatas 1:19 menciona que Tiago era irmão de Jesus. A conclusão mais natural dessas passagens é interpretar que Jesus tinha irmãos e irmãs sanguíneos.

Alguns Católicos Romanos acreditam que esses “irmãos” eram na verdade primos de Jesus. No entanto, em cada exemplo, a palavra grega específica para “irmão” é usada. Embora a palavra possa se referir a outros parentes, o seu significado normal e natural é irmão físico. Havia uma palavra grega para primo, mas ela nunca foi usada. Além disso, se eles fossem primos de Jesus, por que eles estariam tão frequentemente com Maria, a mãe de Jesus? Não há nada no contexto de Sua mãe e irmãos vindo visitá-lO que daria qualquer impressão de que não fossem os Seus meio-irmãos, de forma literal e do mesmo sangue.

Um segundo argumento da igreja Católica Romana é que os irmãos e irmãs de Jesus eram filhos de José de um casamento anterior, antes de casar-se com Maria. Uma teoria sobre José tem sido inventada, mas ela não tem qualquer suporte bíblico. Essa teoria acredita que ele era significantemente mais velho que Maria, tinha se casado anteriormente, tido vários filhos e ficado viúvo antes de se casar com Maria. No entanto, novamente, o problema com essa teoria é que a Bíblia não dá nenhuma impressão de que José tivera uma outra esposa antes de casar-se com Maria. Se José já tivesse pelo menos seis filhos antes de se casar com Maria, por que eles não são mencionados na sua viagem com Maria a Belém (Lucas 2:4-7), ou na sua viagem ao Egito (Mateus 2:13-15), ou na sua viagem de volta para Nazaré (Mateus 2:20-23)?

A Bíblia não nos dá nenhum motivo para acreditarmos que esses irmãos e irmãs não fossem verdadeiros filhos de José e Maria. Aqueles que se opõem à ideia de que Jesus tinha meio-irmãos e meio-irmãs fazem isso, não por sua leitura da Bíblia, mas por um conceito pré-concebido da virgindade perpétua de Maria, que é em si mesmo uma crença completamente contrária ao que a Bíblia ensina: "Contudo, não a conheceu, ENQUANTO ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus" (Mateus 1:25). Jesus tinha meio-irmãos e meio-irmãs que eram filhos de José e Maria. Esse é o ensinamento claro e firme da Palavra de Deus.
Onde o Antigo Testamento prediz a vinda de Cristo?

Pergunta: "Onde o Antigo Testamento prediz a vinda de Cristo?"

Resposta: 
Há várias profecias do Antigo Testamento sobre Jesus Cristo. Alguns intérpretes dizem que existem centenas de profecias messiânicas. Veja a seguir as que são consideradas as mais claras e mais importantes.

Quanto ao nascimento de Jesus - Isaías 7:14: "Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel." Isaías 9:6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz." Miqueias 5:2: "Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."

Quanto ao ministério e morte de Jesus - Zacarias 9:9: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta." Salmo 22:16-18: "Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; transpassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos. Eles me olham e ficam a mirar-me. Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes."

A profecia sobre Jesus que provavelmente é a mais clara é o capítulo 53 do livro de Isaías. Isaías 53:3-7 é especialmente inequívoco: "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca."

A profecia das “setenta semanas” em Daniel capítulo 9 predisse a data exata em que Jesus, o Messias, seria “morto”. Isaías 50:6 descreve corretamente a surra que Jesus teria que aguentar. Zacarias 12:10 prediz que o Messias seria “traspassado”, o que ocorreu depois de Jesus ter morrido na cruz. Poderíamos providenciar muitos outros exemplos, mas esses devem ser suficientes. O Antigo Testamento com certeza profetiza sobre a vinda de Jesus como o Messias.
O que significa dizer que Jesus é o Filho do Homem?


Pergunta: "O que significa dizer que Jesus é o Filho do Homem?"

Resposta: 
O Novo Testamento se refere a Jesus como o “Filho do Homem” 88 vezes. O que isso significa? A Bíblia não diz que Jesus era o Filho de Deus? Então como Jesus também poderia ser o Filho do Homem? O primeiro significado para o termo "Filho do Homem" é usado em referência à profecia de Daniel 7:13-14: "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído." O termo "Filho do Homem" era um título Messiânico. Jesus é o único a quem foi dado domínio, glória e o reino. Quando Jesus usou esse termo em referência a Si mesmo, Ele estava atribuindo a profecia do “Filho do Homem” a Si mesmo. Os judeus daquela época com certeza estariam bem familiarizados com o termo e a quem se referia. Ele estava proclamando ser o Messias.

O segundo significado para o termo "Filho do Homem" é que Jesus realmente era um ser humano. Deus chamou o profeta Ezequiel de "filho do homem" 93 vezes. Deus estava simplesmente chamando Ezequiel de um ser humano. Um filho do homem é um homem. Jesus era 100% Deus (João 1:1), mas Ele também era um ser humano (João 1:14). 1 João 4:2 nos diz: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus." Sim, Jesus era o Filho de Deus – Ele era Deus em Sua essência. Sim, Jesus também era o Filho do Homem – Ele era um ser humano em Sua essência. Em resumo, a frase "Filho do Homem" indica que Jesus é o Messias e que Ele realmente é um ser humano.
Por que devo acreditar na ressurreição de Cristo?


Pergunta: "Por que devo acreditar na ressurreição de Cristo?"

Resposta: É um fato bem estabelecido que Jesus foi executado publicamente em Judeia no primeiro século D.C., sob a autoridade de Pôncio Pilatos, através da crucificação, por exigência do Sinédrio judeu. As narrativas históricas de não-Cristãos como Flávio Josefo, Cornélio Tácito, Luciano de Samósata, Maimônides e até mesmo do Sinédrio judeu atestam a veracidade das narrativas das testemunhas oculares Cristãs desses aspectos históricos tão importantes da morte de Jesus Cristo.

Quanto à Sua ressurreição, há várias linhas de evidência que fazem desse caso um caso irrefutável. Sir Lionel Luckhoo, um antigo prodígio jurisprudencial e estadista internacional (do Livro de Recordes Guinness por sua fama sem precedentes de 245 absolvições consecutivas em casos de defesa envolvendo assassinatos), sintetizou o entusiasmo e confidência Cristãos na solidez do caso da ressurreição quando escreveu: “Tenho sido um advogado de defesa por mais de 42 anos, trabalhando em muitas partes do mundo e ainda estou com a minha prática bem ativa. Tenho sido afortunado por ter tantos sucessos em julgamentos e posso dizer sem qualquer equívoco que a evidência a favor da ressurreição de Cristo é tão impressionante que força a sua aceitação devido a provas que não deixam nenhum espaço para quaisquer dúvidas.”

A resposta da comunidade secular à mesma evidência tem sido praticamente indiferente por causa do seu compromisso tão leal ao naturalismo metodológico. Para os que não são familiarizados com o termo, o naturalismo metodológico é o esforço humano de explicar tudo em termos de causas naturais e causas naturais apenas. Se um certo evento histórico desafiar qualquer explicação natural (ex: ressurreição milagrosa), os estudiosos seculares geralmente tratam o assunto com um ceticismo impressionante, independente de qualquer evidência, não importando quão favorável e convincente ela seja.

Ao nosso ver, um compromisso tão firme às causas naturais independentemente de qualquer evidência real não é propício a uma investigação imparcial (e portanto adequada) dessa mesma evidência. Um cientista e historiador mais balanceado disse: “Ser forçado a acreditar em apenas uma conclusão.... violaria a própria objetividade da ciência.”

Tendo dito isso, vamos agora examinar as várias linhas de evidência que favorecem a ressurreição.

A primeira linha de evidência para a ressurreição de Cristo

Para começar, temos o depoimento comprovadamente sincero de testemunhas oculares. Os apologistas Cristãos da antiguidade citaram centenas de testemunhas oculares, algumas das quais documentaram suas próprias experiências. Muitas dessas testemunhas deliberadamente e resolutamente aguentaram torturas prolongadas e morte, ao invés de rejeitarem o seu depoimento. Esse fato comprova a sua sinceridade, excluindo decepção de sua parte. De acordo com o registro histórico (O livro de Atos 4:1-17; As Cartas de Plínio a Trajano X, 96, etc.), a maioria dos Cristãos poderia dar um fim ao seu sofrimento só por renunciar sua fé. Ao invés, aparenta ser o caso que a maioria optou por aguentar o sofrimento e proclamar a ressurreição de Cristo até à morte.

Embora o martírio seja notável, não é necessariamente convincente. Não valida a crença da mesma forma que autentica aquele que nela acredita (por demonstrar sua sinceridade de forma tangível). O que faz dos Cristãos da antiguidade mártires formidáveis é que estavam em posição de saber se o que estavam declarando era verdade ou não. Eles ou viram Jesus Cristo vivo e bem depois de Sua morte ou não. Isso é extraordinário. Se tudo fosse uma mentira, por que tantos continuariam a defendê-la dadas as circunstâncias? Por que todos iriam conscientemente se apegar a uma mentira tão inútil à face de perseguição, aprisionamento, tortura e morte?

Enquanto os sequestradores de 11 de setembro de 2001 sem dúvida acreditavam no que proclamavam (como evidenciado por sua disposição de morrer pelo que acreditavam), eles não podiam saber (e não sabiam) se era verdade. Eles colocaram sua fé em tradições que foram-lhes passadas por muitas gerações. Ao contrário, os mártires Cristãos da antiguidade foram a primeira geração. Ou eles viram o que clamavam ter visto ou não.

Entre as testemunhas oculares mais conhecidas estão os Apóstolos. Eles coletivamente passaram por uma mudança inegável depois das aparições do Cristo ressurreto. Imediatamente após a crucificação, eles se esconderam com medo por suas próprias vidas. Depois da ressurreição, eles foram às ruas, corajosamente proclamando a ressurreição, mesmo à face de fortes perseguições. O que foi responsável por sua mudança dramática e repentina? Com certeza não era ganho financeiro. Os Apóstolos renunciaram a tudo que tinham para pregar a ressurreição, incluindo suas próprias vidas.

A segunda linha de evidência para a ressurreição de Cristo

A segunda linha de evidência tem a ver com a conversão de certos céticos importantes, mais notavelmente Paulo e Tiago. Paulo era por sua própria descrição um perseguidor violento da Igreja Cristã primitiva. Depois do que ele descreveu como um encontro com o Cristo ressurreto, Paulo passou por uma mudança drástica e imediata, de um perseguidor brutal da Igreja a um dos seus mais prolíficos e desprendidos defensores. Como muitos Cristãos primitivos, Paulo sofreu empobrecimento, perseguição, surras, aprisionamento e execução por seu compromisso firme à ressurreição de Cristo.

Tiago era cético, apesar de não ter sido tão hostil quanto Paulo. Um suposto encontro com o Cristo ressurreto o transformou em um crente inquestionável, um líder da Igreja em Jerusalém. Ainda temos o que os estudiosos geralmente aceitam como uma das suas primeiras cartas à igreja primitiva. Como Paulo, Tiago voluntariamente sofreu e morreu por seu testemunho, um fato que sustenta a sinceridade de sua crença (veja O Livro de Atos e o livro de Josefo intitulado A Antiguidade dos Judeus XX, ix, 1).

A terceira e quarta linhas de evidência para a ressurreição de Cristo

A terceira e quarta linhas de evidência tratam da atestação por parte dos inimigos do túmulo vazio e do fato de que a fé na ressurreição se originou em Jerusalém. Jesus foi publicamente executado e enterrado em Jerusalém. Teria sido impossível que fé em Sua ressurreição fosse estabelecida em Jerusalém enquanto o Seu corpo ainda estava no túmulo, pois o Sinédrio poderia facilmente desenterrar o Seu corpo, colocá-lo em exibição pública e, portanto, expor a farsa. Ao invés, o Sinédrio acusou os discípulos de terem roubado o corpo, aparentemente um esforço para explicar o seu desaparecimento (e consequentemente a tumba vazia). Como podemos explicar o fato do túmulo vazio? Veja a seguir as três explicações mais comuns:

Primeiro, os discípulos roubaram o corpo. Se esse tivesse sido o caso, eles saberiam que a ressurreição era uma farsa. Não teriam sido, portanto, tão dispostos a sofrer e morrer por sua crença (veja a primeira linha de evidência sobre a declaração comprovadamente sincera das testemunhas oculares). Todas as supostas testemunhas oculares saberiam que não tinham realmente visto Cristo e estavam, portanto, mentindo. Com tantos conspiradores, alguém com certeza teria confessado; se não para dar um fim ao seu próprio sofrimento, pelo menos para dar um fim ao sofrimento de seus amigos e familiares. A primeira geração de Cristãos foi absolutamente brutalizada, principalmente depois do grande incêndio em Roma em 64 D.C. (um fogo que Nero supostamente ordenou para criar mais espaço para a expansão de seu palácio, mas que ele culpou os Cristãos em Roma como uma tentativa de se justificar). Como o historiador romano Cornélio Tácito relatou no seu livro Os Anais de Roma Imperial (publicado apenas uma geração depois do incêndio):

“Nero culpou e infligiu as torturas mais intensas em uma classe odiada por suas abominações, comumente conhecida de Cristãos. Christus, de quem o nome se originou, sofreu grande penalidade durante o reino de Tibério nas mãos de um dos seus procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição maligna, assim marcada durante aquele momento, novamente explodiu não só em Judeia, a primeira fonte do mal, mas até em Roma, onde todas as coisas abomináveis e vergonhosas de todas as partes do mundo encontram o seu destino e se tornam popular. Assim sendo, aprisionamento foi feito de todos que reconheceram-se culpados; então, depois da confirmação, uma imensa multidão foi condenada, não tanto pelo crime de ter queimado a cidade, mas por ódio contra a humanidade. Gozação de todo tipo foi adicionada às suas mortes. Cobertos com pele de animais, eles foram dilacerados por cachorros e morreram, ou eram pregados à cruz, ou eram condenados às chamas e queimados para servirem como iluminação noturna quando a luz do dia tinha acabado.” (Anais, XV, 44).

Nero iluminava suas festas no jardim com Cristãos sendo queimados vivos. Com certeza alguém teria confessado a verdade estando sob a ameaça de tão grande dor. No entanto, o fato é que não temos nenhum registro de Cristãos primitivos renunciando a sua fé para dar um fim ao seu sofrimento. Pelo contrário, temos vários registros do aparecimento de centenas de testemunhas após a ressurreição dispostas a sofrer e morrer por tal causa.

Se os discípulos não roubaram o corpo, como então podemos explicar o túmulo vazio? Alguns sugerem que Cristo fingiu Sua morte e depois escapou do túmulo. Isso é simplesmente absurdo. De acordo com o relato das testemunhas, Cristo foi espancado, torturado, lacerado e apunhalado. Ele sofreu dano interno, grande perda de sangue, asfixia e uma lança rasgou-lhe o coração. Não há nenhum bom motivo para acreditar que Jesus Cristo (ou qualquer outro homem) poderia sobreviver tal experiência, fingir Sua morte, sentar no túmulo por três dias e noites sem atenção médica, comida ou água, remover a grande pedra que selava o túmulo, escapar sem ser pego (sem deixar um rastro de sangue), convencer com boa saúde centenas de testemunhas de que Ele tinha ressuscitado dos mortos e então desaparecer sem deixar nenhum rastro. Tal ideia é ridícula.

A quinta linha de evidência para a ressurreição de Cristo

Finalmente, a quinta linha de evidência tem a ver com a peculiaridade do relato das testemunhas. Em todas as narrativas mais importantes, acredita-se que mulheres sejam as primeiras e principais testemunhas. Essa seria uma novidade estranha, já que nas culturas judaica e romana as mulheres eram severamente desprezadas. Seu testemunho era considerado sem substância e dispensável. Levando esse fato em consideração, é bem improvável que qualquer criminoso de uma farsa na Judeia do primeiro século escolheria mulheres como suas testemunhas principais. De todos os discípulos masculinos que clamaram terem visto Jesus ressurreto, se estivessem mentindo e a ressurreição fosse apenas um golpe, por que então eles escolheram as mais desrespeitadas e desconfiadas testemunhas que podiam achar?

Dr. William Lane Craig explica: “Quando se entende o papel da mulher na sociedade judaica do primeiro século, o que é realmente extraordinário é que a história do túmulo vazio retratou mulheres como as primeiras descobridoras do túmulo vazio. As mulheres estavam muito abaixo na escada social da Palestina do primeiro século. Há provérbios rabínicos antigos que dizem: ‘Que as palavras da Lei sejam queimadas antes de serem entregues às mulheres’ e ‘feliz é aquele cujos filhos são homens, mas desgraça daquele cujos filhos são mulheres’. O testemunho de mulheres era considerado tão sem valor que não podiam nem servir como testemunhas legais em uma corte judicial judaica. Levando isso em consideração, é absolutamente impressionante que as principais testemunhas do túmulo vazio fossem essas mulheres.... Qualquer registro legendário mais recente com certeza teria retratado discípulos masculinos como os descobridores do túmulo – Pedro ou João, por exemplo. O fato de que mulheres foram as primeiras testemunhas do túmulo vazio é mais bem explicado pela realidade de que – goste ou não – elas foram as descobridoras do túmulo vazio! Isso mostra que os autores dos Evangelhos gravaram fielmente o que aconteceu, apesar de ser embaraçoso. Isso evidencia a historicidade dessa tradição ao invés de sua posição social legendária.” (Dr. William Lane Craig, citado por Lee Strobel, The Case For Christ, Grand Rapids: Zondervan, 1998, p. 293)

Em resumo

Essas linhas de evidência, tais como a sinceridade demonstrável das testemunhas (e, no caso dos Apóstolos, mudança inexplicável e convincente), a conversão e sinceridade demonstrável de antagonistas importantes e céticos que se tornaram mártires, o fato do túmulo vazio, confirmação do inimigo do túmulo vazio, o fato de que tudo isso aconteceu em Jerusalém onde fé na ressurreição começou e floresceu, o testemunho das mulheres e o significado de tal testemunho dado o seu contexto histórico; todos esses fatos confirmam fortemente a historicidade da ressurreição. Gostaríamos de encorajar nossos leitores a cuidadosamente considerar essas evidências. O que elas sugerem para você? Depois de termos nós mesmos ponderado sobre elas, resolutamente afirmamos a declaração de Sir Lionel:

“A evidência a favor da ressurreição de Cristo é tão impressionante que força a sua aceitação devido a provas que não deixam nenhum espaço para quaisquer dúvidas.”
Qual é o significado do sangue de Cristo?



Pergunta: "Qual é o significado do sangue de Cristo?"

Resposta: A frase "sangue de Cristo" é usada várias vezes no Novo Testamento e é a expressão da morte sacrificial e expiatória de Jesus em nosso favor. As referências ao sangue do Salvador incluem a realidade de que Ele literalmente sangrou na cruz, mas mais significativamente que sangrou e morreu pelos pecadores. O sangue de Cristo tem o poder de expiar por um número infinito de pecados cometidos por um número infinito de pessoas ao longo dos tempos, e todos cuja fé repousa nesse sangue serão salvos.

A realidade do sangue de Cristo como meio de expiação do pecado tem a sua origem na Lei Mosaica. Uma vez por ano, o sacerdote devia fazer uma oferenda de sangue de animais no altar do templo pelos pecados do povo. "De fato, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há perdão" (Hebreus 9:22). Entretanto, esta era uma oferta de sangue limitada em sua eficácia, por isso tinha que ser oferecida repetidamente. Este foi o prenúncio do sacrifício a ser oferecido de "uma vez por todas" por Jesus na cruz (Hebreus 7:27). Uma vez que o sacrifício foi feito, não havia mais a necessidade do sangue de touros e cabras.

O sangue de Cristo é a base da Nova Aliança. Na noite antes de ir para a cruz, Jesus ofereceu o cálice de vinho aos discípulos e disse: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês" (Lucas 22:20). Derramar o vinho na taça simbolizava o sangue de Cristo que seria derramado por todos os que chegariam a crer nEle. Quando derramou o Seu sangue na cruz, Jesus acabou com a exigência da Antiga Aliança para o contínuo sacrifício de animais. Isso deu-se ao fato de que esse sangue não era suficiente para cobrir os pecados do povo, exceto em caráter temporário, porque o pecado contra um Deus santo e infinito requer um sacrifício santo e infinito. "Contudo, esses sacrifícios são uma recordação anual dos pecados, pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados" (Hebreus 10:3-4). Embora o sangue de touros e cabras tenha sido um "lembrete" do pecado, "o precioso sangue de Cristo, um cordeiro sem mancha ou defeito" (1 Pedro 1: 19) pagou por completo a dívida que devíamos a Deus pelos nossos pecados, e não precisamos de nenhum outro sacrifício pelo pecado. Jesus disse: "Tudo está consumado" quando estava morrendo e foi exatamente isso o que quis dizer -- que todo o trabalho de resgate foi concluído para sempre, "ele entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, e obteve eterna redenção" por nós (Hebreus 9:12).

O sangue de Cristo não somente redime os crentes do pecado e do castigo eterno, mas "purificará a nossa consciência de atos que levam à morte, de modo que sirvamos ao Deus vivo!" (Hebreus 9:14). Isto significa que não só estamos agora livres de oferecer sacrifícios que são "inúteis" para obter a salvação, mas somos livres de confiar em obras inúteis e improdutivas da carne para agradar a Deus. Porque o sangue de Cristo nos redimiu, somos agora novas criaturas em Cristo (2 Coríntios 5:17) e pelo Seu sangue somos libertos do pecado para servir ao Deus vivo, para glorificá-lo e desfrutá-lo para sempre.
O que Jesus quis dizer quando afirmou: ‘EU SOU’?



Pergunta: "O que Jesus quis dizer quando afirmou: ‘EU SOU’?"

Resposta: Jesus, em resposta à pergunta dos fariseus "Quem você pensa que é?" disse: "‘Abraão, pai de vocês, regozijou-se porque veria o meu dia; ele o viu e alegrou-se'. Os judeus perguntaram: 'Você ainda não tem cinquenta anos, e viu Abraão?' Jesus respondeu: ‘Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!’" A reação violenta dos judeus à afirmação "EU SOU" de Jesus indica que compreenderam claramente o que Jesus estava declarando -- Ele estava igualando-se a Deus ao usar o mesmo título “EU SOU” que Deus dera a Si mesmo em Êxodo 3:14.

Se Jesus tivesse querendo dizer apenas que já existia antes do tempo de Abraão, Ele teria dito: "Antes de Abraão, eu era." As palavras gregas traduzidas como "nascer" no caso de Abraão e "sou" no caso de Jesus são bastante diferentes. As palavras escolhidas pelo Espírito deixam claro que Abraão foi "trazido à existência", mas que Jesus existia eternamente (João 1:1). Não há dúvida de que os judeus entenderam o que Ele estava dizendo porque pegaram pedras para matá-lo por clamar-se igual a Deus (João 5:18). Tal declaração, se não fosse verdade, era uma blasfêmia e a punição prescrita pela lei mosaica era a morte (Levítico 24:11-14). No entanto, Jesus não cometeu blasfêmia; Ele era e é Deus, a segunda Pessoa da Trindade, igual ao Pai em todos os sentidos.

Jesus usou o mesmo termo "EU SOU" em sete declarações sobre Si mesmo. Em todas as sete, Ele combina EU SOU com metáforas que expressam a Sua imensa relação de salvação com o mundo. Todas aparecem no livro de João: EU SOU o Pão da vida (João 6:35, 1, 48, 51); EU SOU a Luz do mundo (João 8:12); EU SOU a porta das ovelhas (João 10:7,9); EU SOU o Bom Pastor (João 10:11, 14); EU SOU a Ressurreição e a Vida (João 11:25); EU SOU o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14:6) e EU SOU a videira verdadeira (João 15: 1,5).
O que significa que Jesus é o nosso Sumo Sacerdote?



Pergunta: "O que significa que Jesus é o nosso Sumo Sacerdote?"

Resposta: O título de Sumo Sacerdote é apenas um de muitos aplicados a Jesus: Messias, Salvador, Filho de Deus, Filho do Homem, amigo dos pecadores, etc. Cada um aborda um aspecto particular de quem Ele é e o que isso significa para nós. No livro de Hebreus, Jesus é chamado de Sumo Sacerdote (Hebreus 2:17, 4:14). A palavra "sacerdote" tem dois significados principais. Em primeiro lugar, significa aquele que medeia nos serviços religiosos. Em segundo lugar, significa aquele que é santo ou separado para realizar esses serviços.

O primeiro lugar onde encontramos essa palavra usada na Bíblia é em Gênesis 14. Abraão, o amigo de Deus, entrou em luta para resgatar o seu sobrinho Ló, o qual havia sido capturado pelo exército de Elão. Em seu retorno, Abraão foi recebido por Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo. Este homem, cujo nome significa "o rei da justiça", abençoou Abraão e o Deus Altíssimo que dera a vitória a Abraão. Em retorno por esta bênção, Abraão deu um dízimo (10 por cento) de todos os despojos da guerra a Melquisedeque. Por este ato, Abraão mostrou que reconhecia a alta posição de Melquisedeque como sacerdote de Deus.

Anos mais tarde, o bisneto de Abraão, Levi, foi escolhido por Deus para ser o pai da tribo sacerdotal. Quando a Lei foi dada no Monte Sinai, os levitas foram identificados como os servos do Tabernáculo, com a família de Arão tornando-se sacerdotes. Os sacerdotes eram responsáveis de interceder a Deus pelo povo ao oferecer os muitos sacrifícios que a Lei requeria. Entre os sacerdotes, um era selecionado como o Sumo Sacerdote, o qual entrava no Santo dos Santos uma vez por ano no Dia da Expiação para colocar o sangue do sacrifício sobre a Arca da Aliança (Hebreus 9:7). Através desses sacrifícios diários e anuais, os pecados do povo eram temporariamente cobertos até o Messias removê-los de uma vez por todas.

Quando Jesus é chamado do nosso Sumo Sacerdote, é com referência a estes dois sacerdócios anteriores. Como Melquisedeque, Ele foi ordenado sacerdote além da Lei dada no Monte Sinai (Hebreus 5:6). Assim como os sacerdotes levíticos, Jesus ofereceu um sacrifício para satisfazer a Lei de Deus ao oferecer a Si mesmo por nossos pecados (Hebreus 7:26-27). Ao contrário dos sacerdotes levitas, os quais tinham que continuamente oferecer sacrifícios, Jesus só teve que oferecer o Seu sacrifício uma vez, ganhando a redenção eterna por todos os que se aproximam de Deus através dEle (Hebreus 9:12).

Um outro ponto importante sobre o sacerdócio de Jesus é que todo sacerdote é nomeado de entre os homens. Jesus, sendo Deus desde a eternidade, tornou-se homem para sofrer a morte e servir como o nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 2:9). Como homem, Ele estava sujeito a todas as fraquezas e tentações às quais também somos a fim de poder pessoalmente Se relacionar conosco em nossas dificuldades (Hebreus 4:15). Jesus é maior do que qualquer outro sacerdote, por isso é chamado do nosso "Grande Sumo Sacerdote" em Hebreus 4:14, o que nos dá a coragem de vir ao "trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade" (Hebreus 4:16).
Era Jesus um judeu?



Pergunta: "Era Jesus um judeu?"

Resposta: Basta pesquisar na internet hoje para determinar que há uma grande controvérsia e divergência sobre a questão de se Jesus de Nazaré era realmente judeu. Antes de podermos responder a esta questão adequadamente, devemos primeiro fazer uma outra pergunta: quem (ou o que) é um judeu? Até mesmo esta questão tem elementos controversos e a resposta depende de quem está respondendo. Entretanto, uma definição com a qual cada uma das principais seitas do Judaísmo - Ortodoxo, Conservador e Reformado - provavelmente concordaria é: "Um judeu é qualquer pessoa cuja mãe fosse judia ou qualquer pessoa que tivesse passado pelo processo formal de conversão ao Judaísmo".

Embora a Bíblia hebraica não indique especificamente em qualquer lugar que a descendência matrilinear deva ser utilizada, o Judaísmo rabínico moderno acredita que existam várias passagens no Torá onde isso seja entendido ou insinuado, tais como Deuteronômio 7:1-5, Levítico 24:10 e Esdras 10:2-3. Além disso, há vários exemplos nas Escrituras de gentios se convertendo ao Judaísmo (por exemplo: Rute, a moabita, favor ler Rute 1:16 onde Rute proclama o seu desejo de converter-se) e sendo considerados tão judeus como um judeu étnico.

Então, vamos considerar estas três perguntas: Era Jesus um judeu etnicamente? Era Jesus um judeu religiosamente? E então, finalmente, se Jesus era um judeu, por que os cristãos não seguem o Judaísmo?

Era Jesus um judeu etnicamente, ou seja, era a sua mãe uma judia? Jesus claramente se identificava com os judeus de Sua época como o Seu povo e tribo, assim como com a religião deles (apesar de corrigir seus erros). Deus propositadamente o enviou a Judá: “Veio para o que era seu (Judá), mas os seus (Judá) não o receberam. Contudo, aos que o receberam (judeus), aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus...” (João 1:11-12 NVI) e Ele disse claramente: "Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus" (João 4: 22).

O primeiro versículo do Novo Testamento claramente proclama a etnia judaica de Jesus. "Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão" (Mateus 1:1). É evidente em certas passagens, como Hebreus 7:14: "Pois é evidente que o nosso Senhor descende de Judá", que Jesus descendia da tribo de Judá, da qual tomamos o nome "judeu". E o que dizer de Maria, a mãe de Jesus? Na genealogia de Lucas, capítulo 3, vemos claramente que Maria era uma descendente direta do Rei Davi, o que deu a Jesus o direito de ascender ao trono judaico, bem como demonstrou que Jesus era um judeu etnicamente.

Era Jesus um judeu religiosamente? Ambos os pais de Jesus tinham "feito tudo o que era exigido pela Lei do Senhor" (Lucas 2:39). Seu tio e tia, Zacarias e Isabel, também eram judeus seguidores fiéis do Torá (Lucas 1:6), por isso podemos ver que provavelmente toda a família levava a sua fé judaica muito seriamente.

No Sermão da Montanha (Mateus 5-7), Jesus sempre afirmou a autoridade da Torá e dos Profetas (Mateus 5:17), até mesmo no Reino dos céus (Mateus 5:19-20). Ele regularmente frequentava a sinagoga (Lucas 4:16), e Seu ensino era respeitado pelos outros judeus de Seu tempo (Lucas 4:15). Ele ensinou no templo judaico em Jerusalém (Lucas 21:37), e se não fosse um judeu, a Sua ida àquela parte do Templo simplesmente não teria sido permitida (Atos 21:28-30).

Jesus também demonstrava os sinais exteriores de ser um judeu praticante. Ele vestia tzitzit (franjas do talit) em Sua roupa (Lucas 8:43, Mateus 14:36) para servir como um lembrete dos mandamentos (Números 15:37-39). Ele observou a Páscoa (João 2:13) e foi a Jerusalém (Deuteronômio 16:16) neste dia de festa muito importante da peregrinação judaica. Ele celebrava o Sucote, ou a Festa dos Tabernáculos (João 7:2,10), e foi a Jerusalém (João 7:14) como exigido pela Torá. Ele também observou o Hanucá (o festival das luzes, João 10:22) e provavelmente o Rosh Hashaná (a festa das trombetas, João 5:1), também visitando Jerusalém em ambas as ocasiões, embora não tivesse sido ordenado na Torá. Jesus claramente Se identificava como um judeu (João 4:22) e como o Rei dos judeus (Mc 15:2). Do Seu nascimento à sua última Páscoa (Lucas 22:14-15), Jesus viveu como um judeu devoto.

Então, se Jesus era judeu, por que é que os cristãos não seguem o Judaísmo? As Leis do Judaísmo foram dadas a Moisés para os filhos de Israel em um pacto sagrado e especial no Monte Sinai, assim como registrado no livro do Êxodo. Nesta aliança, Deus escreveu as Suas leis em tábuas de pedra e Israel foi ordenado a ser obediente em tudo o que lhes tinha sido revelado. Entretanto, esta aliança maravilhosa era apenas um retrato de um pacto novo e melhor que Deus um dia daria ao Seu povo, tanto os judeus quanto os gentios.

Esta nova aliança é registrada em Jeremias 31:31-34: “’Estão chegando os dias’, declara o Senhor, ‘quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá’. ‘Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; porque quebraram a minha aliança, apesar de eu ser o Senhor deles’, diz o Senhor. ‘Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias’, declara o Senhor: ‘Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. Ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, dizendo: ‘Conheça ao Senhor’, porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior’, diz o Senhor. ‘Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados.’"

Os cristãos não seguem o Judaísmo hoje porque a aliança mosaica foi cumprida em Jesus Cristo. Jesus disse: "Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir" (Mateus 5:17). E o escritor aos Hebreus escreveu: "Chamando ‘nova’ esta aliança, ele tornou antiquada a primeira; e o que se torna antiquado e envelhecido, está a ponto de desaparecer" (Hebreus 8:13).

Como cristãos, não mais precisamos seguir a antiga aliança porque ela foi substituída. Temos agora uma melhor aliança, com um melhor sacrifício, administrada por um melhor Sumo Sacerdote! "Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel" (Hebreus 10:19-23).
Qual era a aparência de Jesus?



Pergunta: "Qual era a aparência de Jesus?"

Resposta: A Bíblia nunca dá qualquer descrição física de Cristo. A coisa mais próxima que temos a uma descrição pode ser encontrada em Isaías 53:2b: "Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos." Tudo o que essa passagem nos diz é que a aparência de Jesus era como a de qualquer outro homem - Ele era de aparência comum. Isaías estava aqui profetizando que o Servo sofredor por vir surgiria em condições humildes sem nenhum dos emblemas costumários da realeza, tornando a Sua verdadeira identidade visível apenas ao olhar perspicaz da fé.

Isaías descreve ainda a aparência que Cristo teria ao ser açoitado antes de Sua crucificação. "...sua aparência estava tão desfigurada, que ele se tornou irreconhecível como homem; não parecia um ser humano" (Isaías 52:14). Estas palavras descrevem a crueldade desumana que Ele sofreu a ponto de não mais parecer um ser humano (Mateus 26:67, 27:30, João 19:3). Sua aparência era tão terrível que as pessoas olhavam para Ele com espanto.

A maioria das imagens que temos de Jesus hoje provavelmente não é precisa. Jesus era um judeu, por isso provavelmente tinha a pele escura, olhos escuros e cabelos escuros. Essa descrição é bem diferente do cabelo loiro, olhos azuis e pele clara dados a Jesus em muitas pinturas modernas. Uma coisa é clara: se fosse importante que soubéssemos como a Sua aparência realmente era, Mateus, Pedro e João, os quais passaram três anos com Ele, certamente seriam capazes de nos dar uma descrição precisa, assim como seriam também os Seus próprios irmãos, Tiago e Judas. No entanto, esses escritores do Novo Testamento não oferecem detalhes sobre os Seus atributos físicos.
Por que Jesus ensinou em parábolas?



Pergunta: "Por que Jesus ensinou em parábolas?"

Resposta: Tem-se dito que uma parábola é uma história terrena com um significado celestial. O Senhor Jesus frequentemente usava parábolas como um meio de ilustrar profundas verdades divinas. Histórias assim são facilmente lembradas, os personagens são fortes e o simbolismo rico em significado. As parábolas eram uma forma de ensino muito comum no Judaísmo. Antes de um determinado ponto no Seu ministério, Jesus tinha utilizado muitas analogias gráficas usando coisas comuns que seriam conhecidas por todos (sal, pão, ovelhas, etc.), e seu significado era bastante claro no contexto de Seu ensino. As parábolas requeriam mais explicações, e em um ponto do Seu ministério, Jesus começou a ensinar utilizando parábolas exclusivamente.

A questão é a seguinte: por que Jesus deixaria a maioria das pessoas se perguntando sobre o significado de Suas parábolas? O primeiro exemplo disso é a narrativa da parábola da semente e dos solos. Antes de interpretar essa parábola, Ele chamou Seus discípulos para longe da multidão. “Os discípulos aproximaram-se dele e perguntaram: ‘Por que falas ao povo por parábolas?’ Ele respondeu: ‘A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus, mas a eles não. A quem tem será dado, e este terá em grande quantidade. De quem não tem, até o que tem lhe será tirado. Por essa razão eu lhes falo por parábolas: ‘Porque vendo, eles não vêem e, ouvindo, não ouvem nem entendem’. Neles se cumpre a profecia de Isaías: ‘Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão; ainda que estejam sempre vendo, jamais perceberão. Pois o coração deste povo se tornou insensível; de má vontade ouviram com os seus ouvidos, e fecharam os seus olhos. Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e converter-se, e eu os curaria’. Mas, felizes são os olhos de vocês, porque vêem; e os ouvidos de vocês, porque ouvem” (Mateus 13:10-17).

Jesus, deste ponto em diante no Seu ministério, sempre ensinava o sentido das parábolas apenas aos Seus discípulos. Entretanto, aqueles que continuamente rejeitavam a Sua mensagem foram deixados em sua cegueira espiritual se perguntando a respeito do que Jesus queria dizer. Ele fez uma distinção clara entre aqueles que tinham sido dados "ouvidos para ouvir" e aqueles que persistiam em descrença – sempre ouvindo mas nunca realmente entendendo e "sempre aprendendo, mas não conseguem nunca de chegar ao conhecimento da verdade" (2 Timóteo 3:7). Os discípulos tinham recebido o dom do discernimento espiritual pelo qual as coisas do Espírito ficavam-lhes claras. Porque aceitavam a verdade de Jesus, eles receberam mais verdade. Pode-se dizer o mesmo hoje de crentes que receberam o dom do Espírito Santo, o qual nos guia em toda verdade (João 16:13). Ele abriu os nossos olhos à luz da verdade e os nossos ouvidos às doces palavras da vida eterna.

Nosso Senhor Jesus compreendia que a verdade não é uma doce música para todos os ouvidos. Na verdade, há aqueles que não têm nenhum interesse ou estima pelas coisas profundas de Deus. Por que, então, Ele falava em parábolas? Para aqueles com uma verdadeira fome de Deus, a parábola é um veículo tanto eficaz quanto memorável para a transmissão das verdades divinas. As parábolas de Nosso Senhor contêm grandes volumes de verdade em poucas palavras-- e Suas parábolas, ricas em imagens, não são facilmente esquecidas. Assim, então, uma parábola é uma bênção para aqueles com ouvidos dispostos. Entretanto, para aqueles com corações endurecidos e ouvidos lentos para ouvir, uma parábola é também uma declaração de julgamento.
Quais foram o significado e o propósito das tentações de Jesus?



Pergunta: "Quais foram o significado e o propósito das tentações de Jesus?"

Resposta: Após Seu batismo, Jesus foi "levado pelo Espírito ao deserto, onde, durante quarenta dias, foi tentado pelo diabo" (Lucas 4:1-2). As três tentações de Jesus no deserto foram um esforço de seduzir e transferir a Sua fidelidade de Deus a Satanás. Vemos uma tentação semelhante em Mateus 16:21-23 onde Satanás, através de Pedro, tenta Jesus a renunciar a cruz à qual estava destinado. Lucas 4:13 nos diz que após as tentações no deserto, Satanás "o deixou até ocasião oportuna", o que aparenta indicar que Jesus foi tentado outras vezes por Satanás, embora novos incidentes não sejam registrados. O ponto importante é que, apesar de várias tentações, Ele nunca pecou.

Que Deus tinha um propósito ao permitir que Jesus fosse tentado no deserto é evidente pela declaração "foi levado pelo Espírito ao deserto". Uma finalidade é assegurar-nos de que temos um sumo sacerdote capaz de Se relacionar conosco em todas as nossas debilidades e fraquezas (Hebreus 4:15) porque Ele mesmo foi tentado em todos os pontos nos quais também somos. A natureza humana do Nosso Senhor permite que Ele compreenda as nossas próprias fraquezas por ter sido submetido à fraqueza também. "Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados" (Hebreus 2:18). A palavra grega traduzida "tentado" aqui significa "pôr à prova". Então, quando somos colocados à prova e testados pelas circunstâncias da vida, podemos ter certeza de que Jesus entende e se solidariza como alguém que sofreu as mesmas provações.

As tentações de Jesus seguem três padrões que são comuns a todos os homens. A primeira tentação diz respeito à concupiscência da carne (Mateus 4:3-4), a qual inclui todos os tipos de desejos físicos. O Nosso Senhor teve fome, e o diabo o tentou a transformar pedras em pão, mas Ele respondeu citando Deuteronômio 8:3. A segunda tentação foi acerca da soberba da vida (Mateus 4:5-7), e aqui o diabo tentou usar uma passagem da Escritura contra Ele (Salmo 91:11-12), mas novamente o Senhor respondeu com a Escritura em sentido contrário (Deuteronômio 6:16), afirmando que seria errado abusar de Seus próprios poderes.

A terceira tentação foi acerca da concupiscência dos olhos (Mateus 4:8-10), e se algum atalho ao Messias fosse possível, evitar a paixão e crucifixão para as quais Ele originalmente veio seria a forma. O diabo já tinha o controle sobre os reinos do mundo (Efésios 2:2), mas estava pronto a dar tudo a Cristo em troca de Sua lealdade. O mero pensamento quase causa a natureza divina do Senhor a tremer, e Ele responde agressivamente: "Retire-se, Satanás! Pois está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto’" (Mateus 4:10, Deuteronômio 6:13).

Caímos em muitas tentações porque a nossa carne é naturalmente fraca, mas temos um Deus que não nos deixará ser tentados além do que possamos suportar; Ele proverá uma saída (1 Coríntios 10:13). Podemos, portanto, ser vitoriosos e agradecer ao Senhor pelo livramento da tentação. A experiência de Jesus no deserto nos ajuda a enxergar essas tentações comuns que nos impedem de servir a Deus de forma eficaz.

Além disso, Jesus nos deixa o exemplo de como devemos responder às tentações em nossas próprias vidas -- com as Escrituras. As forças do mal vêm sobre nós com uma miríade de tentações, mas todas têm as mesmas três coisas em sua essência: a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida (1 João 2:16). Só podemos reconhecer e combater essas tentações ao saturar os nossos corações e mentes com a verdade. A armadura de um soldado cristão na batalha espiritual inclui apenas uma arma ofensiva, a espada do Espírito, ou seja, a Palavra de Deus (Efésios 6:17). Conhecer a Bíblia intimamente vai colocar a espada em nossas mãos e nos capacitar a ter vitória sobre as tentações.
Em que sentido Jesus Cristo é considerado único?



Pergunta: "Em que sentido Jesus Cristo é considerado único?"

Resposta: 1. Ele é o único e singular Filho de Deus (Salmo 2:7, 11-12; João 1:14, Lucas 1:35).

2. Ele é eterno. Ele existiu desde a eternidade passada, existe no presente, e existirá por toda a eternidade no futuro (João 1:1-3, 14, 8:58).

3. Jesus é o único que carregou os nossos pecados para que pudéssemos ter o perdão e sermos salvos deles (Isaías 53, Mateus 1:21, João 1:29; 1 Pedro 2:24, 1 Coríntios 15:1-3).

4. Jesus é o único Caminho ao Pai (João 14:6, Atos 4:12, 1 Timóteo 2:5), não há uma outra forma de salvação. Ele é o único Justo que trocou a justiça perfeita pelo nosso pecado (2 Coríntios 5:21).

5. Apenas Jesus tinha poder sobre a Sua própria morte e a capacidade de novamente tomar de volta a Sua vida (João 2:19, 10:17-18). A Sua ressurreição não foi "espiritual", mas física (Lucas 24:39). A Sua ressurreição dentre os mortos, para jamais morrer de novo, destacou-o como o único Filho de Deus (Romanos 1:4).

6. Só Jesus aceitou adoração como um igual ao Pai (João 20:28-29, Filipenses 2:6), e Deus Pai de fato afirma que o Filho deve ser honrado assim como Deus é honrado (João 5:23). Todos os outros, sejam esses os discípulos de Jesus ou seres angelicais, justamente rejeitam essa adoração (Atos 10:25-26, Atos 14:14-15, Mateus 4:10, Apocalipse 19:10, 22:9).

7. Jesus tem o poder de dar vida a quem quiser (João 5:21).

8. O Pai confiou todo o julgamento a Jesus (João 5:22).

9. Jesus estava diretamente envolvido com o Pai na criação e é por Sua mão que todas as coisas subsistem (João 1:1-3, Efésios 3:9, Hebreus 1:8-10, Colossenses 1:17).

10. Jesus é quem reinará o mundo no final da presente época (Hebreus 1:8; Isaías 9:6-7; Daniel 2:35, 44; Apocalipse 19:11-16).

11. Só Jesus nasceu de uma virgem, concebido pelo Espírito Santo (Isaías 7:14, Mateus 1:20-23, Lucas 1:30-35).

12. Jesus foi quem demonstrou ter os atributos de Deus. Entre outros, podemos tomar como exemplo: o poder de perdoar pecados e curar os doentes (Mateus 9:1-7); o poder para acalmar o vento e as ondas (Marcos 4:37-41, Salmo 89 :8-9); o poder de conhecer-nos e ser perfeitamente familiarizado conosco (Salmo 139, João 1:46-50, 2:23-25) e de ressuscitar os mortos (João 11, Lucas 7:12-15, 8: 41-55).

13. Há um grande número de profecias sobre o nascimento, a vida, a ressurreição, a pessoa e o propósito do Messias. Todas foram cumpridas por Ele e nenhum outro (Isaías 7:14; Miqueias 5:2, Salmo 22; Zacarias 11:12-13, 13:7, Isaías 9:6-7; Isaías 53, Salmo 16:10).
O que é o amor de Cristo?



Pergunta: "O que é o amor de Cristo?"

Resposta: A frase "amor de Cristo", em oposição ao "amor por Cristo", refere-se ao amor que Ele tem pela humanidade. O Seu amor pode ser brevemente resumido como a Sua disposição para agir em nosso melhor interesse, especialmente em atender à nossa maior necessidade apesar de custar-lhe tudo e apesar de sermos completamente indignos desse amor.

Apesar de Cristo Jesus, sendo Deus em sua natureza, ter existido desde o início dos tempos com Deus Pai (João 1:1) e o Espírito Santo, Ele voluntariamente deixou o Seu trono (João 1:1-14) para se tornar um homem, a fim de que pudesse pagar a pena pelos nossos pecados para que não tivéssemos que pagá-la por toda a eternidade no lago de fogo (Apocalipse 20:11-15). Porque o preço do pecado da humanidade foi pago pelo nosso perfeito Salvador, Jesus Cristo, o Deus justo e santo agora pode perdoar os nossos pecados quando aceitarmos o pagamento de Cristo Jesus como o nosso (Romanos 3:21-26). Assim, o amor de Cristo é demonstrado pelo fato de que Ele deixou a sua casa no céu, onde era adorado e honrado como merecia, para vir à Terra como um homem que seria ridicularizado, traído, espancado e crucificado em uma cruz para pagar a pena por nossos pecados, ressuscitando dentre os mortos no terceiro dia. Ele considerou a nossa necessidade de um Salvador do nosso pecado e de sua penalidade como mais importante do que o Seu próprio conforto e vida (Filipenses 2:3-8).

Às vezes algumas pessoas voluntariamente entregam as suas vidas por aqueles que consideram dignos - um amigo, um parente, outras pessoas "boas", por exemplo - mas o amor de Cristo vai além disso. O amor de Cristo se estende aos que menos o merecem. Ele voluntariamente tomou sobre si a punição daqueles que o torturaram, odiaram, rebelaram-se contra ele e não se importavam com ele, ou seja, os mais indignos do Seu amor (Romanos 5:6-8). Ele deu o máximo que podia dar por aqueles que menos mereciam! Sacrificar-se, então, é a essência do amor divino, chamado de amor ágape. Esse é um amor como o de Deus, não um amor como o dos homens (Mateus 5:43-48).

Esse amor que Ele demonstrou por nós na cruz é apenas o começo. Quando colocamos nossa confiança nEle como o nosso Salvador, somos feitos filhos de Deus e co-herdeiros com Ele! Ele vem habitar dentro de nós através do Espírito Santo, prometendo que nunca nos deixará ou nos abandonará (Hebreus 13:5-6). Assim, temos um companheiro afetuoso por toda a vida. Independente do que tivermos que enfrentar, Ele está presente e o Seu amor está sempre disponível a nós (Romanos 8:35). No entanto, assim como Ele devidamente reina como um rei benevolente no céu, precisamos dar-lhe a posição que merece em nossas vidas, a de Mestre e não meramente a de um companheiro. Só então experimentaremos a vida como Ele pretendia e viveremos na plenitude do Seu amor (João 10:10 b).
Quem foi o verdadeiro Jesus histórico?




Pergunta: "Quem foi o verdadeiro Jesus histórico?"

Resposta: Sem dúvida, uma das perguntas mais frequentes é "Quem foi Jesus?". Não há dúvida de que Jesus tem, de longe, o nome mais bem conhecido em todo o mundo. Cerca de um terço da nossa população mundial - aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas – afirma ser cristã. O Islamismo, o qual abrange cerca de 1,5 bilhões de pessoas, na verdade reconhece Jesus como o segundo maior profeta depois de Maomé. Das restantes 3,2 bilhões de pessoas (cerca de metade da população mundial), a maioria tem ou ouvido falar do nome de Jesus ou sabe que Ele é.

Se alguém fosse fazer um resumo da vida de Jesus desde o seu nascimento à sua morte, seria um tanto escasso. Ele nasceu de pais judeus em Belém, uma pequena cidade ao sul de Jerusalém, enquanto o território estava sob ocupação romana. Seus pais se mudaram ao norte, para Nazaré, onde cresceu, por isso Ele era conhecido como “Jesus de Nazaré”. Seu pai era um carpinteiro, por isso Jesus provavelmente adquiriu bem cedo essa habilidade. Quando tinha cerca de 30 anos de idade, Ele começou um ministério público. Ele escolheu uma dúzia de homens de reputação duvidosa como Seus discípulos e tinha como sua “sede” Cafarnaum, uma aldeia de pescadores e grande centro comercial na costa do Mar da Galileia. De lá, Ele viajou e pregou em toda a região da Galileia, muitas vezes se deslocando entre os gentios e samaritanos vizinhos com viagens intermitentes para Jerusalém.

Os ensinamentos e metodologias incomuns de Jesus assustaram e incomodaram muitas pessoas. Sua mensagens revolucionárias, juntamente com milagres e curas surpreendentes, conquistaram um enorme grupo de seguidores. Sua popularidade entre a população cresceu rapidamente e, como resultado, isso foi notado pelos líderes bem entrincheirados da fé judaica. Logo, esses líderes judeus tornaram-se ciumentos e ressentidos do Seu sucesso. Muitos desses líderes achavam seus ensinamentos ofensivos e sentiram que suas estabelecidas tradições e cerimônias religiosas estavam sendo comprometidas. Logo conspiraram com os governantes romanos para que fosse morto. Foi nessa época que um dos discípulos de Jesus o traiu aos líderes judeus por uma quantia irrisória de dinheiro. Pouco tempo depois, eles prenderam-no, engendraram às pressas uma série organizada de julgamentos simulados e sumariamente o executaram por crucificação.

Entretanto, ao contrário de qualquer outro na história, a morte de Jesus não foi o fim da sua história; era, de fato, o começo. O Cristianismo só existe por causa do que aconteceu depois de Jesus ter morrido. Três dias depois de Sua morte, os Seus discípulos e muitos outros começaram a afirmar que Ele havia ressuscitado dos mortos. Seu túmulo foi encontrado vazio, o corpo não estava lá, e inúmeras aparições foram testemunhadas por muitos grupos diferentes de pessoas, em locais diferentes e entre circunstâncias dessemelhantes.

Como resultado de tudo isso, as pessoas começaram a proclamar que Jesus era o Cristo, ou o Messias. Elas alegaram que a Sua ressurreição validava a mensagem de perdão dos pecados através do Seu sacrifício. No início, eles declararam esta boa notícia, conhecida como o evangelho, em Jerusalém, a mesma cidade onde Jesus havia sido condenado à morte. As notícias logo ficaram conhecidas como o Caminho (veja Atos 9:2, 19:9, 23, 24:22) e expandiram-se rapidamente. Em um curto período de tempo, esta mensagem do evangelho de fé se espalhou até mesmo para além da região, expandindo-se até à Roma e outras áreas mais distantes do seu vasto império.

Jesus sem dúvida teve um impacto tremendo na história mundial. A questão do "verdadeiro Jesus histórico" pode ser melhor respondida ao se estudar o impacto de Jesus na história. A única explicação para o impacto incomparável que Jesus teve é que Ele foi muito mais do que apenas um homem. Jesus foi, e é, precisamente quem a Bíblia afirma que Ele é – Deus que se tornou homem. Somente o Deus que criou o mundo e controla o curso da história poderia ter tão grande impacto no mundo.
Quais foram as sete últimas palavras de Jesus Cristo na cruz e o que significam?



Pergunta: "Quais foram as sete últimas palavras de Jesus Cristo na cruz e o que significam?"

Resposta: 
Encontre a seguir as sete declarações que Jesus Cristo fez na cruz (não em uma ordem particular):

(1) Mateus 27:46 nos diz que perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: “Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Aqui Jesus estava expressando seus sentimentos de abandono por Deus ter colocado os pecados do mundo sobre Ele - e por causa disso, Deus teve que se "virar" contra Jesus. Quando Jesus estava sentindo o peso do pecado, Ele estava passando por uma separação de Deus pela primeira e única vez em toda a eternidade. Este foi também um cumprimento da declaração profética no Salmo 22:1.

(2) "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34). Aqueles que crucificaram Jesus não estavam cientes da extensão do que estavam fazendo porque não o reconheceram como o Messias. Sua ignorância da verdade divina não significava que mereciam perdão, e a oração de Cristo mesmo ao meio do seu escárnio é uma expressão da compaixão ilimitada da graça divina.

(3) "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lucas 23:43). Nesta declaração, Jesus está assegurando um dos criminosos na cruz de que quando morresse, ele estaria com Jesus no céu. Isso foi concedido porque, mesmo na hora da sua morte, o criminoso tinha expressado sua fé em Jesus, reconhecendo-o pelo que Ele era (Lucas 23:42).

(4) "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lucas 23:46). Aqui, Jesus está voluntariamente entregando a sua alma nas mãos do Pai, o que indica que Ele estava prestes a morrer e que Deus tinha aceitado o Seu sacrifício. Ele "se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus" (Hebreus 9:14).

(5) "Mulher, eis aí o teu filho!" e "Eis aí tua mãe!" Quando Jesus viu a sua mãe em pé perto da cruz com o apóstolo João, o discípulo a quem amava, Ele confiou os cuidados de sua mãe nas mãos de João. E desde aquela hora, João levou-a à sua própria casa (João 19:26-27). Neste versículo, Jesus, o Filho sempre compassivo, está se assegurando de que sua mãe terrena seria bem cuidada depois de Sua morte.

(6) "Tenho sede" (João 19:28). Jesus está aqui cumprindo a profecia messiânica do Salmo 69:21: "Puseram fel na minha comida e para matar-me a sede deram-me vinagre." Ao dizer que estava com sede, Ele incitou os guardas romanos a darem-Lhe vinagre, o que era habitual em um crucificação, cumprindo assim a profecia.

(7): "Está consumado!" (João 19:30). As últimas palavras de Jesus significavam que o Seu sofrimento tinha acabado e que todo o trabalho que o Seu Pai havia dado-lhe a fazer, ou seja, pregar o evangelho, executar milagres e obter a salvação eterna para o Seu povo, havia sido realizado, cumprido, concretizado. A dívida do pecado havia sido paga.
Por que Jesus foi transfigurado enquanto falava com Moisés e Elias?


Pergunta: "Por que Jesus foi transfigurado enquanto falava com Moisés e Elias?"

Resposta: 
Cerca de uma semana depois de Jesus claramente dizer aos Seus discípulos que iria sofrer, ser morto e ressuscitar de volta à vida (Lucas 9:22), Ele levou Pedro, Tiago e João a um monte para orar. Enquanto orava, Sua aparência pessoal foi transformada em uma forma glorificada, e as suas vestes tornaram-se brancas deslumbrantes. Moisés e Elias apareceram e falaram com Jesus sobre a Sua morte que aconteceria em breve. Pedro, sem saber o que estava dizendo e sendo muito medroso, ofereceu-se para organizar três abrigos para eles. Sem dúvida isso é uma referência aos estandes utilizados para celebrar a Festa dos Tabernáculos, quando os israelitas habitavam em cabanas por sete dias (Levítico 23:34-42). Pedro estava expressando um desejo de permanecer naquele lugar. Quando uma nuvem os envolveu, uma voz disse: "Este é o meu Filho, o Escolhido; ouçam a ele!". A nuvem se levantou, Moisés e Elias tinham desaparecido e Jesus estava sozinho com os discípulos que ainda estavam com muito medo. Jesus advertiu-lhes a não contarem a ninguém o que tinham visto, pelo menos até depois de sua ressurreição. As três narrativas deste evento são encontradas em Mateus 17:1-8, Marcos 9:2-8 e Lucas 9:28-36.

Sem dúvida, o propósito da transfiguração de Cristo em pelo menos uma parte de Sua glória celeste foi para que o "círculo íntimo" dos discípulos adquirisse uma maior compreensão de quem era Jesus. Cristo sofreu uma mudança drástica na aparência a fim de que os discípulos pudessem vê-lo em Sua glória. Os discípulos, que só o conheciam em Seu corpo humano, tinham agora uma maior percepção da divindade de Cristo, embora não pudessem entendê-la completamente. Isso lhes deu a garantia de que precisavam após ouvir a notícia chocante de Sua morte próxima.

Simbolicamente, o aparecimento de Moisés e Elias representava a Lei e os Profetas. Entretanto, a voz de Deus do céu - "Ouçam a Ele!" - mostrou claramente que a Lei e os Profetas deviam dar lugar a Jesus. Aquele que é o novo e vivo caminho está substituindo o antigo; Ele é o cumprimento da Lei e das inúmeras profecias no Antigo Testamento. Além disso, em Sua forma glorificada eles tiveram uma breve visualização da Sua glorificação e entronização vindoura como Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Os discípulos nunca esqueceram o que acontecera naquele dia na montanha e sem dúvida essa era a intenção. João escreveu em seu evangelho: "Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” Pedro também escreveu: “De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: ‘Este é o meu filho amado, em quem me agrado’. Nós mesmos ouvimos essa voz vinda do céu, quando estávamos com ele no monte santo" (2 Pedro 1:16-18). Aqueles que testemunharam a transfiguração deram o seu testemunho aos outros discípulos e incontáveis milhões através dos séculos.
Onde as Escrituras hebraicas profetizam a morte e ressurreição do Messias?


Pergunta: "Onde as Escrituras hebraicas profetizam a morte e ressurreição do Messias?"

Resposta: 
Ao longo das Escrituras Hebraicas, a promessa de um Messias é claramente dada. Essas profecias messiânicas foram feitas centenas, às vezes milhares, de anos antes de Jesus Cristo nascer, e claramente Ele é a única pessoa que já andou nesta terra para cumpri-las. Na verdade, de Gênesis a Malaquias, existem mais de 300 profecias específicas detalhando a vinda deste Ungido. Além de profecias detalhando o seu nascimento virginal, em Belém, da tribo de Judá, sua linhagem do Rei Davi, sua vida sem pecado e sua obra expiatória pelos pecados do seu povo, a morte e ressurreição do Messias judaico foram igualmente bem documentadas nas Escrituras Hebraicas proféticas muito antes da morte e ressurreição de Jesus Cristo ocorrerem na história.

Das profecias mais conhecidas nas Escrituras Hebraicas relativas à morte do Messias, o Salmo 22 e Isaías 53 certamente se destacam. Salmo 22 é especialmente surpreendente, uma vez que previu inúmeros elementos separados sobre a crucificação de Jesus cerca de mil anos antes dele ser crucificado. Aqui estão alguns exemplos. O Messias teria as mãos e os pés "traspassados" (Salmo 22:16; João 20:25). Os ossos do Messias não seriam quebrados (as pernas de uma pessoa eram geralmente quebradas depois de ser crucificada para acelerar a sua morte) (Salmos 22:17; João 19:33). Os homens iriam lançar sortes pela roupa do Messias (Salmo 22:18; Mateus 27:35).

Isaías 53, a profecia messiânica clássica conhecida como a profecia do "Servo Sofredor", também detalha a morte do Messias pelos pecados de seu povo. Mais de 700 anos antes de Jesus nascer, Isaías fornece detalhes da sua vida e morte. O Messias seria rejeitado (Isaías 53:3; Lucas 13:34). O Messias seria morto como um sacrifício vicário pelos pecados de seu povo (Isaías 53: 5-9; 2 Coríntios 5:21). O Messias ficaria em silêncio na frente de seus acusadores (Isaías 53:7; 1 Pedro 2:23). O Messias seria sepultado com os ricos (Isaías 53: 9; Mateus 27: 57-60). O Messias estaria com criminosos em sua morte (Isaías 53:12; Marcos 15:27).

Além da morte do Messias, a sua ressurreição dentre os mortos também é anunciada. A mais clara e mais conhecida das profecias sobre a ressurreição é uma escrita pelo Rei Davi de Israel no Salmo 16:10, também escrita um milênio antes do nascimento de Jesus: "Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção."

No dia da festa judaica do Shavuot (Semanas ou Pentecostes), também conhecida como Festa das Colheitas ou das Primícias, quando Pedro pregou o primeiro sermão do evangelho, ele corajosamente afirmou que Deus tinha ressuscitado o Messias judaico dos mortos (Atos 2:24). Ele então explicou que Deus havia realizado esta obra milagrosa em cumprimento da profecia de Davi no Salmo 16. Na verdade, Pedro citou as palavras de Davi em detalhes como contidas no Salmo 16:8-11. Alguns anos mais tarde, Paulo fez a mesma coisa quando falou à comunidade judaica em Antioquia. Como Pedro, Paulo declarou que Deus tinha ressuscitado o Messias Jesus dos mortos no cumprimento do Salmo 16:10 (Atos 13:33-35).

A ressurreição do Messias está fortemente implicada em outro salmo de Davi. Mais uma vez, este é o Salmo 22. Nos versículos 19-21, o Salvador sofredor ora pela libertação "das fauces do leão" (uma metáfora para Satanás). Esta oração desesperada é seguida imediatamente nos versículos 22-24 por um hino de louvor em que o Messias agradece a Deus por ouvir a sua oração e por libertá-lo. A ressurreição do Messias está claramente implícita entre o término da oração no versículo 21 e o início da canção de louvor no versículo 22.

E de volta a Isaías 53: depois de profetizar que o Servo Sofredor de Deus sofreria pelos pecados de seu povo, o profeta diz que Ele seria, então, “cortado da terra dos viventes.” Mas Isaías afirma então que Ele (o Messias) "verá a sua posteridade", e que Deus o Pai "prolongará os seus dias" (Isaías 53:5, 8, 10). Isaías prossegue para reafirmar a promessa da ressurreição em palavras diferentes: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito" (Isaías 53:11).

Cada aspecto do nascimento, vida, morte e ressurreição do Messias Jesus havia sido profetizado nas Escrituras Hebraicas muito antes dos acontecimentos se desenrolarem na linha do tempo da história humana. Não é de admirar que o Messias Jesus diria aos líderes religiosos judeus de sua época: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim" (João 5:39). 
Por que a humanidade de Jesus é tão importante?


Pergunta: "Por que a humanidade de Jesus é tão importante?"

Resposta: 
A humanidade de Jesus é tão importante quanto a sua divindade. Jesus nasceu como um ser humano enquanto continuou sendo totalmente divino. O conceito da humanidade de Jesus coexistindo com a sua divindade é difícil para a mente finita do homem compreender. No entanto, a natureza de Jesus – inteiramente homem e inteiramente Deus - é um fato bíblico. Há aqueles que rejeitam estas verdades bíblicas e declaram que Jesus era um homem, mas não Deus (ebionismo). Por outro lado, o docetismo é a visão de que Jesus era Deus, mas não humano. Ambos os pontos de vista são falsos e não bíblicos.

Jesus teve que nascer como um ser humano por várias razões. Uma é descrita em Gálatas 4:4-5: "vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos." Somente um homem pode ser "nascido sob a lei." Nenhum animal ou ser angélico está "sob a lei". Somente os seres humanos nascem sob a lei, e apenas um ser humano poderia resgatar os outros seres humanos nascidos sob a mesma lei. Nascido sob a lei de Deus, todos os seres humanos são culpados de transgredir essa lei. Só um homem perfeito - Jesus Cristo - pode perfeitamente observar e cumprir a lei, redimindo-nos, assim, da nossa culpa. Jesus realizou a nossa redenção na cruz, trocando o nosso pecado por sua perfeita justiça (2 Coríntios 5:21).

Uma outra razão por que Jesus tinha de ser plenamente humano é que Deus estabeleceu a necessidade de derramamento de sangue para a remissão dos pecados (Levítico 17:11; Hebreus 9:22). O sangue dos animais, embora aceitável numa base temporária como um prenúncio do sangue do perfeito Deus-Homem, era insuficiente para a remissão permanente de pecado, porque "é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados" (Hebreus 10:4). Jesus Cristo, o Cordeiro perfeito de Deus, sacrificou a sua vida humana e derramou o seu sangue humano para cobrir os pecados de todos os que acreditariam nele. Se ele não fosse humano, isto teria sido impossível.

Além disso, a humanidade de Jesus lhe permite se relacionar conosco de uma forma que os anjos ou animais nunca podem. "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado" (Hebreus 4:15). Apenas um ser humano poderia compreender as nossas fraquezas e tentações. Em sua humanidade, Jesus foi submetido a todos os mesmos tipos de provações que nós somos, e Ele é, portanto, capaz de nos entender e ajudar. Ele foi tentado, perseguido, era pobre, foi desprezado, sofreu dor física e suportou as dores de uma morte prolongada e muito cruel. Apenas um ser humano poderia passar por estas coisas, e apenas um ser humano podia entendê-las completamente através da experiência.

Finalmente, era necessário que Jesus viesse em carne porque acreditar nessa verdade é um pré-requisito para a salvação. Declarar que Jesus veio em carne é a marca de um espírito de Deus, enquanto o Anticristo e todos os que o seguem irão negá-lo (1 João 4:2-3). Jesus veio na carne; Ele é capaz de se compadecer das nossas fraquezas humanas. O seu sangue humano foi derramado por nossos pecados e Ele era totalmente Deus e totalmente homem. Estas são as verdades bíblicas que não podem ser negadas. 
Em que ano Jesus morreu?


Pergunta: "Em que ano Jesus morreu?"

Resposta: 
A morte de Jesus e sua ressurreição subsequente são os eventos mais importantes desde a criação do mundo. Foi através da morte de Cristo que Deus tomou aqueles que eram "alienados" d'Ele devido ao pecado e os "reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis" (Colossenses 1:21-22). E através da ressurreição de Cristo, Deus, "segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" (1 Pedro 1:3). Tal como acontece com a maioria dos eventos que descreve, a Bíblia não nos dá a data exata em que Jesus morreu. No entanto, podemos descobrir isso com um bom grau de precisão.

> Embora a linha do tempo mundial seja historicamente dividida entre a.C. (antes de Cristo) e AD (anno domini - "o ano de nosso Senhor"- ou d.C. – depois de Cristo), Jesus Cristo na verdade nasceu entre os anos 6 e 4 a.C. Chegamos a esta data com base na morte de Herodes, o Grande, que era procurador da Judeia entre 47 a.C. até morrer em 4 a.C. Foi "tendo Herodes morrido" que José e Maria, com o menino Jesus, receberam as instruções de voltar a Israel do Egito (Mateus 2:19).

Uma série de fatores nos permite identificar o ano da morte de Jesus. Sabemos que João Batista iniciou o seu ministério em 26 d.C., com base na nota histórica em Lucas 3:1. Jesus provavelmente começou o seu ministério logo após João ter começado o dele. Jesus então ministrou pelos próximos três anos e meio, aproximadamente. Assim, o fim de seu ministério teria sido c. 29-30 AD.

Pôncio Pilatos é conhecido por ter governado a Judeia entre 26-36 AD. A crucificação ocorreu durante uma Páscoa (Marcos 14:12) e esse fato, juntamente com dados astronômicos (o calendário judaico era baseado na lua), restringe o campo a duas datas -7 de abril de 30 AD e 3 de abril de 33 AD . Há argumentos acadêmicos que apoiam as duas datas; a data posterior (33 AD) exigiria que Jesus tivesse tido um ministério mais longo e o tivesse começado mais tarde. A data anterior (30 AD) parece estar mais de acordo com o que se deduz sobre o início do ministério de Jesus em Lucas 3:1.

Muita coisa aconteceu no cenário mundial desde os tempos de Cristo, mas nada tem chegado a obscurecer a magnitude e o significado do que aconteceu no ano 30 AD - a morte e ressurreição do Salvador do mundo.
Em que ano Jesus Cristo nasceu?


Pergunta: "Em que ano Jesus Cristo nasceu?"

Resposta: 
A Bíblia não fornece o dia exato ou sequer o ano exato em que Jesus nasceu em Belém. Entretanto, um exame atento dos detalhes cronológicos da história restringe as possibilidades a um intervalo razoável.

Os detalhes bíblicos do nascimento de Jesus são encontrados nos Evangelhos. Mateus 2:1 afirma que Jesus nasceu durante os dias do rei Herodes. Já que Herodes morreu em 4 aC, temos um parâmetro para nos guiar. Além disso, depois que José e Maria fugiram de Belém com Jesus, Herodes ordenou que todos os meninos de até 2 anos naquela região fossem mortos. Isto indica que Jesus poderia ter tido até dois anos antes da morte de Herodes. Isso coloca a data de seu nascimento entre 6 e 4 aC.

Lucas 2:1-2 observa vários outros fatos para ponderar: "Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria." Sabemos que César Augusto reinou de 27 aC a 14 dC.

Quirino governou a Síria durante este mesmo período de tempo, com registros de um censo que incluía a Judeia em aproximadamente 6 aC. Alguns estudiosos debatem se este é o censo mencionado por Lucas, mas parece, de fato, ser o mesmo evento. Com base nestes dados históricos, o momento mais provável do nascimento de Cristo em Belém é 6-5 aC.

Lucas menciona um outro detalhe a respeito de nossa linha do tempo: "Ora, tinha Jesus cerca de trinta anos ao começar o seu ministério" (Lucas 3:23). Jesus começou o seu ministério durante o tempo em que João Batista ministrou no deserto, e o ministério de João começou "No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da região da Ituréia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene, sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás" (Lucas 3:1-2).

O único período de tempo que se encaixa com todos esses fatos é 27-29 dC. Se Jesus tinha "cerca de trinta anos" em 27 dC, um nascimento em algum momento entre 6 e 4 aC caberia na cronologia. Mais especificamente, Jesus teria tido cerca de 32 anos de idade no momento em que começou o seu ministério (ainda "cerca de trinta anos").

E o dia exato do nascimento de Cristo? A tradição de 25 de dezembro foi desenvolvida muito tempo após o período do Novo Testamento. É o dia concordado pelos cristãos para celebrar o nascimento de Jesus, mas o dia exato do seu nascimento é desconhecido.

O que se sabe é que os detalhes bíblicos e históricos apontam para um ano aproximado de nascimento. Jesus nasceu em Belém da Judeia em aproximadamente 6-5 aC a Maria, sua mãe. O seu nascimento mudou a história para sempre, junto com a vida de inúmeras pessoas ao redor do mundo. 
O que significa que o Verbo se fez carne (João 1:14)?


Pergunta: "O que significa que o Verbo se fez carne (João 1:14)?"

Resposta: 
O termo verbo ou palavra é usado de maneiras diferentes na Bíblia. No Novo Testamento, há duas palavras gregas traduzidas como "verbo" ou “palavra”: rhema e logos. Elas têm significados ligeiramente diferentes. Rhema normalmente significa "uma palavra falada." Por exemplo, em Lucas 1:38, quando o anjo disse a Maria que ela seria a mãe do Filho de Deus, Maria respondeu: "Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra [rhema]".

Logos, no entanto, tem um significado mais amplo e mais filosófico. Este é o termo usado em João 1. Ele geralmente implica uma mensagem total e é utilizado principalmente em referência à mensagem de Deus para a humanidade. Por exemplo, Lucas 4:32 diz que, quando Jesus ensinava o povo, "muito se maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra [logos] era com autoridade." As pessoas ficaram surpresas não apenas pelas palavras específicas que Jesus escolheu, mas por sua mensagem total.

"O Verbo" (Logos) em João 1 está se referindo a Jesus. Jesus é a mensagem completa - tudo que Deus quer comunicar ao homem. O primeiro capítulo de João nos dá um vislumbre do relacionamento Pai/Filho antes de Jesus vir à terra em forma humana. Ele preexistiu com o Pai (versículo 1), Ele estava envolvido na criação de tudo (versículo 3), e Ele é a "luz dos homens" (versículo 4). A Palavra (Jesus) é a incorporação completa de tudo o que é Deus (Colossenses 1:19; 2: 9; João 14: 9). Entretanto, Deus Pai é Espírito. Ele é invisível ao olho humano. A mensagem de amor e redenção que Deus falou por meio dos profetas passou por despercebida por séculos (Ezequiel 22:26; Mateus 23:37). As pessoas achavam fácil ignorar a mensagem de um Deus invisível e continuaram em seu pecado e rebelião. Então a Mensagem se fez carne, assumiu a forma humana e veio habitar entre nós (Mateus 1:23; Romanos 8:3; Filipenses 2: 5-11).

Os gregos usaram a palavra logos para se referir a sua "mente", "razão" ou "sabedoria". João usou este conceito grego para comunicar o fato de que Jesus, a Segunda Pessoa da Trindade, é a auto-expressão de Deus ao mundo. No Antigo Testamento, a palavra de Deus trouxe o universo à existência (Salmo 33:6) e salvou os necessitados (Salmo 107:20). No capítulo 1 do seu Evangelho, João está apelando tanto aos judeus quanto aos gentios para que recebam o Cristo eterno.

Jesus contou uma parábola em Lucas 20:9-16 para explicar por que a Palavra tinha que se tornar carne. "Certo homem plantou uma vinha, arrendou-a a lavradores e ausentou-se do país por prazo considerável. No devido tempo, mandou um servo aos lavradores para que lhe dessem do fruto da vinha; os lavradores, porém, depois de o espancarem, o despacharam vazio. Em vista disso, enviou-lhes outro servo; mas eles também a este espancaram e, depois de o ultrajarem, o despacharam vazio. Mandou ainda um terceiro; também a este, depois de o ferirem, expulsaram.

“Então, disse o dono da vinha: Que farei? Enviarei o meu filho amado; talvez o respeitem. Vendo-o, porém, os lavradores, arrazoavam entre si, dizendo: Este é o herdeiro; matemo-lo, para que a herança venha a ser nossa. E, lançando-o fora da vinha, o mataram. Que lhes fará, pois, o dono da vinha? Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a outros.”

Nesta parábola, Jesus estava lembrando os líderes judeus de que haviam rejeitado os profetas e agora estavam rejeitando o Filho. O Logos, a Palavra de Deus, ia agora ser oferecido a todos, não apenas aos judeus (João 10:16; Gálatas 2:28; Colossenses 3:11). Porque o Verbo se fez carne, temos um sumo sacerdote que é capaz de compreender as nossas fraquezas, alguém que foi tentado em todos os sentidos, assim como nós somos – entretanto, Ele não pecou (Hebreus 4:15).

Quais são as crenças do pentecostalismo unicista?
Resposta: O movimento "Só Jesus", também conhecido como pentecostalismo unicista ou teologia da unidade, ensina que há um só Deus, mas nega a tri-unidade de Deus. Em outras palavras, a teologia da unidade não reconhece as pessoas distintas da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Ela tem várias formas – alguns enxergam Jesus Cristo como o único Deus que às vezes se manifesta como o Pai ou o Espírito Santo. A doutrina central do pentecostalismo unicista é que Jesus é o Pai e Jesus é o Espírito. Há um Deus que se revela em diferentes "modos".

Este ensinamento tem existido por séculos, de uma forma ou de outra, como modalismo. O modalismo ensina que Deus operou em formas ou modos diferentes em diferentes momentos - às vezes como o Pai, outras como o Filho e, às vezes, como o Espírito Santo. No entanto, passagens como Mateus 3:16-17, onde duas ou três pessoas da Trindade estão presentes, contradizem a visão modalista. O modalismo foi condenado como herético já no século II DC. A igreja primitiva fortemente rejeitou a visão de que Deus é estritamente uma única pessoa que agiu em formas diferentes em momentos diferentes. Eles argumentaram, com base nas Escrituras, que a tri-unidade de Deus é evidente na medida em que mais de uma pessoa da Trindade é vista frequentemente ao mesmo tempo, e muitas vezes interage uma com a outra (exemplos: Gênesis 1:26; 3:22; 11:7; Salmo 2:7; 104:30; 110:1, Mateus 28:19, João 14:16). O pentecostalismo unicista é antibíblico.

O conceito da tri-unidade de Deus, por outro lado, está presente em toda a Escritura. Não é um conceito facilmente compreendido pela mente finita. E porque o homem gosta de que tudo faça sentido em sua teologia, movimentos como esse – como também o das Testemunhas de Jeová - regularmente surgem para tentar explicar a natureza de Deus. É claro que isso simplesmente não pode ser feito sem transgredir o texto bíblico. Os cristãos têm chegado a aceitar que a natureza de Deus não está sujeita às limitações que gostamos de colocar nEle. Simplesmente acreditamos quando Ele diz: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que
os vossos pensamentos" (Isaías 55:8-9). Se não pudermos entender os Seus pensamentos e caminhos, então devemos aceitar que não podemos compreender plenamente a Sua natureza.

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