segunda-feira, 12 de abril de 2021

 



É Jesus o Messias?

 Jesus é chamado de Messias em Mateus 1:16. Na verdade, cada vez que alguém diz "Jesus Cristo", ele está se referindo a Jesus como o Messias, já que Cristo significa "Messias" ou "Ungido". O Antigo Testamento prediz o Messias, e o Novo Testamento revela que o Messias é Jesus de Nazaré.

Há várias coisas que o povo judeu que antecipava a chegada do Messias esperava que ele fosse, com base em profecias do Antigo Testamento. O Messias seria um homem hebraico (Isaías 9:6), nascido em Belém (Miqueias 5:2), de uma virgem (Isaías 7:14), um profeta semelhante a Moisés (Deuteronômio 18:18), um sacerdote da ordem de Melquisedeque (Salmos 110: 4), um rei (Isaías 11:1-4), o Filho de Davi (Mateus 22:42) que sofreu antes de entrar em sua glória (Isaías 53). Jesus realizou cada uma destas exigências messiânicas.

Jesus cumpriu as exigências do Messias por ser um hebreu da tribo de Judá (Lucas 3:30), e ele nasceu em Belém (Lucas 2:4-7) de uma virgem (Lucas 1:26-27) .

Uma outra prova de que Jesus era o Messias é o fato de que ele era um profeta como Moisés. Tanto Moisés quanto Jesus foram profetas "com quem o SENHOR houvesse tratado face a face" (Deuteronômio 34:10; cf. João 8:38). No entanto, Jesus é um profeta maior do que Moisés porque, enquanto Moisés libertou Israel da escravidão, Jesus nos liberta da escravidão da morte e do pecado. Ao contrário de Moisés, Jesus não se limitou a representar Deus - Ele é Deus (João 10:30). Jesus não apenas nos conduz à Terra Prometida; ele nos leva ao céu por toda a eternidade (João 14:1-3). Por estas e muitas outras razões, Jesus é um profeta maior do que Moisés.

O Messias era para ter deveres sacerdotais; Jesus não era levita, e apenas levitas eram autorizados a ser sacerdotes. Então, como poderia Jesus se qualificar? Jesus é um sacerdote da ordem de Melquisedeque (Gênesis 14; Salmo 110: 4, Hebreus 6:20). Melquisedeque antecedeu o templo judeu, e seu nome significa "Rei da Justiça." Melquisedeque também foi chamado de "Rei de Salém", que significa "Rei da Paz" (Hebreus 7:2). Melquisedeque abençoou Abraão (o maior abençoa o menor, Hebreus 7:7), e Abraão deu a Melquisedeque um dízimo. Assim, como um sacerdote da ordem de Melquisedeque, Jesus é maior do que Abraão (João 8:58) e o sacerdócio levítico. Ele é um sacerdote celestial que ofereceu um sacrifício que remove o pecado permanentemente, não apenas o cobre temporariamente.

Jesus também deve ser um rei a fim de ser o Messias. Jesus era de Judá, a tribo real. Quando Jesus nasceu, magos vieram do oriente procurando o rei dos judeus (Mateus 2:1-2). Jesus ensinou que um dia iria sentar-se em um trono glorioso (Mateus 19:28; 25:31). Muitas pessoas em Israel viram Jesus como o seu rei há muito aguardado e esperavam que ele estabeleceria o seu governo imediatamente (Lucas 19:11), embora o reino de Jesus não seja atualmente deste mundo (João 18:36). No final da vida de Jesus, durante o seu julgamento diante de Pilatos, Jesus não se defendeu, exceto para responder afirmativamente quando Pilatos perguntou se era o Rei dos Judeus (Marcos 15:2).

Uma outra maneira em que Jesus se encaixa na descrição do Antigo Testamento do Messias é que ele era o Servo Sofredor de Isaías 53. Na cruz, Jesus foi "desprezado" e "dele não fizemos caso" (Isaías 53:3). Ele foi "traspassado" (versículo 5) e "oprimido e humilhado" (versículo 7). Ele morreu com ladrões, mas ainda foi enterrado no túmulo de um homem rico (versículo 9; cf. Marcos 15:27; Mateus 27:57-60). Depois de seu sofrimento e morte, Jesus o Messias ressuscitou (Isaías 53:11; cf. 1 Coríntios 15:4) e foi glorificado (Isaías 53:12). Isaías 53 é uma das profecias mais claras que identificam Jesus como o Messias; é a própria passagem que o eunuco etíope estava lendo quando Filipe o encontrou e explicou-lhe sobre Jesus (Atos 8:26-35).

Há outras maneiras em que Jesus é mostrado como sendo o Messias. Cada uma das festas do Senhor no Antigo Testamento se relaciona e é cumprida por Jesus. Quando Jesus veio a primeira vez, ele era o nosso Cordeiro Pascal (João 1:29), o nosso pão ázimo (João 6:35) e as nossas primícias (1 Coríntios 15:20). O derramamento do Espírito de Cristo aconteceu no dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Quando Jesus o Messias voltar, vamos ouvir o grito do arcanjo e o som da trombeta de Deus. Não é por acaso que o primeiro dia do festival de outono é Yom Teruah, a Festa das Trombetas. Depois que Jesus voltar, ele vai julgar a terra. Este é o cumprimento do próximo festival de outono, Yom Kippur, o Dia da Expiação. Então Jesus vai estabelecer o seu reino milenar e reinar do trono de Davi por 1.000 anos; isso completará o último festival de outono, Sukkot ou a Festa dos Tabernáculos, quando Deus habita conosco.

Para aqueles de nós que acreditam em Jesus como Senhor e Salvador, a prova de que ele é o Messias judeu parece esmagadora. Como é que, em geral, os judeus não aceitam Jesus como o Messias? Tanto Isaías quanto Jesus profetizaram uma cegueira espiritual sobre Israel como um julgamento por sua falta de fé (Isaías 6:9-10, Mateus 13:13-15). Além disso, a maioria dos judeus do tempo de Jesus estava procurando um salvador político e cultural, não um Salvador do pecado. Eles queriam que Jesus os libertasse do jugo de Roma e estabelecesse Sião como a capital do mundo (ver Atos 1:6). Eles não conseguiam enxergar como o manso e humilde Jesus poderia fazer isso.

A história de José fornece um interessante paralelo ao messias ausente dos judeus. José foi vendido como escravo por seus irmãos, e depois de muitos altos e baixos, ele foi nomeado primeiro-ministro de todo o Egito. Quando a fome bateu tanto no Egito quanto em Israel, os irmãos de José viajaram para o Egito para conseguir comida, e se encontraram com José -- mas não o reconheceram. O seu próprio irmão se encontrava bem na sua frente, mas ainda não tinham noção. Eles não reconheceram José por uma razão muito simples: ele não se parecia com o que esperavam que ele se parecesse. José estava vestido como um egípcio; ele falava como um egípcio; ele vivia como um egípcio. O pensamento de que ele poderia ser o seu perdido irmão de tanto tempo antes nunca passou pela sua mente – afinal, José era um pastor hebreu, não uma realeza egípcia. De forma semelhante, a maioria dos judeus não reconheceu e nem reconhece Jesus como o Messias. Eles estavam à procura de um rei terreno, não o governante de um reino espiritual. (Muitos rabinos interpretam o Servo Sofredor de Isaías 53 como o povo judeu que tem sofrido nas mãos do mundo.) A cegueira deles era tão grande que nenhuma quantidade de milagres fez uma diferença (Mateus 11:20).

Ainda assim, houve muitos na época de Jesus que viram a verdade sobre Jesus. Os pastores de Belém viram (Lucas 2: 6-17). Simeão no templo viu (versículo 34). Ana viu e "dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém" (versículo 38). Pedro e os outros discípulos viram (Mateus 16:16). Que muitos mais continuem a ver que Jesus é o Messias, Aquele que cumpre a lei e os profetas (Mateus 5:17)
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terça-feira, 6 de abril de 2021

 




Quando a igreja começou?

 A igreja começou no Dia de Pentecostes, cinquenta dias depois da Páscoa, quando Jesus morreu e ressuscitou. A palavra traduzida "igreja" vem de duas palavras gregas que em conjunto significam "chamada do mundo para Deus". A palavra é usada em toda a Bíblia para se referir a todos aqueles que nasceram de novo (João 3:3) pela fé na morte e ressurreição de Jesus (Romanos 10:9-10). A palavra igreja, quando usada em referência a todos os crentes em todos os lugares, é sinônimo do termo Corpo de Cristo (Efésios 1:22-23, Colossenses 1:18).

A palavra igreja aparece pela primeira vez em Mateus 16 quando Jesus diz a Pedro: "e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (versículo 18). A "pedra" aqui é a declaração que Pedro fizera: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (versículo 16). Essa verdade sobre Jesus é o alicerce da igreja que tem florescido por mais de dois mil anos. Todo aquele que faz dessa verdade o fundamento de sua própria vida torna-se membro da igreja de Jesus (Atos 16:31).

As palavras de Jesus, "Eu edificarei a minha igreja", foram uma previsão do que estava prestes a acontecer quando Ele enviou o Espírito Santo para habitar nos crentes (João 15:26-27; 16:13). Jesus ainda tinha que passar pela cruz e experimentar a ressurreição. Embora os discípulos entendessem em parte, o cumprimento de tudo o que Jesus tinha vindo a fazer ainda não tinha sido realizado. Depois de Sua ressurreição, Jesus não permitiu que Seus seguidores começassem a obra que Ele lhes dera, para fazer discípulos de todas as nações (Mateus 28:19-20), até que o Espírito Santo tivesse vindo (Atos 1:4-5).

O livro de Atos detalha o início da igreja e sua propagação miraculosa através do poder do Espírito Santo. Dez dias depois de Jesus ter subido de volta ao céu (Atos 1:9), o Espírito Santo foi derramado sobre 120 dos seguidores de Jesus que esperaram e oraram (Atos 1:15, 2:1-4). Os mesmos discípulos que tinham tremido por medo de serem identificados com Jesus (Marcos 14:30, 50) foram subitamente capacitados a ousadamente proclamar o evangelho do Messias ressuscitado, validando a sua mensagem com sinais milagrosos e maravilhas (Atos 2:4, 41, 3:6-7, 8:7). Milhares de judeus de todas as partes do mundo estavam em Jerusalém para a Festa de Pentecostes. Eles ouviram o evangelho em suas próprias línguas (Atos 2:5-8), e muitos creram (Atos 2:41; 4:4). Os que foram salvos foram batizados, acrescentando diariamente à igreja. Quando a perseguição explodiu, os crentes se espalharam, levando a mensagem do evangelho com eles, e a igreja se espalhou rapidamente para todas as partes da terra conhecida (Atos 8:4; 11:19-21).

O início da igreja envolveu judeus em Jerusalém, mas ela logo se espalhou para outros grupos de pessoas. Em Atos 10, Deus deu a Pedro uma visão que o ajudou a entender que a mensagem de salvação não se limitava aos judeus, mas estava aberta a quem acreditava (Atos 10:34-35, 45). A salvação do eunuco etíope (Atos 8:26-39) e do centurião italiano Cornélio (Atos 10) convenceram os crentes judeus de que a igreja de Deus era mais ampla do que imaginavam. O chamado milagroso de Paulo no caminho de Damasco (Atos 9:1-19) preparou o terreno para uma difusão ainda maior do evangelho aos gentios (Romanos 15:16; 1 Timóteo 2:7).

As palavras proféticas de Jesus a Pedro antes da crucificação provaram ser verdadeiras. Embora a perseguição e as "portas do inferno" tenham lutado contra ela, a igreja só cresce mais forte. Apocalipse 7:9 fornece um vislumbre da igreja como Deus a projetou para ser: "Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro". A igreja que Jesus começou continuará até o dia em que Ele vier nos buscar (João 14:3; 1 Tessalonicenses 4:16-17), quando finalmente estaremos unidos a Ele para sempre como Sua noiva (Efésios 5:27; 2 Coríntios 11:2, Apocalipse 19:7).



 



O que é a rocha em Mateus 16:18?

 Há um grande debate sobre se "a rocha" sobre a qual Cristo edificaria Sua igreja é Pedro ou a confissão de Pedro de que Jesus é "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mateus 16:16). Com toda honestidade, não há como ter certeza absoluta de qual ponto de vista é o correto. A construção gramatical permite os dois.

O primeiro ponto de vista é que Jesus estava declarando que Pedro seria a "rocha" sobre a qual Ele edificaria a Sua igreja. Jesus parece estar usando um jogo de palavras. "Tu és Pedro (petros), e sobre esta pedra (petra) edificarei a minha igreja." Já que o nome de Pedro significa "rocha" e Jesus vai construir a Sua igreja sobre uma rocha, parece que Cristo está ligando os dois. Deus usou Pedro grandemente na fundação da igreja. Foi Pedro quem primeiro proclamou o evangelho no dia de Pentecostes (Atos 2:14-47). Pedro também estava presente quando os samaritanos receberam pela primeira vez o Espírito Santo (Atos 8:14-17), e ele foi o primeiro a levar o evangelho aos gentios (Atos 10:1-48). Em certo sentido, Pedro foi a “fundação” rochosa da Igreja.

A outra interpretação popular da rocha é que Jesus não estava se referindo a Pedro, mas à confissão de fé que Pedro fez no versículo 16: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo." Jesus nunca havia explicitamente ensinado a Pedro e aos outros discípulos a plenitude de Sua identidade, e Ele reconheceu que Deus tinha soberanamente aberto os olhos de Pedro e lhe revelado quem Jesus realmente era. A sua confissão de Jesus como o Filho de Deus jorrou do seu ser, formando uma declaração sincera da fé pessoal de Pedro em Cristo. É essa fé pessoal em Cristo que é a marca do verdadeiro cristão. Todos aqueles que têm colocado a sua fé em Cristo, assim como Pedro o fez, formam a igreja. Pedro expressa esta verdade em 1 Pedro 2:4: "Chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas, para com Deus eleita e preciosa, sois vós também quais pedras vivas, edificados como casa espiritual para serdes um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo."

Após a confissão de Pedro, Jesus declara que Deus tinha revelado a verdade a Pedro. A palavra para "Pedro", Petros, significa "pedra pequena" (cf. João 1:42). Jesus então usou uma palavra relacionada, petra, que significa "uma pedra de fundação". Essa mesma palavra é usada em Mateus 7:24 e 25, quando Jesus descreve a rocha sobre a qual o homem sábio constrói sua casa. O próprio Pedro usa a mesma imagem em sua primeira epístola: a igreja é construída de numerosas pequenas petros, "pedras vivas" (1 Pedro 2:5), que fazem a mesma confissão de que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Estas confissões de fé são os alicerces da igreja.

Além disso, o Novo Testamento deixa claro que Cristo é a fundação (Atos 4:11,12; 1 Coríntios 3:11) da igreja. É um erro pensar que Jesus deu este privilégio a Pedro. De certa forma, todos os apóstolos tiveram um papel fundamental na construção da igreja (Efésios 2:20), mas a posição de primazia é reservada somente para Cristo. Cristo é chamado de "pedra angular" (1 Pedro 2:6, 7; Efésios 2:20, Lucas 20:17, Atos 4:11). Se Cristo é a pedra angular, como poderia ser Pedro a rocha sobre a qual a igreja é construída?

Portanto, as palavras de Jesus em Mateus 16:18 são mais bem interpretadas como um simples jogo de palavras. Uma paráfrase dessa frase seria: "Pedro, você é chamado de ‘pedra pequena’, mas de sua boca veio uma verdade que será a fundação da igreja."

A Igreja Católica Romana afirma que Pedro é a pedra à qual Jesus se refere e então usa essa interpretação como evidência de que ela é a única igreja verdadeira. Entretanto, como vimos, Pedro sendo a rocha não é a única interpretação válida. Mesmo se Pedro for a rocha em Mateus 16:18, isso não daria à Igreja Católica Romana qualquer autoridade. As Escrituras em nenhum lugar registram Pedro estando em Roma. As Escrituras nunca descrevem Pedro tendo autoridade sobre os outros apóstolos ou sendo o principal líder da igreja primitiva. Pedro não foi o primeiro papa. A origem da Igreja Católica não se baseia nos ensinamentos de Pedro ou de qualquer outro apóstolo.

 




Qual o propósito da Igreja?

 Atos 2:42 pode ser considerado como a “frase-propósito” para a igreja: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Então, de acordo com esta Escritura, os propósitos ou atividades da igreja devem ser: (1) o ensino da doutrina bíblica, (2) providenciar um espaço de adoração para os crentes, (3) observar a Ceia do Senhor, e (4) oração.

A igreja deve ensinar a doutrina bíblica para que possamos ter os alicerces de nossa fé. Efésios 4:14 nos diz: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” A igreja deve ser um lugar de comunhão, onde os cristãos possam se devotar uns aos outros e honrar uns aos outros (Romanos 12:10), instruir uns aos outros (Romanos 15:14), ser benignos e misericordiosos uns com os outros (Efésios 4:32), encorajar uns aos outros (I Tessalaonicenses 5:11), e principalmente, amar uns aos outros (I João 3:11).

A igreja deve ser um lugar onde os crentes possam observar a Ceia do Senhor, lembrando-se da morte de Cristo e Seu sangue derramado em nosso favor (I Coríntios 11:23-26). O conceito de “partir o pão” (Atos 2:42) também carrega a idéia de refeições compartilhadas. Este é outro exemplo da igreja promovendo a comunhão. O propósito final da igreja, de acordo com Atos 2:42 é a oração. A igreja também deve ser um lugar que promova a oração, ensine a oração e pratique a oração. Filipenses 4:6-7 nos encoraja: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”

Uma outra “comissão” (tarefa) dada à igreja é proclamar o Evangelho de salvação através de Jesus Cristo (Mateus 28:18-20; Atos 1:8). A igreja é chamada a ser fiel em compartilhar o Evangelho através de palavras e ações. A igreja deve ser um “farol” na comunidade: mostrando às pessoas o caminho para nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A igreja deve tanto promover o Evangelho quanto preparar seus membros para proclamar o Evangelho (I Pedro 3:15).

Tiago 1:27 nos dá alguns propósitos finais da igreja: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” A igreja deve ministrar àqueles que estão em necessidade. Isto inclui não somente compartilhar do Evangelho, mas também providenciar pelas necessidades físicas (comida, roupas, abrigo), quando necessário e apropriado. A igreja deve também equipar os crentes em Cristo com as ferramentas de que necessitam para vencer o pecado e permanecerem livres da contaminação do mundo. Isto é feito pelos princípios dados acima: ensino bíblico e comunhão cristã.

Então, tudo dito, qual o propósito da igreja? Gosto da ilustração em I Coríntios 12:12-27. A igreja é o “corpo” de Deus: somos Suas mãos, boca e pés neste mundo. Devemos fazer as coisas que Jesus Cristo faria se Ele estivesse aqui na terra, fisicamente. A igreja deve ser “cristã”: “como Cristo” e “seguidora de Cristo”.



 




O que é a igreja?

 Hoje em dia, muitas pessoas entendem a igreja como um prédio. Esta não é a compreensão bíblica da igreja. A palavra igreja vem da palavra grega “Ecclesia”, que é definida como “uma assembléia”, ou “os que foram chamados”. O significado primário de “igreja” não é de um prédio, mas de pessoas. É irônico que quando você pergunta às pessoas que igreja freqüentam, geralmente dizem Batista, Metodista, ou outra denominação. Muitas vezes eles se referem à denominação ou ao prédio. Leia Romanos 16:5: “...Saudai também a igreja que está em sua casa.” Paulo se refere à igreja em sua casa, não à igreja prédio, mas um corpo de crentes.

A igreja é o Corpo de Cristo. Efésios 1:22-23 diz: “E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” O Corpo de Cristo é feito de todos os crentes desde o tempo de Pentecoste até ao Arrebatamento. O Corpo de Cristo consiste em dois aspectos:

(1) A igreja universal é a igreja que consiste de todos aqueles que têm um relacionamento pessoal com Jesus Cristo. I Coríntios 12:13-14 diz: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.” Vemos que qualquer pessoa que crer é parte do corpo de Cristo. A verdadeira igreja de Deus não é nenhum prédio de igreja em particular ou denominação. A igreja universal de Deus é composta por todos os que já receberam a salvação através da fé em Cristo Jesus.

(2) A igreja local é descrita em Gálatas 1:1-2: “PAULO, apóstolo ... E todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia.” Aqui vemos que na província de Galácia havia muitas igrejas: o que chamamos de igreja local. Uma igreja Batista, igreja Luterana, igreja Católica, etc, não é A igreja, como a igreja universal, mas ao invés disso, uma igreja local. A igreja universal é composta por aqueles que já confiaram em Cristo para salvação. Estes membros da igreja universal deveriam buscar comunhão e edificação em uma igreja local.

Resumindo, a igreja não é um prédio, ou uma denominação. De acordo com a Bíblia, a igreja é o Corpo de Cristo: todos aqueles que já colocaram sua fé em Jesus Cristo para salvação (João 3:16; I Coríntios 12:13). Há membros da igreja universal (O Corpo de Cristo) em igrejas locais.