segunda-feira, 12 de abril de 2021

 



É Jesus o Messias?

 Jesus é chamado de Messias em Mateus 1:16. Na verdade, cada vez que alguém diz "Jesus Cristo", ele está se referindo a Jesus como o Messias, já que Cristo significa "Messias" ou "Ungido". O Antigo Testamento prediz o Messias, e o Novo Testamento revela que o Messias é Jesus de Nazaré.

Há várias coisas que o povo judeu que antecipava a chegada do Messias esperava que ele fosse, com base em profecias do Antigo Testamento. O Messias seria um homem hebraico (Isaías 9:6), nascido em Belém (Miqueias 5:2), de uma virgem (Isaías 7:14), um profeta semelhante a Moisés (Deuteronômio 18:18), um sacerdote da ordem de Melquisedeque (Salmos 110: 4), um rei (Isaías 11:1-4), o Filho de Davi (Mateus 22:42) que sofreu antes de entrar em sua glória (Isaías 53). Jesus realizou cada uma destas exigências messiânicas.

Jesus cumpriu as exigências do Messias por ser um hebreu da tribo de Judá (Lucas 3:30), e ele nasceu em Belém (Lucas 2:4-7) de uma virgem (Lucas 1:26-27) .

Uma outra prova de que Jesus era o Messias é o fato de que ele era um profeta como Moisés. Tanto Moisés quanto Jesus foram profetas "com quem o SENHOR houvesse tratado face a face" (Deuteronômio 34:10; cf. João 8:38). No entanto, Jesus é um profeta maior do que Moisés porque, enquanto Moisés libertou Israel da escravidão, Jesus nos liberta da escravidão da morte e do pecado. Ao contrário de Moisés, Jesus não se limitou a representar Deus - Ele é Deus (João 10:30). Jesus não apenas nos conduz à Terra Prometida; ele nos leva ao céu por toda a eternidade (João 14:1-3). Por estas e muitas outras razões, Jesus é um profeta maior do que Moisés.

O Messias era para ter deveres sacerdotais; Jesus não era levita, e apenas levitas eram autorizados a ser sacerdotes. Então, como poderia Jesus se qualificar? Jesus é um sacerdote da ordem de Melquisedeque (Gênesis 14; Salmo 110: 4, Hebreus 6:20). Melquisedeque antecedeu o templo judeu, e seu nome significa "Rei da Justiça." Melquisedeque também foi chamado de "Rei de Salém", que significa "Rei da Paz" (Hebreus 7:2). Melquisedeque abençoou Abraão (o maior abençoa o menor, Hebreus 7:7), e Abraão deu a Melquisedeque um dízimo. Assim, como um sacerdote da ordem de Melquisedeque, Jesus é maior do que Abraão (João 8:58) e o sacerdócio levítico. Ele é um sacerdote celestial que ofereceu um sacrifício que remove o pecado permanentemente, não apenas o cobre temporariamente.

Jesus também deve ser um rei a fim de ser o Messias. Jesus era de Judá, a tribo real. Quando Jesus nasceu, magos vieram do oriente procurando o rei dos judeus (Mateus 2:1-2). Jesus ensinou que um dia iria sentar-se em um trono glorioso (Mateus 19:28; 25:31). Muitas pessoas em Israel viram Jesus como o seu rei há muito aguardado e esperavam que ele estabeleceria o seu governo imediatamente (Lucas 19:11), embora o reino de Jesus não seja atualmente deste mundo (João 18:36). No final da vida de Jesus, durante o seu julgamento diante de Pilatos, Jesus não se defendeu, exceto para responder afirmativamente quando Pilatos perguntou se era o Rei dos Judeus (Marcos 15:2).

Uma outra maneira em que Jesus se encaixa na descrição do Antigo Testamento do Messias é que ele era o Servo Sofredor de Isaías 53. Na cruz, Jesus foi "desprezado" e "dele não fizemos caso" (Isaías 53:3). Ele foi "traspassado" (versículo 5) e "oprimido e humilhado" (versículo 7). Ele morreu com ladrões, mas ainda foi enterrado no túmulo de um homem rico (versículo 9; cf. Marcos 15:27; Mateus 27:57-60). Depois de seu sofrimento e morte, Jesus o Messias ressuscitou (Isaías 53:11; cf. 1 Coríntios 15:4) e foi glorificado (Isaías 53:12). Isaías 53 é uma das profecias mais claras que identificam Jesus como o Messias; é a própria passagem que o eunuco etíope estava lendo quando Filipe o encontrou e explicou-lhe sobre Jesus (Atos 8:26-35).

Há outras maneiras em que Jesus é mostrado como sendo o Messias. Cada uma das festas do Senhor no Antigo Testamento se relaciona e é cumprida por Jesus. Quando Jesus veio a primeira vez, ele era o nosso Cordeiro Pascal (João 1:29), o nosso pão ázimo (João 6:35) e as nossas primícias (1 Coríntios 15:20). O derramamento do Espírito de Cristo aconteceu no dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Quando Jesus o Messias voltar, vamos ouvir o grito do arcanjo e o som da trombeta de Deus. Não é por acaso que o primeiro dia do festival de outono é Yom Teruah, a Festa das Trombetas. Depois que Jesus voltar, ele vai julgar a terra. Este é o cumprimento do próximo festival de outono, Yom Kippur, o Dia da Expiação. Então Jesus vai estabelecer o seu reino milenar e reinar do trono de Davi por 1.000 anos; isso completará o último festival de outono, Sukkot ou a Festa dos Tabernáculos, quando Deus habita conosco.

Para aqueles de nós que acreditam em Jesus como Senhor e Salvador, a prova de que ele é o Messias judeu parece esmagadora. Como é que, em geral, os judeus não aceitam Jesus como o Messias? Tanto Isaías quanto Jesus profetizaram uma cegueira espiritual sobre Israel como um julgamento por sua falta de fé (Isaías 6:9-10, Mateus 13:13-15). Além disso, a maioria dos judeus do tempo de Jesus estava procurando um salvador político e cultural, não um Salvador do pecado. Eles queriam que Jesus os libertasse do jugo de Roma e estabelecesse Sião como a capital do mundo (ver Atos 1:6). Eles não conseguiam enxergar como o manso e humilde Jesus poderia fazer isso.

A história de José fornece um interessante paralelo ao messias ausente dos judeus. José foi vendido como escravo por seus irmãos, e depois de muitos altos e baixos, ele foi nomeado primeiro-ministro de todo o Egito. Quando a fome bateu tanto no Egito quanto em Israel, os irmãos de José viajaram para o Egito para conseguir comida, e se encontraram com José -- mas não o reconheceram. O seu próprio irmão se encontrava bem na sua frente, mas ainda não tinham noção. Eles não reconheceram José por uma razão muito simples: ele não se parecia com o que esperavam que ele se parecesse. José estava vestido como um egípcio; ele falava como um egípcio; ele vivia como um egípcio. O pensamento de que ele poderia ser o seu perdido irmão de tanto tempo antes nunca passou pela sua mente – afinal, José era um pastor hebreu, não uma realeza egípcia. De forma semelhante, a maioria dos judeus não reconheceu e nem reconhece Jesus como o Messias. Eles estavam à procura de um rei terreno, não o governante de um reino espiritual. (Muitos rabinos interpretam o Servo Sofredor de Isaías 53 como o povo judeu que tem sofrido nas mãos do mundo.) A cegueira deles era tão grande que nenhuma quantidade de milagres fez uma diferença (Mateus 11:20).

Ainda assim, houve muitos na época de Jesus que viram a verdade sobre Jesus. Os pastores de Belém viram (Lucas 2: 6-17). Simeão no templo viu (versículo 34). Ana viu e "dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém" (versículo 38). Pedro e os outros discípulos viram (Mateus 16:16). Que muitos mais continuem a ver que Jesus é o Messias, Aquele que cumpre a lei e os profetas (Mateus 5:17)
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terça-feira, 6 de abril de 2021

 




Quando a igreja começou?

 A igreja começou no Dia de Pentecostes, cinquenta dias depois da Páscoa, quando Jesus morreu e ressuscitou. A palavra traduzida "igreja" vem de duas palavras gregas que em conjunto significam "chamada do mundo para Deus". A palavra é usada em toda a Bíblia para se referir a todos aqueles que nasceram de novo (João 3:3) pela fé na morte e ressurreição de Jesus (Romanos 10:9-10). A palavra igreja, quando usada em referência a todos os crentes em todos os lugares, é sinônimo do termo Corpo de Cristo (Efésios 1:22-23, Colossenses 1:18).

A palavra igreja aparece pela primeira vez em Mateus 16 quando Jesus diz a Pedro: "e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (versículo 18). A "pedra" aqui é a declaração que Pedro fizera: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (versículo 16). Essa verdade sobre Jesus é o alicerce da igreja que tem florescido por mais de dois mil anos. Todo aquele que faz dessa verdade o fundamento de sua própria vida torna-se membro da igreja de Jesus (Atos 16:31).

As palavras de Jesus, "Eu edificarei a minha igreja", foram uma previsão do que estava prestes a acontecer quando Ele enviou o Espírito Santo para habitar nos crentes (João 15:26-27; 16:13). Jesus ainda tinha que passar pela cruz e experimentar a ressurreição. Embora os discípulos entendessem em parte, o cumprimento de tudo o que Jesus tinha vindo a fazer ainda não tinha sido realizado. Depois de Sua ressurreição, Jesus não permitiu que Seus seguidores começassem a obra que Ele lhes dera, para fazer discípulos de todas as nações (Mateus 28:19-20), até que o Espírito Santo tivesse vindo (Atos 1:4-5).

O livro de Atos detalha o início da igreja e sua propagação miraculosa através do poder do Espírito Santo. Dez dias depois de Jesus ter subido de volta ao céu (Atos 1:9), o Espírito Santo foi derramado sobre 120 dos seguidores de Jesus que esperaram e oraram (Atos 1:15, 2:1-4). Os mesmos discípulos que tinham tremido por medo de serem identificados com Jesus (Marcos 14:30, 50) foram subitamente capacitados a ousadamente proclamar o evangelho do Messias ressuscitado, validando a sua mensagem com sinais milagrosos e maravilhas (Atos 2:4, 41, 3:6-7, 8:7). Milhares de judeus de todas as partes do mundo estavam em Jerusalém para a Festa de Pentecostes. Eles ouviram o evangelho em suas próprias línguas (Atos 2:5-8), e muitos creram (Atos 2:41; 4:4). Os que foram salvos foram batizados, acrescentando diariamente à igreja. Quando a perseguição explodiu, os crentes se espalharam, levando a mensagem do evangelho com eles, e a igreja se espalhou rapidamente para todas as partes da terra conhecida (Atos 8:4; 11:19-21).

O início da igreja envolveu judeus em Jerusalém, mas ela logo se espalhou para outros grupos de pessoas. Em Atos 10, Deus deu a Pedro uma visão que o ajudou a entender que a mensagem de salvação não se limitava aos judeus, mas estava aberta a quem acreditava (Atos 10:34-35, 45). A salvação do eunuco etíope (Atos 8:26-39) e do centurião italiano Cornélio (Atos 10) convenceram os crentes judeus de que a igreja de Deus era mais ampla do que imaginavam. O chamado milagroso de Paulo no caminho de Damasco (Atos 9:1-19) preparou o terreno para uma difusão ainda maior do evangelho aos gentios (Romanos 15:16; 1 Timóteo 2:7).

As palavras proféticas de Jesus a Pedro antes da crucificação provaram ser verdadeiras. Embora a perseguição e as "portas do inferno" tenham lutado contra ela, a igreja só cresce mais forte. Apocalipse 7:9 fornece um vislumbre da igreja como Deus a projetou para ser: "Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro". A igreja que Jesus começou continuará até o dia em que Ele vier nos buscar (João 14:3; 1 Tessalonicenses 4:16-17), quando finalmente estaremos unidos a Ele para sempre como Sua noiva (Efésios 5:27; 2 Coríntios 11:2, Apocalipse 19:7).



 



O que é a rocha em Mateus 16:18?

 Há um grande debate sobre se "a rocha" sobre a qual Cristo edificaria Sua igreja é Pedro ou a confissão de Pedro de que Jesus é "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mateus 16:16). Com toda honestidade, não há como ter certeza absoluta de qual ponto de vista é o correto. A construção gramatical permite os dois.

O primeiro ponto de vista é que Jesus estava declarando que Pedro seria a "rocha" sobre a qual Ele edificaria a Sua igreja. Jesus parece estar usando um jogo de palavras. "Tu és Pedro (petros), e sobre esta pedra (petra) edificarei a minha igreja." Já que o nome de Pedro significa "rocha" e Jesus vai construir a Sua igreja sobre uma rocha, parece que Cristo está ligando os dois. Deus usou Pedro grandemente na fundação da igreja. Foi Pedro quem primeiro proclamou o evangelho no dia de Pentecostes (Atos 2:14-47). Pedro também estava presente quando os samaritanos receberam pela primeira vez o Espírito Santo (Atos 8:14-17), e ele foi o primeiro a levar o evangelho aos gentios (Atos 10:1-48). Em certo sentido, Pedro foi a “fundação” rochosa da Igreja.

A outra interpretação popular da rocha é que Jesus não estava se referindo a Pedro, mas à confissão de fé que Pedro fez no versículo 16: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo." Jesus nunca havia explicitamente ensinado a Pedro e aos outros discípulos a plenitude de Sua identidade, e Ele reconheceu que Deus tinha soberanamente aberto os olhos de Pedro e lhe revelado quem Jesus realmente era. A sua confissão de Jesus como o Filho de Deus jorrou do seu ser, formando uma declaração sincera da fé pessoal de Pedro em Cristo. É essa fé pessoal em Cristo que é a marca do verdadeiro cristão. Todos aqueles que têm colocado a sua fé em Cristo, assim como Pedro o fez, formam a igreja. Pedro expressa esta verdade em 1 Pedro 2:4: "Chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas, para com Deus eleita e preciosa, sois vós também quais pedras vivas, edificados como casa espiritual para serdes um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo."

Após a confissão de Pedro, Jesus declara que Deus tinha revelado a verdade a Pedro. A palavra para "Pedro", Petros, significa "pedra pequena" (cf. João 1:42). Jesus então usou uma palavra relacionada, petra, que significa "uma pedra de fundação". Essa mesma palavra é usada em Mateus 7:24 e 25, quando Jesus descreve a rocha sobre a qual o homem sábio constrói sua casa. O próprio Pedro usa a mesma imagem em sua primeira epístola: a igreja é construída de numerosas pequenas petros, "pedras vivas" (1 Pedro 2:5), que fazem a mesma confissão de que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Estas confissões de fé são os alicerces da igreja.

Além disso, o Novo Testamento deixa claro que Cristo é a fundação (Atos 4:11,12; 1 Coríntios 3:11) da igreja. É um erro pensar que Jesus deu este privilégio a Pedro. De certa forma, todos os apóstolos tiveram um papel fundamental na construção da igreja (Efésios 2:20), mas a posição de primazia é reservada somente para Cristo. Cristo é chamado de "pedra angular" (1 Pedro 2:6, 7; Efésios 2:20, Lucas 20:17, Atos 4:11). Se Cristo é a pedra angular, como poderia ser Pedro a rocha sobre a qual a igreja é construída?

Portanto, as palavras de Jesus em Mateus 16:18 são mais bem interpretadas como um simples jogo de palavras. Uma paráfrase dessa frase seria: "Pedro, você é chamado de ‘pedra pequena’, mas de sua boca veio uma verdade que será a fundação da igreja."

A Igreja Católica Romana afirma que Pedro é a pedra à qual Jesus se refere e então usa essa interpretação como evidência de que ela é a única igreja verdadeira. Entretanto, como vimos, Pedro sendo a rocha não é a única interpretação válida. Mesmo se Pedro for a rocha em Mateus 16:18, isso não daria à Igreja Católica Romana qualquer autoridade. As Escrituras em nenhum lugar registram Pedro estando em Roma. As Escrituras nunca descrevem Pedro tendo autoridade sobre os outros apóstolos ou sendo o principal líder da igreja primitiva. Pedro não foi o primeiro papa. A origem da Igreja Católica não se baseia nos ensinamentos de Pedro ou de qualquer outro apóstolo.

 




Qual o propósito da Igreja?

 Atos 2:42 pode ser considerado como a “frase-propósito” para a igreja: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Então, de acordo com esta Escritura, os propósitos ou atividades da igreja devem ser: (1) o ensino da doutrina bíblica, (2) providenciar um espaço de adoração para os crentes, (3) observar a Ceia do Senhor, e (4) oração.

A igreja deve ensinar a doutrina bíblica para que possamos ter os alicerces de nossa fé. Efésios 4:14 nos diz: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” A igreja deve ser um lugar de comunhão, onde os cristãos possam se devotar uns aos outros e honrar uns aos outros (Romanos 12:10), instruir uns aos outros (Romanos 15:14), ser benignos e misericordiosos uns com os outros (Efésios 4:32), encorajar uns aos outros (I Tessalaonicenses 5:11), e principalmente, amar uns aos outros (I João 3:11).

A igreja deve ser um lugar onde os crentes possam observar a Ceia do Senhor, lembrando-se da morte de Cristo e Seu sangue derramado em nosso favor (I Coríntios 11:23-26). O conceito de “partir o pão” (Atos 2:42) também carrega a idéia de refeições compartilhadas. Este é outro exemplo da igreja promovendo a comunhão. O propósito final da igreja, de acordo com Atos 2:42 é a oração. A igreja também deve ser um lugar que promova a oração, ensine a oração e pratique a oração. Filipenses 4:6-7 nos encoraja: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”

Uma outra “comissão” (tarefa) dada à igreja é proclamar o Evangelho de salvação através de Jesus Cristo (Mateus 28:18-20; Atos 1:8). A igreja é chamada a ser fiel em compartilhar o Evangelho através de palavras e ações. A igreja deve ser um “farol” na comunidade: mostrando às pessoas o caminho para nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A igreja deve tanto promover o Evangelho quanto preparar seus membros para proclamar o Evangelho (I Pedro 3:15).

Tiago 1:27 nos dá alguns propósitos finais da igreja: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” A igreja deve ministrar àqueles que estão em necessidade. Isto inclui não somente compartilhar do Evangelho, mas também providenciar pelas necessidades físicas (comida, roupas, abrigo), quando necessário e apropriado. A igreja deve também equipar os crentes em Cristo com as ferramentas de que necessitam para vencer o pecado e permanecerem livres da contaminação do mundo. Isto é feito pelos princípios dados acima: ensino bíblico e comunhão cristã.

Então, tudo dito, qual o propósito da igreja? Gosto da ilustração em I Coríntios 12:12-27. A igreja é o “corpo” de Deus: somos Suas mãos, boca e pés neste mundo. Devemos fazer as coisas que Jesus Cristo faria se Ele estivesse aqui na terra, fisicamente. A igreja deve ser “cristã”: “como Cristo” e “seguidora de Cristo”.



 




O que é a igreja?

 Hoje em dia, muitas pessoas entendem a igreja como um prédio. Esta não é a compreensão bíblica da igreja. A palavra igreja vem da palavra grega “Ecclesia”, que é definida como “uma assembléia”, ou “os que foram chamados”. O significado primário de “igreja” não é de um prédio, mas de pessoas. É irônico que quando você pergunta às pessoas que igreja freqüentam, geralmente dizem Batista, Metodista, ou outra denominação. Muitas vezes eles se referem à denominação ou ao prédio. Leia Romanos 16:5: “...Saudai também a igreja que está em sua casa.” Paulo se refere à igreja em sua casa, não à igreja prédio, mas um corpo de crentes.

A igreja é o Corpo de Cristo. Efésios 1:22-23 diz: “E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” O Corpo de Cristo é feito de todos os crentes desde o tempo de Pentecoste até ao Arrebatamento. O Corpo de Cristo consiste em dois aspectos:

(1) A igreja universal é a igreja que consiste de todos aqueles que têm um relacionamento pessoal com Jesus Cristo. I Coríntios 12:13-14 diz: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.” Vemos que qualquer pessoa que crer é parte do corpo de Cristo. A verdadeira igreja de Deus não é nenhum prédio de igreja em particular ou denominação. A igreja universal de Deus é composta por todos os que já receberam a salvação através da fé em Cristo Jesus.

(2) A igreja local é descrita em Gálatas 1:1-2: “PAULO, apóstolo ... E todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia.” Aqui vemos que na província de Galácia havia muitas igrejas: o que chamamos de igreja local. Uma igreja Batista, igreja Luterana, igreja Católica, etc, não é A igreja, como a igreja universal, mas ao invés disso, uma igreja local. A igreja universal é composta por aqueles que já confiaram em Cristo para salvação. Estes membros da igreja universal deveriam buscar comunhão e edificação em uma igreja local.

Resumindo, a igreja não é um prédio, ou uma denominação. De acordo com a Bíblia, a igreja é o Corpo de Cristo: todos aqueles que já colocaram sua fé em Jesus Cristo para salvação (João 3:16; I Coríntios 12:13). Há membros da igreja universal (O Corpo de Cristo) em igrejas locais.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Xintoísmo?

 


O que é o Xintoísmo?

O Xintoísmo é uma religião puramente japonesa, cuja origem se encontra na sua história primitiva. É uma das mais antigas religiões do mundo. Os japoneses têm um amor feroz por sua terra e acreditam que as ilhas japonesas foram a primeira criação divina. Na verdade, o Xintoísmo ensina que nenhuma outra terra é divina, tornando o Japão uma terra singular no mundo. Não surpreendentemente, o Xintoísmo não é popular fora do Japão.

As duas doutrinas xintoístas fundamentais são de que o Japão é o país dos deuses e que o seu povo é descendente dos deuses. Este conceito de ascendência divina do povo japonês, assim como a origem divina da terra, tem dado origem a uma convicção de superioridade sobre outros países e povos. Com a exceção de algumas seitas designadas de Xintoísmo, a religião não tem fundador, escritos sagrados ou conjunto oficial de crenças. A adoração ocorre em um dos inúmeros santuários do país, embora muitos japoneses tenham altares em sua casa para um ou mais de um grande número de divindades.

A palavra Shinto vem da palavra chinesa Shen-tao, que significa "o caminho dos deuses". Uma das principais características do Xintoísmo é a noção de kami, o conceito de poder sagrado tanto em objetos animados quanto inanimados. Há em Shinto um poderoso sentido da presença dos deuses e espíritos da natureza. Os deuses do Xintoísmo são numerosos demais para serem agrupados em uma hierarquia, mas a deusa do sol Amaterasu é altamente reverenciada, e o seu grande templo imperial está localizado a cerca de 320 km ao sudoeste de Tóquio. Shinto ensina que o povo japonês descendeu de kami.

O Xintoísmo é inteiramente incompatível com o Cristianismo bíblico. Em primeiro lugar, a ideia de que o povo japonês e suas terras são favorecidos acima de todos os outros contradiz o ensino bíblico de que os judeus são o povo escolhido de Deus: "Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra" (Deuteronômio 7:6). No entanto, embora os judeus sejam o povo escolhido de Deus, eles nunca foram designados como melhores do que qualquer outro povo, e a Bíblia não ensina que eles descenderam diretamente dos deuses.

Em segundo lugar, a Bíblia é clara que não há muitos deuses, mas um só Deus: "Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus" (Isaías 45:5). A Bíblia também ensina que Deus não é uma força impessoal, mas um Pai de amor e carinho para aqueles que o temem (2 Coríntios 6:17-18). Somente Ele criou o universo, e somente Ele reina soberanamente. A ideia de deuses que habitam as rochas, árvores e animais combina duas falsidades diferentes: o politeísmo (a crença em muitos deuses) e o animismo (a crença de que os deuses estão presentes em objetos). Essas são mentiras do pai da mentira, Satanás, que "anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" (1 Pedro 5:8).

Em terceiro lugar, o Xintoísmo promove orgulho e sentimentos de superioridade no povo japonês; tal elitismo é condenado nas Escrituras. Deus odeia o orgulho porque é a mesma coisa que impede as pessoas de buscá-lo com todo o seu coração (Salmo 10:4). Além disso, os ensinamentos da bondade fundamental e origem divina do povo japonês impedem a sua necessidade de um Salvador. Esta é a consequência natural de supor que a própria raça é de origem divina. A Bíblia afirma inequivocamente que "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23), que todos nós precisamos de um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, e que "não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4:12).

Enquanto o Shinto ensina que o kami pode ter comunhão com aqueles que se fizeram dignos através da purificação ritual, o Deus da Bíblia promete estar presente a qualquer um que clamar a Ele por perdão. Nenhuma quantidade de purificação pessoal (uma forma de salvação pelas obras) fará uma pessoa digna da presença de Deus. Só a fé no sangue derramado de Jesus Cristo na cruz pode realizar a limpeza do pecado e nos tornar aceitáveis a um Deus santo. "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5:21).

sexta-feira, 5 de março de 2021

Cientologia

 




É a Cientologia um ramo verdadeiro do Cristianismo ou uma seita?

A Cientologia é uma religião muito difícil de se resumir em apenas alguns parágrafos. Ela tem ganho popularidade devido ao fato de que algumas celebridades de Hollywood a têm adotado. A Cientologia foi fundada em 1953 pelo autor de ficção científica L. Ron Hubbard, apenas quatro anos depois dele ter afirmado: “Gostaria de começar uma religião, pois é com religião que se ganha muito dinheiro”. Foi em religião que ele encontrou riquezas, pois Hubbard se tornou um grande milionário.

A Cientologia ensina que a humanidade é um espírito imortal (chamado de Thetan) não originalmente desse planeta, e que o homem é limitado por matéria, energia, espaço e tempo (MEST – sigla em inglês). Para um cientologista, a salvação é alcançada através de um processo chamado de ‘auditoria’, através do qual 'engramas' (basicamente memórias negativas do passado e de períodos sem consciência que criam um bloqueio de energia) são removidos. A auditoria é um processo muito cumprido e pode custar centenas de milhares de dólares. Quando todos os engramas forem finalmente removidos, o Thetan pode mais uma vez controlar o MEST (matéria, energia, espaço e tempo), ao invés de ser por ele controlado. Até a salvação ser alcançada, cada Thetan é constantemente reencarnado.

A Cientologia é uma religião muito cara de seguir. Todo aspecto da Cientologia tem alguma forma de taxa com ele associado. Por isso que os “assentos” de Cientologia são apenas para os ricos. É uma religião muito estrita e muito punitiva daqueles que gostariam de tentar abandonar seus ensinamentos e membresia. Suas "escrituras" são limitadas apenas às escrituras e ensinamentos de L. Ron Hubbard.

Embora os cientologistas clamem que a Cientologia seja compatível com o Cristianismo, a Bíblia contradiz toda as crenças às quais eles aderem. A Bíblia ensina que Deus é o criador soberano do universo (Gênesis 1:1); a humanidade foi criada por Deus (Gênesis 1:27); a única salvação disponível aos homens é através de graça por fé no trabalho completo de Jesus Cristo (Filipenses 2:8); salvação é um dom gratuito que a humanidade não pode fazer nada para merecer (Efésios 2:8-9); Jesus Cristo vive hoje e está agora mesmo sentado à direita do Deus Pai (Atos 2:33; Efésios 1:20; Hebreus 1:3), esperando pela hora em que reunirá o Seu povo consigo para morar com Ele por toda a eternidade no céu. Todas as outras pessoas serão lançadas em um inferno bastante real, separadas de Deus por toda a eternidade (Apocalipse 20:15).

A Cientologia categoricamente nega a existência do Deus da Bíblia, do céu e do inferno. Para um cientologista, Jesus Cristo foi simplesmente um bom professor injustamente condenado à morte. A Cientologia difere do Cristianismo bíblico em todas as doutrinas importantes. Algumas das diferenças mais importantes estão resumidas abaixo:

Deus: A Cientologia acredita que há múltiplos deuses e que alguns deuses são superiores a outros deuses. O Cristianismo bíblico, por outro lado, reconhece o único Deus verdadeiro que Se revelou a nós através da Bíblia e Jesus Cristo. Aqueles que nEle verdadeiramente acreditam não podem ao mesmo tempo acreditar no falso conceito de Deus ensinado pela Cientologia.

Jesus Cristo: Como com outras seitas, a Cientologia nega a divindade de Cristo. Ao invés de possuir uma visão bíblica de quem Cristo é e o que Ele fez, eles associam Cristo com características de um deus inferior que obteve alguma forma de posição legendária com o passar dos anos. Por outro lado, a Bíblia ensina claramente que Jesus era Deus em carne e que através de Sua encarnação Ele pôde agir como o sacrifício pelos nossos pecados. É através da morte e ressurreição de Cristo que podemos ter a esperança de vida eterna com Deus (João 3:16).

Pecado: A Cientologia acredita na bondade inerente do homem e ensina que é completamente desprezível dizer a um homem que ele é perverso e que precisa se arrepender. Por outro lado, a Bíblia ensina que o homem é um pecador e sua única esperança é receber Cristo como o seu Senhor e Salvador (Romanos 6:23).

Salvação: A Cientologia acredita em reencarnação e que a salvação pessoal na vida de uma pessoa significa apenas obter liberdade do ciclo de nascer e morrer associado com a reencarnação. Acreditam também que a prática religiosa de todas as fés é o caminho universal à sabedoria, entendimento e salvação. Por outro lado, a Bíblia ensina que há apenas um caminho para a salvação, apenas através de Jesus Cristo, o qual disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).

Ao comparar os ensinos da Cientologia com a Bíblia, podemos ver que as duas têm muito pouco (ou nada) em comum. A Cientologia apenas separa ainda mais de Deus e da vida eterna. A Cientologia, embora às vezes disfarce as suas crenças com uma linguagem aparentemente Cristã, na verdade se opõe diametralmente ao Cristianismo em cada crença central. A Cientologia é claramente, e mais definitivamente, não cristã.

quinta-feira, 4 de março de 2021

Rastafarianismo?

 




O que é o Rastafarianismo?

 A palavra Rastafarianismo muitas vezes traz à mente as imagens estereotipadas de dreadlocks (tranças longas sem pentear ou cortar), maconha, as ruas de Kingston, Jamaica, e os ritmos do reggae de Bob Marley. Os rastafarianos não têm líderes universalmente reconhecidos e nem princípios definidores universais. É um movimento da consciência negra -- afro-caribenho -- e há uma divisão entre a religião e a sua acompanhante consciência social, para que as pessoas possam apreciar o que os rastas estão tentando fazer socialmente sem terem que adotar a religião.

O movimento ganha o seu nome do título "Ras Tafari." Na língua etíope (amárico), ras significa "cabeça", "príncipe" ou "marechal de campo", e tafari significa "a ser temido." Dentro do sistema do Rastafarianismo, o termo é uma referência mais particularmente a Ras Tafari Makonnen (1892-1975), que se tornou o imperador etíope Haile Selassie I (o seu nome de batismo cristão) após a sua coroação em 1930, quando Selassie foi louvado com os títulos de "Leão de Judá , eleito de Deus, Rei dos Reis." Isso enviou uma onda de choque através da cultura afro-caribenha. Nas ruas de Kingston, Jamaica, pregadores como Joseph Hibbert começaram a declarar que Haile Selassie era o tão esperado Messias, a segunda vinda de Cristo. Assim nasceu um ramo do Rastafári que adorava Selassie como o Deus vivo e messias negro que iria dominar a ordem existente e inaugurar um reinado dos negros.

Um outra ramo do Rasta surgiu ao lado da pista messiânica. Este grupo tem as suas origens em Leonard Percival Howell e possui elementos hindus definidos. Em algum momento no início e meados dos anos 1930, Howell produziu um panfleto de 14 páginas, "A Chave Prometida", que lançou as bases para uma segunda trilha dentro do Rastafarianismo que foi influenciada pelo Hinduísmo e pelo Rosacrucianismo. Muitos dos líderes deste ramo também têm sido maçons. O resultado tem sido uma espécie de panteísmo rastafári que procura pelo "Espírito Leão em cada um de nós: o espírito de Cristo."

Podemos resumir a teologia Rastafári como evidenciada na pista panteísta: a crença de que "Deus é o homem e o homem é Deus"; que a salvação é terrena; que os seres humanos são chamados a celebrar e proteger a vida; que a palavra falada como uma manifestação da presença e poder divinos pode [ambos] criar e trazer destruição; que o pecado é pessoal e social; e que os irmãos Rasta são o povo escolhido para manifestar o poder de Deus e promover a paz no mundo.

Ambas as faixas do Rasta estão em contraste direto com a Palavra de Deus revelada na Bíblia. Primeiro, Haile Selassie não é o Messias. Aqueles que o adoram como tal adoram um deus falso. Há apenas um Rei dos Reis e um Leão de Judá, - Jesus Cristo (Apocalipse 5:5; 19:16), que irá retornar no futuro para estabelecer o Seu reino terreno. Precedendo a Sua vinda, haverá uma grande tribulação, após a qual o mundo inteiro vai ver Jesus "vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória" (ver Mateus 24:29-31). Haile Selassie era um homem e, como todos os homens, ele nasceu, viveu e morreu. Jesus Cristo, o verdadeiro Messias, está vivo e sentado à direita do Pai (Hebreus 10:12).

O ramo panteísta do Rasta é igualmente falso e baseado na mesma mentira que Satanás tem dito à humanidade desde o jardim do Éden: "você será como Deus" (Gênesis 3:4). Há um só Deus, não muitos, e embora os crentes sejam habitados pelo Espírito Santo e pertençam a Deus, não são Deus. "…. eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim" (Isaías 46:9). Além disso, a salvação não é terrena; esse é um outro ensinamento anti-bíblico que segue a ideia de "salvação pelas obras". Nenhuma quantidade de obras terrenas ou boas ações pode nos tornar aceitáveis a um Deus santo e perfeito, e é por isso que Ele enviou o Seu Filho santo e perfeito para morrer na cruz para pagar a pena pelos nossos pecados (2 Coríntios 5:21). Finalmente, os rastafáris não são o povo escolhido de Deus. A Bíblia é clara que os judeus são o povo escolhido de Deus e que Ele ainda não completou o Seu plano para a sua redenção (Êxodo 6:7, Levítico 26:12, Romanos 11:25-27).

ocultismo?

 




O que é o ocultismo?

O dicionário define o oculto como "aquilo que é escondido, secreto e misterioso, particularmente no que se relaciona ao sobrenatural." Alguns exemplos de práticas ocultas são a astrologia, a bruxaria (Wicca), as artes negras, a cartomancia, a magia (tanto negra quanto branca), as tábuas Ouija , as cartas de tarô, o espiritismo, a parapsicologia e o satanismo. Os seres humanos têm sido sempre interessados no ocultismo, desde os tempos antigos até hoje. As práticas ocultas e fenômenos psíquicos têm cativado milhões de pessoas em todo o mundo, e isso não se limita aos ignorantes ou incultos. Existem vários fatores que tornam o ocultismo fascinante para todos, até mesmo em nossa época de avanços tecnológicos e científicos.

Por um lado, as práticas ocultas apelam à nossa curiosidade natural. Muitas pessoas que se envolvem com o ocultismo começam com práticas "inofensivas", como brincar com um tabuleiro Ouija por curiosidade. Muitos que começaram desta forma encontraram-se se aprofundando cada vez mais no ocultismo. Infelizmente, este tipo de envolvimento é semelhante à areia movediça - fácil de entrar e difícil de sair. Um outro fascínio do ocultismo é que ele parece oferecer respostas rápidas e fáceis para as questões da vida. O astrólogo alegremente mapeia o seu futuro, o tabuleiro Ouija e cartas de tarô dão-lhe direção e o psíquico ajuda-lhe a entrar em contato com a sua tia Esther, a qual lhe diz que tudo está bem na outra vida. As práticas ocultas são controladas por demônios que oferecem informações suficientes para manter as suas vítimas fascinadas, enquanto exercem cada vez mais controle sobre os corações e mentes crédulas.

O perigo das práticas ocultistas não pode ser enfatizado demais. A Bíblia nos diz que Deus detesta o ocultismo e advertiu os israelitas a não se envolverem com essas coisas. As nações pagãs que circundavam Israel estavam mergulhadas no ocultismo - adivinhação, magia, feitiçaria, espiritismo- e esta é uma razão pela qual Deus deu ao seu povo a autoridade para expulsá-las da terra (Deuteronômio 18:9-14). O Novo Testamento nos diz que o aumento de interesse pelo ocultismo é um sinal do fim dos tempos: "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios" (1 Timóteo 4:1).

Como devemos reconhecer o oculto e aqueles que o promovem? O incidente envolvendo Paulo e Barnabé nos primeiros dias da igreja é um bom lugar para começar. "Havendo atravessado toda a ilha até Pafos, encontraram certo judeu, mágico, falso profeta, de nome Barjesus, o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, que era homem inteligente. Este, tendo chamado Barnabé e Saulo, diligenciava para ouvir a palavra de Deus. Mas opunha-se-lhes Elimas, o mágico (porque assim se interpreta o seu nome), procurando afastar da fé o procônsul. Todavia, Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, fixando nele os olhos, disse: Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor?" (Atos 13:6-10).

Dessa narrativa, vemos várias características dos envolvidos no ocultismo. Eles são falsos profetas (v. 6) que negam as doutrinas básicas do Cristianismo: a divindade de Cristo, a queda do homem em pecado, céu, inferno, salvação e a obra expiatória de Cristo na cruz. Em segundo lugar, buscam influenciar as pessoas, particularmente aquelas em posições de poder, para afastá-las da fé (versículos 6-7). Em terceiro lugar, fazem tudo ao seu alcance para impedir que o verdadeiro evangelho de Cristo seja espalhado, opondo-se aos Seus ministros em cada chance (versículo 8). Quando a verdade do evangelho da salvação pela fé em Cristo é reduzida, aguada ou categoricamente rejeitada, Satanás e seus demônios se alegram.

Não há dúvidas quanto ao fato de que o oculto em todas as suas formas deve ser evitado. Devemos ser "sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" (1 Pedro 5:8). Parte de ser sóbrio e vigilante é ser sábio quanto aos esquemas de Satanás, mas isso não significa se aprofundar nos detalhes de cada prática e fenômeno oculto. Em vez disso, devemos entender o objetivo final do diabo –a destruição das nossas almas – e nos proteger colocando a "armadura de Deus" (Efésios 6:10-18). Só então poderemos permanecer firmes e extinguir os "dardos inflamados" do maligno.

Tradução do Novo Mundo

 



É a Tradução do Novo Mundo uma versão válida da Bíblia?

 Tradução do Novo Mundo (TNM) é definida pela organização-mãe das Testemunhas de Jeová (Sociedade Torre de Vigia) como "uma tradução das Sagradas Escrituras feita diretamente do hebraico, aramaico e grego ao inglês moderno por um comitê de testemunhas ungidas de Jeová". A TNM é o trabalho anônimo do "Comitê de Tradução da Bíblia Novo Mundo." As Testemunhas de Jeová afirmam que o anonimato existe para que o crédito do trabalho vá para Deus. Claro que isso também tem a vantagem de proteger os tradutores de qualquer responsabilidade pelos seus erros e evita que os verdadeiros estudiosos verifiquem as suas qualificações acadêmicas.

A Tradução do Novo Mundo é singular em uma coisa – ela é o primeiro esforço sistemático e intencional de produzir uma versão completa da Bíblia que é editada e revisada para o fim específico de concordar com a doutrina de um grupo. As Testemunhas de Jeová e a Sociedade Torre de Vigia perceberam que as suas crenças contradizem as Escrituras. Então, ao invés de conformar as suas crenças com as Escrituras, eles alteraram as Escrituras para que concordassem com as suas crenças. O "Comitê de Tradução da Bíblia Novo Mundo" mudou qualquer Escritura que não estivesse de acordo com a teologia das Testemunhas de Jeová. Isto é claramente demonstrado pelo fato de que, na medida em que as novas edições para a Tradução do Novo Mundo foram publicadas, outras alterações foram feitas ao texto bíblico. Enquanto os cristãos bíblicos continuaram a apontar Escrituras que defendem claramente a divindade de Cristo (por exemplo), a Sociedade Torre de Vigia continuava a publicar uma nova edição da Tradução do Novo Mundo com essas Escrituras alteradas. Encontre a seguir alguns dos exemplos mais proeminentes das revisões intencionais:

A Tradução do Novo Mundo traduz o termo grego staurós ("cruz") como "estaca de tortura" porque as Testemunhas de Jeová não acreditam que Jesus foi crucificado numa cruz. A Tradução do Novo Mundo não traduz a palavra hebraica sheol ou as palavras gregas hades, gehenna e tartarus como "inferno" porque as Testemunhas de Jeová não acreditam no inferno. A TNM dá a tradução "presença" em vez de "vinda" para a palavra grega parousia porque as Testemunhas de Jeová acreditam que Cristo já voltou no início do século XX. Em Colossenses 1:16, a TNM insere a palavra "outras" apesar de ela estar completamente ausente do texto original grego. Isso é feito para dar a ideia de que "todas as outras coisas" foram criadas por Cristo, em vez de o que o texto diz: "todas as coisas foram criadas por Cristo." Isso é para corresponder com a sua crença de que Cristo é um ser criado, e acreditam assim por negarem a Trindade.

A mais conhecida de todas as perversões da Tradução do Novo Mundo é João 1:1. O texto original grego diz: "O Verbo era Deus." A TNM traduz assim: "a Palavra era um deus." Isso é uma questão de forçar a própria teologia preconcebida no texto, em vez de permitir que o texto fale por si mesmo. Não há o artigo indefinido no grego. Assim, qualquer uso de um artigo indefinido em uma tradução deve ser adicionado pelo tradutor. Isso é gramaticalmente aceitável em nossa língua, contanto que não mude o sentido do texto.

Há uma explicação perfeitamente boa para por que theos não tem o artigo definido em João 1:1 e por que a Tradução do Novo Mundo comete um erro ao adicioná-lo. Há três regras gerais que precisamos entender para ver o porquê.

1. Em grego, a ordem das palavras não determina o uso da palavra. Em português, a frase é estruturada de acordo com a ordem das palavras: Sujeito - Verbo - Objeto. Assim, "Harry chamou o cão" não é equivalente a "O cão chamou Harry." Mas, em grego, a função de uma palavra é determinada pela desinência ligada à raiz da palavra. Em João 1:1, há dois finais possíveis para a raiz theo... uma é "s" (theos), a outra é "n" (theon). O final "s" normalmente identifica um substantivo como sendo o sujeito de uma frase, enquanto que o final "n" normalmente identifica um substantivo como sendo o objeto direto.

2. Quando um substantivo está funcionando como um predicado nominal, a sua desinência deve coincidir com o caso do substantivo que designa, de modo que o leitor vai saber qual substantivo está sendo definido. Portanto, theo deve tomar o final "s" porque está renomeando logos. Por isso, João 1:1 translitera para: "kai theos en ho logos". É theos o sujeito, ou é logos? Ambos têm o "s" final. A resposta é encontrada na próxima regra.

3. Nos casos em que dois nomes aparecem e ambos possuem o mesmo final, o autor muitas vezes adiciona o artigo definido à palavra que é o sujeito a fim de evitar confusão. João colocou o artigo definido em logos ("a Palavra") em vez de theos. Sendo assim, logos é o sujeito e theos é o predicado nominal. Em português, isso resulta em João 1:1 sendo lido como: "e o Verbo era Deus" (em vez de "e Deus era o verbo").

A evidência mais reveladora da tendência da Torre de Vigia é a sua técnica de tradução inconsistente. Durante todo o Evangelho de João, a palavra grega theon ocorre sem um artigo definido. A Tradução do Novo Mundo não traduz nenhum deles como "um deus". Apenas 3 versículos depois de João 1:1, a Tradução do Novo Mundo traduz mais um caso de theos sem o artigo indefinido como "Deus". Ainda mais inconsistente, em João 1:18, a TNM traduz o mesmo termo tanto como "Deus" e "deus" na mesma frase.

A Torre de Vigia, portanto, não tem fundamentos textuais para a sua tradução – apenas a sua própria tendência teológica. Embora os defensores da Tradução do Novo Mundo talvez tenham sucesso em mostrar que João 1:1 poderia ter sido traduzido como foi, eles não podem mostrar que é a tradução correta. Também não podem explicar por que não traduzem as mesmas frases gregas em outras partes do Evangelho de João da mesma maneira. É somente a rejeição pré-concebida e herética da divindade de Cristo que obriga a Sociedade Torre de Vigia a traduzir o texto grego de forma inconsistente, permitindo assim que o seu erro ganhe uma aparência de legitimidade aos ignorantes dos fatos.

Apenas as crenças pré-concebidas e heréticas da Torre de Vigia estão por trás da tradução desonesta e inconsistente da Tradução do Novo Mundo. Essa tradução definitivamente não é uma versão válida da Palavra de Deus. Existem pequenas diferenças entre todas as grandes traduções da Bíblia em português; nenhuma tradução é perfeita. No entanto, outros tradutores da Bíblia cometem erros pequenos na tradução do texto grego e hebraico. Por outro lado, a TNM intencionalmente adapta a tradução do original para que entre em conformidade com a teologia da Testemunha de Jeová. A Tradução do Novo Mundo é uma perversão, e não uma versão da Bíblia.

Nova Era?

 





O que é o movimento da Nova Era?

 A expressão "Nova Era" surgiu na década de 1970 e 1980. Ela foi promovida pela circulação do "New Age Journal" e um livro de Mark Satin chamado Política da Nova Era. O best-seller de Marilyn Ferguson, A Conspiração Aquariana, foi uma apresentação da agenda social e visão filosófica da Nova Era. A obra de Ferguson alcançou posição de escritura não oficial do movimento. Como Russell Chandler, um escritor para o Los Angeles Times, escreveu em Compreendendo a Nova Era: "Se Ferguson escreveu a ‘Bíblia’ da Nova Era, então Shirley MacLaine é a sua sacerdotisa."

O livro de Shirley MacLaine, Minhas Vidas, narra a sua conversão relutante à crença da Nova Era. Este livro descreve suas viagens e estudos, que incluem as dimensões de ficção científica, viagens para fora do corpo, contato com seres extraterrestres, "canalização de transe" (sessões espíritas) e uma "visita guiada" do mundo invisível. O segundo livro de MacLaine, Dançando na Luz, fala sobre o seu alcance no mundo do yoga, reencarnação, cristais, mantras hindus e experiências de recordação de vidas passadas mediadas através da acupuntura. Seus guias espirituais informaram-lhe que cada indivíduo é Deus, e ela passou adiante a "sabedoria" de que a pessoa é ilimitada; ela só tem de perceber isso. (Chandler, página 6-2).

Sendo assim, o pensamento da Nova Era tem suas raízes no misticismo oriental que ignora a mente. Há um novo órgão de percepção - o terceiro olho - que fornece a luz espiritual. É preciso chegar ao "eu psíquico" por treinar a si mesmo a ignorar as mensagens da mente ou ao ver que a mente está, na verdade, alcançando a "consciência cósmica". A mente pode criar a realidade.

Neil Anderson em seu livro, Walking through the Darkness (Andando pela Escuridão), escreve o seguinte sobre o Movimento da Nova Era: "O movimento da Nova Era não é visto como uma religião, mas como uma nova forma de pensar e compreender a realidade. É muito atraente ao homem natural que tem se desiludido com a religião organizada e com o racionalismo ocidental. Ele deseja a realidade espiritual, mas não quer desistir do materialismo, lidar com os seus problemas morais ou estar sob autoridade" (página 22). Anderson passa a resumir o modo de pensar da Nova Era (páginas 22-24 do livro em inglês) da seguinte forma:

(1) É monismo. A crença de que tudo é um e um é tudo. A história não é a narração da queda da humanidade no pecado e sua restauração pela graça salvadora de Deus. Pelo contrário, é a queda da humanidade na ignorância e a ascensão gradual à iluminação.

(2) Tudo é Deus. Se tudo é um, inclusive Deus, então deve-se concluir que tudo é Deus. Isso é panteísmo – árvores, caracóis, livros e pessoas são todos de uma só essência divina. Um Deus pessoal que se revelou na Bíblia e em Jesus Cristo é completamente rejeitado. Uma vez que Deus é impessoal, o seguidor da Nova Era não tem que servi-lo. Deus é um "objeto", não uma "pessoa".

(3) Há uma mudança na consciência. Se somos Deus, precisamos saber que somos Deus. Devemos nos tornar cosmicamente conscientes, esclarecidos ou em sintonia com a consciência cósmica. Alguns que chegam a este estado iluminado afirmam serem "nascidos de novo"- uma falsificação da conversão bíblica. O essencial não é se acreditamos ou meditamos, mas em quem acreditamos e no que meditamos. Cristo é a realidade verdadeira, objetiva e pessoal, já que disse ser o caminho, a verdade e a vida e que ninguém vem ao Pai senão por Ele (João 14:6).

(4) Um otimismo evolucionário cósmico é ensinado. Há uma Nova Era por vir. Haverá uma nova ordem mundial, um novo governo mundial. Os seguidores da Nova Era acreditam que eventualmente haverá uma unificação progressiva da consciência mundial. Isto, de acordo com a Bíblia, é um falso reino liderado pelo próprio Satanás. Cristo tem o verdadeiro reino, e Ele um dia reinará na Terra com paz para todos os que O aceitam como Salvador e Rei (Apocalipse 5:13).

(5) A Nova Era cria a sua própria realidade. Esse modo de pensar acha que pode criar a realidade através da sua crença e, ao alterar aquilo em que acredita, pode mudar a realidade. Todos os limites morais foram apagados. Não há absolutos porque não há distinção entre o bem e o mal. Nada é real até que se diga que é realidade ou que é verdade. Se o homem finito puder criar a verdade, então estamos em grandes apuros em nossa sociedade. A menos que existam absolutos eternos do Deus eterno, o homem acabará sendo a sua própria destruição.

(6) Os seguidores da Nova Era fazem contato com o reino das trevas. Chamar um médium de "canalizador" e um demônio de "guia espiritual" não muda a realidade do que são. Este é o reino das trevas do qual Satanás é o cabeça. As pessoas envolvidas neste tipo de atividade estão em contato com um mundo que é totalmente contra o Deus bíblico revelado a nós através da pessoa de Jesus Cristo, o qual derrotou Satanás (Mateus 4:1-11, Colossenses 2:15, Hebreus 2:14-18 ).

O movimento da Nova Era é uma falsa religião que apela aos sentimentos dos indivíduos, levando-os a pensar que são Deus e que podem melhorar as suas vidas através de si mesmos. A realidade é que nascemos, crescemos, vivemos um tempo no planeta Terra e morremos. Os seres humanos são finitos. Nunca podemos ser Deus. Precisamos de alguém maior do que nós mesmos e que possa fornecer-nos o perdão e a vida eterna. Louvado seja o Senhor pelo Deus-homem, Jesus Cristo. Através da Sua morte e ressurreição corporal, Ele conquistou para nós algo de que precisamos desesperadamente: o perdão de Deus, uma vida de propósito e significado e a certeza da vida eterna após a morte. Não deixe de ver quem Jesus Cristo é e o que Ele tem feito por você. Leia João capítulo 3. Peça a Cristo para ser o seu Salvador. A sua vida será transformada, e você vai saber quem é, por que está aqui e para onde está indo.

Testemunha de Jeová

 

Eu sou uma Testemunha de Jeová. Por que devo pensar em me tornar um cristão?




Talvez a semelhança mais importante entre os cristãos evangélicos e Testemunhas de Jeová seja a nossa crença e confiança na Bíblia como a autoridade final inspirada por Deus sobre questões relacionadas a Deus e Suas expectativas para nós. Embora possamos entender as coisas de forma diferente, as Testemunhas de Jeová devem ser altamente elogiadas por sua dependência e diligência no estudo das Sagradas Escrituras para conhecer a Deus e Sua vontade. Como os bereanos, seria sensato de nossa parte examinar todas as coisas da vida à luz das Escrituras. Para esse fim, examinaremos alguns versículos da Tradução do Novo Mundo para esclarecer alguns mal-entendidos comuns.

O nome de Deus

Os cristãos recebem esse nome por serem seguidores e adoradores de Jesus Cristo, sendo chamados pela primeira vez de "cristãos" em Antioquia, durante o ministério de Paulo (Atos 11:26). Paulo repetidamente deixou claro que ser cristão era ser uma testemunha diante dos homens sobre a pessoa, palavras e obras de Cristo. As Testemunhas de Jeová, por outro lado, acreditam que devemos concentrar a nossa adoração exclusivamente em Deus Pai (que é muitas vezes mencionado na Bíblia como "Jeová"). O nome "Jeová", no entanto, era um nome híbrido criado pelos cristãos ao adicionarem vogais para o tetragrama "YHWH", que era a tradução original do que hoje conhecemos como "Yahweh" em hebraico e "Jeová" no grego. Os cristãos evangélicos entendem que Jesus é Deus em toda a Sua plenitude, iguais em divindade, mas diferentes em função. Os cristãos reconhecem que um dos nomes de Deus Pai é o Senhor; no entanto, existem muitos outros nomes e títulos que as Escrituras usam em referência a Deus Pai.

As Testemunhas de Jeová entendem que Jesus é o Arcanjo Miguel e negam categoricamente a Sua divindade. Como veremos, se entendermos que Jesus é outra coisa senão Deus, muitos versículos apresentam contradições óbvias. No entanto, sabemos que a Palavra de Deus é infalível e não se contradiz. Portanto, devemos entender a sua verdade de uma forma que seja consistente e fiel à Sua revelação. Você vai notar que esses mesmos versículos não têm qualquer contradição se entendermos que Jesus é o Filho de Deus - a plenitude de Deus em forma corpórea – que abriu mão dos Seus direitos para ser o servo sofredor e o sacrifício pelos nossos pecados. (Todos os versículos foram citados diretamente da tradução do Novo Mundo usada pelas Testemunhas de Jeová. Grifo em negrito nosso.)

Glória de Deus

(Versículos a respeito de Deus Pai)

Isaías 42:8 "Eu sou Jeová. Este é meu nome; e a minha própria glória não darei a outrem, nem o meu louvor a imagens entalhadas."

Isaías 48:11 "... E a minha própria glória não darei a outrem."

(Versículos sobre Jesus)

João 8:54 "... É meu Pai quem me glorifica, aquele que dizeis ser vosso Deus"

João 16:14 "Esse me glorificará..."

João 17:1 "...Pai, veio a hora; glorifica o teu filho..."

João 17:5 "De modo que agora, Pai, glorifica-me junto de ti com a glória que eu tive junto de ti antes de haver o mundo."

Filipenses 2:10 "a fim de que, no nome de Jesus, se dobre todo joelho dos no céu, e dos na terra, e dos debaixo do chão"

Hebreus 5:5 "Assim, também, o Cristo não se glorificou a si mesmo por se tornar sumo sacerdote, [foi glorificado por aquele] que falou com referência a ele: ‘Tu és meu filho; hoje eu me tornei teu pai.’"

O Salvador

(Sobre o Pai)

Isaías 43:3 “Porque eu sou Jeová, teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador”

Isaías 43:11 “Eu é que sou Jeová, e além de mim não há salvador”

Isaías 45:21 “Não fui eu, Jeová, além de quem não há outro Deus; Deus justo e Salvador, não havendo outro além de mim?”

(Sobre Jesus)

Lucas 2:11 “porque hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é Cristo, [o] Senhor…”

Atos 13:23 “Da descendência deste [homem], segundo a sua promessa, Deus trouxe a Israel um salvador, Jesus.”

Tito 1:4 “…Haja benignidade imerecida e paz da parte de Deus, [o] Pai, e de Cristo Jesus, nosso Salvador.”

No nome de quem devemos ter fé?

(dito sobre Jesus ou por Jesus)

João 14:12 “Digo-vos em toda a verdade: Quem exercer fé em mim, esse fará também as obras que eu faço.…”

Atos 4:12 “Outrossim, não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens, pelo qual tenhamos de ser salvos.”

Atos 26:18 “…e uma herança entre os santificados pela [sua] fé em mim.”

Revelação 2:13 "Sei onde estás morando, isto é, onde está o trono de Satanás; contudo, persistes em apegar-te ao meu nome e não negaste a tua fé em mim..."

João 20:28 "Em resposta, Tomé disse-lhe: ‘Meu Senhor e meu Deus!’"

João 20:31 "Mas, estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que, por crerdes, tenhais vida por meio do seu nome."

Atos 2:38 "Pedro [disse] a eles: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado no nome de Jesus Cristo…"

1 João 3:23 "Deveras, este é o seu mandamento, que tenhamos fé no nome do seu Filho Jesus Cristo…"

Criado ou Criador?

As Testemunhas de Jeová ensinam que Jeová criou Jesus como um anjo e que Jesus, então, criou todas as outras coisas. O que dizem as Escrituras?

(Sobre o Pai)

Isaías 66:2 "Ora, todas estas coisas foram feitas pela minha própria mão, de modo que todas elas vieram a existir…"

Isaías 44:24 "...“Eu, Jeová, faço tudo, estendendo os céus por mim mesmo..."

(Sobre Jesus)

João 1:3 “Todas as coisas vieram à existência por intermédio dele, e à parte dele nem mesmo uma só coisa veio à existência. O que veio à existência.” Se todas as coisas vieram à existência por meio de Jesus, então Ele não poderia ter sido criado porque está incluído em "todas as coisas".

Status, Nomes e Títulos de Jesus e Jeová

Isaías 9:6 "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o domínio principesco virá a estar sobre o seu ombro. E será chamado pelo nome de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz."

Revelação 1:8 "‘Eu sou o Alfa e o Ômega’, diz Jeová Deus, ‘Aquele que é, e que era, e que vem, o Todo-poderoso.’"

Revelação 1:17-18 "… Eu sou o Primeiro e o Último, e o vivente; e fiquei morto, mas, eis que vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e do Hades.’"

Revelação 2:8 "Estas coisas diz aquele, ‘o Primeiro e o Último’, que ficou morto e passou a viver [novamente]..."

Revelação 22:12-16 “Eis que venho depressa, e a recompensa que dou está comigo, para dar a cada um conforme a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim. Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos dar testemunho destas coisas para as congregações. Eu sou a raiz e a descendência de Davi, e a resplandecente estrela da manhã."

Revelação 21:6-7 “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A todo aquele que tiver sede darei gratuitamente da fonte da água da vida. Todo aquele que vencer herdará estas coisas, e eu serei o seu Deus e ele será o meu filho.” Se Jeová é o Alfa e o Ômega (a primeira e a última letra grega), então o "primeiro e o último" deve referir-se a Jeová, assim as Testemunhas afirmam. Mas quando Jeová morreu? O único "primeiro e último" que morreu e viveu de novo é Jesus.

Hebreus 1:13 “Mas, com referência a qual dos anjos disse ele alguma vez: ‘Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés?’”

Verdade e Unidade

A expiação substitutiva de Jesus foi aceita por uma razão: Deus só aceita a Sua própria justiça. A justiça de um homem ou um anjo é insuficiente porque não pode satisfazer o padrão santo e perfeito da justa lei de Deus. Jesus foi o único sacrifício adequado porque Ele era a justiça de Deus, e como a lei de Deus exigia que sangue fosse derramado, Jesus se fez carne para que pudesse ser um resgate para todos os que creem no Seu nome.

Observe que se entendermos que Jesus é Deus encarnado, então todos os versículos acima podem ser entendidos como verdadeiros e coerentes entre si em suas reivindicações. Podem também ser compreendidos claramente no seu sentido simples e literal. No entanto, se tentarmos sugerir que Jesus é algo menos do que Deus - o arcanjo Miguel - então estes versículos são mutuamente exclusivos e não podem ser todos verdadeiros quando tomados em seu contexto natural. Portanto, a verdade da Palavra de Deus exige que cheguemos a um entendimento em que toda a Escritura é unificada, interconectada, interdependente, inerrante e verdadeira. Essa verdade unificadora só pode ser encontrada na pessoa e na divindade de Jesus Cristo. Que possamos ver a verdade revelada nas Escrituras como ela é, não como cada um de nós gostaria que fosse, e que Deus possa receber toda a glória.

 

Eu sou um mórmon. Por que devo pensar em me tornar um cristão?

Se assumirmos que a Bíblia é a Palavra de Deus (tanto Joseph Smith quanto Brigham Young acreditavam nisso), então o exame das crenças fundamentais do Mormonismo e dos Santos dos Últimos Dias (se essas crenças forem confiáveis) deve mostrar que são coerentes com o que a Bíblia ensina. Qualquer pessoa de qualquer religião - ou de nenhuma religião - que perguntar: "Por que devo pensar em me tornar um cristão?" deve considerar as reivindicações do Cristianismo. Como um mórmon fazendo esta pergunta, considerar a diferença entre os princípios do Cristianismo bíblico e da filosofia dos Santos dos Últimos Dias deve ser a principal área de investigação. Portanto, vamos examinar quatro áreas de divergência entre eles.

1) O Mormonismo ensina a dependência em fontes extrabíblicas. A Bíblia ensina que é suficiente na instrução para toda a vida cristã (2 Timóteo 3:16), e Deus pronunciou uma maldição especificamente sobre quem dissesse ter autoridade para acrescentar ao que Ele havia revelado na Bíblia. Em outras palavras, Deus pronunciou que a Sua revelação escrita era completa (Apocalipse 22:18-19). Portanto, não há razão para que Deus escreva mais. Um Deus que escreve Suas Escrituras, diz que é completa, e depois percebe que esqueceu algo ou não planejou o futuro ou não sabia o suficiente para escrever tudo da primeira vez. Tal Deus não é o Deus da Bíblia. No entanto, o Mormonismo ensina que a Bíblia é apenas uma de quatro fontes; as outras três sendo o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e A Pérola de Grande Valor. Estas três vieram de um único homem que declarou que elas são inspiradas por Deus apesar de serem contrárias ao primeiro e único verdadeiramente inspirado texto. Deus declarou que Sua revelação escrita para a humanidade estava completa quando terminou o texto bíblico. Adicionar material à Escritura e chamá-lo de inspiração é contradizer Deus.

2) O Mormonismo promove um deus inferior e ensina que Deus nem sempre foi o Ser Supremo do universo, mas atingiu essa posição através de uma vida justa. No entanto, quem determina o que é justo? Esse padrão só pode vir de Deus. Assim, o ensino de que Deus se tornou Deus ao satisfazer um padrão predeterminado proveniente de Deus é uma contradição. Além disso, um deus que não é eterno e auto-existente não é o Deus da Bíblia. A Bíblia ensina que Deus é eternamente auto-existente (Deuteronômio 33:27, Salmo 90:2, 1 Timóteo 1:17), e não foi criado, mas é o próprio Criador (Gênesis 1, Salmo 24:1, Isaías 37:16; Colossenses 1:17-18).

3) O Mormonismo ensina uma visão inflada da humanidade que é completamente inconsistente com o ensino bíblico. O Mormonismo ensina que qualquer ser humano também pode se tornar um deus. No entanto, a Bíblia ensina repetidamente em centenas de versículos que somos todos inerentemente pecadores (Jeremias 17:9, Romanos 3:10-23; 8:7), e que só Deus é Deus (1 Samuel 2:2, Isaías 44:6, 8, 46:9). Isaías 43:10 registra as próprias palavras de Deus: "Antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá." Como o Mormonismo pode afirmar que o homem vai se tornar deuses diante de tal evidência bíblica esmagadora é um testemunho da profundidade do desejo do homem de usurpar o lugar de Deus, um desejo nascido no coração de Satanás (Isaías 14:14) e passado por ele a Adão e Eva no Jardim (Gênesis 3:5). O desejo de usurpar o trono de Deus - ou compartilhá-lo - caracteriza todos os que são do seu pai, o diabo, inclusive o Anticristo, o qual vai fazer a mesma declaração no fim dos tempos (2 Tessalonicenses 2:3-4). Ao longo da história, muitas falsas religiões têm apelado ao mesmo desejo da carne pecadora. Mas Deus declara que não há Deus senão Ele, e que não ousemos contradizê-Lo.

4) O Mormonismo ensina que somos capazes de ganhar a nossa salvação – mais uma vez contradizendo as Escrituras. Com certeza viveremos de forma diferente como um subproduto da nossa fé, mas as nossas obras não são suficientes para nos salvar, apenas a graça de Deus através da fé que Ele que nos dá como um dom gratuito (Efésios 2:4-10). Isto é simplesmente porque Deus só aceita a Sua própria justiça perfeita. É por isso que Cristo morreu na cruz - para trocar a Sua perfeição por nossos pecados (2 Coríntios 5:21). Só podemos nos tornar santos diante de Deus através da fé nEle (1 Coríntios 1:2).

Em última análise, a fé em um falso Cristo leva a uma falsa salvação. Qualquer salvação que seja "ganha" também é uma falsa salvação (Romanos 3:20-28). Simplesmente não podemos ser dignos de salvação com base em nossos próprios méritos. Se não pudermos confiar na Palavra de Deus, então não temos nenhuma base para qualquer confiança. Se pudermos confiar na Palavra de Deus, então devemos reconhecer que a Sua Palavra é consistente e confiável. Embora as pessoas possam corromper a Bíblia ao criar a sua própria versão dela, Deus ainda é o Deus do universo e capaz de preservar a Sua Palavra em sua verdadeira forma. Se Ele não pudesse ou não tivesse preservado a sua Palavra, então Ele não seria Deus. Assim, a diferença fundamental entre o Mormonismo e o Cristianismo é que o Cristianismo afirma um Deus que é eternamente auto-existente, que estabeleceu um padrão perfeito e santo que não podemos observar e que, em seguida, devido ao Seu grande amor por nós, pagou o preço pelo nosso pecado ao enviar o Seu Filho para morrer na cruz por nós.

Se você estiver pronto para colocar a sua confiança no sacrifício suficiente de Jesus Cristo, fale as seguintes palavras a Deus: "Deus Pai, sei que sou um pecador e sou digno de Tua ira. Reconheço e creio que Jesus é o único Salvador. Coloco a minha confiança apenas em Jesus para me salvar. Deus Pai, por favor, me perdoe, purifique e transforme. Obrigado por Tua maravilhosa graça e misericórdia!"

Mórmons


 

Por que os Mórmons se referem a si mesmos como os Santos dos Últimos Dias?

Quando a fome por uma experiência religiosa atingiu o seu pico no século XIX, a falta de unidade entre os diferentes ramos da fé cristã tornou-se uma pedra de tropeço. Um homem chamado Joseph Smith surgiu para propor as suas próprias experiências religiosas como a solução. Ele se declarou um profeta de Deus. Os adeptos alegaram que Deus restaurou o "santo sacerdócio [de] os apóstolos e discípulos da antiguidade" para Joseph Smith. Smith também declarou que nestes "últimos dias" do mundo, todas as outras igrejas estavam participando de apostasia e só a sua revelação privada (ou as associadas com ela) poderiam ser confiáveis para a salvação e instrução.

Principalmente pelos esforços de Joseph Smith e Oliver Cowdery, uma organização foi formada e nomeada “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. Relata-se que o nome veio por meio de uma revelação de Jesus Cristo e serve para indicar três certezas específicas: 1. Jesus Cristo ordenou a igreja; 2. O ministério da igreja era específico para os últimos dias do mundo, e 3. A igreja abrangeria apenas os verdadeiros santos reconhecidos por Jesus Cristo. Tal nome teria soado muito atraente em um momento de doutrina amplamente flutuante. A igreja mórmon apresentou que a eles pertencia a tarefa de estabelecer o reino de Deus e instituir as práticas da religião cristã como Deus planejou. Essas coisas juntas eram comumente chamadas de "a restauração do evangelho" e eram parte do movimento de restauração do início do século 19.

De acordo com a Bíblia, Deus é quem deve estabelecer o Seu reino (Isaías 9:7). Os santos não são convocados a fazer isso por Ele. Além disso, se a pessoa enxerga os últimos dias como o fim da idade da terra, ou como incluindo todos os dias que seguem o ministério completo de Jesus Cristo, não há apoio bíblico para um evangelho quebrado com a necessidade de restauração. Simão Pedro chamou Jesus de "o Cristo, o Filho do Deus vivo". Essa afirmação foi confirmada por Jesus, o qual chamou esse apóstolo de a rocha sobre a qual Sua Igreja seria construída, contra a qual "as portas do inferno não prevalecerão..." (Mateus 16:16, 18). Deus também declara que, embora alguns tenham se desviado da verdade, "o firme fundamento de Deus permanece" (2 Timóteo 2:18-19). Estes versículos indicam a natureza duradoura da igreja no contexto do evangelho. De fato, no fim dos tempos, a apostasia vai abundar (Mateus 24:11), mas o evangelho permanecerá intacto com aqueles que perseverarem (Mateus 24:13-14).

A verdadeira obra dos santos de hoje é continuar a declarar a verdade do evangelho eterno (João 3:16, Marcos 16:15) e manter "o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus" (2 Timóteo 1:13).

domingo, 28 de fevereiro de 2021

 



Quem foi Joseph Smith?

Joseph Smith é amplamente conhecido como o fundador da Igreja Mórmon, também conhecida como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Pensava-se que Joseph Smith, desde sua tenra idade, tinha certos poderes ocultos. Ele era conhecido na juventude como um vidente e supostamente usou uma pedra de vidente para descobrir onde poderia encontrar tais metais preciosos como prata. Tanto ele quanto seu pai eram conhecidos "caçadores de tesouros" e usavam a adivinhação e magia para realizar excursões em busca de tesouros. Isso, é claro, trouxe-lhe um nome e uma reputação. Até hoje, ele é considerado por alguns como um santo e por outros como um grande charlatão.

Joseph Smith cresceu durante um momento de reavivamento espiritual na América conhecido como “restauracionismo”. Foi nessa época, 1820, que Joseph Smith afirmou ter recebido uma visão maravilhosa em que Deus Pai e Deus Filho se materializaram e falaram com ele enquanto orava na floresta. Ele supostamente disse que os dois "personagens" tinham uma visão bastante sombria da igreja cristã e anunciaram que era necessária uma restauração do Cristianismo e que Smith tinha sido escolhido para o lançamento dessa nova dispensação. Desde os seus primórdios até os dias atuais, a Igreja Mórmon mantém a posição de que só eles representam o verdadeiro Cristianismo.

Os líderes mórmons têm consistentemente ensinado que, após a morte dos apóstolos, o verdadeiro Cristianismo havia caído em apostasia completa, tornando-se necessário uma "restauração". No entanto, mesmo após a suposta visitação celestial, Joseph Smith e seus amigos continuaram a caçar tesouros usando métodos ocultos. Estes métodos eram ilegais naquele dia, e Smith foi condenado por "olhar no vidro" em 1826. Entretanto, antes de sua condenação em Chenango County, Nova Iorque, o novo "profeta do Senhor", continuou a agitar controvérsia com mais um encontro incrível com o céu. Em 1823, Smith alegou ter sido contatado por um anjo chamado Moroni, que revelou que havia placas de ouro em um determinado local perto de Palmyra, Nova Iorque. Nas placas de ouro havia uma história de um homem antigo chamado Mórmon e sua antiga tribo hebraica de fábula, que se dizia ser uma "outra testemunha" da verdade do evangelho cristão. Foi gravado em documentos históricos mórmons que o anjo forneceu óculos especiais para ajudar Smith a traduzir os escritos das placas de ouro. Também foi relatado que, durante a tradução, o homem que estava ajudando Smith teve o privilégio de João Batista, Pedro, Tiago e João virem para a Pensilvânia em 15 de maio de 1829, para conferir aos homens o "Sacerdócio Aarônico". Estas e outras histórias surpreendentes são registradas no livro de Smith, Pérola de Grande Valor.

Joseph Smith afirmava ter visões especiais e uma abertura incrível do céu para ele. Mas uma declaração foi assinada por sessenta e dois moradores de Palmyra, Nova Iorque, que queriam advertir outras pessoas sobre o que sabiam sobre Smith: sua família, suas crenças e suas excursões ocultas para encontrar tesouro eram "inteiramente destituídas de caráter moral e cheias de hábitos viciosos." No entanto, Smith afirmava ser o porta-voz de Deus, e quando falava, ele clamava que Deus estava falando. Esta poderosa posição foi levada a sério por muitos seguidores, e quando Smith tinha uma visão, era para ser levado a sério, mesmo se contradissesse os padrões morais "cristãos". A nova "revelação de Deus" de Smith sobre a poligamia é apenas um exemplo.

Populares ou não, os pronunciamentos de Smith provenientes "de Deus" tornaram-no famosos por alguns anos. Suas histórias altamente imaginativas sempre soavam como ficção científica, misturando e torcendo a verdade bíblica com a imaginação. Ele sempre teve cuidado de imitar a verdade bíblica, e muitas vezes reescreve a Bíblia. Para muitos, a sua teologia é equivalente a uma imagem distorcida da teologia real, atraindo pelo uso de um punhado do que as pessoas conhecem como verdade bíblica.

Joseph Smith encontrou o seu fim nas mãos de uma multidão enfurecida. Depois de ter tentado acalmar a questão da poligamia logo após o estabelecimento da igreja em Nauvoo, Illinois, Smith e seus seguidores destruíram um jornal antimórmon e, consequentemente, foram presos e levados para a prisão enquanto aguardavam julgamento. A prisão foi atacada por uma multidão enfurecida de duas centenas de pessoas, e Joseph Smith e seu irmão foram assassinados. Depois de sua morte prematura, houve uma divisão na "igreja". A igreja que Smith estabeleceu permanece centralizada hoje em Missouri (Comunidade de Cristo-RLDS) e em Utah, onde muitos mórmons tinham seguido o seu novo líder, Brigham Young.

 




O que é o Jainismo?

O Jainismo começou no século 6 como um movimento de reforma dentro do Hinduísmo. Baseia-se nos ensinamentos do seu fundador, Mahavira. Acreditando que uma vida de abnegação era o caminho para alcançar a "iluminação", Mahavira vagueou nu e mudo pela Índia por 12 anos, suportando dificuldades e abuso. Depois disso, ele assumiu discípulos, pregando a sua crença recém-descoberta. Mahavira era veementemente contra a ideia de reconhecer ou adorar um ser supremo. Embora Mahavira tenha negado que qualquer Deus ou deuses existiam para serem adorados, ele, como outros líderes religiosos, foi endeusado por seus seguidores posteriores. Ele foi nomeado o 24° Tirthankara, o último e maior dos seres salvadores. De acordo com os escritos dessa crença, Mahavira desceu do céu, não cometeu pecado e, através da meditação, libertou-se de todos os desejos terrenos.

O Jainismo é uma religião de legalismo extremo, pois só é possível atingir a salvação através do caminho do ascetismo (rígida abnegação). Não há liberdade nesta religião, apenas regras, principalmente as Cinco Grandes Promessas, a renúncia de: 1) matar seres vivos, (2) mentir, (3) ganância, (4) o prazer sexual e (5) os apegos mundanos. Acredita-se que as mulheres devem ser totalmente evitadas por supostamente serem a causa de todos os males.

Como toda falsa religião, o Jainismo é incompatível com o Cristianismo bíblico. Primeiro, a Bíblia condena a adoração de qualquer outro deus além de Jeová, o Deus vivo e verdadeiro. "Eu sou o SENHOR, teu Deus… Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:2,3). "Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus" (Isaías 45:5). Mahavira não era um deus de forma alguma, mas apenas um homem. Como todos os homens, ele nasceu, pecou e morreu. Ele não alcançou a perfeição sem pecado. Apenas um Homem tem vivido perfeitamente, o Senhor Jesus Cristo, que "foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado" (Hebreus 4:15).

Em segundo lugar, a Bíblia deixa claro que seguir as leis e ensinamentos, até mesmo se estabelecidos pelo Deus vivo e verdadeiro, nunca vai resultar na justiça necessária para a salvação. "o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado" (Gálatas 2:16). A Bíblia ensina que a salvação é pela graça mediante a fé no sangue derramado de Jesus Cristo (Efésios 2:8-9), o qual carregou nossos pecados na cruz para que pudéssemos ter a Sua justiça. "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5:21). Jesus alivia os fardos das pessoas, enquanto que o Jainismo só os torna mais pesados.

Finalmente, duas das "grandes promessas" do Jainismo contradizem diretamente a Palavra revelada de Deus. Embora evitar a ganância, mentira e apegos mundanos seja louvável, evitar o prazer sexual, se levado ao seu extremo, seria o fim da humanidade. A fim de assegurar a continuidade das gerações do homem sobre a terra, Deus nos concedeu o dom do impulso sexual. Dentro das limitações do matrimônio sagrado, o impulso sexual encontra a sua realização completa e o futuro de nossa espécie é assegurado (Gênesis 1:28, 2:24, 9:1). Além disso, um dos princípios do Jainismo é ahimsa, a proibição de tirar a vida de qualquer forma. Isso contradiz diretamente tanto o Antigo quanto o Novo Testamento, onde Deus deu à humanidade os animais como alimento (Levítico 11 e Atos 10).

Como todas as falsas religiões, o Jainismo é uma outra mentira de Satanás, cujo desejo é nos prender em um sistema que concentra a nossa atenção em nós mesmos, voltando-nos para dentro de nossas mentes e espíritos numa tentativa de nos fazer dignos através da autonegação e da obediência a regras. Jesus nos ordenou a morrer para nós mesmos, a viver para Ele, por Ele e servindo uns aos outros. O fracasso do Jainismo em avançar muito além de algumas áreas da Índia confirma o fato de que não atende à necessidade humana universal. Isto está em contraste com Jesus Cristo, cujo impacto é universal.