Lições da Parábola da Ovelha Perdida
Apesar de ficar clara a diferença de contexto e de pequenos detalhes na Parábola da Ovelha Perdida registrada nos dois Evangelhos, o ensino principal e as lições que podemos aplicar a partir dela são necessariamente iguais.
- Um já faz falta: muitas vezes estamos acostumados a situações em que fatalmente pensamos que “um não faz falta”. Humanamente estamos propensos a olhar muito mais para as noventa e nove ovelhas do que para uma única que ficou desgarrada. Mas felizmente o Bom Pastor não age dessa maneira. Para Ele, uma única ovelha já faz falta, pois nenhuma de suas ovelhas poderá ficar definitivamente perdida (Jo 10:28).
- O Pastor busca suas ovelhas: quem já viu alguma vez um rebanho de ovelhas e se atentou ao comportamento delas, sabe o quão limitadas elas são em todos os sentidos, e como são dependentes do pastor que as apascenta. É por isso que o pastor de ovelhas sempre está atento a qualquer problema que possa ocorrer com seu rebanho, para protegê-lo de qualquer imprevisto, visto que a ovelha em si, não possui qualquer condição de se virar sozinha. Da mesma forma Cristo, como um pastor, vai à procura do homem que é totalmente incapaz de fazer qualquer coisa por si mesmo. É o pastor que vai em busca da ovelha, e não a ovelha que vai em busca do pastor. Logo, em termos de salvação, Deus é quem vai em busca do homem, não o homem em busca de Deus. O homem por si só, mesmo pensando consigo possuir muitas habilidades e capacidades, não possui qualquer condição de encontrar o caminho para o aprisco da salvação. Sozinha, a ovelha perdida nunca teria sido encontrada. De igual modo, Deus encontra o pecador que está perdido no pecado e que sozinho nunca conseguirá escapar de cair no abismo. Os homens passam suas vidas buscando alento em muitas coisas. Alguns buscam em religiões, outros em bens materiais, outros em status e fama ou qualquer outra coisa que possa satisfazê-los. Porém, quando o pecador é resgatado de sua perdição e se sente acolhido nos braços do Bom Pastor, não resta outra coisa a ele a não ser admitir que não foi ele quem encontrou a Cristo, mas Cristo foi quem o encontrou.
- Devemos aprender com Jesus: diante dos perdidos, podemos adotar diferentes atitudes. Podemos odiá-los, podemos ser indiferentes a eles, podemos recebê-los caso venham até nós, ou, finalmente, podemos buscá-los. Essa parábola também chama nossa atenção para não sermos como os fariseus e os escribas. Devemos nos doar pela tarefa de anunciar o Evangelho que encontra e restaura o perdido. Cristo não odiou os publicanos e os pecadores, nem mesmo foi indiferente a eles, ao contrário, ele fez mais até do que apenas recebê-los bem, na verdade, muitas vezes Ele mesmo é quem foi em busca destes (Lc 19:10; Mt 14:14; 18:12-14; Jo 10:16). E você? Qual tem sido sua atitude para com os perdidos?
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