segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

O que a Bíblia diz sobre a salvação dos membros da mesma família?

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Resposta: 
A salvação de toda a casa ou família é a ideia de que famílias inteiras são salvas de uma só vez. A salvação de toda a família é realizada através da fé do líder da família. Se o pai ou o chefe da casa se declara um cristão, então ele preside sobre um lar cristão - os membros de sua família são automaticamente cristãos, com base na decisão de seu pai/marido. De acordo com o esse conceito de salvação, Deus salva toda a unidade familiar, não apenas o indivíduo a expressar fé.

Uma boa compreensão dos ensinamentos da Bíblia sobre a salvação de todos da mesma família deve começar com o que a Bíblia ensina sobre a salvação em geral. Sabemos que há apenas um caminho para a salvação, e que é através da fé em Jesus Cristo (Mateus 7:13-14; João 6:67-68; 14:6; Atos 4:12; Efésios 2:8). Sabemos também que o comando para crer é dirigido a indivíduos e que o ato de crer é um ato pessoal. Assim, a salvação só pode vir a um indivíduo que pessoalmente acredite em Cristo. Acreditar em Cristo não é algo que um pai possa fazer por um filho ou filha. O fato de que um membro de uma família acredite não garante que o resto também vai acreditar.

O próprio Jesus indica que o evangelho muitas vezes divide famílias. Em Mateus 10:34-36, Jesus diz: "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa." Estas palavras completamente enfraquecem o conceito da salvação domiciliar.

Se as pessoas são salvas de forma individual, então como devemos interpretar essas passagens na Bíblia que parecem conter uma promessa de salvação de todos da casa? Como podemos conciliar a necessidade de indivíduos acreditarem a fim de serem salvos e versículos como Atos 11:14? Nessa passagem, Cornélio recebe a promessa de que a sua casa seria salva. Em primeiro lugar, como acontece com qualquer passagem da Escritura, devemos considerar o gênero ou tipo de livro em que ocorre. Neste caso, essa passagem é encontrada em Atos, uma narrativa histórica de acontecimentos reais. Um princípio relativo à história bíblica é que nenhum evento pode ser automaticamente suposto e aplicado a toda situação. Por exemplo, Sansão arrancou os portões da cidade de Gaza e os levou até a colina (Juízes 16:3), mas isso não significa que, se deixarmos o nosso cabelo ficar longo também, seremos capazes de realizar proezas semelhantes de força. Em Atos 11, o fato de que Deus prometeu a Cornélio que toda a sua família seria salva não significa que a mesma promessa se aplique universalmente a todos os lares de todos os tempos. Em outras palavras, Atos 11:14 foi uma promessa específica a uma pessoa específica em um ponto específico no tempo. Temos de ter cuidado com a interpretação de tais promessas como sendo universais; elas não devem ser separadas de seus contextos históricos.

Em segundo lugar, como Deus cumpriu a Sua promessa a Cornélio é importante. Em Atos 10, Cornélio acolhe Pedro em sua casa e diz: "Estamos todos aqui" (Atos 10:33). Em outras palavras, toda a casa de Cornélio estava reunida para ouvir a pregação do Pedro. Todos eles ouviram o evangelho, e todos responderam. Todos da casa de Cornélio acreditaram e foram batizados (Atos 11:15-18). Isso é exatamente o que Deus havia prometido. A casa de Cornélio não foi salva porque apenas Cornélio teve fé, mas porque todos acreditaram.

Uma outra passagem que carrega a promessa de salvação de toda a família é Atos 16:31. Aqui, o carcereiro de Filipos pergunta a Paulo e Silas: "Senhores, que devo fazer para que seja salvo?" Os missionários respondem: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa." Mais uma vez, esta promessa é dada a um indivíduo específico em um contexto específico; no entanto, esta passagem contém uma promessa adicional que é claramente universal e abrange todos os períodos e contextos. Essa promessa não é uma de salvação de todos da mesma família, mas é inteiramente consistente com todos os outros versículos na Bíblia que falam de salvação: a promessa de que ao crer no Senhor Jesus, "você será salvo." Além disso, a salvação veio à casa do carcereiro como resultado dele ter ouvido a Palavra de Deus e ter individualmente respondido com fé: Paulo e Silas "lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa" (Atos 16:32). Toda a família escutou o evangelho. Eles foram todos salvos, assim como Deus havia prometido, mas a sua salvação não ocorreu porque faziam parte da família do carcereiro; eles foram salvos porque acreditaram por si mesmos no evangelho.

Um terceiro versículo no Novo Testamento que alguns usam para ensinar a salvação de todos da família é 1 Coríntios 7:14: "Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos." Este versículo parece ensinar que um cônjuge incrédulo pode ser salvo com base na base na fé do seu cônjuge cristão. Também parece dizer que os seus filhos serão santos diante do Senhor porque um de seus pais é salvo. Entretanto, essa conclusão não seria coerente com o ensino geral da Escritura. Neste contexto, a palavra santificado não está se referindo à salvação ou a tornar-se santo diante de Deus. Em vez disso, refere-se à santidade do próprio relacionamento conjugal. Paulo ensinou que os cristãos não devem fazer parte de um "jugo desigual" com os infiéis (2 Coríntios 6:14). O medo de alguns na igreja foi de que, já que eram casados com incrédulos, eles estavam vivendo em pecado - o casamento era "impuro" e os filhos dessa união eram ilegítimos. Paulo acalma os seus medos: os crentes que já estavam casados com um incrédulo deviam permanecer casados contanto que o incrédulo consentisse em ficar casado. Eles não devem buscar um divórcio; o seu relacionamento conjugal é santificado (santo ou separado aos olhos de Deus) com base na fé do cônjuge crente. Da mesma forma, os filhos de seu casamento são legítimos aos olhos de Deus.

O fato de que 1 Coríntios 7:14 não está falando da salvação da família é visto claramente na pergunta que Paulo faz em 1 Coríntios 7:16: "Pois, como sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?" Se a salvação da família fosse verdade, então a mulher  seria salva (com base na salvação do marido); Paulo não teria necessidade de se referir a um tempo futuro de salvação para ela.

A Bíblia não promete a salvação de todos da família. Entretanto, isso não significa que um pai piedoso ou mãe piedosa não tenha uma influência espiritual profunda sobre as crianças nessa família. O líder familiar define o rumo para a família de várias maneiras, inclusive espiritualmente. Nós devemos sinceramente esperar, orar e nos dedicar à salvação de nossas famílias. Há muitas vezes quando o Deus de Abraão também se torna o Deus de Sara, e então de Isaque e então de Jacó. Como Charles Spurgeon disse: "Embora a graça não seja algo encontrado no sangue, e a regeneração não seja de sangue e nem de nascimento, muito frequentemente... Deus, por meio de um membro da família, atrai o resto a si mesmo. Ele chama um indivíduo e então usa-o como uma espécie de chamariz espiritual para trazer o resto da família para a rede do evangelho." 

Deus ama a todos ou só aos Cristãos?



Resposta: 
De uma certa forma, Deus ama todos do mundo inteiro (João 3:16; 1 João 2:2; Romanos 5:8). Esse amor não é condicional – é baseado apenas no fato de que Deus é um Deus de amor (1 João 4:8,16). O amor de Deus por toda a humanidade resulta no fato de que Deus demonstra a Sua misericórdia por não punir as pessoas por seus pecados imediatamente (Romanos 3:23; 6:23). Se Deus não amasse todos, estaríamos no inferno agora mesmo. O amor de Deus pelo mundo é manifestado em que Ele dá às pessoas a oportunidade de arrependimento (2 Pedro 3:9). No entanto, o amor de Deus pelo mundo não significa que Ele vai ignorar o pecado. Deus também é um Deus de justiça (2 Tessalonicenses 1:6). O pecado não pode deixar de ser punido eternamente (Romanos 3:25-26).

O ato mais amoroso da eternidade é descrito em Romanos 5:8: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." Aquele que ignora o amor de Deus, que rejeita Cristo como Salvador e que nega o Salvador que o comprou (2 Pedro 2:1) vai estar sujeito à ira de Deus por toda a eternidade (Romanos 1:18), não ao Seu amor (Romanos 6:23). Deus ama todos incondicionalmente, pois Ele demonstra-lhes misericórdia por não destruí-los imediatamente por causa do seu pecado. Ao mesmo tempo, Deus tem um “amor de aliança” pelos que colocam a sua fé em Jesus Cristo para obter a salvação (João 3:36). Apenas aqueles que acreditam em Jesus Cristo como Senhor e Salvador experimentarão do amor de Deus por toda a eternidade.

Deus ama todos? Sim. Deus ama os Cristãos mais do que os descrentes? Não. Deus ama os crentes de uma forma diferente dos descrentes? Sim. Deus ama todos igualmente por ser misericordioso com todo mundo. Deus ama apenas os Cristãos no sentido de que apenas os Cristãos têm a Sua graça e misericórdia eternas, assim como a promessa do Seu amor eterno no Céu. O amor incondicional que Deus tem por cada um deve levar-nos à fé nEle, recebendo com gratidão o grande amor condicional concedido aos que receberem Jesus Cristo como Salvador.

O que acontece depois da morte?


Resposta: 
Dentro da fé cristã, há uma quantidade significativa de confusão sobre o que acontece após a morte. Alguns sustentam que após a morte, todos "dormem" até o julgamento final, após o qual todo mundo vai ser enviado para o céu ou inferno. Outros acreditam que no momento da morte, as pessoas são imediatamente julgadas e enviadas aos seus destinos eternos. Outros ainda afirmam que quando as pessoas morrem, suas almas/espíritos são enviados a um paraíso ou inferno "temporários" para aguardar a ressurreição final, o julgamento final e, em seguida, a conclusão do seu destino eterno. Então, o que exatamente a Bíblia diz que acontece depois da morte?

Em primeiro lugar, para o crente em Jesus Cristo, a Bíblia nos diz que após a morte as almas/espíritos dos crentes são levados para o céu porque os seus pecados foram perdoados por terem recebido a Cristo como Salvador (João 3:16, 18, 36). Para os crentes, a morte é "deixar o corpo e habitar com o Senhor" (2 Coríntios 5:6-8; Filipenses 1:23). No entanto, passagens como 1 Coríntios 15: 50-54 e 1 Tessalonicenses 4: 13-17 descrevem os crentes sendo ressuscitados e tendo corpos glorificados. Se os crentes ficarão com Cristo imediatamente após a morte, qual é o propósito desta ressurreição? Parece que, embora as almas/espíritos dos crentes estejam com Cristo imediatamente após a morte, o corpo físico permanece na sepultura "dormindo". Na ressurreição dos crentes, o corpo físico é ressuscitado e glorificado e, em seguida, reúne-se com a alma/espírito. Este reunião do corpo-alma-espírito glorificados será a posse dos crentes por toda a eternidade nos novos céus e nova terra (Apocalipse 21-22).

Em segundo lugar, para aqueles que não recebem a Jesus Cristo como Salvador, a morte significa punição eterna. No entanto, semelhante ao destino dos crentes, os descrentes também parecem ser enviados imediatamente para um local de armazenamento temporário a fim de aguardar a sua ressurreição e julgamento finais, assim como o seu destino eterno. Lucas 16:22-23 descreve um homem rico que está sendo atormentado imediatamente após a morte. Apocalipse 20: 11-15 descreve todos os descrentes mortos ressuscitando, sendo julgados no grande trono branco e, em seguida, sendo lançados no lago de fogo. Os incrédulos, então, não são enviados para o inferno (lago de fogo) imediatamente após a morte, mas a um reino temporário de julgamento e condenação. No entanto, embora os incrédulos não sejam imediatamente enviados ao lago de fogo, o seu destino imediato após a morte não é agradável. O homem rico gritou: "estou atormentado nesta chama" (Lucas 16:24).

Portanto, após a morte, uma pessoa reside em um paraíso ou inferno "temporário". Após este reino temporário, na ressurreição final, o destino eterno de uma pessoa não vai mudar. O "local" preciso desse destino eterno é o que muda. Os crentes, no fim das contas, terão acesso à entrada nos novos céus e nova terra (Apocalipse 21: 1). Os incrédulos serão finalmente enviados ao lago de fogo (Apocalipse 20: 11-15). Estes são os destinos finais e eternos de todas as pessoas - com base inteiramente em sua decisão de confiar em Jesus Cristo para a salvação ou não (Mateus 25:46; João 3:36).

Por que as pessoas morrem?



Resposta: 
As pessoas morrem por causa do chamado "pecado original" - a desobediência de Adão e Eva no Jardim do Éden. Deus havia avisado o primeiro casal que transgredir a Sua lei resultaria em sua morte (Gênesis 2:17), e foi o que aconteceu. "O salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23a).

Adão e Eva eram para ter habitado com Deus para sempre, então eles provavelmente nem sabiam o que significava "morrer". Infelizmente, em algum ponto do passado eterno, o pecado invadiu o reino celestial dos anjos, e Satanás tentou Eva, levando-a a cair no pecado. Eva deu o fruto ao marido, e ele a seguiu ao pecado. Esse pecado trouxe a morte ao mundo, separando a humanidade da Fonte da Vida.

Desde então, todo ser humano produzido por uma mulher com a ajuda de um homem tem produzido uma prole pecaminosa. Essa natureza pecaminosa traz consigo a morte. "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos 5:12).

Gênesis 3 descreve a maldição que Deus pronunciou sobre o mundo. A maldição incluiu estas palavras para Adão: "No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás" (Gênesis 3:19). Aqui Deus se refere à morte física do corpo. A morte física não ocorreu imediatamente para Adão e Eva, mas, por causa de seu pecado, morreram animais inocentes (Gênesis 3:21).

O outro tipo de morte que o pecado de Adão e Eva trouxe foi a morte espiritual - seus espíritos estavam separados do Espírito de Deus. A sua comunhão estava quebrada. Esta morte espiritual ocorreu imediatamente após terem comido do fruto proibido e sentirem medo e vergonha (Gênesis 3:10). A morte espiritual, como a morte física, foi transmitida aos seus descendentes (Efésios 2:1).

Desde Adão, a humanidade tem vivido sob "a lei do pecado e da morte" (Romanos 8:2). Deus em Sua bondade enviou Seu Filho para abolir a lei do pecado e da morte e estabelecer "a lei do Espírito da vida" (Romanos 8:2). 1 Coríntios 15:20-26 afirma: "Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo…. O último inimigo a ser destruído é a morte."

Sobrevivendo o fim dos tempos - o que preciso saber?



Resposta: 
Muitas vezes as pessoas sentem ansiedade quando pensam sobre o futuro, mas não tem que ser assim. Para aqueles que conhecem a Deus, os pensamentos sobre o futuro trazem expectativa e conforto. Por exemplo, descrevendo uma mulher que conhece e confia em Deus, Provérbios 31:25 diz: "Ri-se do tempo vindouro."

Dois pensamentos fundamentais para mantermos em mente sobre o futuro são, em primeiro lugar, que Deus é soberano e está no controle de tudo. Ele conhece o futuro e controla absolutamente o que vai acontecer. A Bíblia diz: "Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade; chamando do oriente uma ave de rapina, e dum país remoto o homem do meu conselho; sim, eu o disse, e eu o cumprirei; formei esse propósito, e também o executarei" (Isaías 46:9-11, ênfase adicionada).

A segunda coisa a lembrar-se sobre o futuro é que a Bíblia descreve o que vai ocorrer no "fim dos tempos" ou "últimos dias". Porque a Bíblia é a revelação de Deus à humanidade, e porque Deus sabe e controla o futuro (como Isaías diz acima), então é lógico que quando a Bíblia fala sobre o que vai ocorrer no futuro, podemos acreditar. Quanto a previsões sobre o futuro, a Bíblia diz: "Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Esta verdade é evidente no fato de que, ao contrário das falsas profecias feitas em outras religiões ou por indivíduos como Nostradamus, a Bíblia nenhuma vez tem estado errada - cada vez que a Bíblia previu um futuro evento, aconteceu exatamente como a Escritura disse que aconteceria.

Ao considerar como entender e sobreviver no fim dos tempos, responda a estas três perguntas:

1. Como devo interpretar o que a Bíblia diz sobre o futuro (profecia bíblica)?

2. O que a Bíblia diz que acontecerá no fim dos tempos?

3. Como deve o que a Bíblia diz sobre o futuro afetar a maneira em que vivo hoje?

Como Interpretar a Profecia Bíblica
Há uma série de pontos de vista sobre quais métodos devem ser usados quando se interpreta passagens sobre o fim dos tempos. Embora haja pessoas boas defendendo crenças diferentes, há boas razões para acreditar que a profecia bíblica deva ser interpretada (1) literalmente, (2) com uma visão futurista, e (3) em uma maneira chamada "pré-milenista". Incentivando uma interpretação literal é o fato de que existem mais de 300 profecias que dizem respeito à primeira vinda de Cristo, todas as quais foram literalmente cumpridas. As previsões em torno do nascimento, da vida, da traição, da morte e da ressurreição do Messias não foram cumpridas alegoricamente ou de uma maneira espiritual. Jesus literalmente nasceu em Belém, realizou milagres, foi traído por um amigo por 30 moedas de prata, foi perfurado em Suas mãos e pés, morreu com os ladrões, foi enterrado no túmulo de um homem rico e ressuscitou três dias depois de Sua morte. Todos estes detalhes foram previstos centenas de anos antes de Jesus nascer e foram literalmente cumpridos. Além disso, embora haja um simbolismo usado em várias profecias (por exemplo, dragões, cavaleiros, etc.), ele retrata seres ou eventos literais, muito semelhante à forma em que Jesus é retratado como um leão e um cordeiro.

Quanto a uma visão futurista, a Bíblia diz claramente que livros proféticos como Daniel e Apocalipse contêm não apenas narrativas de eventos históricos, mas também previsões de eventos futuros. Depois que João recebeu as suas mensagens para as igrejas de sua época, ele recebeu visões sobre o que iria ocorrer no fim dos tempos. João escutou: "Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer" (Apocalipse 4:1, ênfase adicionada).

Talvez um argumento ainda mais forte para uma visão futurista envolva as promessas que Deus fez a Abraão (em Gênesis 12 e 15) sobre a terra de Israel. Já que a aliança de Deus com Abraão foi incondicional e Suas promessas ainda não foram cumpridas aos descendentes de Abraão, então uma visão futurista das promessas feitas a Israel é justificada.

Por fim, no que diz respeito à profecia sendo interpretada de uma maneira "pré-milenista", isso significa que, em primeiro lugar, a Igreja será arrebatada, então o mundo irá passar por um período de sete anos de Tribulação e então Jesus Cristo voltará para reinar sobre a terra por 1.000 anos literais (Apocalipse 20).

Mas o que a Bíblia diz que acontecerá antes disso?

O que a Bíblia diz que acontecerá no fim dos tempos?
Infelizmente, a Bíblia prediz uma série de catástrofes, pecado humano e apostasia religiosa antes da volta de Cristo. Paulo escreve: "Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos... Mas os homens maus e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados" (2 Timóteo 3:1, 13). O mundo vai continuar a rejeitar a Deus, Sua Palavra e o Seu povo.

Algum dia no futuro - ninguém sabe quando - Deus usará um evento conhecido como Arrebatamento para acabar com a Era da Igreja que começou no primeiro século no dia de Pentecostes (ver Atos 2). Naquele dia, Deus removerá todos os crentes em Cristo da terra em preparação para os seus juízos finais. Do Arrebatamento, Paulo diz: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1 Tessalonicenses 4:14-18).

A erosão da paz e o aumento dos tumultos que antecedem o Arrebatamento atingirão proporções épicas quando um número incontável de pessoas desaparecerem da face da terra. Tal evento vai causar pânico e demandas por um líder forte que terá respostas para todos os problemas do mundo. A preparação para este líder tem estado em andamento por algum tempo, assim como o historiador Arnold Toynbee observou: "Ao forçar à humanidade mais e mais armas letais, e ao mesmo tempo tornando o mundo cada vez mais interdependente economicamente, a tecnologia tem trazido a humanidade a tal grau de sofrimento que estamos prontos para o endeusamento de qualquer novo César que tenha êxito em dar ao mundo a unidade e a paz." De um Império Romano restaurado, um organizado de um círculo eleitoral de dez nações europeias (ver Daniel 7:24, Apocalipse 13:1), o Anticristo aparecerá e assinará um pacto com a nação de Israel, o que começará oficialmente a profética contagem regressiva de Deus de sete anos à segunda vinda de Cristo (ver Daniel 9:27).

Por três anos e meio, o Anticristo vai reinar sobre a terra e prometer paz, mas é uma falsa paz que servirá como armadilha aos povos da terra. A Bíblia diz: "pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão" (1 Tessalonicenses 5:3). Guerras, terremotos e fomes vão escalar (ver Mateus 24:7) até o fim do reinado de três anos e meio do Anticristo, quando ele vai entrar em um templo reconstruído em Jerusalém, proclamar-se Deus e exigir adoração (ver 2 Tessalonicenses 2:4; Mateus 24:15). É nesse ponto que o verdadeiro Deus responde ao desafio. Por mais três anos e meio, uma grande tribulação ocorrerá, tal como nunca antes existiu. Jesus predisse: "porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias" (Mateus 24:21-22).

Uma perda incalculável de vidas e destruição da terra ocorrerão durante a Grande Tribulação. Além disso, um grande número de pessoas colocará sua fé em Cristo, mas muitos irão fazê-lo ao custo de suas vidas. Deus ainda estará no controle enquanto agrupa os exércitos infiéis do mundo a fim de julgá-los. Desse evento, o profeta Joel escreveu: "congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre as nações; repartiram a minha terra" (Joel 3:2). João registra a batalha desta maneira: "E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Pois são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso... E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse 16:13-16).

Neste ponto, o Messias Jesus vai voltar, destruir os Seus inimigos e reivindicar o mundo que é seu por direito. "E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a peleja com justiça. Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus. Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores. E vi um anjo em pé no sol; e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, ajuntai-vos para a grande ceia de Deus, para comerdes carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e dos que neles montavam, sim, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e grandes. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava montado no cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos pela espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo; e todas as aves se fartaram das carnes deles" (Apocalipse 19:11-21).

Depois que Cristo derrotar todos os exércitos reunidos no vale do Armagedom, Ele vai reinar com os Seus santos por mil anos e totalmente restaurar Israel à sua terra. No final de mil anos, um juízo final das nações e toda a humanidade restante irá ocorrer, o qual é seguido por um estado eterno: na presença de Deus ou separado de Deus (ver Apocalipse 20-21).

Os eventos acima não são especulações ou possibilidades - são exatamente o que acontecerá no futuro. Assim como todas as profecias bíblicas da primeira vinda de Cristo se tornaram realidade, também irão as profecias bíblicas da Sua segunda vinda.

Dada a veracidade dessas profecias, qual o impacto que devem ter sobre nós agora? Pedro faz esta pergunta: "Ora, uma vez que todas estas coisas hão de ser assim dissolvidas, que pessoas não deveis ser em santidade e piedade, aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão?" (2 Pedro 3:11-12).

O Efeito da Profecia Bíblica sobre Nós Hoje
Há quatro respostas que devemos ter quanto à profecia bíblica. A primeira é obediência, e é sobre isso que Pedro fala nos versículos acima. Jesus continuamente nos diz para estarmos prontos para a Sua vinda, a qual pode acontecer a qualquer momento (ver Marcos 13:33-37), e para vivermos de tal maneira que não tenhamos vergonha do nosso comportamento.

A segunda resposta é adoração. Deus providenciou uma maneira de escaparmos dos julgamentos do fim dos tempos – através do dom gratuito de salvação oferecido por Jesus Cristo. Devemos ter a certeza de que recebemos a Sua salvação e de que temos uma atitude de gratidão diante dEle. A nossa adoração na terra vai um dia se tornar adoração no céu: "E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação" (Apocalipse 5:9).

A terceira resposta é proclamação. A mensagem da salvação de Deus e a verdade da Sua segunda vinda precisam ser proclamadas para todos ouvirem, especialmente para aqueles que ainda não creem. Devemos dar a todos a chance de voltarem-se para Deus e serem salvos da Sua ira vindoura. Apocalipse 22:10 diz: "Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo."

A última resposta à Palavra profética de Deus é serviço. Todos os crentes devem ser diligentes em realizarem a vontade de Deus e executarem boas obras. Parte dos julgamentos de Cristo será das obras realizadas pelos crentes. Elas não determinam a aceitação de um cristão ao céu, mas mostram o que cada crente fez com os dons que lhes foram dados por Deus. Paulo diz desse julgamento: "Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal" (2 Coríntios 5:10).

Em suma, Deus é soberano sobre todos os eventos e pessoas do mundo. Ele está firmemente no controle de tudo e vai trazer um final perfeito a tudo o que Ele começou. Uma velha canção cristã explica assim: "Tudo é criação de Deus ... Modelado por uma mão ... Satanás e Salvação ... sob um comando."

Profecias cumpridas são uma prova de que a Bíblia é um livro sobrenatural. Centenas de profecias do Antigo Testamento já se cumpriram, e é razoável concluir que o que ela diz sobre o fim dos tempos será cumprido também. Para aqueles que conhecem a Jesus e têm confiado nEle como o seu Senhor e Salvador, a Sua vinda será a sua bem-aventurada esperança (ver Tito 2:13). Entretanto, para aqueles que rejeitaram a Cristo, Ele será o seu terror santo (ver 2 Tessalonicenses 1:8). Em resumo, para sobreviver o fim dos tempos, certifique-se de que você é um crente em Cristo: "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:9).

O que é a primeira ressurreição? O que é a segunda ressurreição?



Resposta: 
Daniel 12:2 resume os dois destinos muito diferentes que a humanidade enfrenta: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno." Todo mundo vai ressuscitar dos mortos, mas nem todos irão compartilhar o mesmo destino. O Novo Testamento revela detalhes adicionais das ressurreições distintas para os justos e os injustos.

Apocalipse 20:4-6 menciona uma "primeira ressurreição" e identifica os envolvidos como "bem-aventurados e santos." A segunda morte (no lago de fogo, Apocalipse 20:14) não tem poder sobre essas pessoas. A primeira ressurreição, então, é o levantamento de todos os crentes. Corresponde ao ensinamento de Jesus da "ressurreição dos justos" (Lucas 14:14) e "ressurreição da vida" (João 5:29).

A primeira ressurreição ocorre em vários estágios. O próprio Jesus Cristo (as "primícias", 1 Coríntios 15:20) abriu o caminho para a ressurreição de todos os que creem nele. Houve uma ressurreição dos santos de Jerusalém (Mateus 27:52-53), a qual deve ser incluída em nossa consideração da primeira ressurreição. Ainda por vir estão a ressurreição dos "mortos em Cristo" no retorno do Senhor (1 Tessalonicenses 4:16) e a ressurreição dos mártires no final da Tribulação (Apocalipse 20:4).

Apocalipse 20:12-13 identifica aqueles que fazem parte da segunda ressurreição como os ímpios sendo condenados por Deus no julgamento do grande trono branco, antes de serem lançados no lago de fogo. A segunda ressurreição, então, é o levantamento de todos os incrédulos e está ligada à segunda morte. Corresponde ao ensino de Jesus sobre a "ressurreição do juízo" (João 5:29).

O evento que divide a primeira e segunda ressurreições parece ser o reino milenar. Os últimos justos são ressuscitados para reinarem "com Cristo durante mil anos" (Apocalipse 20:4), mas "os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição" (Apocalipse 20:5).

Que grande alegria vai fazer parte da primeira ressurreição! Que grande angústia da segunda! Que responsabilidade temos de compartilhar o Evangelho! "Salvai-os, arrebatando-os do fogo" (Judas 23).

Por que precisamos confessar nossos pecados se eles já foram todos perdoados (1 João 1:9)?



Resposta: 
O Apóstolo Paulo escreveu: “para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência” (Efésios 1:6-8). Isso está se referindo à salvação, quando Deus carregou os nossos pecados e os removeu de nós “quanto dista o Oriente do Ocidente” (Salmos 103:12). Esse é o perdão judicial que Deus nos dá quando recebemos Seu Filho Jesus Cristo. Todos os pecados do passado, presente e futuro estão perdoados de uma forma judicial – isso significa que não vamos sofrer punição eterna por causa desses pecados. No entanto, nós frequentemente ainda sofremos as consequências do pecado enquanto estamos aqui na terra – e esse fato é o que nos leva à pergunta inicial.

A diferença entre essa passagem e o versículo em 1 João é que João está lidando com o que chamamos de perdão “familiar” – como o que existe entre um pai e seu filho. Por exemplo, se você faz algo errado contra o seu pai – não cumprir suas expectativas ou regras – você atrapalhou a comunhão, mas você ainda é seu filho. Aquela comunhão é atrapalhada até você admitir ao seu pai que você errou. É assim que funciona com Deus; sua comunhão com Ele é atrapalhada até você confessar aquele pecado. Só então a comunhão é restaurada. Isso é perdão “relacional”.

Perdão “posicional” é obtido por todo aquele que crê em Cristo. Em nossa posição como membros do Corpo de Cristo, temos sido perdoados de todo pecado que já cometemos ou iremos cometer. O preço pago por Cristo na cruz satisfez a ira de Deus contra o pecado, e não é necessário nenhum outro sacrifício ou pagamento. Quando Jesus disse: “está consumado”, Ele estava falando sério. Nosso perdão posicional foi obtido lá mesmo.

Confissão de pecado, de acordo com 1 João 1:9, vai nos proteger da disciplina de Deus. Se falhamos em confessar nosso pecado, a disciplina de Deus com certeza virá até confessarmos. Como dito previamente, nossos pecados são perdoados no momento da salvação (perdão posicional), mas nossa comunhão com Deus precisa estar em boas condições de uma forma diária, o que não pode acontecer se temos pecado não confessado em nossas vidas (perdão relacional). Portanto, precisamos confessar nossos pecados logo quando os cometemos para podermos manter uma comunhão correta com Deus.